Esta foto inferior faz parte da série que Gyorgy Szendrodi fez sobre o Rio
em 1971. Publiquei-a no Facebook, pois não me lembrava exatamente o que funcionava
neste local, a Praia de Botafogo nas vizinhanças da Fundação Getúlio Vargas.
Para minha surpresa poucos se lembravam do local. Aí está localizada atualmente
a Torre Oscar Niemeyer, construída em terrenos comprados pela FGV. A foto superior
mostra o local em obras, em 2010. O endereço atual é Praia de Botafogo nº 186.
Ao final dos comentários mencionaram que a foto do Szendrodi mostrava o
Colégio Aldridge. Fundado em 1912, em São Gonçalo, mudou-se em 1917 para o
solar do Barão de Alegrete, na Praia de Botafogo nº 374. Segundo a Revista
Ilustração Brasileira, de 1925, "muito há do que se ufanar, tais os louros
colhidos por seus alunos, (...) se impôs a todos pela retidão, pela disciplina
e pela moralidade observadas nesta casa de educação, sob a direção dos
professores ingleses Alfred Aldridge e
Walter Leonar Aldridge".
O Colégio Aldridge mudou-se, no final da década de 20, para o prédio da
Praia de Botafogo nº 184, ampliando posteriormente suas instalações com a
compra dos terrenos e prédios de nº 186, 188, 190 e 192. Para não se sujeitar
às imposições da Lei de Nacionalização promulgada por Vargas, Walter Leonard
Aldridge encerrou as atividades de seu colégio em 1945.
Segundo nossa comentarista Milu neste local funcionou o Colégio Juruena,
mas seu endereço era Praia de Botafogo nº 166. Alguém comentou também que neste
prédio da foto funcionou a livraria da FGV.
Será que algum antigo freqüentador deste local passará hoje por aqui
com maiores informações?
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Bom dia a todos.
ResponderExcluirInteressante esse Solar. Na verdade, a um primeiro momento, pensei em se tratar da antiga Embaixada da Argentina.
De qual ano data o Solar do Barão do Alegrete?
Se o colégio Aldridge encerrou suas atividades em 1945 e a foto é de 1971 é evidente que não funcionava aí tal colégio. Assim pode ser mesmo as instalações do colégio Juruena e algum aluno deste estabelecimento poderá confirmar. O terreno entorno da Torre Niemeyer é imenso e deve ter englobado vários imóveis da praia de Botafogo.
ResponderExcluirEstas fotografias do Szendrodi de grande parte do Rio são excepcionais.
Bom dia. Lembro bem da Embaixada da Argentina, mas não desse prédio. Quando morei em Botafogo em 1965, lembro-me de muitos detalhes mas não desse prédio.
ResponderExcluirA embaixada da Argentina era mais adiante, perto da Farani.
ResponderExcluirNa esquina de Marquês de Abrantes com Praia de Botafogo, lado par, ainda existe a casa que por muitos anos abrigou no térreo a Giotto. Hoje funcionam ali um Pizza Delivery e um bar. No segundo andar temos o Templo da Magia. Indo pela calçada no sentido da Farani, encontramos um prédio residencial e uma casa espremida entre o prédio e uma construção que, pelo que se pode ver no Google Earth, é um edifício garagem. Onde se encontra este último funcionava o Juruena, que se chamava Instituto Juruena.
ResponderExcluirBom dia a todos. Embora não seja minha jurisdição, não tenho a menor lembrança deste prédio, principalmente que o texto menciona que o local estava em obras em 2010. Quanto aos colégios da praia de Botafogo, só tenho lembranças do Anglo Americano e do Andrews, os quais tenho na lembrança a imagem destes colégios até hoje.
ResponderExcluirO colégio Juruena fechou em 1967. Sendo assim o que funcionaria aí em 1971?
ResponderExcluirPelo que entendi depois que o Aldridge fechou o Juruena passou a utilizar o prédio e depois foi a vez da FGV, que o demoliu bem depois. Ou está faltando algo nessa ordem?
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirPassava frequentemente em frente à obra e vi sua evolução. Fui uma vez à livraria da FGV.
Há alguns anos via uma obra assim no início da rua da Passagem.
ResponderExcluirLogo que vi a foto lembrei do Colégio Juruena mas não consigo me lembrar de um episódio curioso ocorrido nesse educandário que foi veiculado nos jornais. Se alguém lembrar...
ResponderExcluirFF: Mais Crivella: http://extra.globo.com/noticias/rio/advogado-que-processa-crivella-fez-campanha-para-ele-trabalhou-com-cesar-maia-censurou-filme-no-brasil-20956978.html
Bom dia ! No meu tempo de colégio, o Instituto Juruena era considerado uma boite. Quem concorda, quem discorda ?
ResponderExcluirComparado com a MABE o Juruena era Harvard.
ExcluirTaí, gostei dessa, Docastelo.
ExcluirHavia, também, um significado jocoso para MABE. Você se lembra, Docastelo ?
ExcluirMensalidades adiantadas, bons exames.
ExcluirÉ isso mesmo, sr.Anônimo. Por um mero acaso, o senhor estudou lá ?
ExcluirDoCastelo, A MABE tinha um timaço de futebol de salão, melhor que os colégios S.Aguiar, Cruzeiro, ACM, R. Correia e de qualquer outro colégio do centro da cidade.
ExcluirApenas para complementar o nome correto da MABE é Moderna Associação Brasileira de Ensino. Ah, nada mais atual... Quanto ao timaço de futebol de salão não duvido. Afinal não tinham nada melhor a fazer.
