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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

JARDIM DE ALÁ

 O “Jardim de Alá”, na fronteira entre Ipanema e Leblon, onde fica uma canal que liga o mar à Lagoa Rodrigo de Freitas, possui três praças: Grécia, Paul Claudel e Saldanha da Gama. Curiosamente, em alguns blogs do Rio antigo, a Paul Claudel é chamada de “Praça Couto Abel”...

O nome “Jardim de Alá” foi dado por na época de sua inauguração, em 1938, durante o mandato do Prefeito Henrique Dodsworth, estar em cartaz e fazendo muito sucesso o filme “Jardim de Alá”, com Marlene Dietrich.

David Xavier de Azambuja foi o paisagista responsável pelos jardins. Na época cogitou-se usar gôndolas para passeios pelo canal, mas só barcos a remo e pedalinhos por ali navegaram. O monumento a Saldanha da Gama é de autoria de Antônio Caringi.

Até o início dos anos 1970 o "Jardim de Alá" era um local muito aprazível, muito frequentado por famílias nos finais de semana.

Recentemente foi proposto um grande projeto de revitalização do “Jardim de Alá” que, há anos, está semiabandonado. Uma das praças funciona como um parque para cães, outra abriga uma instalação da Comlurb e a terceira tem pouco uso.

Muitos foram contra o projeto, mas parece que a Justiça deu ganho de causa à Prefeitura, mesmo com o local estar tombado. Recentemente, o anúncio de retirada de 130 árvores gerou grande revolta nas redes sociais.

O projeto prevê a “criação de um parque urbano sustentável, com áreas verdes, lazer, esporte e atividades comerciais, com o objetivo de ampliar as áreas verdes, reduzir as ilhas de calor, promover a inclusão social, criar um ecossistema cultural e esportivo, integrar paisagem, meio ambiente e comunidade, revitalizar o espaço abandonado, construir pontes de integração entre a Cruzada São Sebastião e o tecido sócio urbano, com quadras esportivas, ginásio, feiras, eventos, ateliês,  estacionamento, gastronomia, publicidade. O investimento total será de R$ 110 milhões." 

Na opinão dos favoráveis ao projeto cariocas e turistas vão frequentar o Jardim de Alá, mantido pela iniciativa privada, com boa programação permanente e segurança 24 horas.  

Por outro lado, no último sábado, como conta o A. Decourt, "Num dia de muito calor, com o principal jornal da cidade contra, com um tráfico de influência gigante que inclusise cooptou duas Associações de Moradores, com vereadores retaliando inclusive com ameaças à mudança da Lei Orgânica do Município, a Sociedade Civil deu seu recado contra o shopping que querem construir em área tombada e geograficamente sensível."

Alegam os contrários ao projeto que este prevê 18.889,92 metros quadrados de edificações, que já existe o shopping Leblon ao lado, que é um crime contra o patrimônio público, que árvores demoram a crescer, que o trânsito ficará ainda mais congestionado.

Estamos, portanto, com uma grande polêmica. Qual seria a opinião dos comentaristas do "Saudades do Rio"?


A tranquilidade do "Jardim de Alá" nos anos 50. Numa das praças havia cavalos, charretes e carrinhos puxados por bodes para as crianças passearem.


O "Jardim de Alá" era um dos locais prediletos para fotografias familiares. Ao fundo, o Leblon quase deserto dos anos 50.


As crianças esperando a vez para passear nos barcos a remo pelo canal.


Um cartão-postal mostra a tranquilidade do "Jardim de Alá" e como era bem cuidado.


O que levou a Prefeitura a negligenciar a manutenção do "Jardim de Alá"? 
Teria sido proposital? É verdade que parte do local serviu como depósito para as obras do metrô, mas por que não foi restaurado ao término delas? 
O tráfico de drogas existente nas imediações da Cruzada São Sebastião é um problema atualmente. 
O local é privilegiado. Qual seria a melhor solução?

