Pergunta: onde ficava
exatamente esta “JUNCÇÃO DO ELECTRICO”?
O próprio Helio Ribeiro, em suas pesquisas, não conseguiu determinar o lugar exato, provavelmente na Muda/Usina.
Pesquisando na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional se encontra pouca coisa.
O “Jornal do Brasil” de
1906 publicou uma reportagem sobre o "Club das Avencas", nome sob o qual
encantadoras senhoritas e distintas senhoras da nossa melhor sociedade fundaram
um “chic” grêmio, cujo fim é realizar excursões e “garden-parties” nos pontos mais
admiráveis da capital.
A festa inaugural do Club
das Avencas realizou-se no esplendor de um dia glorioso, na poética Tijuca.
Banido que foi o elemento
masculino desse grupo risonho e feliz, ver-se-ia o “Jornal do Brasil” privado
do prazer de noticiá-la, dispusemos de uma repórter inteligente e gentilíssima
no meio das adoráveis “Avencas”.
Em "bond" especial partiram
elas do Largo de São Francisco, bem cedo pela manhã. Na “JUNCÇÃO” um electrico
as esperava e no Alto da Boa Vista comprado o pão nosso ... delas daquele dia,
partiram para a floresta cheia de mistérios e encantos.
O almoço foi na gruta
Paula e Virginia e (...).
Mas não dá maiores informações sobre o local.
Sergio Gómez, pesquisando
na Hemeroteca, encontrou mais algumas informações que transcrevo agora.
“Não achei a localização
da "Juncção do Eléctrico", onde se baldeava dos bondes da Cia. de São
Cristóvão (tração animal) para os da Cia. da Estrada de Ferro da Tijuca
(eletrificados), que iam ao Alto da Boa Vista e ao Centro da cidade.
Realmente ficava na Muda / Usina. Seria na própria usina que fornecia energia
para os bondes?
*Revista do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro (RJ) - 1839 a 2021. Ano 1978. Seção
“Efemérides Cariocas”, pág. 254."
_______________________________________________________
Esta é a fotografia enviada pelo Joel Almeida. Ver os comentários abaixo sobre a opinião do Joel para o local da "Juncção do Electrico".
"Junção do Elétrico", nunca tinha ouvido falar disso. Luiz, já houveram postagens anteriores sobre este tema?
ResponderExcluirSim, o Helio e o Joel já especularam onde seria. Mas ninguém sabe ao certo, embora a região seja a Muda/Usina c
ExcluirEra o local de transição do séc. XIX para o séc. XX.
ResponderExcluirPerfeito.
ExcluirNada nos arquivos da Light?
ResponderExcluirBom dia, Dr. D'.
ResponderExcluirDia de acompanhar os comentários porque bonde está fora da minha jurisdição.
A foto aparece com um texto/descrição que não esclarece nada em:
ResponderExcluir[https://www.flickr.com/photos/memoriaviva/178718459/in/photostream/]
A primeira via férrea no Brasil que empregou a eletricidade na tração dos seus carros foi a Estrada de Ferro da Tijuca. Os trens partiam do ponto terminal da linha de bondes da Tijuca (Junção do Elétrico) e iam até o Alto da Boa Vista, num percurso de 5 quilômetros. Inaugurada a 14 de setembro de 1898, deve-se o empreendimento ao engenheiro Adolpho Aschoff coadjuvado pelo mecânico-eletricista norte-americano James Mitchell.
A foto mostra a antiga estação Junção do Elétrico, SITUADA NAS PROXIMIDADES DA MUDA,, onde os bondinhos de burro da Companhia de São Cristóvão faziam correspondência com os trens da Estrada de Ferro da Tijuca.
Memória Viva - www.memoriaviva.com.br
Há alguns meses eu comecei a preparar uma postagem sobre este assunto. Mas como já havia uma anterior, que não chegara a nenhuma conclusão sobre o local exato da junção, desisti de continuar preparando a postagem.
