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sábado, 29 de janeiro de 2022

DO FUNDO DO BAÚ - REVELL

Muitos nos deliciamos com os aviões e navios da Revell, de plástico, montados com todo cuidado (um dos últimos que montei foi o S.S. Brasil). A Revell vendia um ""kit"" de pintura para os modelos serem pintados a gosto de cada um e todos os modelos vinham com um pedestal, para serem colocados em exposição nos quartos dos adolescentes. 

Ainda tenho aqui comigo estes dois plásticos que vinham dentro das caixas de montagem da Revell - um do BOEING B-47 e outro do A 3 J VIGILANTE.  O Vigilante e o B-47 foram aviões que, apesar de belíssimos bombardeiros, talvez os mais belos já construídos, tiveram vida curta, sendo logo superados. Difícil imaginar que o projeto do B-47 remonta aos anos 40.  

Uma das primeiras lojas a importar os kits da Revell foi a Hobbylandia. Este anúncio, garimpado por M. Rouen de Mont-de-la-Veuve, fala desta loja que ficava na Av. Almirante Barroso nº 2. Éramos atendidos pelo Sr. Morimoto. Passados alguns anos a Hobbylandia mudou para o Edifício Avenida Central (Av. Rio Branco, 156). Foi lá que obiscoitomolhado comprou um Hidroavião Grumman, ainda da Revell americana.


Outros comentaristas, além de montar estes "kits", praticaram o aeromodelismo. Vemos uma antiga caixa de ferramentas para a prática do aeromodelismo de competição. Trata-se de modelo desenvolvido nos anos 50 pela Casa Aerobrás, tradicional loja localizada em São Paulo e comercializada no Rio pela Hobbylândia. Foi adquirida no final de 1959 pelo Docastelo e o acompanha até hoje como lembrança de algumas competições inclusive campeonatos em que teve a honra de integrar uma das equipes de aeromodelismo do Botafogo de Futebol e Regatas que se sagrou campeã em 1962.

A foto mostra alguns componentes básicos como a carretilha para armazenar o cabo, tipo liso (o trançado era então um luxo para poucos), a manete (em vermelho), uma bateria de 1.5 volts, peça muito cobiçada à época e um tubo de neoprene usado como duto do combustível. Outras peças estão sobre a manete. 

32 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Fui algumas vezes na Hobbylandia do Avenida Central com meu irmão. Ele comprava alguns kits (não da Revell) de plástico e metal, tintas e cola, além de miniaturas prontas. Geralmente de naves de Star Trek ou Star Wars. Eu também comprei algumas miniaturas. Ficou tudo para mim.

    Meu irmão não ia muito ao centro. Na verdade na maioria das vezes era por outros motivos, geralmente consultas médicas.

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  2. Em tempo, essa faceta dele até me surpreendia porque ele não se destacava pela paciência. Eu mesmo até hoje não tenho paciência com essas pecinhas minúsculas.

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  3. Eu era fã das miniaturas da Revell. Nos anos 60 e 70, comprava em papelarias ou lojas de brinquedos espalhadas pelo Leblon. Montei muitos aviões da primeira e segunda guerras mundiais. Também comprei o kit de pintura e era uma delícia pintar a camuflagem dos aviões e colar os decalques. Um kit muito bonito era o navio do Capitão Gancho. Que burrice não ter guardado com carinho meus aviões e navios que certamente hoje, teriam um lugar apropriado e certamente embelezariam o escritório de minha casa.

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  4. Digitei no Google kits Revell e para minha surpresa, ainda são comercializados pela Amazon, Americanas, Shoptime e Mercado Livre. Mas os preços são bem salgados.

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  5. Eu era freguês da Hobbylândia do Morimoto no Avenida Central. Montei vários modelos, entre eles B17-F, FW 190-D, Messerschmitt Bf 109-e e um Spitfire, todos "abatidos" por um sobrinho da minha primeira mulher. O menino era mais eficiente que qualquer artilheiro da Segunda Guerra Mundial.

