Com esta excepcional fotografia do acervo do A.
Silva, vamos esboçar um programa para este domingo de final de verão.
Vemos a Avenida Atlântica nos anos 60, antes
da duplicação, nas vizinhanças do Copacabana Palace, com um desfile fantástico
de automóveis.
Após terminar de ler o "Correio da
Manhã", incluindo o caderno dominical de quadrinhos, com Hopalong Cassidy
e Buck Rogers, ir à missa das 10 horas, do Padre Colombo ou do Padre Paulino na
igreja de São Paulo Apóstolo, ali na Rua Barão de Ipanema ou, quem sabe, a do
Padre Barbosa na igrejinha do Posto 6.
Saindo da igreja, caminhar até a Confeitaria Colombo para tomar um café.
Voltar para casa flanando pela Av. N.S. de Copacabana, vendo as vitrines da
Ducal, do Bicho da Seda, da José Silva, da Sapataria Polar, passando em frente
ao Copacabana, ao Art-Palácio e ao Metro (tendo o cuidado de evitar a confusa
saída da matinê com Tom & Jerry), para ver os filmes em cartaz. Comprar um
maço de cigarros Hollywood, Columbia ou Continental no Mercadinho Azul e queijo
e presunto para o lanche de domingo.
Depois, pegar o carro e ir ver o movimento na
Avenida Atlântica, do Leme ao Posto 6. A seguir, almoçar com a família num bom restaurante,
como o "Al Buon Gustaio", na Rua Figueiredo Magalhães nº 35-A,
telefone 37-0419, no "Au Bon Gourmet", na Av. N.S. de Copacabana nº
202, telefone 37-7557, ou no "Le Bec Fin", também na Copacabana, no
nº 178, telefone 37-6018.
Depois do almoço um bom programa será assistir "A princesa e o
plebeu", com Gregory Peck e Audrey Hepburn. Ou ir no Little´s Club
assistir a uma “Jam-session”.
Aí é voltar para casa para o lanche, assistir os filmes dos “goals” da rodada, sintonizar
a TV Rio para ver o seriado Peter Gunn, a mesa-redonda da Facit e o TV Rio
Ring, com o Luiz Mendes, o Teti Alfonso e o Leo Batista.
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Hoje gostaria muito de ver comentários dos especialistas em autos.Várias preciosidades pelo que presumo.O roteiro apresentado é muito legal,mas uma alternativa para um clássico no Maraca também mandava bem.Bons tempos...
ResponderExcluirClássico no Maracanã é coisa do passado, infelizmente.
ExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirVejo na foto pelo menos seis fuscas, de vários modelos. Uma kombi e uma espécie de caminhão na calçada com propaganda da coca-cola.
Quanto ao programa de domingo, prefiro ficar em casa.
Fui "coroinha" do Padre Barbosa, que nos anos 50 era capelão do Forte Copacabana com o posto de Major. Tinha a pequena igreja, quase uma capela, e tinha o pátio externo onde ele celebrava as missas ao ar livre. As 8:00, aos domingos, tinha a missa das crianças. Ser coroinha envolvia saber a missa toda em Latim, que eu embromava bem, e também saber os momentos das campainhas, na Consagração e o momento de servir o vinho e a água. Duas músicas se destacavam no momento da Comunhão: "Hóstia Divina", em tom menor, que dizia assim: "eu te adoro, hóstia divina. Eu te adoro, hóstia de amor, etc..esta eu não gostava. Tinha outra que eu simplesmente adorava. Achava a melodia muito bonita.
ResponderExcluirEra assim:
Oh Maria concebida sem pecado original
Hei de amar-te toda via com ternura filial
Seu olhar a nós volvei
Vossos filhos, protegei.
Oh Maria...Oh Maria
Vossos filhos, protegei.
Muitos anos fui descobrir porque eu gostava tanto desta música. Ela foi composta por Lamartine Babo que compunha tudo: marcha, samba, quadrilha, música infantil, sacra....um craque.
Bom dia. Naquele tempo, a praia era um programa obrigatório, pois as praias eram "civilizadas". O que chama a atenção era a comodidade de poder estacionar o carro sem qualquer problema, ao contrário dos dias atuais, onde até conseguir uma vaga enfrenta-se a inexistência delas. Isso sem contar o "reboque", o "flanelinha", os assaltos, arrastões, e os engarrafamentos. Fui privilegiado durante um tempo de minha vida quando para ir à praia, bastava descer de casa e atravessar a Avenida Atlântica. Tempos que não voltam mais e em que o Rio era uma referência mundial. Fazendo uma alusão à um comentário postado aqui por mim e que de certa forma causou um misto de mal estar e mal entendido justamente por descrever Copacabana em uma saudosa época e também sem possuir qualquer teor discriminatório, ofensivo, ou "politicamente correto", vivíamos tempos em que "todos" conheciam seus respectivos lugares...
ResponderExcluirNa época da foto, a Audrey seria vista, em muito melhor forma - já adornada por Givenchy - em "Charada", ou "Como Roubar 1 Milhão". O resto do texto está perfeito.