ResponderExcluirHa muitas informações conflitantes sobre o local. Nenhuma é conclusiva. O Joel daqui a pouco aventará uma hipótese. As existentes são:
ResponderExcluir1) esquina das ruas Doutor Octavio Kelky com Conde de Bonfim.
2) esquina das ruas Uruguai e Conde de Bonfim.
3) esquina da Garibaldi com Conde de Bonfim.
4) em frente ao antigo Carrefour da Tijuca (hipótese do Joel).
Como os trens partiam do ponto terminal da linha de bondes da Tijuca (Junção do Elétrico) e iam até o Alto da Boa Vista num percurso de 5 quilômetros proponho nos reunirmos na Praça do Alto, zerarmos o odômetro ou o hodômetro (as duas grafias estão corretas Sr. Observador Ortográfico) e descermos a estrada por 5 quilômetros.
ResponderExcluirDaríamos uma margem de 10% para possível erro.
Prezado Zenon, o problema é que não está claro onde era o terminal do Alto da Boa Vista: se na Praça Afonso Vizeu ou na rua Boa Vista. E a distância entre esses dois pontos não é tão pequena assim.
ExcluirSó por curiosidade: odômetro ou hodômetro deriva da palavra grega ódòs (tentando usar os caracteres do celular), que significa "rua". E por que pode ter H ou não em português? Notaram em cima do primeiro "O" o que parece uma vírgula ao contrário (no teclado do celular usei acento agudo)? Em grego as palavras iniciadas por vogal sempre possuem em cima dela um sinal chamado de "aspiração ". Se esse sinal tiver a forma de uma vírgula virada para a direita, diz-se que é uma aspiração forte e na transliteração para o português pode ou não ser transformada em H. Se o sinal tiver a forma de uma vírgula normal, diz-se que se trata de uma aspiração fraca e na transliteração ela é ignorada.
ExcluirNo caso de ódòs, é uma aspiração forte, daí o "H" poder ser usado ou não em português.
O Helio é um polímata!
ResponderExcluirNa semana passada eu telefonei para o Hélio e disse que tinha solucionado o mistério da "Junção do Eléctrico". São vários ítens a considerar, e o primeiro deles é a localização da foto. É bom lembrar que até uma data entre 1913 e 1914, a Rua Conde de Bonfim tinha início no final da "Estrada do Andarahy Pequeno esquina com Rua do Uruguay", quando então passou a ter seu início no Largo da Segunda-feira. Os trilhos que aparecem na foto não são acompanhados por nenhuma rede elétrica, indicando que os bondes que trafegavam ali eram de tração animal. A rua cuja esquina aparece no canto da foto e faz esquina com a Conde de Bonfim, dá acesso à Estrada de Ferro da Tijuca, cujo leito corre em paralelo, e no local está atualmente a Rua São Miguel. A curva da Conde de Bonfim que aparece na foto se mantém até os dias atuais. Portanto as evidências indicam que no local da foto o fotógrafo estaria de costas para o antigo prédio do Carrefour (antiga Souza Cruz). É bom lembrar que os bondes de tração animal subiam a Conde de Bonfim até o seu final até o ano de 1907.
ResponderExcluirFico impressionado com o nível de conhecimento histórico dos componentes desta confraria. Temos catedráticos da Tijuca, da ZS, de outros bairros de norte a sul, enfim é uma verdadeira enciclopédia de nossa cidade. Dou os meus pitacos humildemente, sobretudo da ZO. Ah, ia esquecendo, ainda temos os especialistas, de automóveis, de bondes, etc. Uma pena que alguns sumiram, como o Tijucano Empedernido, o Irajá, o Maurochará, etc.
ResponderExcluirVida longa ao SDR.
Mauroxará
ExcluirDe acordo com o texto da publicação tudo faz sentido com o meu comentário, pois as senhoritas tomaram o bonde no Largo de São Francisco e já havia um elétrico aguardando-as para subirem o Alto da Boa vista. Essa foto não é a da Estação Terminal da antiga E.F. da Tijuca, pois ela ficava na altura da esquina da Conde de Bonfim com a atual rua Dr. Otávio Kelly, descia a mesma em direção à futura Praça Xavier de Brito, subia as futuras ruas Pinto Guedes e São Miguel, até chegarem à Usina de força, atual Largo da Usina, em um traçado paralelo à Conde de Bonfim. A foto mostra o acesso para uma estação intermediária entre a Conde de Bonfim e a E.F. da Tijuca.
