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terça-feira, 20 de setembro de 2022

DESPORTIVO LEME

Em 08/04/2010 a primeira foto foi publicada em “post” do “Saudades do Rio” do provedor Terra. Foi copiado e publicado em vários “sites” sem nenhum crédito, como é frequente. Hoje retorna ao “Saudades do Rio” do Blogger. A fonte original da primeira foto é o livro sobre o Leme, do Lamounier.


A fotografia mostra o campo de futebol onde jogava o "Desportivo Leme" (a foto foi feita da Rua Salvador Correa, atual Avenida Princesa Isabel, e a transversal é a Rua Barata Ribeiro).

Segundo L. V. Carvalho ("apud" G. Lamounier Junior), "este campo público ficava na saída do túnel que ligava Botafogo a Copacabana, numa área limitada pela atual Princesa Isabel, Demétrio Ribeiro, Prado Júnior e Felipe de Oliveira. Era bem gramado, cercado por um bonito gradil e tinha em volta umas árvores. O campo não tinha dimensões regulamentares, mas nele jogavam bons jogadores dos "aspirantes" dos principais clubes.

Conta ainda L.V. Carvalho que naquela época, em frente ao campo de futebol, funcionava um modesto botequim que servia soda e sanduíches de mortadela. A soda vinha em pequenas garrafas de vidro, fechadas por bolas de gude. Era preciso apertar a bola para dentro para que o líquido saísse."


Vemos a saída do Túnel Novo no início do século XX logo após sua inauguração.


Esta foto da mesma região, alguns anos depois, foi enviada pelo prezado GMA e vem do estupendo livro “Hommage a Guanabara, la superbe”.

Parece que o campo do Desportivo Leme deu lugar a uma simpática Praça Demétrio Ribeiro. As quadras de tênis que vemos à esquerda pertenciam ao Botafogo, que tinha uma sede em Copacabana.

Na esquina da Rua Prado Junior vemos o prédio do famoso Armazém Londres.


Esta é a foto do Armazém Londres, publicada há anos pelo Decourt. O pequeno prédio, inacreditavelmente, sobrevive intacto na esquina em frente ao Cervantes, na Rua Barata Ribeiro nº 2, junto à Praça Demétrio Ribeiro. Era um elegante empório com bebidas e comidas.

12 comentários:

  1. Leme e Gávea são apêndices de Copacabana e Jardim Botânico. Morei na Gavea, na Rua Piratininga, de 1986 a 1995. Ótimo bairro. O SdR está se tornando o RGMU Registro geral de mudanças urbanas da cidade. Alterações não sai bem registradas, faz tempo que não frequento o site do Instituto Pereira Passos, mas tenho a impressão que anda meio estagnado, não segue as mudanças. Sei que o Museu Histórico da cidade , na Gavea , vai passar a exibir o rico acervo em outubro/novembro. Campo de futebol aspirantes no Leme. Lembra o estádio do São Cristóvão visto do viaduto de acesso a linha amarela.Bom dia!

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    1. Viaduto de acesso à linha vermelha. Linha amarela passa bem longe de São Cristóvão. Foi uma questão de daltonismo?

      Brincadeirinha...

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    2. Claro! Não sabia o nome do Viaduto. Grato

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  2. Olá, Dr. D'.

    Esperando o tempo virar mais tarde, já com algumas sequelas da última virada. Não há saúde que aguente...

    Vou esperar os comentários dos especialistas em Copacabana e Leme. Sempre lembro que minha mãe comentava do tempo em que trabalhou de babá no Leme assim que chegou ao Brasil em 1955.

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  3. A propósito da 3ª foto (sempre um prazer colaborar com o SdR), nunca subi no morrote atrás da extinta Pedra do Inhangá. Ele existe ainda, com entrada pela Rua Barata Ribeiro. Dia desses vou dar uma assuntada lá.

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    1. Bom dia.
      A rua, transversal à esquerda da Barata Ribeiro logo antes da rua Inhangá, tem o nome de General Barbosa Lima e, depois de um pequeno trecho reto, bifurca-se; à esquerda, logo acaba em um prédio que ocupa o terreno da casa que abrigava o colégio Cirandinha, que só tinha o curso primário e onda estudei em 1962 e 1963.
      À direita, sobe em caracol até terminar no alto do que restou da Pedra.
      Antes da construção do prédio citado anteriormente, havia uma passagem que permitia o acesso à rua Rodolfo Dantas, da parte de cima da Barbosa Lima atravessando-se inclusive uma pequena ponte.
      Na Av. Copacabana, bem do lado do antigo cinema Ricamar, existe uma escadaria que leva direto à parte alta da rua.
      Morei de fundos no número 314 da Av. Copacabana e a janela do meu quarto dava direto para o alto da Pedra, que na época era ainda bem arborizada.
      Nem parecia Copacabana.

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  4. Fui ver o prédio do armazém no google maps. Impressionante ele ter sobrevivido até os dias de hoje.

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  5. Bom Dia ! Mais um dia de amanhã ler os comentários. Coisa que costumo fazer a partir das 4hs.

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  6. A sensação que dá a primeira foto é que o campo ficava quase colado ao pé do morro, não sendo o mesmo local da praça, mas como o que não falta é corte de morro nessa cidade, o trecho junto ao paredão de pedra é que pode ter crescido.
    Além disso a praça foi mutilada de todo jeito, pelo alargamento da Av. Princesa Isabel e, pior, abertura daquela diagonal de acesso à Barata Ribeiro.
    Eu aprendi nos fotologs do Rio Antigo que o Leme tinha seu limite junto à citada Pedra do Inhangá, ou seja, o campo originalmente não seria em Copacabana.
    E até o Copacabana Palace estaria no antigo território do Leme.
    Assim como a Barra da Tijuca nos últimos tempos, o bairro mais famoso do Rio cresceu territorialmente lá no início do século 20.
    Marketing do setor imobiliário.

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    1. Tem razão. Na época das fotos o local era considerado Leme. A fronteira era na altura da Pedra do Inhangá e somente tempos depois virou a Princesa Isabel.

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  7. Quando vejo fotos antigas de Copacabana, sempre vem o pensamento de uma eterna pergunta: Como em tão pouco tempo essa Copacabana do Inicio do século XX se transformou nesse imenso aglomerado urbano de hoje? Inacreditável mesmo.

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  8. Esse prédio já teve detudo, atualmente e um.bar creio. Foi até posto de identificação Felix Pacheco.

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