56 comentários:

  1. Bom dia, Dr. D'.

    Não tenho conhecimento suficiente sobre o tema para opinar. Melhor do que dar "contribuições" estapafúrdias, disseminando "fake news".

    Vou acompanhar os comentários.

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    1. 24/02:

      1887 - primeira ligação telefônica entre capitais, Paris e Bruxelas;

      1891 - promulgada a primeira constituição da república;

      1932 - direito de voto para as mulheres.

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  2. Em primeiro lugar total apoio aos moradores dos arredores do Jardim do Alah.
    Está parecendo aquela jogada do vamos desvalorizar para comprarem barato e alguém ganhar muito quando valorizar de novo.
    Vão encher de palmeiras depois, em vez de muita variedade de árvores?

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  3. Também tenho muitas dúvidas sobre os benefícios dessas construção. O empresário envolvido é bem conhecido na praça, sem trocadilho.
    Eu preferiria que a Prefeitura recuperasse o Jardim de Alá, o modernizasse e garantisse a segurança dos usuários.
    É um desperdício a situação atual, com sujeira, drogados, população de rua, etc.

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  4. São vários fatores a considerar. A ideia de "revitalizar" a região seria o mais lógico, mas o objetivo de Eduardo Paes e de seus vereadores é óbvio: "obras, projetos, empreiteiras, negociações, e tudo que o dinheiro pode proporcionar". Outros dois projetos que são prioridade para Paes certamente não irão adiante em razão dos enormes transtornos que poderão causar ao trânsito e ao sistema viário da cidade: A demolição do viaduto 31 de Março e o estádio do CRF na Francisco Bicalho.

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  5. Bom dia.
    Concordo com a opinião do Cesar: o ideal seria a recuperação daquilo existente, com alguma modernização que se fizesse necessária/possível e - tão importante quanto a recuperação - policiamento permanente, segurança, sem o que o lugar não será frequentado por mais recuperado que esteja. (ou melhor, continuará sendo, mas por drogados, moradores de rua, e marginais em potencial).
    E, é claro, manutenção pós recuperação.
    Sonho de uma noite de verão ...

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  6. Sou a favor de revitalizar o Jardim de Alá, dando a cara que ele sempre teve, desde que eu me entendo por gente, exatamente como nas fotos. Era imperioso que após as obras do metrô a prefeitura executasse as obras necessárias para devolver o Jardim para a população. O poder público esculhambou tudo e não consertou dando mau exemplo. Para demolir construções irregulares - que eu sou a favor - eles agem rapidinho. É um tremendo contra senso.

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  7. Falando em Jardim, eu e minha mulher somos membros da Associação de Amigos do Jardim Botânico e vamos com regularidade para só caminhar ou levar os netos à algumas das múltiplas atividades infantis promovidas pelo Jardim.
    (Os membros da Associação podem estacionar dentro do Jardim Botânico, com entrada pela rua Pacheco Leão, não pagam ingresso e têm descontos nas lojas e cafés; o pagamento à Associação é anual e o valor é mais do que razoável.)
    Agradável, muito bem cuidado e seguro, é um lugar ótimo para se frequentar.

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  8. Fora de Foco:
    Sei que o calor vai nos castigar. mas que dia lindo está fazendo hoje!
    Céu absolutamente azul (e que azul!), nenhuma - zero - nuvem e 28 º agora em Laranjeiras. O céu do Rio de Janeiro não é para qualquer cidade não ...

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  9. Seria o fofuxo da primeira foto o Dr. D´?
    Obiscoito não vai identificar os carros?
    O empresário é o Accioly?

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  10. Sou veementemente contra a qualquer tipo de leniência para a existência ou permanência de construções irregularidades, "puxadinhos", e moradores de rua, em praças, monumentos, parques, e vias públicas em geral. Não há como atuar politicamente em questões de urbanismo e ordem pública. São inadmissíveis as "mamãezadas" que costumam envolver essas questões.