ResponderExcluirA exemplo da plataforma 9¾ na estação King's Cross, em Londres, que dá acesso ao trem Hogwarts Expresse na saga Harry Potter e não existe fisicamente para os mortais comuns, a JUNCÇÃO DO ELECTRICO, se e quando tiver seu local original determinado com exatidão, quem sabe não poderá ser um ponto de passagem para pouquíssimos escolhidos - entre eles certamente alguns comentaristas desse blog - transitarem entre o Rio atual e o de meados do Século XIX até início do Século XX (1920 para evitar o paradoxo da duplicação), podendo assim (re)visitar o passado.
ResponderExcluirOs bondes de tração animal vindos do centro da cidade subiam a Conde de Bonfim até o seu final. Tenho algumas foto de um desses bondes descendo a Conde de Bonfim. Não custa lembrar uma publicação do SDR sobre um "reclame' do Hotel Moureau de 1887 informando entre outras coisas sobre a comodidade de ter transporte por bondes à porta. A E.F. da Tijuca só foi inaugurada em 1898, ou seja, onze anos depois. A publicação também menciona o endereço do Hotel Moureau: Rua Conde de Bonfim 123, já que naquela época a Conde de Bonfim se iniciava no final da "Estrada do Andarahy Pequeno".
ResponderExcluirSobre o comentário do Hélio às 10:07, posso dizer que o terminal da E.F da Tijuca ficava na Praça Afonso Vizeu e tendo no local um pequeno bloqueio, pois não havia "rodo". Quando a Light assumir a concessão após 1907, o ponto final passou a ser na Rua Boa Vista, onde foi feito um "rodo".
ResponderExcluirFora de foco:
ResponderExcluirEm um caso de colisão com pássaro hoje no Galeão de um avião da Latam, Jerome Cadier, CEO da Latam, reclama:
“- Posso apostar que a primeira ação na Justiça contra a companhia aérea, pedindo indenização por dano moral por cancelamento deste voo, vai chegar amanhã mesmo. E assim segue a aviação brasileira. A pergunta é: quem paga a conta?”
De uma coisa, “seu” Jerome, eu tenho certeza: a Latam será só intermediária, seus futuros passageiros ao comprarem as passagens é que de fato pagarão.
E mais, colisões com pássaros – infelizmente, porque podem e eventualmente provocam acidentes graves – acontecem em aeroportos no mundo inteiro, não é “privilégio” da aviação brasileira.
Examinando as fotos do terminal da Estrada de Ferro da Tijuca que ficava na esquina da atual Rua Dr. Otávio Kelly, percebe-se que nada tem a ver com o que aparece na foto. Vou envia-la para o Luiz para comparar.
ResponderExcluirBoa tarde Saudosistas. Tema interessante o de hoje, nunca ouvi falar deste local, nem mesmo as publicações da época definiram o seu local exato. Mas seria uma boa pesquisa achar este local.
ResponderExcluirVou acompanhar os comentários com atenção.
Publicada agora a fotografia enviada pelo Joel e mencionada nos comentários dele sobre a localização da "Juncção do Electrico".
ResponderExcluirEm 2017 o Allen Morrison e eu passamos dias e dias pesquisando esse assunto e não chegamoa a uma conclusão. O material que conseguimos é extenso demais para ser fruto de comentários aqui. Como escrevi às 09:15h, eu comecei a preparar uma postagem sobre essa junção, mas desisti. Confuso demais.
ResponderExcluirO Joel veio trazer novas hipóteses sobre o local da junção. Haveria mais de uma? O local mudou ao longo do tempo? Haveria um local para terminal da linha do Alto e outro para a junção? Tudo muito nebuloso.
WB, o "Tijucano Empedernido" era "fake". Morava na Zona Sul...
