O “Do fundo do baú” de hoje mais parece um “jabá” (o termo vem de “Jabaculê”, um termo utilizado na indústria da música brasileira para denominar uma espécie de suborno em que gravadoras pagam a emissoras de rádio ou TV pela execução de determinada música de um artista). Mas o “Saudades do Rio” não se presta a isto, apenas aproveitou uma foto de há 100 anos.
Esta
foto, garimpada pelo prezado comentarista Gustavo Lemos, é do “Chalé Leite Moça”
montado para a Exposição do Centenário de 1922.
Segundo o Gustavo a Nestlé iniciou a produção no Brasil no ano anterior em Araraquara-SP. Antes disso, o leite condensado era importado dos EUA com o nome Milkmaid. Os brasileiros passaram a chamá-lo de Leite Moça, pelo desenho do rótulo. Ao lançar o produto aqui, a Nestlé resolveu adotar o nome que era conhecido. Infelizmente os visitantes do chalé não comeram brigadeiro, cuja receita só foi criada em 1946.
Este anúncio, também no Correio da Manhã, é do ano de 1929. Vemos que o preço da lata aumentou para 2$200. O que estranhei foi que o preço de três latas não tem desconto. Já a compra de 6 latas tinha desconto: em vez de 13$200 ficava por 12$600.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirVárias marcas conhecidas do nosso cotidiano já são centenárias. Salvo engano, vi recentemente uma de chocolate Lacta dessa mesma época ou um pouco anterior, até.
Sobre o Leite Moça, aqui em casa não éramos "fãs" de leite condensado, mas às vezes fazíamos o procedimento de cozinhar a lata para transformar em doce de leite. Com as novas embalagens que abrem "fácil" ou em caixa longa-vida, o método caiu em desuso.
Em tempo, sobre o anúncio de 1929, me parece que três latas eram 6$500, fazendo um pequeno desconto em relação a três latas avulsas de 2$200.
ResponderExcluirBom Dia! Leite Moça e muito gostoso, só que certa vez um vendedor do produto me garantiu que de leite ali não tem nada. Não faz mal, continuo gostando dele. No pão em vez de manteiga é tudo de bom.
ResponderExcluirE a Nestlé que tem o costume de sabotar o consumidor brasileiro reduzindo o conteúdo dos produtos, sem reduzir proporcionalmente o preço (ok, outras empresas fazem isso, mas a marca suíça foi a primeira a reduzir, no caso, os iogurtes e depois, em muitos outros produtos) agora esculhambou de vez o consumidor, lançando a "mistura láctea condensada" num embalagem muito parecida com a do leite condensado.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. É um produto que está fora das minhas preferências, sou mais chegado a uma latinha de cerveja, rs, rs, rs... vou acompanhar os comentários.
ResponderExcluirO Leite Moça agora também é fabricado na fábrica de Araras, no interior de SP. Esta fábrica remonta a década de 20, quando começou a produzir o Nescafé. Toda vez que ia visitar uma empresa em Araras eu me hospedava num hotel ao lado desta fábrica. Embora eu aprecie o odor de café, sentia enjôo do cheiro constante e onipresente do dito cujo.
ResponderExcluirlembro muito bem da lata antiga, lá dos anos 70, quando eu podia comer uma inteira. rsrsrsrsrsrsrsrsrs
ResponderExcluirhj a nestlé bagunçou o coreto, com redução do peso dos produtos, biscoitos ruins, sem aquele "quê" da empresa. tá igual a avon. já foram glamour. hoje, padrão dolly.
Uma das receitas é de arroz doce, que eu adoro. Mas sem firulas: só com cravo, canela e casca de limão. Nada de misturar coco ou amendoim.
ResponderExcluirNão estou entre os fãs desse produto. Como uma ou outra guloseima com leite condensado e já vi gente estranhando pois não acrescento o Leite Moça no cuscuz.
ResponderExcluirQuanto à queda na qualidade, é o padrão atual da indústria. A preocupação é com custos. Como custo baixo rima com qualidade idem, o resultado é o que vemos.
ResponderExcluirUm bom exemplo aconteceu comigo: comprei uma cadeira reclinável da MOR, em fins de 2020. A capacidade dela é de 100kg, conforme especificado na etiqueta. Eu peso 77kg. Com poucos meses de uso, a estrutura do encosto empenou para trás. Desenverguei e coloquei duas barras de ferro de reforço, para não perder a cadeira. Há uma semana, a estrutura vergou para os lados. Desenverguei e ontem coloquei mais duas barras de ferro para impedir isso. A cadeira parece um Frankenstein, toda remendada. A MOR havia me proposto substituir a cadeira, mas recusei porque o empenamento certamente ocorreria com a nova e eu teria de fazer os tais reforços nela.
