A
foto de hoje, do acervo do Rouen, mostra um dos postos de gasolina construídos
na década de 70 na Avenida Atlântica com sua configuração original, em 1972.
O
grande aterro de Copacabana nesta época
levou o mar para bem longe dos edifícios, terminou com a inundação das grandes
ressacas, duplicou as pistas da Avenida Atlântica e construiu o interceptor
oceânico, evitando que esgoto “in natura” fosse jogado diretamente no mar.
A
linha dos prédios ficou a algumas centenas de metros do mar (o final do
calçadão junto dos prédios marca o limite da antiga calçada com a areia).
Foram
construídos, com o aterro, um enorme calçadão junto aos prédios, vagas de
estacionamento junto a este calçadão, uma larga calçada separando as pistas que
passaram a ter 3 faixas de rolamento em cada sentido), estacionamento junto à
calçada junto da areia (mais tarde substituído pela ciclovia) e quiosques perto
da areia.
Quanto
ao aproveitamento do espaço conseguido me pergunto por que não foram feitas
garagens subterrâneas, algo que Copacabana tanto necessitava, em vez destes
postos de gasolina? Se existe um lugar mais inadequado ao serviço de
abastecimento e manutenção de veículos é o canteiro central de uma das praias
mais bonitas do mundo.
Outra
opção, em vez de postos de gasolina no espaço entre as pistas, poderia ser
pequenos restaurantes com varandas com mesas e cadeiras espalhadas, banheiros
públicos, como em tantos lugares turísticos do mundo, deixando a calçada junto
à areia somente para pedestres e com pequenos bares para evitar as centenas de
barracas montadas diretamente na areia.
E,
ainda, por que não um veículo de transporte coletivo de superfície,
atravessando toda a orla carioca da Zona Sul, indo até a Barra da Tijuca
(utilizando o espaço entre as pistas)?
Consta,
aliás, que o projeto original previa uma Avenida Atlântica sem sinais, com
passarelas ligando os prédios à praia, funcionando como uma via expressa.
Enfim,
acho que havia alternativas melhores do que a que foi executada.
Confesso que fui um dos que não acreditaram que este projeto iria dar certo. Puro preconceito contra engenheiros portugueses e em certa medida pouca capacidade de avaliar corretamente o proposto. Acho que a duplicação das pistas foi correta e lembro que inclusive foi proposto um túnel no final da avenida ligando Leme e Urca. O interceptor foi fundamental para tratamento do esgoto. Ruim mesmo foram como dito no texto os postos de gasolina neste local.
ResponderExcluirBom dia. Fui testemunha desse alargamento, pois de Dezembro de 1969 até Setembro de 1971 morei na Avenida Atlântica e vi o trabalho diário das dragas. Confesso que preferia a Atlântica antiga por vários motivos, mas o principal é que esse alargamento trouxe graves problemas para o Bairro. A duplicação das pistas de rolamento trouxe um fluxo de veículos que a orla não comportava, mesmo com a permissão de estacionamento em alguns trechos. O perfil da população mudou para pior, principalmente em seus hábitos.### Abastecer veículos na zona sul nunca foi uma boa opção. Pouquíssimos postos e preços absurdos, mesmo enquanto a gasolina era tabelada. Abastecer em Copacabana, Ipanema,Lagoa, e Leblon nunca foi uma boa opção.
ResponderExcluirTalvez um metro de superficie no meio da avenida fosse uma boa solução.indo até o Leblon passando em frente ao Sheraton seguindo pra São Conrado e chegando a Barra.
ResponderExcluirSobre os postos no canteiro central, decerto já devia rolar na época alguma vantagem pra alguém...
ResponderExcluirA propósito, quando vejo alguns viúvos do regime militar dizer que naqueles anos de chumbo não havia corrupção no meio público chego a chorar de rir...
Wagner, na época acompanhei de perto as instalações dos postos de gasolina com a bandeira da Petrobrás em toda a orla desde o Aterro, resultado de uma ação judicial perdida pela Shell no Tribunal de Justiça do Rio. Os senhores Desembargadores cederam às pressões dos interesses do regime militar então em vigência. Por sinal naqueles tempos até a gasolina azul tinha chumbo (tetraetila).