ResponderExcluirNão sabia...kkkk
ExcluirEstou pasma. Kkk. Alcione também era?
ExcluirNão.
ExcluirObservem nas fotos postadas que embora o abrigobde passageiros seja o mesmo ou pareça ser, na primeira foto não há rede aérea, e na segunda sim. As montanhas ao fundo da primeira apontam para a área entre a rua Uruguai e a Muda; as da segunda certamente não são ali, lembram mais o morro do Boréu.
ResponderExcluirDurma-se com um barulho desses.
Pelo que se pode observar do relevo, realmente não parece ser o mesmo local.
ExcluirEstou perdido na junção.
ResponderExcluirAs fotos mostram a mesma cobertura em ângulos opostos.
Se desmontaram a estrutura e montaram em outro lugar foi única e exclusivamente para confundir os futuros detetives, frequentadores do SDR.
Sobre a última foto postada: para quem conhece a região, no local do terminal está o Posto Jurema na Rua Conde de Bonfim, e o casario que aparece atrás do terminal é na Conde de Bonfim. Os bondes são de duplo comando e não existe ali nenhum "rodo". O bonde em primeiro plano está prestes a seguir pela futura rua Dr. Otávio Kelly, vai virar à esquerda na futura Pinto Guedes, passar em frente à futura Escola Soares Pereira, cruzar a futura Marechal Trompowsky, subir a futura São Miguel, e chegar à Usina. É óbvio que o terminal que aparece nessa foto nada tem a ver coma foto postada pelo SDR. Na minha opinião a foto postada pelo SDR mostra uma "parada ou ponto" no qual podia-se saltar de um bonde de tração animal que veio do Centro da cidade, cruzou a Rua do "Uruguay", e seguiu em frente em direção ao Hotel Moureau. Na estação que aparece, o passageiro desceu e seguiu pela rua ao lado para tomar o "Eléctrico", que seguia em via paralela.
ResponderExcluirEntão são mostradas nas fotos estações distintas.
ResponderExcluirNa primeira foto a estação em que se descia do bonde de tração animal e se dirigia à estação do electrico na ida e aguardava-se o bonde de tração animal na volta.
Na segunda foto a estação onde se aguardava o bonde elétrico na ida e onde se descia do mesmo na volta para se dirigir à estação da primeira foto para pegar o bonde de tração animal.
Mário, a última foto mostra a estação inicial da E.F. da Tijuca na Conde de Bonfim. O trajeto do bonde elétrico não seguia pela Conde de Bonfim e sim por uma via paralela à ela. A "Junção do Eléctrico" que aparece na foto ficava na Conde de Bonfim em um ponto bem acima da estação inicial e os trilhos que aparecem em frente à ela eram de bondes de tração animal que circulavam na Conde de Bonfim. Para chegar à linha de bondes elétricos era necessário seguir pela rua que aparece no canto da foto e tomar o "Eléctrico" que corria pela via paralela que mais tarde seria a Rua São Miguel.
Excluir👍
ExcluirA resistência que tenho em achar que havia simultaneamente o abrigo perto do Boréu e o outro perto da rua Uruguai é que se em ambos se podia passar para o bonde elétrico, por que os passageiros usariam o do Boréu? Isso implicaria em vir da cidade pelo bonde a burro, passar pela junção da rua Uruguai, continuar no bonde a burro, aguardar a troca da parelha na estação da Muda, continuar a viagem nele e só saltar na junção do Boréu. Não faz sentido.
ResponderExcluirA "parada Junção do Eléctrico" não poderia ser voltada para que moradores da região da "Muda" e arredores tomassem o "Eléctrico" para subir o Alto da Boa Vista sem precisarem descer até à estação terminal?
ExcluirEm edição do jornal O Paiz, de 17/9/1899, encontrada na hemeroteca da Biblioteca Nacional, uma matéria lembrava da inauguração do ano anterior, referente aos 5 km entre a Raiz da Serra (Usina) e o Alto da Boa Vista, antes de relatar sobre o acréscimo de 2,5 km inaugurado no dia anterior, dia 16/9/1899, novo trecho que se iniciava na Rua Conde de Bonfim, local da baldeação, à boca da Rua Pinto Guedes.
