A Rua Voluntários da Pátria, antiga Rua Nova de São Joaquim, segundo Paulo Berger, foi aberta em 1826, da Praia de Botafogo até a Travessa Marques, através dos terrenos da antiga Fazenda da Olaria, de propriedade de Joaquim Marques Batista de Leão, daí seu primitivo nome de Rua Nova de São Joaquim (não confundir com a Rua de São Joaquim no Centro).
Em 1847 a Câmara
Municipal aprovou, por doação de Joaquim Marques Batista de Leão, a abertura da
continuação da Rua Nova de São Joaquim, homenagem ao santo onomástico do doador.
A Companhia Jardim
Botânico prolongou a rua da Travessa Marques até a Rua Humaitá.
O Corpo de Voluntários da
Pátria, criado em 1865, era integrado por civis voluntários que acorreram às
armas, participando da campanha contra López, na Guerra do Paraguai. À cidade
do Rio de Janeiro coube a formação do 1º Batalhão de Voluntários da Pátria que
teve seu batismo de fogo na resistência à invasão de São Borja.
Nesta fotografia podemos
ver o caos do trânsito em Botafogo, num tempo em que a Rua Voluntários da
Pátria (assim como a Rua São Clemente) tinha mão-dupla e tráfego de automóveis,
bondes e lotações. Como a rua tem três pistas imagino a disputa que deveria existir
pela faixa do meio entre as duas correntes de tráfego.
O lotação Castelo-Leblon,
que tinha o itinerário "Almirante Barroso, Voluntários da Pátria, Epitácio
Pessoa, Ataulfo de Paiva, Hotel Leblon" era uma opção para voltar do
Colégio Santo Inácio para minha casa na Lagoa.
Aqui ainda vemos a Voluntários da Pátria nos tempos da mão-dupla. Deve ser no início da décda de 60. O lotação é o Estrada de Ferro-Leblon, via Jockey.
Agora já vemos a Voluntários da Pátria, perto da Rua Conde de Irajá, na época da mão-única em direção à praia. O trânsito continua caótico.
Hoje em dia o trânsito é sempre complicado, pois são três faixas: a da direita para os ônibus. A da esquerda sempre obstruída por carga/descarga, táxis ou veículos com pisca-alerta ligado. Só resta a do centro para todo o tráfego.
Vemos a Voluntários da Pátria quase no mesmo ponto da primeira foto. A época é de quando as obras de duplicação do Túnel Velho estavam em andamento e o trânsito de Botafogo passava por alterações. Observa-se a placa em frente à igreja indicando que a mão da Rua São João Batista era em direção à General Polidoro, ao contrário do que é atualmente.
Vemos um dia de trânsito tranquilo na Voluntários da Pátria, o que é uma exceção.
Morei na Voluntários da Pátria entre Dezembro de 1964 e Janeiro de 1966 e ela já funcionava em regime de mão única. Pelo que pude apurar a Voluntários da Pátria e a São Clemente passaram a funcionar em mão única a partir do final de 1963 após a erradicação dos bondes na região, o que ocorreu em Maio daquele ano. Nessa região de Botafogo coexistiram por alguns meses bondes e Trolley-buses. Na garagem da Voluntários eram mantidos os bondes que circulavam na região, enquanto a partir da garagem do Largo do Machado operavam os Trolley-buses.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirUma das ruas de Botafogo que eu mais frequentei por causa dos cinemas e das livrarias, mas desde 2018 não vou até lá regularmente.
O trânsito sempre foi pesado, imagina então quando era mão dupla, época que eu não peguei.
A prefeitura planeja nos próximos anos o retorno dos trilhos, agora do VLT, transformando a via em rua de serviço. Teremos fortes emoções acerca do tema.
As fotos de hoje são prato cheio para o biscoito.
Bom dia! Ótimo post. O que me irrita e intriga nessa rua é o estreitamento dos últimos 100 metros, grande causa dos constantes engarrafamentos. Aliado ao fato de ter um supermercado sempre com gilda carros na porta. O guarda de trânsito, quando existe, sempre vai dar uma volta enquanto caminhões descarregam mercadoria. Botafogo era bairro de passagem , mas voltou a ser de mozadias (moradiasmozak). Desapropriar imóveis para alargar o fim da rua?!
