Deparando-me com esta foto fui à Internet pesquisar sobre esta aeronave em vários “sites”. Os especialistas no assunto poderão fazer as correções necessárias, já que meu conhecimento nesta área é mínimo.
Durante a 2ª Guerra
Mundial, nos anos 40, várias bases norte-americanas foram instaladas no Brasil,
principalmente no Nordeste. Em 12 de novembro de 1943 um esquadrão de Martin
Mariner PBM-3S mudou sua sede para a Ilha do Governador, na NAF Galeão, no Rio
de Janeiro. Deixaram um destacamento de três aeronaves em Aratu. Para os
americanos, apesar da NAF Galeão estar mais perto da zona de caça aos
submarinos inimigos, as condições de vida eram consideradas “primitivas” e
frequentemente o lugar estava envolto na névoa no amanhecer.
O Martin Mariner PBM-3S tinha
menos armamentos que outras aeronaves: somente quatro metralhadoras, todas
manuais. A quantidade menor de armamento era compensada com uma carga maior de
combustível, já que o PBM-3S era uma aeronave antissubmarino de longo alcance. O
Martin PBM Mariner foi um hidroavião usado pela Marinha dos Estados Unidos nas
décadas de 1930 e 1940. "PB" significa "Barco de Patrulha",
sendo "M" a marca comercial da Martin Company, seu fabricante.
Vemos nesta foto o U.S.
Navy Martin PBM-3S Mariner of Patrol Bombing Squadron 211 (VPB-211) voando
sobre o Arsenal de Marinha em dezembro de 1943. Aparecem também vários destroieres incompletos.
Este aeroplano foi usado em 1941 na
Batalha do Atlântico, ajudando a afundar dez U-boats dos alemães. No ano
seguinte teve papel importante na ligação entre o Havaí e o Pacífico Sul.
Participou da campanha desde as Ilhas Marianas até Iwo Jima e Okinawa. Foi
muito usado nas operações de salvamento de pessoal da Marinha e da Força Aérea.
No final da guerra foi dos primeiros a chegar à Baía de Tóquio.
Vemos os PBM Mariner voando
perto do Corcovado em 1943. Em 31 de julho de 1943, um submarino alemão U-199
foi surpreendido na superfície, ao largo do Rio de Janeiro, atacado e afundado
na posição 23º54’S – 42º54’W, por cargas de profundidade, por um avião
americano PBM Mariner (Esquadrão VP-74 – Marinha dos EUA) e duas aeronaves
brasileiras (Catalina “Arará” e Hudson), resultando em 49 mortos e 12
sobreviventes.
Aqui vemos o PBM-3c do
VP-211 sendo baixado ao mar na rampa de hidroaviões do Galeão. O Pão de Açúcar
aparece no horizonte, bem no centro da foto.
A foto mostra um PBM-3c
do VP-211 decolando na frente da Base Aérea do Galeão.
Nos anos pós-guerra estas
aeronaves estiveram envolvidas na exploração do Ártico e da Antártica e na
Guerra da Coreia.
Aos interessados na
participação aérea do Brasil na 2ª Grande Guerra encontrei este “site” que
parece interessante:
https://www.abul.org.br/biblioteca/146.pdf
Belas imagens que mostram um Rio de Janeiro em seu período de esplendor. Os Norte-americanos que mantinham bases no litoral brasileiro tiveram sua tarefa facilitada em razão da Marinha de Guerra Alemã ser minúscula no que tange a navios de superfície, e portanto não era "páreo" para a U.S.Navy e para a Royal Navy. Porém a força da III Reich estava nos U-Boats, e daí o empenho dos aliados na guerra antissubmarina.
ResponderExcluirFotos espetaculares! Que registro magnífico. Quanto aos contratorpedeiros incompletos, é a ladainha de sempre, o casco fica boiando à espera do acabamento, que em navio de guerra é muito mais complexo. Na construção civil é parecido, a alvenaria voa e depois tudo demora.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirAs fotografias são muito boas.
