A postagem de hoje era sobre a Urca. Deixei, como todos os dias, tudo pronto para entrar no ar às 7 horas. Surpreendentemente ela desapareceu. Seria a censura ou algum defeito do Blogger?
Para substituí-la, às pressas, já que tenho um compromisso agora, vai ao ar esta fotografia que mostra o Trevo das Forças Armadas na década de 70.
O mais notório é inexistência do Viaduto Paulo de Frontin, que dá acesso ao Túnel Rebouças.
Além de mais algumas alças no viaduto houve uma transformação enorme no trecho à direita da foto. Nesse local foram construídos os edifícios dos Correios e da sede da Prefeitura alem de, mais à direita ainda, o grande edifício sede da Sul América.
Do lado esquerda da foto existe hoje a ponte do Metrô que me parece de muito mau-gosto.
Em verdade a foto parece ser de 1969 em razão do canteiro de obras onde foi construído um conjunto residencial do B.N.H que ficou pronto em 1971 ou 72. Ali funcionava uma garagem de bondes da Light. Ness mesmo espaço e quase na esquina da Joaquim Palhares foi construído o Colégio Estadual Martin Luther King. Na foto não ainda não há vestígios do acesso ao viaduto da Paulo de Frontin, que seria entregue em 1972 mas devido a um desabamento só foi inaugurado em 1974.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Quantas coisas desapareceram desde a época desta foto até os dias de hoje. Todo o casario tanto do lado direito como do lado esquerdo da Av. Pres. Vargas, o gasômetro da Pça XI, a Vila Mimosa, todo o casario da rua Benedito Hipólito, a rua General Pedra e todo o seu casario.
ResponderExcluirAs demolições no Estácio e na Cidade Nova apenas do lado ímpar (lado direito da foto) da Presidente Vargas foram de tal monta que atualmente, mais de 50 anos depois, a região é um deserto. Do lado par o estrago também foi devastador. Na parte esquerda da foto a rua Elpídio Boa Morte, um interessante polo de calçados, desapareceu completamente.
ResponderExcluirEssa região da cidade mudou muito. Morei na rua General Pedra, a ruazinha paralela à Pres. Vargas, à esquerda na foto, até sermos desapropriados para construção das oficinas do metrô.
ResponderExcluirO asfalto da rua era todo marcado com sinalizações de trânsito, pois nela eram testados as marcações e tintas.
De lá acompanhei a construção do viaduto 31 de março.
Devido à interdição parcial da Pres. Vargas para construção do metrô, assistíamos (de graça) o desfile das campeãs, em arquibancada construída sobre o canal do mangue.
O primeiro prédio à esquerda da Pres. Vargas era da CTB, depois Telerj e recentemente estava ocupado pela U. Estácio de Sá.
Dos poucos imóveis que restaram, o da CEG com sua inscrição em latim na fachada “Ex fumo darem lucem”.
O viaduto do metrô sobre a Francisco Bicalho é de mau gosto, mas a passarela do metrô sobre a Pres. Vargas é muito pior.
A região da Rua General Pedra compreendida entre a estrada de ferro e a Presidente Vargas possuía uma densidade de prédios e pessoas comparável a um bairro, grande parte dele não possuía casas destinadas à exploração do lenocinio, e era habitado por famílias. Eu era muito pequeno mas lembro bem quando minha mãe me levou à uma "rezadeira" em uma casa antiga de frente de rua, e lembro até hoje do barulho dos trens que vinha do outro lado do muro.
ResponderExcluirEntre os que não existem mais e chamavam a atenção nessa paisagem: o gasômetro da Cidade Nova e a fábrica da Brahma na Mq. de Sapucaí.
ResponderExcluirSe não me falha a memória o conjunto habitacional que aparece em construção seria jurisdição do Galeno, que comenta aqui de vez em quando.
Essa foto me dá margem a vários comentários. Fá-los-ei (!!) em seguida:
ResponderExcluir1) na margem esquerda, posição centro, vê-se a travessia sobre o Canal do Mangue, conhecida como Ponte dos Marinheiros. Por ela cruzavam ônibus e lotações que demandavam a Praça da Bandeira e bairros à frente, como Tijuca, Grajaú, etc. Havia um sinal naquele cruzamento (acho que ainda há), o que na hora do rush provocava engarrafamentos na área.
2) um pouco acima do centro da foto, vê-se uma das travessias em nível que cruzavam o canal. É a segunda, de baixo para cima ao longo da reta do canal. Ao lado dela, dá para ver dois telhados paralelos, em formato aproximadamente cônico. Eram os telhados da garagem de bondes da antiga Companhia São Cristóvão, absorvida pela Light em 1907. Eram duas construções, situada na rua Pereira Franco.
3) aproximadamente no centro da foto, na reta da pista que vem da Central para a Leopoldina, vê-se uma área larga e gramada. Ainda existe hoje, porém escondida pelo conjunto de viadutos. Era por essa travessia que os bondes e veículos vindos do Boulevard São Cristóvão acessavam a pista da esquerda a Presidente Vargas (lado par). Se não me engano, o boulevard era mão dupla para bondes porém mão única para carros, só no sentido Praça da Bandeira ==> Presidente Vargas. Também era essa travessia a usada pelos bondes que faziam trajeto via Leopoldina e aquela pista a Presidente Vargas.
Mais comentários:
ResponderExcluir4) a área devastada no canto inferior direito da foto, como o Joel já disse, abrigava a enorme garagem e oficina de bondes da antiga Companhia Ferro-Carril de Vila Isabel, também absorvida pela Light em 1907. Nessa área foi construído o grande condomínio Martin Luther King Jr, que engloba prédios residenciais, uma escola e uma quadra de basquete da ABVRJ (Associação de Basquetebol de Veteranos do Rio de Janeiro).