ResponderExcluirNão cita a Rua Dr. Otávio Kelly, talvez inexistente na época. Ou a Pinto Guedes foi seccionada posteriormente.
O Paiz não usou o nome junção, que pode ter mudado sim, da Usina para a Conde Bonfim / Pinto Guedes.
Ou manteve duas coberturas, mostradas nas fotos acima.
Há uma planta do Rio de 1910 que mostra o trajeto descrito pelo Joel, saindo pela Otávio Kelly, que já existia. Mas um mapa das linhas de bonde de 1906 mostra a origem em um ponto posterior, entre a Radmaker e a Garibaldi (então D. Anna). Nele, os trilhos saem pelo meio do quarteirão, atravessando a Garibaldi na sua interseção com a Pinto Guedes e daí seguindo o trajeto da atual São Miguel. Na planta de 1910, exatamente no mesmo local (quase em frente à Leite de Abreu) há uma "Estação da Companhia Light & Power", o que de certa forma sustenta a informação do mapa de 1906. Aparentemente a Light estendeu os trilhos por um quarteirão entre 1906 e 1910.
ExcluirEncontrei os mapas na Biblioteca do Congresso Americano.
1906: https://www.loc.gov/item/2012593119/
1910: https://www.loc.gov/item/2012593131/
Vou verificar essa última informação, que para mim é inédita, mas só confirma a hipótese de que a "Junção do Eléctrico" mostrada na postagem inicial era uma conexão do sistema de tração animal que rodava pela Conde de Bonfim com a linha de elétricos que rodava pela futura São Miguel. É curioso também o fato da Light ter estendido os trilhos do ponto inicial por algumas centenas de metros até o ponto existente na altura da Dr. Otávio Kelly entre 1906 e 1910, pois a E.F. da Tijuca foi extinta em 1907 após ter sido encampada pela Light. Teria sido mantido trecho inicial da E.F. da Tijuca após 1907?
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirContinuo acompanhando os comentários.
Excelente discussão sobre este tema. Muitas informações e algumas dúvidas.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Ótimo trabalho de pesquisa dos nossos comentaristas, acho que chegaremos ao local exato.
ResponderExcluirDesculpem o meu fora de foco: Lino, o bloco é amanhã?
ResponderExcluirSIM, Vai sair por volta das 17;00h, a concentração começa por volta das 10:00h, quando a cerveja ainda está gelada. Depois só cerveja gelada só nos ambulantes.
ExcluirSobre o comentário do Innominato às 0:12: No ponto citado por ele entre a Garibaldi e a Rademaker existiu posteriormente a garagem de bondes da Light que funcionou como tal até meados dos anos 60 e que era era o ponto final do bonde da linha 60, Muda-Marquês da Abrantes. Seria esse o ponto inicial da E.F. da Tijuca em 1898 e posteriormente desativado anos maís tarde? Diante das coordenadas citadas pelo Innominato, há uma possibilidade.
ResponderExcluirBom dia. Desculpe a ignorância, mas ainda dentro do tema do post: os bondes que subiam o Alto utilizavam o recurso da "cremalheira" em alguns trechos, ou a inclinação não era tão intensa que justicasse o uso desse recurso?
ResponderExcluirBahia, nos dias 18 e 19/10/2022 foram feitas duas postagens sobre a linha do Alto da Boa Vista. A opção de cremalheira foi aventada, porém descartada. A construção daquela linha deu panos para manga e levou anos até ser concretizada. Para maiores detalhes, vide as citadas postagens.
ExcluirNão acompanhei estas duas postagens (por sinal, excelentes) na época - logo vi. Andava meio "aéreo" por conta do processo de divórcio...
ExcluirOs bondes que subiam o Alto da Boa Vista utilizavam apenas a tração elétrica, tal qual os bondes de Santa Teresa.