Diminuir a quantidade de produto é o novo normal: sabonete, de 90 para 85 ou 80g; pasta de dentes, de 90 para 50 ou 70g; papel higiênico, de 30 para 20m; shampoo e condicionador, de 400 para 325g; biscoito, de 200 para 180 ou 160 ou 143g; medicamentos, de 30 para 28 comprimidos; fiação de eletrodomésticos, de 1,50m para 60cm. E assim por diante.
ResponderExcluirNo anúncio da Manchete, o jornal deve ser o Correio da Manhã e o pão uma bisnaga.
ResponderExcluirAgora, fazer café com leite com Nescafé e Leite Condensado, como parece sugerir o anúncio, é dose ....
Usei muito o Nescafé, na época em que minha mulher e eu trabalhávamos e tínhamos de sair cedo de casa. Depois passamos a usar garrafa térmica e café normal.
ResponderExcluirNão gosto de café, mas um antigo visitante do SDR, o Jorge Izvekov, uma vez me deu uma embalagem de café colombiano (não lembro a marca) que era delicioso. Bebia com gosto.
Esse deve ser o Jorge, o ucraniano.
ExcluirA moda agora é "bebida láctea" imitando leite, "queijo processado sabor muçarela", mistura láctea imitando requeijão e por aí vai.
ResponderExcluirRecentemente cadeia de fast food (aquela dos arcos) foi obrigada a recolher produto com propaganda enganosa.
Não é de hoje que as embalagens "encolhem". Sempre que a inflação dá um pico, a medida é adotada. Eu lembro de caixas de bombom de 500g, o dobro do tamanho padrão atual. Encolheram para 400g, 300g e agora o tamanho atual.
Embalagens de cortes de frango com 700g ou 800g, embalagem de macarrão com 750g e as caixas de sabão em pó com pesos diversos "quebrados" (1,6kg, 2,2kg, etc). O melhor mesmo é levar uma calculadora e ver o preço por kg ou litro.
Fica a sensação que o objetivo é mesmo complicar o "calcular de cabeça".
ExcluirBarras de chocolate também cada vez menores. Mais um pouco e vão ter a espessura de cartão de crédito.
O biscoito goiabinha da Piraquê diminuiu tanto de quantidade que em breve será vendido por unidade...
ExcluirVerdade. Antes eram 100g, agora são 75g. De 4 biscoitos passou para 3.
ExcluirAs embalagens de queijo ralado agora vêm em diversos pesos diferentes. 40g, 50g ou 100g. Não é difícil ver alguém levar uma de 40g, com um preço bruto um pouco menor, mas proporcionalmente mais desvantajoso do que uma de 50g, por exemplo. E a diferença em centavos nem é tão grande...
ExcluirA mesma coisa acontece com o pão de forma, com embalagens de 400g, 450g, 480g e 500g. Haja calculadora para ver o melhor custo/benefício.
Também não sou fã de café, mas depois que minha filhinha nasceu, pareço até um viciado. 😂
ResponderExcluirUm café que gostei muito e recomendo é o São Gabriel. Conheci quando fui a São Lourenço.
A última vez que o comprei, foi quando quando fui a Penedo. Encontrei-o em uma lojinha.
Por falar em pão de forma houve uma alteração no prazo de validade. Se antes era de uns 15 dias agora passou para mais de 30 dias. O que fizeram? Mais conservantes?
ResponderExcluirOu "novos estudos" concluíram que o prazo podia ser dobrado .... A diminuição de quantidade do produto com a manutenção do preço da quantidade anterior é uma prática comum; depois de algum tempo some o aviso de redução de quantidade e vida que segue...
ExcluirNa verdade já no tempo do Brasil Colônia e do Império, o hábito de "roubar na balança" era costume. Não havia fiscalização e aferição do funcionamento das balanças. Atualmente a fraude se dá nas embalagens com conteúdo inferior ao anunciado e é agravada pela desatenção de muitos, bem como a falta de informação e/ou a dificuldade de entendê-las de muitos consumidores. A Lei 8078/90 (Código de Defesa do Consumidor) foi um grande avanço, mas ainda há muito o que fazer...
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