ExcluirDepois de pronta a obra na Avenida Atlântica, o Instituto de Engenharia de Lisboa, responsável pelo projeto, quis saber porque não fora construído o enrocamento previsto a uma certa distância da orla. Os portugueses disseram que com o passar do tempo a faixa de areia ficaria estreita nas extremidades, se alargando à medida que se aproximasse do centro centro. Não deu outra, porque em frente ao Edifício Rian, por exemplo, para se chegar até a água em dia de verão, só de camelo. E sobre passarelas acho que seria mesmo melhor solução. Dizem que o projeto original de Lúcio Costa para a Barra não previa sinais de trânsito e sim passarelas ou rebaixamento da pista da Avenida das Américas, antiga Via 9, nos cruzamentos.
ResponderExcluirCandeias. Vc.sabe porque escolheram o Instituto de Eng.Lusitano? O Instituto de Arquitetos do Brasil se não me engano já existia. De qualquer forma ficavam bem mais harmoniosos que os atuais que segundo me consta desaparecerão da orla. Seria uma ótima mas não para virar estacionamento.
ExcluirCom relação ao comentário das 8:21, embora eu seja um fervoroso adepto da volta dos militares ao poder, não sou inocente á ponto de não suspeitar que houve corrupção naqueles tempos tranquilos, pois ela está no Dna do brasileiro. Mas o país não faliu, a previdência era superavitária, a saúde e a educação eram boas, a violência era mínima, e a vida só era ruim para terroristas, subversivos, e comunistas. Ao contrário dos tempos atuais, onde a corrupção destruiu o país, nada funciona, a vida humana nada vale,mas ainda tem gente que gosta e defende esse tipo de democracia. Mas "este sítio" não é adequado a esse tipo de discussão...
ResponderExcluirBom dia a todos. Uma obra de alta qualidade, que sanou diversos problemas da antiga avenida, e só não foi melhor porque o planejamento previsão dos atuais problemas que o local enfrenta não foi estudado ou levado em consideração na época pela equipe de projeto brasileira. Já quanto a qualidade da Engenharia Civil Portuguesa, essa já existia muito antes do Brasil ser descoberto, quanto a qualidade basta vermos as obras realizadas pelas empresas Corruptoras brasileiras e as obras realizadas por empresas Portuguesas que se nota a diferença espantosa. Ande numa estrada brasileira e ande numa portuguesa, aqui as nossas estradas são feitas de pó de pedra, lá são feitas de concreto, lá corre junto as pistas rede de águas pluviais, aqui no máximo uma calha de barro e película de cimento.
ResponderExcluirJá li em arquivos da internet que o bombeamento de areia, a partir da Enseada de Botafogo, para a duplicação da Av. Atlântica começou ou teve seu primeiro teste em 22 de outubro de 1969. Não vi bomba de gasolina nesse posto, estão fora da foto? Tem dois carros importados novos, uma Mercedes Benz (preto estilo dos diplomatas) e que acho ser um Impala, vermelho vivo, que parece ainda não era permitido para os veículos brasileiros, só o grená podia. O Lino falou da película de cimento em calhas de águas pluviais entre outras "falta de qualidade da engenharia". Se acontece é porque o fiscal do governo é "distraído" e fica "olhando para outro lado". Quando o cliente é de empresa privada a engenharia brasileira trabalha muito bem, se erra refaz o serviço ou não recebe.
ResponderExcluirNão sou técnica para avaliar o projeto. Mas não sou cega para ignorar o estrago que a ocupação do calçadão por quiosques feiosos acabou com o visual tão bonito que se tinha desde a Atlântica. E nem é preciso mencionar a invasão das areias por palcos, arquibancadas, tapumes e outros monstrengos é algo inconcebível numa praia que já foi tão famosa por sua beleza. Pronto.
ResponderExcluirEm 1919 uma grande ressaca destruiu parta da calçada da Avenida Atlântica.Prova que a força da natureza cobra seu tributo.Há estudos que indicam que o mar está retomando o que lhe foi tomado.Não sei qual é a intensidade, mas que o fenômeno está ocorrendo,isso é fato.
ResponderExcluirEm sua famosa crônica "Ai de ti, Copacabana", Rubem Braga prevê esse fim.