ResponderExcluir*com FILA de carros
ExcluirNa foto 1, um Mopar dos anos 30, táxi, se alinha com um raro reboque aberto. A seu lado, um lotação Chevrolet, de 1948, ainda queima gasolina, num tempo em que os diesel chegaram para ficar.
ResponderExcluirNa foto 2, um micro-ônibus Mercedes-Benz sobre chassis LP312, chamado bicudinho hoje, depois que o mundo ficou de cara chata.
Na foto 3, ao lado do Galaxie 67, um Chevrolet 1950, duas portas. Ainda se vê um ou outro carro estrangeiro, como a perua Dodge 51, de teto branco. E na última, um Dodge 1950, com parachoques bem protegidos, um costume de brasileiros e argentinos, inexistente no resto do mundo.
Hoje esse tipo de para choque seria permitido? Alegação de dificultar a visualização da placa...
ExcluirNa época das fotos não existia a Avenida Nelson Mandela nem a rua Muniz Barreto, o que fez da região um grande "corredor de passagem", tornando a a Voluntários da Pátria, a São Clemente, Rua Humaitá, e "cercanias" um dos grandes focos de engarrafamento do Rio.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Hoje é dia de festa para obiscoitomolhado. Não só a Voluntários da Pátria, todas as ruas de Botafogo de interligação do bairro são um caos com os engarrafamentos. Nos dias de hoje para se formar um Corpo de Voluntários da Pátria, só teríamos bandidos e milicianos. As fotos de hoje algumas tendem para esquerda outras tendem para a direita, parece até os comentaristas do SDR, KKKKK.
ResponderExcluirLino Coelho, "mais para a esquerda"! Acompanhei os comentários ontem e percebi que existem pessoas (obviamente anônimas) que defendem a taxação (mais ainda) de empresários e que as fortunas "sejam repartidas com os necessitados" em um discurso bastante conhecido e que "cheira mal". Faço até uma sugestão ao "Gerente" que continue "democraticamente" a publicar tais sugestões, mas com a condição de que o autor do (s) comentário (s) seja devidamente identificado (s). Uma sugestão "republicana".
ExcluirObiscoitomolhado, 08:08h ==> reboques abertos não eram tão raros assim. Havia-os em todas as seções dos bondes.
ResponderExcluirA linha de lotações Estrada de Ferro x Leblon era do Paleozóico. Muitíssimo antiga.
ResponderExcluirNão me interpretem mal, porém na foto 4 o corpo e o andar daquela mulher perto do canto direito da foto me chamaram a atenção. Sempre achei muito sensuais vestidos ou saias rodadas que balançam de um lado para outro quando a mulher anda.
ResponderExcluirNa foto 1, acho que há uma Vemaguete no meio dos lotações. E o Mopar dos anos 30 reforça minha opinião de que aquela década abundou de carros feios. Os projetistas deviam estar desgostosos com a vida.
ResponderExcluirNa última foto, o Dodge me parece bastante simpático. Sempre confundi Dodge com DeSoto e com Chrysler.
ResponderExcluirAssim como Chevrolet com Pontiac.
ResponderExcluirMorei em Botafogo de 1957 a 1962 (dos 4 aos 9 anos de idade), quando mudei para Copacabana. Da época, tenho a lembrança de muitas casas - eu morava em uma na rua Sorocaba - e de ruas transversais tranquilas.
ResponderExcluirJá da rua Voluntários, onde ia com minha avó ao Supermercado Disco, a lembrança é de confusão e barulho.
Quis o destino que eu voltasse a Botafogo para trabalhar em FURNAS.
(que agora tem sede no centro da cidade).
Botafogo agora, só para ir a médicos ou clínicas.
Joel. sua sugestão não é prática em termos do blog.
ResponderExcluirQue diferença faz se o comentarista se identifica como Cesar, Mario, Antonio, Marieta ou qualquer outro nome? É como se fosse "anônimo'.
Eu não consigo identificar de onde vem o comentário.
Desde o antigo fotolog havia comentários de Beatrice Portinari, Josafá Pederneiras, Eusebius Sophronius, Martinha, Frei Boaventura, General Miranda, Creuza, Pintáfona, além de tantos outros. Todos falsos. Poderiam ser "Anônimos".