ExcluirQue pena. Saiu de cena uma belezura dessa e construi-se um prédio enorme que particularmente não me agrada.
ResponderExcluirSenhor Walter Heinz Muller, esta instituição de ensino estava legalmente registrada no MEC, muito embora a iluminação das salas fosse deficiente, quase uma penumbra, mas não exercia a dupla função de colégio e boate, caso contrário cobraríamos os impostos referentes a segunda atividade.
ResponderExcluirComo mudou a paisagem da Praia de Botafogo! Me recordo perfeitamente do casario no inicio dos anos 50, com os casarões, jardins bem tratados e lá no final a estação de força dos bondes, com seus enormes geradores à vista dos transeuntes. Era um outro mundo... Principalmente para quem vinha da Ilha do Governador.
ResponderExcluirJaime Moraes
O Juruena usava o Aldrige às vezes para a realização de provas finais. Podia não ser o melhor dos colégios, mas estava longe de ser boate. Estudei lá por um ano, a quarta série ginasial.
ResponderExcluirEu estudei no colégio Juruena sai na quarta série primária em 1967...foi o último ano do colégio
ExcluirFiz o ginásio no Juruena , terminei em 1967 , e passei em todos os concursos que fiz no final desse ano, sem necessidade de cursinhos
ExcluirPor falar em Ilha do Governador, fiquei pensando, pensando, pensando...Será que um antigo e polêmico comentarista deste blog e que desapareceu repentinamente há quase dois anos não estaria comentando com outro nome e polemizando novamente?
ResponderExcluirTalvez com o nome Anônimo, quem sabe ?
ExcluirNas primeiras postagens houve um que se identificou como Moleque Alguma Coisa que se distraiu e colocou "Ilha do Governador". Pode ser a jararaca ilhoa, ou "bothrops insularis", como classificou o Docastelo.
ExcluirÉ só observar como ele escreve. Só que ele parou de criticar os comunistas, e sabem por que? A Dilma não é mais presidente. Seria ele um evangélico?
ExcluirDocastelo, o episódio curioso ocorrido no Juruena foi um desastre aéreo na enseada de Botafogo. O piloto britânico foi arremessado no pátio do colégio.
ResponderExcluirpt.wikipedia.org/wiki/Desastre_aéreo_da_enseada_de_Botafogo
Milu uma curiosidade. O piloto foi reprovado no teste aéreo e arremessado no pátio ou foi reprovado no teste aéreo porque estava voando na sala de aula?
ResponderExcluirÉ isso aí, Nalu. Você sacudiu a poeira da minha memória. Inclusive lembro de ter lido há muito tempo sobre esse acidente que, de certa forma, propiciou a criação do Ministério da Aeronáutica. Apenas como curiosidade, no Museu Aeroespacial há um exemplar de um Havilland DH90 Dragonfly igual ao que se chocou com o Junkers. Valeu, Nalu!
ResponderExcluirPerdão, Milu. Troquei seu nome. É o hábito de trocar informações com nossa colega Nalu.
ExcluirA edição do Correio da Manhã do dia seguinte contou que o corpo do piloto foi parar no "campo de basket" onde meninas jogavam e, claro, ficaram apavoradas com o que viram. Uma das vítimas no Junkers foi Evandro Chagas, filho do médico sanitarista Carlos Chagas, que havia falecido 6 anos antes, coincidentemente no mesmo dia e mês.
ResponderExcluirO Bar Saudades do Rio completa hoje 2 meses no novo endereço, com média de 300 visitas por dia.
ResponderExcluirA mudança fez bem. Novas fotografias, textos mais bem elaborados, excelente resolução nas fotos.
ExcluirBoa noite!
ResponderExcluirAlguem se recorda de um professor belga do Instituto Juruena?
Somente hoje vejo essa reportagem. Realmente, naquele local funcionou o Colégio Aldridg e também o Colégio Juruena, acredito que tenha mudado de nome por causa da influência do nome alemão na época da guerra. Há uma curiosidade que ninguém falou. Por volta de 1941 ou 40, dois aviões se chocaram um caiu na Baía de Guanabara que trazia uma orquestra que vinha de São Paulo para o Rio de Janeiro (todos morreram) e, o outro , que era um teco-teco, como se chamava naquela época uns aviõezinhos de treinamento tendo, esse teco-teco, caído um cima de um bar na esquina da rua Marquês de Abrantes com a Praia de Botafogo cujo piloto caiu no campo de vôlei do colégio Aldridge onde meninas jogavam vôlei. O corpo dele fez um burao enorme no chão e a meninas do colégio ficaram , por muito tempo, sem querem jogar lá. Estou com 84 anos e lembro-me bem de que, naquele dia, minha mãe foi com meu pai ao médico tendo passado em frente ao colégio ,no bonde, pouco tempo depois do desastre. Essa é a estória dos colégios que existiam onde , hoje, é a FGV.
ResponderExcluirJuruena de Mattos era o diretor antes que aterrasem a praia. O teto do laboratório era de encaixes lavrados, peças de museu. Biblioteca com exemplares de L'Illustraccion revista francesa.Professores formais, cultos.
ResponderExcluirTenho um alvinho de fotos, vou procurar.
ResponderExcluirEstudei lá. Lembro de uma chuvarada, saímos com água na cintura.
ResponderExcluirEstudei no Colégio Juruena e discordo deste comentário maldoso, que o Colégio era "boate". Isso chega a ser uma ofensa ao seu fundador, Dr Juruena de Mattos, bem como aos seus alunos. A foto em questão não é do Colégio.
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