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  6. Esses meninos do SDR só ouviram o galo cantar... mas acho que não comprei kit Revell no Avenida Central. Tudo veio da Almirante Barroso, 2, sobreloja. Que fedia a dope, produto estranhamente omitido pelo gerente do blog.
    Dope era a vida do entelador e só os menininhos que faziam planadores de asa plana não precisavam dele; deve ser o caso do moço...
    Quanto aos Revell, realmente o primeiro foi o Grumman, branquinho, ainda da Revell americana. Montei muito modelo nacional (incluindo os das caixas aqui mostradas, o Vigilante - que tinha o leme e profundores móveis e não só um pedaço, como é comum, e o B-47, ultra sem-graça). O Grumman não pintei, mas depois camuflava tudo e tanto que, às vezes, não achava os modelos em casa. Já não usava a caixinha da Kikores, mas as tintas da própria Hobbylândia e depois da Humbrol (essas,sim, comprei no Avenida Central, acho que na loja da Trainshop, que ficava no térreo do Avenida Central do lado do Bob's e que durou muito menos que a Hobbylândia).
    Tive Spifire e Me110, da Airfix, comprados no Uruguai em 66. Ninguém tinha e meus dogfights eram exclusivos.
    Mas a rotina do modelo é sem montado com carinho e ser desmontado, com desleixo e violência, por empregadas e seus espanadores, de modo que nada sobra. Uma pena.
    Montei o Missouri (USS-63) que resistiu bravamente às intempéries domésticas e terminou seus dias no fundo do Piabanha, alvejado por chumbos de 4,5mm Diabolô. Quase que escapa, mas a correnteza o levou para um remanso e ali, depois de alvejado por bombordo, sumiu. Yamamoto então sorriu.

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  7. A variedade doss modelos comercializados no Brasil pela Kikoler, nome da empresa que comercializava os modelos Revell, era pífia se comparada com a que era ofertada no mercado Norte-americano. Além disso as tintas eram em tom brilhante e de péssima qualidade, ao contrário das vendidas na Hobbylandia, que eram foscas. Na Tijuca havia uma loja semana sobreloja do número 685 da Conde de Bonfim e que pertencia a um japonês. Também nessa loja havia uma pista de Autorama. Alguns Pilotos, Comissários de bordo, e Oficiais das Forças Armadas, amigos de meu avô, traziam a seu pedido inúmeros kits Norte-americanos que faziam a alegria de seus netos, dos quais eu era um deles. Modelos como o "De Havilland Mosquito", "Hawker Typhoon", "Curtiss P -40 E", e "Nakajima Hayabusa", disponíveis no mercado brasileiro na época, foram montados por mim.

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  8. Bom Dia! Fui algumas vezes na Hobbylândia, mas sempre preferi fazer eu mesmo minhas miniaturas.

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  9. Os produtos da Revell eram produzidos aqui no Brasil pela A. Kikoler, uma indústria de plásticos que ficava ali no bairro de Guadalupe.
    Em 1985 tive a oportunidade de "injetar" alguns kits da linha de produtos da Revell na empresa que trabalhei, a qual estava prestando serviços à A. Kikoler. Eram peças muito delicadas, que exigiam muito cuidado na produção, desde a preparação da Matéria-Prima até o processo de moldagem.
    Em 2008 o polonês Arno Kikoler encerrou as atividades da empresa.

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  10. Cresci cercado por aviões e navios da Revell, Airfix, Monogram e outros fabricantes que se apagaram com o passar do tempo. Carrinhos também, mas os aviões é que dominavam o céu da minha casa na Prudente de Moraes desde o período pré-ponte do Jardim de Alá.
    Me lembro agora, sei lá por qual motivo, que o cheiro da cola Airfix era muito melhor que o da cola Revell.
    As tintas era várias, mas as melhores eram as inglesas da Humbrol. Meu pai era um craque nestas complicadas artes do modelismo. A aviação foi seu tema principal, sempre! Em plástico ou madeira balsa, os aviõezinhos, as vezes aviõzões, ocupavam generosos espaços na nossa casa. Eu fiz alguns modelos que nunca chegaram nem perto das alturas que os dele voavam, mas me divertia bastante fazendo. As lojas eram as que foram mostradas pelo Dr Luiz, mas naquela época existia um sistema muito bom de comunicação que eram as cartas. Meu pai escrevia para alguns lugares, outras lojas eu imagino, e algum tempo depois uma caixa chegava lá em casa com novas surpresas para serem montadas.
    Ainda tenho algunsaviões, barcos e até motores completos que sobreviveram desde aquela época.
    Boas lembranças!



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  11. Montei alguns modelos, mas sempre me foram presenteados por meu padrasto. Nunca comprei nenhum. Não lembro de todos, apenas do Boeing 707 e do Liberator B-24. Mas também montei um jato de combate, um navio de guerra e uma caravela. Acho que também o B-47 ou B-52, não lembro.bem.

    Quanto a pintá-los, acho que só o fiz em um modelo, não lembro qual.

    Era uma boa diversão.