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  11. Vendo as pessoas nas fotos, notadamente as crianças, fica clara a "informalização" (na real, esculhambação) ocorrida nas últimas décadas das vestimentas.
    Semana passada, na sala de espera de um médico no Leblon, chegou um casal de seus trinta e poucos anos; ela vestida como se saída do trabalho, de terninho, sapato de salto, arrumadíssima; ele, de bermuda, camiseta e sandálias, pronto para "ir a praia".
    "Na minha época", sabe quando você ia desse jeito à uma consulta médica ?
    Pois é, nunca, fosse você paciente ou acompanhante.
    Mesmo no verão do Rio, acho que algumas situações ainda pedem o "sacrifício" de uma calça/camisa/sapato.

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    1. Camiseta é um pouco demais, mas, nesse calor, uma bermuda na altura do joelho não acho errado. Só não pode ser shorts na altura praticamente da virilha...

      Várias categorias de trabalhadores estão liberadas para uso de bermudas no verão.

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    2. Mário, o espírito da "mulambada" foi definitivamente incorporado ao povo carioca, não tem mais jeito. Mas usar bermuda atualmente é fundamental. Mas há diferenças! Existem bermudas que são vendidas em mercadinhos populares a 1,99 a dúzia, outras em lojas masculinas que são encontradas em lojas de bom padrão e não custam menos de 200 Reais, e outras que em verdade são "shorts" curtos e apertados cujo usuários costumam andar em pares e de mãos dadas e que podem ser vistos "amiúde" na orla marítima. Tudo é uma questão de preferência...

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    3. Aí entra também a questão da geração (faixa de idade x hábitos adquiridos); aos quase 72, é complicado parar mim mudar a visão.

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  12. Recentemente fui num sepultamento no cemitério de Sulacap, uns 80% dos cabras estavam de camisa regata, bermuda e chinelo. As mulheres de "top" e shortinho. Não há qualquer calor do Rio que justifique.

    Assisti agora há pouco a reportagem do Fantástico sobre as escutas da tentativa do golpe de estado. Nojo desses irresponsáveis, que iriam bagunçar o país e que provavelmente jogaria o Brasil numa guerra civil. Prendê-los é pouco.

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    1. E eu fui à uma missa de sétimo dia na paróquia aqui de Laranjeiras no início da noite e alguns (poucos) homens mais jovens estavam de bermuda.
      Para alguém da minha faixa etária causa estranheza, não acho cabível.

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    2. Sou do tempo em que o padre ia se dirigir ao pessoal de bermuda e pedir para sair por o traje ser incompatível com o local e ocasião ... rsr

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    3. Deve-se separar as tramas de golpe ocorridas nos bastidores do governo Bolsonaro, do badernaço ocorrido em 08 de Janeiro, estes na minha visão entraram de gaiato num navio.

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    4. Wagner Bahia, você é um homem "estudado", esclarecido, e não um acéfalo, "papagaio de pirata", ou algo que o valha, apesar de ser declaradamente comunista, e portanto sabe muito bem diferenciar o que é um "golpe de estado" de narrativas fantasiosas baseadas em confissões espúrias e de investigações que carecem de qualquer embasamento técnico, apesar das "trocentas páginas", sem contar que o jornalismo da Rede Globo possui baixíssima credibilidade quando se trata de jornalismo isento. Além disso O SDR não é a lide indicada para esse tipo de assunto..

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    5. Chinelo, não... Mas sandália franciscana pode?

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  13. Quanto a disputa entre moradores das regiões próximas ao Jardim de Alá, Prefeitura e o "Empresário" Aciolly, quem ganhar não levará o troféu de vencedor. A causa raiz da degradação do Jardim de Alá, chama-se Cruzada São Sebastião.
    Removam a Cruzada para onde ela deveria ter ido inicialmente, para a Cidade Alta em Cordovil, o local se transformará de imediato, até mesmo sem a ajuda da Prefeitura.
    Onde se deixa instalar uma favela, em breve este local será destruído.