Ainda com relação a essa garagem, muitos comentaristas, blogs e sites sobre o Rio Antigo cometem um compreensível engano, chamando-a de "garagem DE Vila Isabel", quando o correto é "garagem DA Vila Isabel". A confusão é porque em Vila Isabel a Light construiu, em meados da década de 1920, uma garagem, próximo à Praça Barão de Drummond. Então se confunde essa última garagem com aquela.
Para encerrar: por volta de 1963/64, num sábado à tarde, eu estava voltando da aula no Colégio Pedro II, sentado no reboque de um bonde da linha 68 - Uruguai x Engenho Novo. Por algum motivo, o bonde parou justamente na esquina da Pereira Franco, onde havia uma garagem pequena, como já citei antes em outro comentário. Outros alunos do Pedro II, também no reboque, viram as "garotas" nas ruas e janelas, e aí começaram a gritar para elas, vocês já imaginam o quê. Havia algumas poucas meninas e mulheres no reboque, e elas ficaram muito sem-graça com o que estava ocorrendo.
ResponderExcluirSobre o tema de hoje, a única colaboração que vejo, além das já publicadas se refere à nomenclatura. O termo usado “trevo das forças armadas” não é oficial, foi criado devido aos nomes dados aos viadutos serem referentes às forças armadas, senão vejamos, da esquerda para direita na foto:
ResponderExcluir1 – Viaduto dos Marinheiros - da Pres. Vargas à Pça da Bandeira
2 – Viaduto dos Pracinhas – da Francisco Bicalho à Pres. Vargas
3 – Viaduto dos Fuzileiros – da Pça da Bandeira à Pres. Vargas
4 - Viaduto dos Aviadores (que ainda não havia sido construído) – da Paulo de Frontin à Pça da Bandeira.
O antigo prédio da CEG, aquele que contém a inscrição "ex fumo dare lucem", foi usado durante certo tempo pela Superintendência de Tráfego da Light. Para mim foi total surpresa, ao ver a foto dele e o texto referente a essa instalação da Light citados na edição de novembro de 1929 da Revista Light.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirEssa região da cidade foi muito alterada nos últimos 50 anos. Assim como outras. As últimas intervenções, na década passada, foram de muito mau gosto.
A Presidente Vargas e seu entorno constitui exemplo de um (enorme) desastre urbanístico.
ResponderExcluirAi vemos uma da intervencões mais horrendas do Rio. Tudo começou com a Getulia Vargas que separou fisicamente o lado que vemos na esquerda. Após a obra essa parte ficou em decadência e era habitada por pessoas muito humildes em cortiços ou coisa semelhante. Veio o metrô e a Prefeitura. Para piorar a petrobras fechou um prédio enorme na área. Resumindo tudo em decadência. Lamentável.
ResponderExcluirNa época que estudei no São Bento no último quartel dos anos 60, o 220 na ida atingia a Presidente Vargas via Largo do Estácio e Machado Coelho, mas na volta ele utilizava a duplicação da Ponte dos Marinheiros, entrava na Paulo de Frontin, e virava à direita na Haddock Lobo. Eu tenho algumas fotos da construção do primeiro viaduto mostrando a circulação de bondes em meio aos tapumes. A devastação foi grande.
ResponderExcluirO Viaduto dos Marinheiros inaugurado em 1964 só ocorreu após a desativação das linhas de bonde que circulavam do lado par da Presidente Vargas. A partir desse ano era possível ir da Candelária até o Maracanã em linha reta em razão de parte da Radial Oeste ter sido inaugurada. Mas algumas linhas de bonde que circulavam do lado esquerdo da Presidente Vargas permaneceram em atividade até 1965. Essa época possui algumas peculiaridades como a "inauguração fracionada" da Radial Oeste, e que só foi completada em 1972/74 devido a uma série de problemas oriundos de desapropriações. A "Avenida Central do Brasil" mais tarde Marechal Rondon construída em 1965, e que faz parte da "espinha dorsal" da Radial Oeste também tem uma história interessante e nada mais é do que a interligação de de diversas ruas já existentes.
ResponderExcluirOs inúmeros viadutos que foram construídos melhoraram muito o acesso da Zona Sul as estradas da baixada, porém entre a linha vermelha e a ponte Rio-Niterói, só existem acessos indo e vindo da baixada, acessos indo e vindo da Zona Sul não existem.
ResponderExcluirPaulo,
ResponderExcluirMinha mãe ainda mora nos prédios. Eu saí quando casei, mas estou sempre a visitando, até porque moro uns 200 metros dela.
Os prédios da Joaquim Palhares tem os seguintes nome: Estácio de Sá, Padre Manoel da Nobrega e Salvador de Sá.
Os da Av. Pres. Vargas eu não sei os nomes.
Até uns anos atrás os moradores recebiam notificações da prefeitura dizendo que teriam que pagar pelo terreno, pois era dela (????).
Acho que já comentei aqui que as áreas dos prédios eram abertas, mas de tanto os assaltantes usarem de rota de fuga para acessar a Francisco Bicalho, resolveram cada prédio ter seu próprio condomínio e assim cerca as áreas.
O que conheço é E.M. Martin Luther King Jr, não sei se os prédios já tiveram esse nome citado pelo Hélio.
E fechando o assunto, acho que já comentei também sobre o nome da Rua Joaquim Palhares.
Nome dado a uma parte da antiga Rua São Cristóvão, a um antigo funcionário da receita municipal.
Se não me falha a memória, ele começou como contínuo ainda no tempo do império até chegar a altos postos na Fazenda.
Morreu na década de1930.
No local, também está a garagem do TJ. Antigamente, era uma Cooperativa. O pessoal mais antigo deve se lembrar.