ExcluirCopacabana sem dúvida é quem mais sofre com a ocupação de suas areias. É algo inconcebível o desrespeito à cidade e em especial a seus moradores. Mas todas as outras praias também sofrem com a infinidade de barracas de bebidas, cadeiras e que tais, além dos quiosques que agora estão sendo aumentados em Ipanema e Leblon. Mas sofre muito também com a falta de educação dos frequentadores que desrespeitam as leis, deixam toneladas de lixo e vivem na base do egoísmo ignorando os outros e o meio-ambiente. Concordo que estamos muito mal na questão dos valores.
ResponderExcluirO Marcelo tem razão. Tudo no Brasil é mais difícil pela péssima educação de seu povo. As praias do Canadá �� devem ser de uma tranqüilidade sepulcral devido à educação do povo. Além das favelas do bairro, Copacabana sofre com o acesso fácil, com as inúmeras linhas de oriundas da zona norte e da Baixada fluminense. A linha 474, sabidamente onde circula a maior quantidade de marginais diariamente que se tem notícia, passou a ter ponto final na N.S de Copacabana esquina com Francisco Otaviano. O que se pode esperar?
ResponderExcluirContra arrastão, padre de paróquia no Arpoador diz rezar por chuva nos fins de semana. O Padre José Roberto Devellar diz que já pede aos fiéis para evitarem missas nas tardes de domingo.
ExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirO que se pode esperar? Eu digo. Nada.
É daí para pior sem querer ser cataclísmico.
Hoje em dia não há ninguém mais inocente que não venha a saber sobre isso. Se as coisas estão do jeito que estão é porque simplesmente há vários grupos que lucram com isso.
Os quiosques não estão lá a toa.
Quanto vocês acham que custa para botar um quiosque na orla? Acha que é pouco? Vai ver o valor.
E assim é todo o Brasil.
Eu não sou adepto do dizer do Joel, mas infelizmente estou começando a enxergar de que isso realmente seja um problema de DNA.
Quanto a foto, dá para ver como antigamente havia a ditadura do Volkswagen. Contabilizei uns 13 na foto.
Destaque para a caminhonete Chevrolet isolada.
Quanto aos quiosques ainda me pergunto como a comida permanece em condições saudáveis com este calor de mais de 40 graus e o nível dos funcionários. As condições higiênicas e de armazenamento são muito precárias.
ResponderExcluirOra, ora, Porque o Brasil será esta terra do faz de conta, onde grande parte da sua população, entre eles Eu, acreditou que seríamos o País do futuro. Hoje é dia 5 de Janeiro, e no RJ, já foram assassinados 6 policiais militares, e nada se fala, não aparece nenhuma entidade pública ou civil para pedir e exigir explicações, mas principalmente providência contra a bandidagem que domina todas as grandes cidades do Brasil. Porém cerca de 50 bandidos se mataram em Manaus, e a OAB, a presidente do STJ, o Ministro da Justiça, até o Presidente da República e principalmente a Imprensa dando publicidade ao caso, quando na verdade, todos deveriam ter torcido para que tivessem todos se matado e o último sobrevivente tivesse se suicidado. Sou a favor de pena de morte, para políticos e empresários corruptos e todos os bandidos que cometam crimes hediondos e tráfico de droga, os presídios de cada estado deveria ter capacidade para um porcentual da população do estado, o preso que ultrapasse este limite, caso não seja ele, o de maior pena a cumprir ia para o paredão, forca, cadeira elétrica, seja lá o for. Como o baixinho da Tailândia fez com os dois babacas brasileiros, que lá foram presos transportando cocaína. E pau no lombo dos prejudicados....
ResponderExcluirUma maravilha o tiroteio de hoje.Fogo cruzado entre formas de governar,de administrar e de surrupiar.A vantagem que Maria leva ou que Pedro deixa de levar.E no meio a capacidade técnica deste ou aquele profissional.E depois me criticam porque sou Do Contra.