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  14. Somos de outra geração.
    Tenho um conhecido médico que, ao chegar ao consultório e ver na sala de espera um cliente de bermudas, chinelos e camiseta regata, disse a ele que voltasse para casa, se vestisse e voltasse para a consulta.
    Da mesma forma acho uma falta de educação ser convidado para um casamento de gala e ir em mangas de camisa.
    Ir a um enterro como o WB relatou é uma falta de respeito.
    Enfim...

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  15. Sobre a exigência de trajes adequados, não há desculpas. Vide as repartições do judiciário: os advogados, bem como executores ou réus não podem entrar nos fóruns com vestimentas impróprias. Por que, então, não deveria ter nas igrejas católicas, santas casas, consultórios médicos, etc.

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  16. Nos consultórios médicos da Zona Sul se vê de tudo, atualmente.
    Desde os médicos que atendem de jaleco, passando pelos que usam jaleco grande e gravata, até os mais "modernos" que dispensaram os jalecos e até a roupa branca.
    Eu, pessoalmente, acho estranhíssimo os médicos que atendem com roupa social.
    Por falar em gravata, este item foi considerado o mais contaminado de todos. É contraindicado seu uso, embora confira elegância. Raramente as gravatas são lavadas com frequência e as mãos do médico as contaminam.

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  17. Acho importante o uso do jaleco, seja comprido (ideal) ou curto, por prevenir a eventual contaminação pelas roupas de "rua" do médico, além de compor adequadamente o "traje do ofício".

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  18. O Lino Coelho "disse tudo" em seu comentário odas 12:19. A iniciativa de construir a Cruzada São Sebastião foi catastrófica para o Leblon, para a Lagoa, e adjacências. Apesar da quantidade de iniciativas que visam uma integração entre "favela e asfalto", esse discurso populista nunca deu certo e não dará nos próximos 2000 caso não invistam fortemente em ensino público em tempo integral por excelência, tal como fez a Coréia do Sul. A agravante desse quadro é que o nível atual da educação brasileira é deplorável, sem contar que não existe nenhuma vontade política para que isso mude . A diferença entre "asfalto e favela" pode ser medida em "anos luz" tamanho é a discrepância, e esse abismo é explorado politicamente de forma negativa com iniciativas como cotas raciais e "pé de meia" que só aumentam o tamanho da desigualdade. A Cruzada São Sebastião é atualmente uma favela com direito a tráfico de drogas, desordem urbana, furto de sinal de TV a cabo e internet, e rodas as "comodidades" que uma favela oferece. Entre 1955 e 2025 já se vão 70 anos, e baseado nisso eu faço uma pergunta: o quanto a Cruzada São Sebastião evoluiu como comunidade nos últimos 70 anos? Esse espaço de tempo foi suficiente para dar dignidade a seus moradores e resgata-los de um ambiente tóxico e promíscuo? "Respostas para a portaria deste jornal".

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  19. Eu evito ao máximo frequentar a região em torno/próxima à Cruzada, inclusive o Shopping Leblon; com o aumento da idade e o aumento da violência, é inevitável o aumento do cuidado ao sair, principalmente à noite.
    A Cruzada São Sebastião (situada entre a Lagoa e a Praia, ao lado do Shopping Leblon, do Teatro Casa Grande e dos clubes Paissandu, AABB e Monte Líbano, 10 prédios de 7 andares, 945 apartamentos de 1 e 2 quartos, estimados 5.000 moradores, 70 anos do início da construção em 2025), "governada" pelo Comando Vermelho, ocupa um terreno plano que é "grosso modo" um retângulo de 300 x 100 metros, sem as centenas dos becos, vielas e/ou ladeiras que caracterizam as favelas convencionais e com um bom espaçamento entre blocos.
    Se em uma "comunidade" pequena e com entradas/saídas bem definidas, as forças de (in)segurança do estado não conseguem minimamente manter algum controle, imagine nos complexos e nas verdadeiras "cidades" espalhadas pelo Rio ...

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    1. É um conjunto para moradores jovens e com bom preparo físico já que os prédios de 7 andares não têm elevadores; em obras de reformas que o governo do estado iniciou em 2022, estava prevista em uma "segunda etapa" a instalação de elevadores externos nos prédios, que acho não foram (ainda ?) instalados.