ResponderExcluirEstou um pouco ausente dessa discussão porque o material que o Allen Morrison e eu coletamos é vasto demais para ficar enviando ao Luiz. Há citações explícitas sobre o abrigo na rua Uruguai, porém há mapas mostrando a linha do Alto vindo pela Pinto Guedes e dobrando na Doutor Octávio Kelly, na época chamada Vinte e Dous de Setembro. Há contradições nas publicações de jornais, talvez por serem de anos diferentes. Uma delas diz que a linha foi estendida até a rua Uruguai e ali construído provisoriamente um abrigo para comodidade dos passageiros. Mas aparentemente a primeira foto mostrada aqui não é na rua Uruguai, por causa do perfil das montanhas ao fundo.
ResponderExcluirEnfim: confuso.
Num relatório da E.F. da Tijuca, referente ao ano de 1899, constam os seguintes trechos: "Construcção: Durante o anno a companhia terminou a construcção de 2.512 metros de linha, comprehendidos entre a Estação Central e a rua do Uruguay".
ResponderExcluirMais abaixo, no mesmo relatório: "O ponto terminal deste trecho foi trazido provisoriamente à rua Conde de Bonfim por desvio de 130,0 m. Um pequeno abrigo foi ahi estabelecido tambem provisoriamente, para commodidade dos passageiros".
Um relatório da Companhia de São Christovão, datado de outubro de 1906, contém o seguinte trecho: "By horse cars from Largo de Sao Francisco to the Rua Uruguay, connecting with the electric cars".
ResponderExcluirUm mapa de 1910 (não lembro onde obtive), já na gestão da Light, mostra os trilhos da EFT virando na Doutor Octávio Kelly, sem continuação até a rua Uruguai. Contradizendo o relatório de 1899 cujo trecho postei acima, às 10:49h.
ResponderExcluirUma publicação do Jornal do Commercio de 22/01/1911 anuncia terrenos entre os números 742 e 750 da Conde de Bonfim, dizendo que ficam "junto à juncção do electrico". Se formos no Street View e verificarmos onde ficam esses números, veremos que ficam na esquina da rua Palmira Gonçalves Maia (talvez inexistente na época), mais próximos da Doutor Octavio Kelly do que da Radmaker. Tudo indica que a junção ficava na Doutor Octavio Kelly.
ResponderExcluirOlha só que confusão.
Inicialmente a linha do Alto começaria na rua Mariz e Barros. Porém fez um acordo com a Companhia São Cristóvão e desistiu disso, começando sabe-se lá exatamente onde, com o compromisso de haver a conexão entre as linhas da São Cristóvão e as dela, motivo de toda a confusão que estamos discutindo aqui.
ResponderExcluirEm determinado ponto, acho que por volta de 1906, a Companhia Vila Isabel, que já era eletrificada, fez um acordo com a São Cristóvão (que já assumira a linha do Alto), ligando com seus trilhos a rua Barão de Mesquita com a Conde de Bonfim, via rua Uruguai. Com isso a usina de força existente lá na Usina foi desativada, já que a energia elétrica dos bondes era obtida da estação da Vila Isabel, situada no Boulevard São Cristóvão, perto da Praça da Bandeira.
ResponderExcluirAté hoje existe nas publicações que vejo na Internet uma confusão entre a estação de bondes da Light situada no Boulevard Vinte e Oito de Setembro e a usina de força da companhia Vila Isabel, situada no Boulevard São Cristóvão. São duas coisas diferentes, embora ambas usem o nome Vila Isabel: uma coisa é a companhia, outra é a estação situada naquele bairro.
ResponderExcluirPara quem não conhece bem a região como eu, fica difícil acompanhar todas as observações acima. Mas é um estupendo trabalho de pesquisa.
ResponderExcluirTemos que abrir o mapa e acompanhar. Normal.
ResponderExcluirVamos torcer para que antes da próxima postagem alguém consiga um tempo para elaborar um resumo. Não será fácil fechar a "ata de reunião", sem dúvida
O período da Estrada de Ferro da Tijuca vai de 1898 até 1907 e é razoável que modificações na linha tenham acontecido, além dos 2,5 km acrescentados em 1899.
