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terça-feira, 23 de agosto de 2022

PRAÇA PARIS

Um dos locais mais bonitos da cidade é a Praça Paris, que aqui vemos em foto de Kurt Peter Karfeld em 1955. A estátua da leoa pertence ao renomado artista e escultor francês François Auguste Hippolyte Peyrol (França, 1856–1929). 


A Praça Paris é uma área aterrada no início do século XX, na época do Prefeito Pereira Passos, pelo engenheiro Paulo de Frontin. O jardim da Glória foi projetado por Luis Rey. A Praça Paris foi inaugurada por volta de 1929.

 

Na primeira metade da década de 60 foi instalada um chafariz no Largo da Gloria. Eram três moças (o Lago, o Rio e o Mar) alegremente executando a Dança das Águas ao centro de um chafariz. À noite uma iluminação sobre a escultura e também nos repuxos colocava o conjunto em evidencia neste ponto um pouco escuro dos Jardins da Glória. O trabalho é do artista Breno Bernucci (alguns dizem que é de Alfredo Ceschiatti) e possui formas tipicamente desta época.  Chamada de "As Três Graças"’ também foi apelidada de "As Ninfas" e "Dança das Águas". Esta peça foi transferida para perto do Centro São Sebastião.


A praça, com seu estilo francês, atualmente está cercada por grades e é vigiada pela Guarda Municipal. Há controvérsias sobre a segurança de passear por aí.


Esta foto, acho que da revista Manchete, foi colorizada pelo mestre Nickolas Nogueira. Temos uma bela visão do Outeiro da Glória para o centro da cidade.


A Praça Paris é considerada uma obra-prima dos últimos tempos da Belle Époque carioca, quando nos primeiros anos do Século 20, os projetos de reformulação urbanistica e pradrões arquitetônicos da cidade se voltavam para os moldes de Paris.


Esta praça arborizada e florida com jardins em estilo renascimento francês foi elaborada de 1928 a 1930 pelo arquiteto e urbanista Alfred Agache, que veio ao Brasil convidado pelo Prefeito Antônio Prado Júnior para elaborar um plano de remodelação da cidade.


Outra colorização do Nickolas. A cidade nos anos 50 era realmente maravilhosa.


O bordado dos jardins e árvores à beira-mar, o casario da Glória, a vizinhança da igreja do Outeiro, tudo isso constituía um cenário de contos de fada.



Dá vontade de morar numa cidade assim, não?




11 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Apesar de passar ao largo da praça inúmeras vezes, nunca entrei para aproveitar suas atrações. Tenho fotos garimpadas na Praça XV com flagrantes de pessoas se divertindo na praça, incluindo crianças na estátua da leoa e outras.

    Infelizmente não é só na Praça Paris que não há segurança para passear...

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  2. É redundante ressaltar toda a beleza e a harmonia do conjunto da Praça Paris. No passado a conservação era permanente e em razão dela a Praça Paris atravessou décadas em boas condições. Contudo outros interesses ou "a falta deles" fizeram da Praça Paris um local "pouco frequentável".

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  3. As fotos são belíssimas e deu vontade de ter conhecido a região nos anos 50 e 60. Até hoje nunca fui na praça Paris e para dizer a verdade não pretendo ir. Me dá uma impressão de insegurança e também acho que é muito pouco frequentada. Não tem aquele ar de local que os moradores da cidade gostam de frequentar para passear, namorar, para as crianças brincarem, para andar com cachorros. Também não vejo sorveteiros, pipoqueiros e serviços adequados.

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  4. Praça Paris e Jardim de Alá. 2 ilhas de bom gosto e classe esquecidas ou abandonadas. Há campanha para revitalizar o Jardim de Alá. Creio que a Praça Paris só quando o Centro for reocupado por moradias. à noite a PP é um antro complicado.

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  5. São frequentes os comentários dando conta de que falta segurança nos parques e jardins da cidade e isso interfere diretamente na afluência de visitantes. Essa situação é o resultado de uma série de ações e medidas tomadas no decorrer dos anos e que incompreensívelmente foram aceitas, seja por ignorância, má fé, ou mesmo por doutrinação. O resultado é que a insegurança em parques, jardins, e em vias públicas é tal que frequenta-las se tornou uma "atividade de risco". A Guarda Municipal tem entre as suas atribuições a guarda e a vigilância de "próprios municipais", mas prefere espancar camelôs, extorquir ambulantes, e não fi$calizar ferro$-velho$ clandestinos...

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  6. Frequentei muito a Praça Paris, quando era criança e ainda a frequento eventualmente. A mudança para pior é impactante. As amendoeiras que circundam a praça e trocam suas folhas agora no inverno, ajudam a lembrar da cidade luz. Já visitei muitas cidades no Brasil e algumas no exterior, é posso afirmar com certo grau de certeza que o Rio de Janeiro é a cidade que mais cuida mal dos seus jardins. Não há serviço de manutenção e sequer de aguar as plantas. Lixo, mato, equipamentos quebrados ou mal conservados, mendigos são comuns nos jardins da cidade. Queria saber o que faz a Fundação Parques e Jardins da prefeitura.

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    Respostas
    1. Faz muito pouco e mal feito.
      Falta de recursos?
      Falta de interesse?
      Falta de gerência?
      Ou todas as opções acima?

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    2. Falta tudo, menos vergonha na cara. A péssima admistraçao de Eduardo Paes é uma das maiores tragédias do Rio de Janeiro. Na parte que se refere ao mote da postagem, os "próprios municipais" estão à matroca" e o resultado está à vista de todos. Se vivêssemos em tempos normais as ruas e praças seriam isentas de vagabundos, viciados, e desocupados, pois grande parte deles é envolvida em crimes diversos. Apesar de "em tese" o o artigo 59 da Lei de Contravenções Penais (leia-se vadiagem) estar vigendo, desde 2012 deixou de ser aplicado por pressões de partidos de esquerda. O resultado disso é a profusão de indivíduos sem ocupação e envolvidos em ilícitos penais que não podem ser presos a não ser em "flagrante delito". Além disso existem outros "multiplicadores do caos" como o "entendimento" de que em crimes onde não haja violência ou emprego de arma o autor responda criminalmente"em liberdade", e o principal deles: as "Audiências de Custódia", um prática utilizada "informalmente desde 2011, desvirtuada de sua finalidade precipua, e que afinal foi inserida em um "puxadinho do Código de Processo Penal" em 2019. Afinal esses indivíduos que tem levado bairros inteiros, praças, e jardins, à ruína, são considerados "vítimas da sociedade."

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  7. À guisa de esclarecimento, gostaria de mencionar que o grupo escultural da foto nº. 3 chama-se "A dança das águas", simbolizando três Ninfas da mitologia grega: Oceania, que representa a água dos oceanos, Nereida, a água dos mares, e Náiade, a água das fontes. (As Graças mitológicas são entidades ligadas à concórdia e à gratidão.)
    Apesar de alguma semelhança com a obra de Alfredo Ceschiatti "As banhistas" (estátuas que, na verdade, significavam as duas filhas do presidente Juscelino Kubitschek, Márcia e Maria Estela), a obra em questão é da autoria de "Remo" Bernucci (1942-2018), filho de Tito Bernucci (1903-1984), escultores radicados no Rio.

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  8. Esse blog está me deprimindo, a cidade do Rio está tão abandonada…

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  9. Largada é a melhor expressão, para piorar parece que o buraco do Rio não tem fundo. Governos Estaduais e Municipais ruins ou péssimos.

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