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  20. Lino Coelho 24 de fevereiro de 2025 às 12:19
    "Onde se deixa instalar uma favela, em breve este local será destruído."
    Os fatos dão razão ao Lino.
    Degradação, desvalorização, desordem, destruição, insegurança, violência, furto, roubo, tráfico, acompanham o surgimento de uma favela.
    Simples constatação, sem contestação.

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  21. Joel tem razão: não existe integração possível entre asfalto e favela, embora aos poucos ambos estejam se aproximando do mesmo caos. O desnível é muito grande, dependendo do bairro. Vide Chapéu Mangueira e o Leme do asfalto; vide Vidigal e o alto Leblon; vide Pavão/Pavãozinho e Copacabana/Ipanema; vide Santa Marta e Botafogo; vide Cidade de Deus e o entorno. Mesmo em bairros mais afastados, ainda é grande o desnível. O Lins de Vasconcelos possui bonitas ruas, com boas casas. Era um bom bairro da ZN. Mas aí vem a proximidade com o Complexo do Lins. E o Grajaú com a proximidade da favela Nova Divinéia. E a Tijuca com o Salgueiro, Boréu, Formiga. E o Rio Comprido com morro do Querosene, Fogueteiro, Fallet.

    Quem vive perto de favelas sofre de várias maneiras: sujeira, assaltos, depredação, roubo de fiação e de objetos metálicos, além dos péssimos costumes de convivência em supermercados e no comércio em geral.

    Não há como pessoas de nível sócioeconômico e cultural tão diferentes conviverem em harmonia. Assim como imagino que nenhum de nós conseguiria conviver em Alphaville, no Morumbi, nos Jardins, Savassi, Batel, Agronômica. Seríamos peixe fora d'água, sujeitos a zombaria e discriminação.

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  22. Há algumas décadas incentivava-se "eu vou invadir sua praia". Invadiram. Que tal a experiência?

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  23. Já narrei aqui o caso de um amigo do meu irmão, cuja família tinha uma charmosíssima chácara em Baependi, uma cidadezinha colada a Caxambu. Casinha simples, sala e dois quartos, um grande terreno onde plantavam hortaliças e legumes, criavam galinhas, havia árvores frutíferas, etc. Estive lá umas duas vezes, na década de 1970, passando alguns dias. Local simplérrimo. Uma ala de altos eucaliptos conduzia da porteira à área gramada em frente da casinha.

    Aí o governo (não sei qual) resolveu construir um conjunto habitacional bem ao lado da chácara. Tragédia total! Os moradores do conjunto invadiam a chácara, roubavam os ovos e as plantações, derrubaram parte da cerca divisória para poderem entrar à vontade.

    Quando passei por lá novamente em 2004, a chácara estava irreconhecível: alargaram a rua e tomaram parte da ala de eucaliptos; abriram uma rua na lateral esquerda da chácara; o ar era de abandono total.

    A família do tal amigo do meu irmão não sabia o que fazer, pois o valor da chácara havia despencado por causa da vizinhança.

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    1. É como eu sempre digo: quem gosta de favela é político corrupto, pois pobreza, sujeira desordem urbana,. promiscuidade, e tráfico de drogas, são seu "alimento vital". Sem elas não seriam ninguém.

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  24. Eu não entro numa loja Louis Vuitton; nem numa H. Stern; nem nos restaurantes Lasai, Oteque, Ocyá. Mesmo se algum dia fosse convidado, não iria a uma recepção numa embaixada, ou no Copacabana Palace, ou no Palácio Guanabara. Não é meu mundo, vou passar vexame ali. Sei qual é meu lugar.

    "Chaque chose à sa place". Vale para as pessoas também.

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  25. Forçar favelados a conviver com o asfalto não melhora a favela, mas piora o asfalto.

