Foto 1: acervo A. Silva
Fotos 2, 3 e 4: acervo Manchete
Das obras realizadas para as Olimpíadas uma das melhores foi a construção
de mais um túnel ligando São Conrado à Barra, hoje utilizado em mão e
contra-mão. Praticamente desapareceram os engarrafamentos monstros em São Conrado.
A grande obra anterior foi a construção da Lagoa-Barra no início dos anos 70.
Até meados da década de 60 pouco havia em São Conrado, antes da
inauguração do Hotel Nacional. De mais importante o Gávea Golf (de 1926), a
Casa de Retiros Anchieta (Casa dos Padres Jesuítas, de 1925), a igrejinha de São
Conrado (de 1903), o Bar Bem (“É um mal não freqüentar o Bem”), o Boliche Pé-de-Vento,
um posto de gasolina, o “drive-in” do Pepino
(sem tela de cinema), a Vila Riso (em meados de 1700 foi construída neste local
a sede da fazenda São José da Alagoinha da Gávea. Anos mais tarde a propriedade,
já desmembrada, foi adquirida por Ferreira Viana, Conselheiro do 2º Império. Em
1932 foi comprada pelo Comendador Osvaldo Riso). Depois, além do Hotel Nacional,
vieram o Hotel Intercontinental, o boliche e depois motel King´s, o tempo da roda-gigante,
das barraquinhas de milho e do tobogã, a padaria Biruta, o condomínio Village São
Conrado, o Fashion Mall, os edifícios junto à praia e muita coisa entre a Rocinha
e o Gávea Golf, inclusive a concentração do Flamengo (em cujo local, dizem, será
construída uma maternidade do grupo D´Or), o motel Escort e o supermercado Zona
Sul.
Quando da construção da Lagoa-Barra o DER fez a seguinte propaganda: "DER-GB
AUTO-ESTRADA LAGOA-BARRA A Auto-Estrada Lagoa-Barra, integrante do trecho
Rio-Santos da BR-101, é o principal investimento do Departamento de Estradas de
Rodagem nos últimos anos. Com pistas inteiramente bloqueadas, possibilitando
uma velocidade diretriz de 80 quilômetros horários, a distância entra a
Lagoa Rodrigo de Freitas e a Barra da Tijuca será percorrida em apenas 7
minutos, fator determinante da futura ocupação da Baixada de Jacarepaguá, como
verdadeiro pulmão da Zona Sul do Estado.
Com a construção do elevado da Av. Paulo de Frontin e conclusão do túnel
Rebouças, aquela região ficará a apenas 20 minutos do centro da cidade. A
auto-estrada consta das seguintes obras: Túnel Dois Irmãos - duas galerias de 1.600 metros de extensão.
Viaduto sobre a Avenida Niemeyer - duas pistas paralelas. Pista dupla em São
Conrado - 2.300 metros.
Túnel do Pepino - 190
metros, em pistas superpostas. Elevado do Joá - 1.100 metros, em
pistas superpostas. Túnel do Joá - 385 metros, em pistas superpostas.Ponte da
Barra - 620 metros,
em pistas paralelas.”
A previsão de 20 minutos até o centro da cidade foi bastante otimista.
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Eu achava São Conrado lindo e tranquilo mas depois da autoestrada virou um bairro de passagem. A obra dos túneis foi uma senhora obra de engenharia.
ResponderExcluirAlém do aumento da população da Rocinha e do problema do esgoto na praia, a autorização para a construção das luxuosos arranha-céus à beira-mar acabaram com o jeito de cidade do interior. É o progresso.