ResponderExcluirAs sociedades civilizadas e desenvolvidas assim o são justamente pelo fato de cada pessoa, corporação, ou instituição ocupar o seu respectivo lugar na sociedade sem querer ocupar ou usurpar o lugar de outrem. No sistema jurídico existente nos países anglo-saxônicos, cuja eficácia é infinitamente superior ao brasileiro, o juiz julga, o promotor acusa e promove a persecução criminal, e a polícia investiga. Não há imunidades, privilégios, coação, ou algo que o valha, entre esses integrantes. Juízes e promotores são de "carne e osso", e se cometerem crimes serão presos e algemados como qualquer um. Por tal razão o sistema "funciona bem". Os poderes legislativo, executivo, e judiciário, são harmônicos e não se sobrepõem por qualquer motivo sobre os os outros e ninguém dispões ou usufrui de qualquer vantagem, seja pessoal ou salarial.. As leis são duras mas "são leis" {sed lex}. Eis o segredo de uma democracia honesta. A Suíça, país que dispensa qualquer predicado, possui uma constituição em que os seus cidadãos obrigatoriamente e a partir dos cinco anos de idade, são treinados no manejo de fuzis automáticos, que guardam em suas casas para uma eventual defesa contra ataques externos. E o índice de homicídios na Suíça é Zero. O ensino nesses países é público e meritório: Só é aprovado por merecimento. Não é preciso dizer que a excelência é óbvia. Por que tudo nesses países funciona tão bem? Porque nesses locais "cada um conhece o seu lugar". No Brasil, onde existe "cota para tudo" e possui um dos piores ensinos públicos do planeta, o caos é total. Mas não foi sempre assim. Naquele tempo, "todos" conheciam seus lugares, não é mesmo?
ResponderExcluirAssisti vários episódios do seriado Peter Gunn que era estrelado por um ator chamado Craig Stevens e adorava a musica parece que de autoria de um maestro famoso.Via também o Bonanza e o agente da Uncle tudo em um episódio por semana.
ResponderExcluirA foto deve ser de 62 em diante. Há um Impala 61, já meio desgastado, estacionado entre o Fusca e o Aero-Willys 59-60 preto. O DKW também é 62 em diante, percebe-se pelo capô liso e pela porta traseira maior. Mas bom mesmo é olhar a fila em "movimento". Começando pelo velho Opel 37, preto, o Studebaker Champion 51, tendo ao lado o Volkswagem de 54 em diante. O Chevrolet Amazona (60+) e o Dodge Royal 1957, antes do Simca Chambord. Há ainda uma Kombi das primeiras, de setinhas e, ao lado dela, um Cadillac 50-51.
ResponderExcluirO texto de hoje está perfeito e assistir ao Peter Gunn uma das séries mais famosas e premiadas da tv imbatível,só falta o fundo musical com o Dick Farney cantando: Um bom lugar para se amar Copacabana... Bom vou parar por aqui pois estou fazendo a massa pro almoço.
ResponderExcluirHenry Mancini foi o maior pianista/arranjador/compositor para o cinema e televisão de todos os tempos. Ganhou "apenas" 26 Grammys, o Oscar da música, inclusive um do Hall da Fama do Grammy pela música/tema da série de tv "Peter Gun". https://www.youtube.com/watch?v=nz3WMFEC9Gs
ExcluirOs bondes já estavam em seus estertores ou já haviam sido suprimidos em Copacabana.Quem viesse de ônibus do subúrbio tomaria a condução na Central.Barracas,esteiras,e "óleo" eram obrigatórios.Mas muita gente preferia a Urca,Praia Vermelha,e Ilha do Governador.Barra da Tijuca só para os tijucanos que tinham carro.Praia do "Pepino" só para aventureiros.Frequentei no início dos anos 60 a piscina de um clube na Barra Chamado "Casa da Praia".Ficava próximo ao atual Quebra Mar e as meninas de "maillot" eram um estouro.Ia de carona com um amigo em seu "Standard Vanguard" 1948 preto.Eu morava na Usina e não existia linha de ônibus para a Barra.O que muita gente fazia era tomar o bonde 67 até o Alto da Boa Vista,saltar na pracinha ou no "rodo", e arriscar uma carona.Muita gente ao voltar da praia para para "tirar o sal" do corpo em uma das muitas cachoeiras ativas que existiam na Edison Passos ou na floresta.A praça em frente à igreja da Barra era um imenso areal que servia de estacionamento.Era uma aventura e tanto porque praticamente não havia bares e os restaurantes eram pouquíssimos.Nos esboços de ruas que se abririam no futuro,muitos faziam suas necessidades na areia, que muitas vezes servia como instrumento para asseio.
ResponderExcluirEm sei de tudo e como vivi a noite vou informar o nome do citado Dick Farney:Farnésio Dutra.
ResponderExcluirSabichão,eu é que sei de tudo,meu conhecimento é único,incomparável,fantástico,invejável.Eu sei tudo!
ExcluirA Princesinha do Mar em sua última década de charme natural. A partir dos anos 70 só com muita "plástica" para conservar. Interessante o triângulo de carros americanos representantes de épocas diferentes. O Studebaker bem malhado, o Dodge Royal e o Impala, que chamava a atenção quando eu era criança e um dos últimos importados comum de se ver, depois viriam mais restrições às importações, durou uns 25 anos ou pouco mais, período que só quem tinha muito dinheiro ou diplomata circulava com carros importados. O carro pesadão lá atrás, estacionado à esquerda, na direção da Kombi, parece um Chevrolet maior do que o normal, mas não tenho certeza sobre a marca..
ResponderExcluirO Chevroletão é um Cadillac, 50.
ExcluirMais uma grande foto do Silva. Copacabana nos seus melhores tempos, com menos gente e o mar pertinho da calçada. Os carros são um espetáculo à parte.
ResponderExcluirÓtima a participação do Biscoito na identificação dos autos.Confesso que no chute conseguiria acertar que aquele foguete é um Studebaker.O Amazonas é espetacular e o carro citado pelo Paulo Roberto também me chamou a atenção,tal o seu tamanho.Grande postagem....
ResponderExcluirAo contrário das outras missas, a melhor parte da missa do Padre Barbosa era a dos sermões.
ResponderExcluirUm dos sermões versava sobre o que o Padre Barbosa chamava de Consciência Moldada, que tem tudo a ver com o comportamento da Ministra defensora dos seus direitos humanos.
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