Entendi que até depois, com a Light administrando, aconteceram algumas adequações, visando melhorar as ligações com outras linhas.
Sobre o comentário das 11:00: Hélio, os terrenos da Conde de Bonfim com numeração 742 e 750 não poderiam existir em Janeiro de 1911, tendo em vista que até pelo 1913 a Conde de Bonfim tinha seu início na esquina com a "Rua do Uruguay". Essa numeração citada no seu comentário se refere à "nova configuração" da Conde de Bonfim após 1913, quando passou a ter seu início no Largo da Segunda-feira. É bom lembrar que o "Hotel Moureau", local onde mais tarde funcionou o Colégio Regina Coeli, tinha o número 123, próximo ao Largo da Usina.
ResponderExcluirJoel, se você consultar a Hemeroteca da Biblioteca Nacional, Jornal do Commercio, data da 22/01/1911, vai ver esse anúncio lá.
ExcluirPosso confirmar a informação do Helio. Eu também achei esse anúncio na Hemeroteca.
ExcluirNão tenho como discutir com você sobre a Tijuca, mas a planta do município de 1900 já mostra o início da "Rua do Conde de Bonfim" no Largo da Segunda-Feira. Você tem certeza dessa data de 1913?
Enviei ao seu zap o anúncio.
ExcluirInnominato e Hélio: Pesquisei em uma antiga publicação específica sobre a Tijuca que faz parte do meu acervo e encontrei um mapa do bairro "Fábrica das chitas" datado de 1911 no qual a Conde de Bonfim já aparece tendo início no Largo da Segunda-feira. Portanto o erro sobre a data em que a Conde de Bonfim passou a ter início no Largo da Segunda-feira foi meu. Vou enviar o mapa para o Luiz e uma cópia para o Hélio.
ExcluirFora de foco:
ResponderExcluirProntos para Lady Gaga em maio ?
Na Praia de Copacabana, só para variar.
Aí de ti, Copacabana.
Tô fora... Se fosse um U2, Phill Collins ou algo do gênero. Um Roger Waters com o Pink Floyd seria a cereja do bolo.
ExcluirAlguns confrontos de oitavas de final da Champions.
Atlético de Madrid X Real Madrid, Bayer Leverkusen X Bayern de Munique e Barcelona X Benfica.
Na Copa do Brasil, Portuguesa e Boavista foram eliminados e o Olaria se juntou ao Vasco na segunda fase. O Fluminense ainda joga na próxima semana.
Acho que também falta o Nova Iguaçu.
ExcluirNova Iguaçu, se passar, pega o Vasco.
ExcluirOutros confrontos da Champions.
PSG X Liverpool, PSV X Arsenal, Feyenoord X Inter, Brugge X Aston Villa e Borussia X Lille. Os cruzamentos até a final também estão definidos.
Augusto, se der tudo certo até lá, estarei viajando em maio, como aconteceu ano passado no show da Madona.
ExcluirAgora, U2 e Pink Floyd ... é covardia, ai eu dava um jeito de assistir.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirQue loucura! Isto é apaixonante!
ResponderExcluirDesde que vi a postagem do Dr. Darcy no grupo do Facebook não deixei de acompanhar a evolução dos comentários sobre o enigma da localização da “Juncção do Electrico”. Cheguei a fazer algum comentário no FB, mas agora, passeando pelo blog, nem me atrevo a escrever nada mais.
Que conste que não sou tijucano, senão um carioca de Ipanema, afastado do Brasil há mais de 42 anos, porém sinto que o vínculo que sinto com a minha cidade se fortalece cada vez mais, sobretudo recreando-me com estas postagens, que despertam meu entusiasmo, incomparável com o que poderia sentir por qualquer livro célebre.
Uma vez mais, parabéns pelos brilhantes comentários e principalmente pelo blog, que deveria chamar-se "saudadesdoriodoluizd.butantan", porque realmente é um blog para “cobras”! 😂
(Meu nome é Sergio Gómez, embora apareça como carioca63).
Abraço forte, blogueiros!