É óbvio, que quem quisesse continuar comentando anonimamente (que nem eu) iria usar um codinome, do mesmo jeito que certos comentaristas usam fotos fakes.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEm 1965 diariamente caminhava com minha mãe pela Voluntários da Pátria após descer na Praia de Botafogo após voltar do I.de Educação, e e muitas vezes nos dias de chuva com "água nos joelhos". Morávamos no 8° andar e muitas vezes faltava energia. Naquela época havia racionamento de energia no Rio e desde 1963/64 "faltava luz" diariamente. A partir de Dezembro daquele ano as chuvas passaram a ser constantes e torrenciais, e as "enchentes" eram frequentes. Na Praia de Botafogo esquina com a Voluntários da Pátria um "comitê eleitoral" visando eleger Flexão Ribeiro para o governo da Guanabara. Minha mãe como boa eleitora de Lacerda, apoiava Flexa Ribeiro e volta e meia pegava no comitê broches dourados em forma de flexa e distribuía para outras professoras do I. de Educação.
ResponderExcluirNão sei como funciona o Blog, mas imagino que pelo e-mail seja possível identificar. No âmbito da "inteligência policial" esse comentaristas seriam facilmente identificados através de algumas ferramentas, entre as quais é possível identificar n° do I.P., mas não é o caso "neste sítio", onde há poucos recursos para tal.
ResponderExcluirNão há qualquer email envolvido nos comentários
ExcluirFalando em Guerra do Paraguai, este país está exigindo uma indenização de 150 bilhões de dólares do Brasil por causa das consequências da guerra. Foi instalada a Subcomissão de Justiça e Verdade no Parlamento do Mercosul. Vai render.
ResponderExcluirImagine se a moda pega, o que vai ser exigido da França, Inglaterra, Portugal, Espanha, EUA, Japão, Alemanha, etc.
ResponderExcluirNo Brasil se tornou "lugar comum" exigir indenização por fatos ou situações ocorridas no passado alegando possuir "direitos ou algo que o valha". Logo vai aparecer algum especialista em "direito póstumo" ou "direito arqueológico", e pronto! Uma decisão de um "Judiciário aparelhado" criará jurisprudência e " vai aparecer descendente de Ganga Zumba e de Araribóia para "reclamar a herança"...
ResponderExcluirQuanto aos comentários do Joel e do gerente, ambos têm razão. Mas se o visitante não tem coragem ou não quer se comprometer com suas opiniões, pelo menos use seus neurônios e criatividade e crie um pseudônimo qualquer: Sergio Ronaldo, Vitor Gabriel, Décio Pinto, Jacinto Filho, Rui Barbo. Assim evita-se o caso esdrúxulo de outro dia, em que um Anônimo contestou a opinião de outro Anônimo.
ResponderExcluirSó não pode ser José Rodrigo...rsrs
ExcluirConvém não esquecer que a questão da "reparação das dívidas da I Guerra Mundial" levaram à ascensão de um determinado partido na Alemanha, em 1920.
ResponderExcluirEm 1885, o presidente do Uruguai, general Máximo Santos, foi o primeiro a perdoar a dívida de guerra do Paraguai.
Somente muito mais tarde, em 1942, o presidente argentino, Ramón Castillo, resolveu relevar os débitos paraguaios.
O governo brasileiro perdoou a dívida paraguaia em 1943, por ordem do presidente Getúlio Vargas, mas só devolveu os arquivos, conhecidos como a “coleção Rio Branco”, em 1981.
A principal reivindicação paraguaia é a devolução do canhão conhecido como "Cristiano", tomado pelo Exército brasileiro quando da queda da Fortaleza de Humaitá: está atualmente exposto no Pátio Epitácio Pessoa do Museu Histórico Nacional e é um troféu de guerra, sendo um patrimônio histórico brasileiro.
Durante a batalha citada, o Exército também tomou controle do arquivo nacional do Paraguai. Em março de 2013, o então presidente do Paraguai, Federico Franco, reivindicou esses hipotéticos documentos, que no Paraguai passaram a ser chamados de “arquivo secreto” da Tríplice Aliança.
Essa história de reparações e indenizações pode ser uma fonte de confusão. Imaginem os tupis, carijós, caetés, potiguares, goitacazes reivindicando suas terras ou exigindo indenizações. Idem para os dakotas, apaches, navajos, comanches; astecas, toltecas, olmecas, maias, incas, quíchuas. É bom pensar vinte vezes antes de embarcar e concordar com essas quimeras.
ResponderExcluirO Brasil indeniza o Paraguai e aí os guaranis vão querer o mesmo dos paraguaios descendentes de espanhois.