Vemos o Cinema Ipanema, em foto do acervo do Arquivo Nacional e colorização da desaparecida Alcyone.
Este cinema, que terminou seus dias como um "poeira" da Praça General Osório, tinha quase 2.000 lugares e foi inaugurado em 17/10/1934. Em estilo "art-déco", era projeto de Rafael Galvão. Funcionou até 30/04/1967 na Rua Visconde de Pirajá nº 86.
Fez grande sucesso na época da inauguração como podemos ler no livro "Palácio e Poeiras", de Alice Gonzaga: "Fachada imponente, obedecendo a linhas simples, retas, de agradável visual, o Ipanema convida o transeunte a conhece-lo internamente. Observamos, na tarde em que o visitamos, o interesse dos moradores de Ipanema pelo "seu" cinema, como já o chamam, por isso que diversos eram os automóveis estacionados à frente da construção, deles descendo pessoas que solicitavam permissão para percorre-la".
Quando da inauguração "Cinearte" registrou da seguinte forma: "O espetáculo de estreia marcou um legítimo acontecimento social naquele elegante bairro da cidade, afluindo ao Ipanema, muito maior número de pessoas que o admitido por sua lotação. Foi mister suspender a venda de localidades, pois o público insistindo em visitar a nova casa de espetáculos nessa mesma noite, provocou um início de invasão, espatifando-se os vidros da bilheteria"
Em seus últimos tempos, com cadeiras de madeira e sem ar-condicionado, com sessões duplas e um pouco de luz entrando na sala de projeção pelas frestas das portas, tinha sua maior bilheteria nas Sextas-Feiras Santas quando exibia "A vida de Cristo".
Bela colorização da tia Alcyone que nunca mais apareceu por aqui. Para ir a este cinema era só pegar o 14, bonde que tinha seu ponto final na Teixeira de Melo aí do lado, e desfrutar de dois filmes pelo preço de um. Matava a tarde inteira nas férias quando já não se tinha o que fazer. Vi muitos filmes de faroeste aí.
ResponderExcluirBom dia. Não lembro desse cinema, pois nessa época eu ainda não andava nessa região, o que ocorreu em 1970. Atualmente existe um prédio misto no local, bem como uma agência do Itaú.##Plínio, o filme A vida de Cristo, que era filme mudo, era "dose". Eu o assisti por duas vezes no Cine Santo Afonso na rua Barão de Mesquita na Tijuca. No local atualmente existe uma loja do supermercados Mundial...
ResponderExcluirBom dia senhores. Um feliz 2017.
ResponderExcluirAgora foi uma surpresa para mim. No inicio do prefácio do Editor fala que a Colorização foi da Alcyone, a desaparecida.Além de flanar em uma vassoura a querida Tia era mestre nessa arte? Está perfeita.
Cinema gigantesco parecido com o Olinda que ficava na Tijuca também sem ar condicionado.
ResponderExcluirFrequentei o Olinda nos idos de 60. Um enorme cinema que juntamente com o Imperator no Meier eram as maiores salas na cidade em capacidade. Creio que deva ser do mesmo arquiteto esse projeto. Por sinal muito parecidos.
ExcluirAo lado do cinema havia a "Camisaria Progresso", cujo proprietário era casado com uma prima de meu avô. Essa região até o início dos anos 70 não tinha a valorização atual nem o "charme" que alguns vêem. Lojas de bairro eram poucas e a região era tranquila. Depois do "tropicalismo, do "pier", Leila Diniz, e o natural consumo de drogas da região, fizeram Ipanema mudar seu "perfil". Gostava nais do antigo...
ResponderExcluirJoel, favor me ajudar a relembrar e corrija se estou errado. Mudei para a Texeira de Melo em 62 e acho que o quarteirão era assim: Um bar na esquina, depois um portão que levava para o pátio interno do prédio da esquina, a Padaria Pão de Açúcar, Camisaria Progresso, Cinema Ipanema, a entrada para uma vila, uma loja de brinquedo, o Bar Jangadeiros e um colégio que não lembro o nome na esquina da Jangadeiros.
ExcluirDesculpe, Marcelo respondeu abaixo, Colégio Fontainha
ExcluirO nome da camisaria não era Camisaria Sol Ipanema? Lembro dessa loja até o início dos anos 1980.
ExcluirO nome correto era esse,Camisaria Sol Ipanema,sim. Morei ali perto,quando criança, e me lembro de ir, com meus pais, comprar roupa lá.
ExcluirDesejo a todos os comentaristas e ao Dr. Luiz em particular muito sucesso para o novo blog e 2017 mais calmo.
ResponderExcluirÓtima colorização. O Ipanema e o Pirajá na minha época eram poeiras mesmo. Grande lembrança a da Camisaria Progresso. Eram contemporâneos dela nesta região o Bar Jangadeiros ainda na Visconde, o colégio Fontainha, a estação da CTB, o restaurante Rio/Nápoles na praça e a carrocinha de frutas do Mario e seus irmãos que depois compraram a lojinha da esquina da Teixeira de Melo e iniciaram ali a grande rede de supermercados Zona Sul. Ainda resiste uma pequena galeria de comercio variado, tipo uma vila, entre onde era o cinema e a Teixeira de Melo.