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  12. Foi uma surpresa agradável visitar este fotolog e constatar o bem-vindo retorno do Fundo do Baú, tendo hoje como motivo a prática do modelismo. É uma boa oportunidade de homenagear meu saudoso amigo e antigo comentarista do blog, o popular AG (Álvaro Gabriel). Plastimodelista premiado, participante de vários concursos e exposições, em um dos nossos regulares encontros no antigo bar Bico Doce, no centro do Rio, confidenciou que, quando jovem, sonhava em ir para os EEUU e, quem sabe, conhecer algum praticante desse hobby. Quis o destino que seu sonho se realizaria um dia. Certa vez, da janela de onde se hospedara na terra de Tio Sam, viu na casa ao lado um menino em seu quarto, concentrado em plena atividade de montar um kit. Uma dessas coincidências que a vida nos oferece.

    O hobby do plastimodelismo até hoje tem seus adeptos, mas esteve em seu auge nos anos '60, '70 e '80, em especial pela chegada dos modelos lançados pelos japoneses, como os da Tamya etc.. Esse hobby foi matéria de capa nos anos '60 da revista Mecânica Popular, entre outras, com o pessoal da Revel (aqui representada por A. Kikoler) se jactando que suas reproduções de personagens em miniatura eram tão perfeitas que podiam ser observados detalhes como uma covinha no queixo. Exageros à parte, fizeram enorme sucesso com os lançamentos da Airfix (patrocinou até games), Aurora etc.. Kits como uma versão de um motor V8, montado sobre um chassi opcional, movido a pilhas, caixa de marchas e freios que de fato funcionavam enlouqueciam os plastimodelistas. Isso sem falar nos modelos educacionais como o "visibleman", ou a "visiblewoman", esta que aparece na foto da postagem, úteis no estudos preliminares de anatomia.

    É possível que o futuro desse passatempo se esmaeça no futuro com as atuais impressoras 3D, assim como o aeromodelismo RC foi diretamente afetado pelo surgimento dos drones. Recentemene vi um capítulo da série do reality show "Caçadores de Relíquias" no qual os protagonistas visitam um veterano praticante, e sua grande coleção de aeromodelos RC, que justifica seu desinteresse pelo surgimento dos drones. Antes já existia uma certa desmotivação quando surgiram os modelos "ready-to-fly" ("compre pela manhã e voe à tarde", era o slogan), desprezando as naturais e originais montagens dos modelos tradicionais.

    O despertar do meu interesse pelo hobby surgiu, ainda criança, quando vi no campo de futebol do Clube Galitos, no subúrbio do Engenho Novo, a tentativa de voo de dois modelos. Apesar dos problemas (houve um acidente com um dos modelos) foi ali que surgiu a primeira chama de interesse. Depois dos primeiros modelos primários (planadores) surgiram os VCC (voo circular controlado), até atingir os especializados, como os usados em campeonatos de "team racer" (corrida em conjunto). Disputar provas representando o Botafogo de Futebol e Regatas foi o auge da prática.

    Finalmente, não possuo mais a caixa de ferramentas que é mostrada na postagem. Foi dada de presente a um veterano aeromodelista que conheci depois que me mudei para Copacabana. Isso depois de tentativas de organizar um espécie de museu sobre o tema. Como não observei qualquer interesse daqueles que ainda praticam o hobby me desfiz do que restava do acervo.

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    1. (correção) ...se esmaeça com as atuais e as futurísticas impressoras 3D...

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    2. A loja referida no comentário de 09:01 pertencia à dupla Maeda e Borel, ambos aeromodelistas atuantes na modalidade team racer, a mesma por mim praticada. Eram experts no assunto e, além de outras provas, foram campeões da competição Mil Voltas da Guanabara, talvez a mais famosa no país pela longa duração. Minha equipe (Relâmpago) também estava inscrita mas alguns decisões técnicas equivocadas do líder da equipe acabou por determinar nossa eliminação.

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    3. correção)...algumas decisões...

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  13. O biscoito não informou se ele montava kits de automóveis, se é que havia isso...

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    1. Montei alguns, uma vez pintei um Mustang a pincel que ficou de alto nível, parecia pistola. Mas o prato principal sempre foram os aviões.

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    2. Realmente lembro de alguns modelos de carros, mas os carros-chefes eram aviões e navios. Geralmente via as propagandas da Revell (ou outras marcas) em revistas em quadrinhos.

      Minha memória pode estar começando a me trair, mas eu via mais montagens de carros com LEGO.

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  14. Comprei alguns modelos de aviões de caça da segunda guerra mundial (escala 1/48,já montados e pintados) na Orangebox Miniaturas.
    A oferta não é grande nesta escala, mas tem bastante coisa na escala 1/72. Ficaram bem bacanas na estante, são muito bem acabados.
    Se interessar> https://www.orangeboxminiaturas.com.br


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  15. Eu ganhei um kit de montagem mas a cola acabou e nunca acabei de montar, não me lembro o que era, só que a cola ficou toda agarrada nos meus dedos e que enchi o saco.