Bom dia. "Uma previsão coerente, desde que não haja nenhum fluxo de transito". O fato é que a quantidade de carros existente atualmente inviabiliza qualquer previsão otimista. Essa obra, juntamente com o elevado Paulo de Frontin, a Ponte Rio Niterói, e o Metrô, foram as grandes obras executadas pelo governo da revolução. Obras sólidas, perenes, e necessárias ao contexto do Rio de Janeiro. Atualmente, ir à Barra da Tijuca é um empreendimento cansativo e desgastante. Só o trecho Gávea/Lagoa/Jardim Botânico faz com que se gaste um tempo precioso em engarrafamentos. Acho que somente com a construção de linhas radiais de Metrô esse problema será resolvido. Partindo do Alvorada em direção à zona sul e em outra linha até à Ilha do Governador utilizando o trecho usado pelo BRT, o número de carros será sensivelmente reduzido, acabando com os engarrafamentos e tornando as viagens agradáveis.Uma linha ligando a Gávea à Botafogo, acabaria com o "inferno no transito" em que a região se transformou.
ResponderExcluirExcelentes fotos do arquivo do sr. Silva.Considero este local um dos mais bonitos do Rio de Janeiro e um passeio até a Barra é sempre legal,desde que não tenhamos compromissos outros.Das atrações citadas,lembro que estive umas duas vezes no bar Bem.
ResponderExcluirSão Conrado foi destruído pela Rocinha. O que acontece ali mostra a impotência de sociedades como a nossa, baseadas na hipocrisia, na mentira, na demagogia. Cada cigarrinho de maconha que um conjunto de rock e rap famoso ou uma "carreira" que uma jornalista de televisão famosa consomem, equivale a uma bomba ou rajada de metralhadora no Túnel Zuzu Angel. Fugir dessa realidade é falsidade pura. Desconhecer que as favelas do Rio, graças aos seus varejistas de drogas, são polos econômicos que movimentam tanto dinheiro quanto um shopping da zona sul é tapar o sol com a peneira. Pior: acabar com esses pontos de distribuição é jogar uma população de dependentes (calcula-se em 1 milhão) num mar de desespero reconhecidamente incontrolável. A tese da liberação, para muitos, é assustadora mas precisa ser encarada antes que mais e mais inocentes morram abatidos por uma guerra inútil porque não tem causa definida. A Polícia, uma das sócias da venda de drogas, precisa encenar uma repressão que não tem resultados; o mais que se faz é prender dois ou três negros, pobres, de bermudas esfarrapadas e chinelos de dedo cambados. Os 30 ou quarenta responsáveis pelo varejo da droga na favela recebem dos patrões, além da mercadoria, armas para defender o patrimônio caro dos "bandidos safados" que possam tentar roubá-los. As autoridades o máximo que fazem é esperar que apareçam os "heróis" burlescos que fazem seu nome em cima de bravatas inúteis. Não há esquina nessa cidade que não tenha um ou mais escreventes do jogo do bicho. E a Imprensa vende jornal, vende horário, vende patrocínio para programas e reportagens sensacionalistas. O que sobra ? Sobramos nós, população indefesa que assiste a tudo sem poder fazer nada.
ResponderExcluirEstamos perdidos há muito tempo...
ResponderExcluirO país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: “o país está perdido!”
1871
O São Conrado, apesar de ter uma belíssima praia, não é um bairro valorizado por poucas e convincentes razões, sendo as principais a de ser um bairro de passagem e a "ilustre vizinhança" da Rocinha. Quando houve o boom imobiliário na segunda metade dos anos 70 na Barra da Tijuca, toda e qualquer atividade econômica em São Conrado ficou prejudicada, tendo em vista ter sido transformado em "bairro de passagem". Até o São Conrado Fashion Mall, criado para ser uma opção no bairro, tem um movimento aquém das expectativas. Mas o que destruiu toda e qualquer possibilidade de uma valorização do bairro foi a favela da Rocinha. Local originariamente reduto de nordestinos, acabou se transformando no maior entreposto do tráfico de drogas do Rio de Janeiro. Até o ex-presidente Figueiredo, dono de um belo apartamento no "Village São Conrado", passou o imóvel adiante. Os Maias, pai e filho, também possuem imóveis ali. O mais interessante é como o mais novo, cuja expressão facial transparece que ele está permanentemente "cheirando fezes" e lhe dá um semblante de "fuinha", conseguiu ascender tão rapidamente na política nacional...