ResponderExcluirBom dia a todos. E como já disse antes, o SDR nesta nova casa, irá desfilar as fotos colorizadas postadas no UOL e no Terra. Esta é uma versão única, com certeza a de maior valor, feita pela nossa querida tia Alcyone, que anda desaparecida e vez por outra, costuma aparecer disfarçada de um pseudônimo. Quanto ao tema da foto, o Cinma Ipanema não cheguei a conhecer, pois não era da minha jurisdição, mas chegaram longe as façanhas de alguns comentaristas, que frequentaram este cinema. Olhando rapidamente para a fachada deste cinema, me lembra de imediato a entrada antiga do estádio do Pacaembu.
ResponderExcluirOutro poeira deste tempo foi o cinema Pirajá no número 303
ExcluirNão conheci esse cinema, que relativamente durou pouco, fechando antes mesmo da era dos vídeos cassetes. A Tya Alcyone fez a pintura com pinceladas utilizando os lápis vassourinhas distribuídas pelo Jânio na campanha de 1960, quando ela foi chefe do comitê central de campanha.
ResponderExcluirEsta fachada lembra a do São Pedro, na Penha,o prédio continua lá, mas o cinema já era faz tempo. Acho que do lado de lá da poça d'agua deve ter tido muitos cinemas em prédios com fachadas bem mais bonitas.
ResponderExcluirBom dia ! Bela foto, que, realmente, faz lembrar o Pacaembu, como disse o Lino. Nao sabia que a Alcyone tambem colorizava e muito bem, por sinal. Falando nisso, alguem ja a contatou, para motiva-la a voltar. Como voces podem notar, o meu teclado anda capenga, sem acentuacao alguma e outros bichos mais...
ResponderExcluirEsse prove que você não é um robô é um teimoso, mas não tanto que me faça desistir.
ResponderExcluirArt-déco é com o francês. Por onde anda o Rouen?
ResponderExcluirFalando sério: a tia Alcyone faz falta. Alguém sabe por que ela desapareceu dos comentários? As histórias dos ciganos e as lembranças dela do século passado além da colaboração da Lupercia fazem falta.
ResponderExcluirAtualmente a Tya faz observações estratégicas a bordo de sua vassoura nos céus de Aleppo. Diz ela que a coisa tá braba e Pardal voa de asa fechada para não tomar uma pitomba perdida. A Lupercia é que sofreu pequena correção no seu grau. Passou para 8,75 graus a boreste.
ExcluirConcordo plenamente com o Observador de Comentarios...
ResponderExcluirA Tya foi auxiliar de Leonardo da Vinci.
ResponderExcluirO restauro que a Tya fez:
ResponderExcluirhttp://blog.dinamicami.com.br/2012/08/27/cristo-restaurado-vira-hit-na-web-e-inspira-versoes-com-imagens-famosas/
Mauro, o prédio do Cine S. Pedro na Penha que eu saiba não existe mais, no local é uma agência da Caixa, que construiu tudo novo. Próximo dali, em direção à Olaria, tem o prédio do Cine Leopoldina, onde agora tem igreja evangélica. No mais tudo está meio diferente na região, após a implantação das pistas do BRT.
ResponderExcluirTenho uma foto de 1960 do cine São Pedro, que ficava junto a uma passagem de nível da Leopoldina. O local foi muito alterado.
ExcluirMauro, verdade. Parecia muito com o cinema São Pedro, na Penha. Atualmente lá é uma agência da Caixa Econômica.
ResponderExcluirO comentário de 11:37 levantou uma lebre: Será que o véu que cobria a identidade daquele comentarista que vive tecendo elogios à tudo o que se refere à Niterói e que se intitula ucraniano, está finalmente caindo?
ResponderExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirSe estivesse de pé hoje seria mais uma filial da Igreja Universal.
As vezes há males que vem para o bem, como diz o velho ditado.
Não há de ser nada, um dia ainda vou ver uma filial, digo, uma igreja das grandes da Universal ser comprada por uma rede de cinemas. E lá não vai passar a versão dos Dez Mandamentos produzida pela Rede Record.
ExcluirDepois que Tia Nalu virou Analu,Tia Alcyone é Anita Viva voz.
ResponderExcluirEra mesmo um poeira e com uma acústica de lascar, assim como seus assentos de madeira. Acho que não tinha ar condicionado.
ResponderExcluirEstive hoje em um culto da Igreja universal em Del Castilho e confesso que fiquei pasmo com tamanha organização.São dezenas de obreiros organizados militarmente e sempre prontos a obedecer ao pastor que dirigia o culto.Uma potência!Que disciplina!Não é sem razão são vitoriosos.Edir Macedo não é presidente do Brasil porque não quer.Estou maravilhado.
ResponderExcluirColado no Fontainha tinha o mercadinho chamado “ Merpuga “ . Uma conjunção do prefixo “ Mer” com o sobrenome “ Puga” da família dona do estabelecimento
ResponderExcluirEsse mercadinho, uma espécie de galeria que tinha um jornaleiro grande na loja da entrada, era parecido com o Mercadinho São Nicolau, que existia na Visconde de Pirajá, ao lado da antiga Sorveteria Moraes, onde hoje funciona a joalheria H. Stern.
ResponderExcluirFui muito,com meus pais,ao Mercadinho São Nicolau. Inacreditável saber que existia um Mercado,onde se podia comprar leitões,perus,galinhas VIVOS, em plena Visconde de Pirajá, entre Aníbal de Mendonça e Garcia D'Ávila!
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