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  26. Solução? Não tem. Os favelados teriam, como bem disse o Joel, de ter sua condição geral melhorada, o que não é do interesse das classes governantes. Aliás, elas não desejam isso dos pobres em geral. Ou melhor: de ninguém. Curral eleitoral é coisa valiosa. Rende bilhões de reais no todo.

    Um bom exemplo é a política de reajuste dos valores de aposentadoria: será sempre igual ao do (fajuto e irreal) índice de inflação. Já o salário mínimo crescerá um pouco acima daquele maceteado índice. Aos poucos, os valores irão se aproximando, como indica a mais elementar Matemática, até que o valor da aposentadoria seja igual ao do salário mínimo.

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  27. Já contei aqui o caso narrado por um feirante. Talvez o Joel ou sua genitora o conheça: é da feira da rua Grão-Pará, a última barraca do lado esquerdo, antes da rua Portalegre. Ele é baiano e por isso o chamam de Salvador. Um senhor baixinho, moreno, boa praça.

    Ele contou que há anos ele possuía uma barraca numa feira na Penha. Um dia, época de eleições, apareceu por lá o Miro Teixeira. Saiu cumprimentando as pessoas, dando tapinha nas costas, aquela pouca-vergonha que todos conhecemos. Ao chegar no final da feira, atravessou a rua e disfarçadamente um assessor jogou álcool na mão dele, para tirar o cheiro de pobre, é lógico.

    Foi eleito.

    Quando vejo candidatos abraçando e pegando no colo crianças barrigudinhas e catarrentas, de preferência negras, bem como dando beijo em velhinhas, cumprimentando pobres, tomando cafezinho em bar bunda-de-fora, comendo pastel e caldo de cana nas feiras, me dá um nojo tão grande que tenho vontade de vomitar. Ou melhor, de dar um tiro na cara do patife.

    Ah, se eu fosse o Super-Homem! O Brasil estaria bem melhor. E com uma população reduzida de vários milhões.

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  28. Prezados Mario, Hélio e Joel, mas esta situação não se resolve sem um choque de 440V, na leis penais, na demissão ou expulsão de promotores, juízes, desembargadores, na cassação de senadores, deputados federais, estaduais e vereadores, sem uma limpeza das bandas podres das polícias militares e civis. Feito isso já estarão desarticuladas os PCCs, CVs, ADA, aí é só fazer a limpeza do lixo e jogar na vala.

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    1. Concordo plenamente: em gênero, número e grau. Mas tem um problema: quem pode fazer isso são justamente quem se beneficia do caos atual. Não tem como mudar essa anarquia sem uma revolução no sentido pleno. O Luiz e alguns outros vão dar um pulo de 6 metros de altura, mas volto a dizer: só uma ditadura pode promover essa limpeza. Porque, volto a dizer, quem detém as vassouras se locupleta com a sujeira atual.

      Aí vem outro problema: onde encontrar um sujeito com as qualidades necessárias para ser um ditador desse quilate? Na política não é. Nem no Judiciário.

      O fato é que estamos descendo numa areia movediça sem fundo. E agora ainda querem nos enfiar goela abaixo o semipresidencialismo. Com o Congresso tendo à sua disposição o orçamento da União. Já pensaram que maravilha será isso? O Congresso aumentando seu butim, o Judiciário soltando os criminosos, desde os que possuem jatinhos aos que andam de sandália havaiana. Nesse aspecto o Judiciário não tem preconceito: é bandido pé-de-chinelo, rua com ele; se de colarinho branco, então palacete com ele.

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  29. A propósito: o hino extraoficial do México, instrumental, está em https://www.youtube.com/watch?v=NxdKXTdcHyc. Habituem-se a ele. Se preferirem com a letra, está em https://www.youtube.com/watch?v=6RSPXShyORY

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  30. Odebrecht absolvido, Palocci idem, Mantega livre por prescrição de prazo, José Dirceu flanando, Sergio Cabral e outros gozando a vida. Enquanto isso, Deltan cassado, Moro percorrendo uma via crucis, a força-tarefa Lava-Jato desmantelada em todo o país, etc, etc. Esse o exemplo dado pelo STF e Judiciário em geral. Gente honesta, como vemos com os casos de desembargadores vendendo sentenças, STJ envolvido em negociata, STF nem um pouco crível, mudando jurisprudência conforme o "nome da capa do processo", agindo como um puxadinho do Executivo.