ResponderExcluirFigueiredo tinha apartamento no Praia Guinle ou num vizinho. Muito mais luxuoso que os apartamentos do Village.
ExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirPassei pelo elevado novo há duas semanas, quando voltei do IMS para casa.
Até abrirem a Mário Ribeiro, a autoestrada era Gávea-Barra.
O elevado Paulo de Frontin era muito sólido...
Com relação ao comentário das 9:36, de autoria "Anônima", o mesmo prima pelo desconhecimento profundo do assunto. As drogas são um problema mundial e que pode ser minimizado mas nunca erradicado. No caso específico do comentário em tela, afirmo que o problema não é combatido pelo simples fato de que as autoridades das três esferas lucram com ele, e mais ainda:São donos de quase toda a rede de tráfico. A polícia recebe ordens superiores e nada pode fazer efetivamente, pois os "donos do negócio" possuem imunidades legais. A grande mídia também lucra com isso, principalmente certas redes televisivas. Quanto a prenderem "alguns negros" para servirem de bucha, isso é facilitado pelo fato de que 99% da população negra e parda vive em favela e desse percentual, grande parte é envolvida e tem o tráfico como a sua principal ocupação. Em 2014, Três mil soldados do exército ocuparam as favelas da Maré, um dos maiores entrepostos do tráfico no Rio, e sufocaram quase totalmente o lucro dessa atividade, realizando sérias operações no local, tornando o tráfico perigosamente debilitado. Os políticos foram à Brasília e pediram a retirada dos militares da regiãpl. O então Secretário Beltrame, homem de confiança de Sérgio Cabral na época, prometeu que instalaria cinco UPPs no local. Os militares foram retirados e NENHUMA UPP foi instalada no local, fazendo com que o tráfico voltasse à todo vapor. E assim é todo o Rio de Janeiro, com políticos comandando currais eleitorais fortemente armados e até presidindo escolas de samba. Não existe "vontade política" para exterminar o tráfico, principalmente no Rio de Janeiro. Quanto à liberação das drogas, seria viável se vivêssemos em um país escandinavo que possui uma rede de saúde pública eficiente. No Brasil, onde as pessoas morrem por falta de atendimento hospitalar, imagine se as drogas forem liberadas...
ResponderExcluirQuando o Exército vai realmente funcionar blindando as fronteiras da entrada de drogas e armas?
ResponderExcluirFalando em bandidagem, assunto favorito de alguns comentaristas, corre nas redes sociais uma história que provavelmente não é exata mas ainda que não seja é interessante. Há seis anos, ao comparecer em um evento, o hoje encarcerado Sérgio Cabral hostilizou um jovem que pedia providências com relação à segurança e outros problemas comuns à sua comunidade. Em vídeo gravado pelo jovem Cabral o chama de otário e outras ofensas. O tempo passou e o tal jovem teria feito um concurso para agente penitenciário, estando hoje lotado na mesma penitenciária onde o ex governador está preso. Pode até não ser verdade mas seria ótimo se fosse. "Si non è vero è bene trovato".
ResponderExcluirNão é verdade essa afirmação. Esse jovem abordou Lula e Sérgio Cabral durante a inauguração de um conjunto habitacional em Triagem em 2010 pedindo providências em relação à utilização de algumas facilidades daquele condomínio. Devia ter no máximo 12 anos. Em seis anos passados, hoje teria no máximo 18 para 19 anos. Tendo em vista que caso tivesse prestado um concurso para a SEAP que entre inscrição, provas, e homologação, tivessem transcorrido dois anos, e tendo em vista que a idade mínima para tal concurso é de dezoito anos e que o mesmo possuísse a escolaridade mínima exigida de nível de segundo grau, não haveria tempo hábil. Assisti a esse vídeo e a aparência do "jovem caucasiano" era muito humilde e mal conseguia se expressar em um linguajar aceitável. Essa afirmação é falsa.
ResponderExcluirE quem é que afirmou alguma coisa, Joel? É apenas uma estória como qualquer outra. Eu mesmo coloquei dúvida no caso.
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