    O único kit que montei foi de um rádio no qual escutava a Rádio Mundial, isso sim, foi muito legal.

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  16. “Hello crazy people, Big Boy rides again!”
    Cavern Club, Ritmos de Boite,... bons tempos !

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  17. Retornei ao blog em razão de uma curiosa coincidência. No meu comentário menciono um reality show equivocado. O registro sobre os aeromodelos RC foram na série conhecida como "Trato Feito" do canal History que estou revendo neste momento. A quem interessar o episódio é o 557 da temporada 22.

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    1. Também estava vendo esse programa ontem e logo reparei na referência ao tema de sábado aqui no Blog.

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  18. Uma vez comprei um avião. Mas não finalizei, nunca tive aptidão para esse brinquedo. Já começava a existir vídeo game, isso no começo dos 80, gostei mais.

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  19. Montei alguns aviões Revell e o dedo ficava com placas de cola. Mas havia um brinquedo que era possível montar um rádio, num pequeno chassis de madeirit furada. Bons tempos.

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  20. Cheguei no dia seguinte, mas não custa registrar. Montei muitos kits de plástico, só um de madeira. Os 2 ou 3 primeiros não pintei, mas depois comprava os kits Revell e tintas na galeria do Bruni Copacabana, na Barata Ribeiro. Me lembro do A-3 Vigilante, F-4 Phantom, USS Missouri, SS United States, BF-109, B-707, o Tirpitz, P-51 Mustang, Spitfire, etc. Me lembro que a base era uma calota do globo terrestre, com a haste para fixar na barriga do avião. Só montei um da Airfix, um pequeno avião inglês, não me lembro qual.

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  21. Boa tarde a todos! E um boa tarde especial ao Docastelo e seu "baú".
    A primeira ida à Hobbylândia era um deslumbre para um garoto de onze ou doze anos (ainda na Almirante Barroso), como já me havia advertido a mãe de meus então vizinhos e amigos Otaviano e Sérgio. Era um mundo mágico, com aviões à toda volta (pendurados no teto), prateleiras e balcões com motores e ferramentas, funcionários conhecedores do assunto, enfim, vontade de nunca mais sair de lá.
    Há algum tempo fui à Allen Modelismo, na rua da Quitanda. Espero que ainda esteja lá.
    Desde ontem sem energia elétrica na roça. Desculpem o atraso.

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  22. Explicação: Otaviano e Sérgio se mudaram mas não deixaram de ser amigos.

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    1. FF: Há 50 anos, em 30/01/1972, ocorria na Irlanda o Domingo Sangrento, quando 13 manifestantes católicos foram mortos por soldados britânicos.

      O evento inspirou uma das músicas mais famosas da banda U2.

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  23. Boa tarde a todos! O plastimodelismo continua vivo e cada vez mais forte. Pode-se dizer que hoje vivemos a sua época de ouro, com dezenas de novos fabricantes e modelos que a gente nunca imaginava ver um dia. Isso sem falar em outras dezenas de empresas dedicadas a produzir acessórios para esse hobby, como tintas, itens de acabamento, detalhes e muito mais. Revell e Airfix continuam firmes,junto as que vieram depois, japonesas e agora chinesas. Pesquisem na web, por exemplo, as marcas Tamiya, Fujimi, Aoshima, Hasegawa, Flyhawk, Meng, Border e Rye Field. A suspresa será grande. Saudades da Hobbylandia, mas hoje lojas como ela estão desaparecendo aqui e lá fora, substituídas pelas grandes lojas virtuais de modelismo. Abraços a todos. Paulo

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  24. Os modelos de navios comercializados pela Kikoler no Brasil se resumiam à nau Santa Maria, o encouraçado Missouri, o Destroyer de Escolta da Marinha Brasileira Bertioga, e um Navio Hospital cujo nome me foge. O Bertioga D-21 foi vendido para o Brasil após ser "descomissionado" do serviço ativo da Marinha Norte-Americana. Era da Classe Buckley e foi um dos seis vendidos para o Brasil em 1945. Quando criança eu tive o catálogo dos modelos Revell vendidos nos EUA e era de uma variedade impressionante, pois iam desde o Fokker D-VII alemão em escala 1/36, passando pelo Yakolev-9 também em 1/36, até chegar ao Yamato, o maior couraçado do mundo em 1945. Uma pena que nenhum deles chegou ao Brasil.

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