Impressiona o tamanho da tripulação: 10 tripulantes.
Bom dia Saudosistas. Dia de aprender, tinha conhecimento de submarinos alemães na costa do nordeste, porém nunca havia ouvido falar no litoral do Rio de Janeiro.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirO ensanguentado JBAN perguntaria: "Aqui é o Voando para o Rio?".
Mais uma aula sobre um assunto de domínio de poucos. Acompanharei os comentários.
Bom dia! Já escrevi que o grande lance do futuro é redescobrir o passado. No meu repouso forçado desse fim de semana , assisti o Soldado que Não Existiu , uma história da 2a guerra que só recentemente foi descoberta. A 2a guerra TB aconteceu no Brasil. Interessante resgate. Devem existir documentos oficiais amarrados em alguma pilha de arquivos. Aviões de guerra sobre o Rio... Imagem inimaginável. Assim como milícias nas áreas carentes..
ResponderExcluirPrezado GMA, essa história retratada no filme não é algo tornado público recentemente. Já é coisa antiga. Eu tenho o livro "História Secreta da Última Guerra", publicado em 1962 pelas Seleções do Reader's Digest, e esse episódio está ali narrado, sob o nome "Um Cadáver em Missão de Guerra". O autor é Ewen Edward Samuel Montagu, justamente o oficial da Inteligência Naval que teve a brilhante ideia.
ExcluirOk. Repassei o peixe como me passaram, como sendo original. Com radares e GPS a guerra hoje é outra. Não há romance, não há mistério, não há dribles de estratégia. Essa guerra da Ucrânia toda terrestre. Aviões dos EUA sobre a Cidade maravilhosa, algo de nonsense. Deve ter muito mais história por trás.
ExcluirDo site sentandoapua.com.br :
ResponderExcluir"O avião contava com aquecimento, ventilação, uma cozinha e beliches dobráveis. A cozinha incluía até uma geladeira, um aquecedor de água e um forno elétrico. O conforto da tripulação era importante nos longos voos de patrulha."
Fotos da Base do Galeão são raras e essa mostra o lado bucólico antes da construção ponte que liga a Ilha ao continente.
ResponderExcluirSe qualquer embarcação em alto mar já tem as suas dificuldades, imagine os submarinos. Acho que mesmo em tempos de paz a tripulação, se já não for, tem que ser só de voluntários com salários aditivados.
De vez em quando fico achando que conheço o Rio de antigamente mas aí vem o gerente e me derruba. Nesta semana estou conhecendo coisas de que nunca ouvira falar. Concordo com obiscoito pois as fotos são espetaculares.
ResponderExcluirNa ultima foto , próximo ao Martin, dá para se observar um flutuante que servia de atracação. Atualmente seus restos ficam visíveis na maré baixa, junto a praia, na direção do posto de GNV. Quando das obras para implantação do BRT Galeão, tentaram destrui-lo, mas sem sucesso...
ResponderExcluirFora o evento da segunda guerra mundial, o Brasil tirou pouco proveito na história por ser o país mais oriental das américas. Nem como questão estratégia serviu muito. Hoje os EUA prefeririam montar uma base nos Açores, Madeira ou Canárias, do que no nordeste brasileiro. Talvez se a África fosse um continente rico e desenvolvido economicamente certamente essa história seria outra; a distância Natal - Dakar é de apenas 3.000 km, bem menos que Natal - Porto Alegre.
ResponderExcluirO Brasil virou um aliado estratégico porque o Getúlio estava se fazendo de difícil, ora pendendo para um lado, ora para o outro. Os americanos simplesmente ofereceram mais. Tanto que o Roosevelt deu um "pulinho" por estas bandas.
ExcluirPesquisando sobre o tema submarino achei artigo do Davi Nasser sobre Gerardo Mourão e Samuel Wainer, da pesada
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