    Também, como acreditar em imparcialidade de magistrados indicados a dedo pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado? Justamente pelas pessoas que só eles têm autorização para processar. Quem vai processar ou condenar as pessoas que os puseram ali, com cargo vitalício, dezenas de benefícios, autoridade suprema e indiscutível? Graças a elas comem lagosta, bebem vinhos premiados internacionalmente, vivem luxuosamente, andam de carro blindado, tem até quem lhes puxe a cadeira para sentar, pois isso lhes custaria muitas calorias se o fizessem por conta própria. Fora "otras cositas más", certamente.

    Dá para acreditar numa Justiça dessas?

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  31. E aí vem um desembargador de MT (aquele Estado do faroeste, onde há cidades do tipo Wichita, Abilene, Dodge City no século XIX) e diz que com seu salário mensal (incluindo benefícios) de 78 mil reais não consegue dar uma vida decente à sua família. O que um canalha desses merece?

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  32. Tá cansativo este muro das lamentações.

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    1. Não gosta de realidade? Prefere a ficção ou o conformismo? A verdade dói? Garanto que sua música preferida é "What a wonderful world".

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    2. Quem sabe você pode nos brindar com uma outra visão sobre o Rio de Janeiro e o Brasil? Diga-nos como vê o futuro da cidade e do país; fale-nos o que você acha da violência, do tráfico de drogas e de armas; relate-nos sua opinião sobre a política e o Judiciário; como vê a nomeação de ministros escolhidos entre indicados políticos e não por competência; como encara as sucessivas mudanças de opinião do STF, de acordo com o caso em pauta.

      Estou ansioso em ouvi-lo. Quem sabe eu estou vendo o copo esvaziando e você o vê enchendo? Não sou dono da verdade, apenas não tenho antolhos. Mas quem sabe você me convence de que estou errado. Aguardo ansioso seus argumentos. Se os tiver diferentes dos meus. Caso contrário.... quem cala consente e concorda.

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    3. Não discuto suas opiniões apenas acho cansativo usar este espaço para essas lamentações. Venho aqui para me distrair, aprender a história do Rio, rir com algumas histórias interessantes. Os problemas do país e da cidade já foram expostos várias vezes. É consenso que só vai piorar.

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    4. Que bom ver sua concordância com tudo o que escrevi. Apenas você acha não ser o SDR o local adequado. Ótimo saber que você não tem antolhos, como eu também não os tenho.

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  33. Morreu a cantora norte-americana Roberta Flack em decorrência da E.L.A.

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    1. A cantora de "Killing Me Softly with His Song" e de "The First Time Ever I Saw Your Face".

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  34. "Feel Like Makin’ Love” & "Where is the Love".

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  35. Tendo em vista o comentário do Héli das 19:12: Hélio, na feira da Grão Pará eu fico sentado na barraca de pastel e caldo de cana na entrada da feira enquanto minha mãe percorre a feira até "de cabo a rabo". Não tenho paciência! Mas ali sentado eu consigo ver "a verdadeira face do povo brasileiro ao vivo e à cores", e com isso ter a certeza de que o Brasil é um caso perdido.

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  36. Agora sem "lamentações", como disse o Anônimo. Assistam ao vídeo em https://www.youtube.com/watch?v=E5y-jA4qoIA. É sobre as agruras de caminhoneiros e motoristas de ônibus nas estradas de terra e areia do Jalapão e do Ceará. São verdadeiros heróis para se arriscar a trafegar por elas. Uma preciosa aula, a meu ver. Narrado em inglês, com uma tradução muito da confusa para português nas legendas. Quando brasileiros falam o som é no nosso idioma, porém é feita tradução para inglês nas legendas.

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