ResponderExcluirLino Coelho, as coisas nunca estiveram tão ruins em todos os sentidos aqui no Brasil, e teve gente que "curtiu a virada" e já está pensando em carnaval...Ora, o Brasil não é sério, o povo é doente, e "vamos bem obrigado". Agora mesmo está ocorrendo uma ação policial no Pavão-Pavãozinho em virtude de traficantes terem "atacado a UPP" que lá existe. Se fosse "em outro tempo", essa favela já teria tido o mesmo destino da praia do Pinto, do Pasmado, e da Praia do Pinto. Mas aquele entreposto do tráfico encravado em Copacabana fornece lucros fantásticos para muita gente, não é mesmo? "Esquenta"! E enquanto alguns ficam dizendo que "isto ou aquilo" não é politicamente correto, o Rio e o Brasil estão sendo destruídos sem que ninguém faça nada. As praias tem dono:os moradores das favelas da cidade inteira. Não há outra atitude eficaz por parte do poder público que não as ações coercitivas. Mas tanto o M.P quanto o Judiciário estão mais preocupados com as fortunas em vantagens e salários que embolsam e por isso "não estão nem aí". A constituição tem sido um ótimo sucedâneo para o papel higiênico, pois não há outra utilidade para nossa "carta magna" por razões conhecidas de todos. Lembremo-nos do filme de Tom Hanks: "A espera de um milagre", pois é a única salvação para o Brasil.
ResponderExcluirBoa tarde ! Fico só imaginando de que é que os portugueses devem pensar a nosso respeito. Em vez de prevermos uma expansão natural da população e, em função disso, deixarmos uma faixa de terra muito mais larga do que a que havia, corremos, como sempre aliás, atrás do prejuizo, providenciando, como conseqüência, um alargamento da praia posterior. Isto é o que se pode chamar de falta de planejamento. E pior, os lusitanos devem dar gargalhadas sôbre nós, que tão mal falamos deles, mas que, na hora do aperto, foi exatamente a quem recorremos, encomendando o estudo que lá acabou sendo feito. Simplesmente ridícula a nossa postura em relação a eles.
ResponderExcluirNo que se refere à matança de Manaus, concordo com o Lino. Acho, entretanto, que a visão sôbre o assunto, é completamente errada, em nosso país, quando se fala em aumentar mais e mais a capacidade e o número dos presídios brasileiros, pois isto é tentar combater o efeito e não a causa, o que, na minha opinião, é uma visão completamente errada do problema. No meu modo de ver, o que se tem de fazer, é aumentar drasticamente as penas previstas para os delitos e acabar com essa infeliz invenção de progresso de pena, o que inibiria, em muito o cometimento de crimes, uma vez que, assim, estaríamos atacando a causa do problema.
As leis são elaboradas de acordo com os interesses de categorias.O resto é blá blá blá.
ResponderExcluirWalter, é por aí. Penas pesadas inibem o criminoso, e a progressão de pena deve ser reduzida drasticamente. A lei deve ser aplicada rigorosamente e o foro privilegiado. As punições para políticos e juízes devem ser exemplares. Os julgamentos são muitas políticos e não técnicos. O conluio entre membros do poder judiciário é freqüente. Ontem O Globo publicou um caso envolvendo o desembargador Siro Darlan. O Brasil precisa evoluir moralmente. "Dura Lex, ser Lex".
ResponderExcluirO foro privilegiado abolido
ResponderExcluirMuitas vezes político
ResponderExcluirSe é como vocês dizem, no que acredito piamente, só há uma saída, qual seja, a de ser instituído um regime de FORÇA, para moralizar a situação e, com isso, tentar mudar as coisas, pois, MILAGRES não acontecem. O que vocês estão esperando ? Que caia um milagres dos céus ? A escola seria uma possível saída, porém com essa corja que está aí no governo, isso jamais acontecerá. Portanto, senhores, ou aparece um ditador civil ou um militar...
ResponderExcluirQuando for Prefeito vou liberar o " Quiosque da Nalu".
ResponderExcluirA temperatura média anual de Vancouver, uma das cidades de mais elevada temperatura do Canadá, é de 11,5 C. As praias canadenses, de fato, devem ser de uma tranquilidade sepulcral.
ResponderExcluirPeralta, o implicante, candidatou-se às eleições mirins no Jardim Corruptinho Feliz.
ResponderExcluirBoa tarde (?) a todos.
ResponderExcluir1972 foi um ano muito importante... Não lembro se cheguei a ver esse tipo de posto, já que o pouco que frequentei de Copacabana foi na década de 90.
Aqueles que se manifestaram precisam se posicionar: ou se é a favor de bandidão julgar e mandar executar penas de morte, até mesmo de bandidinhos, dentro do presídio ou se é a favor da lei de pena de morte, com juiz, promotor, advogado de defesa (ou defensor público), jurado, testemunhas, provas e contra-provas ou sei lá mais o quê.
ResponderExcluirPosso estar errado, mas creio que na calçada do meio passa o interceptor oceânico- bomba parafuso
ResponderExcluir