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As
fotos de hoje mostram a Fábrica Aliança, construída na década de 80 do século
XIX e que foi desativada em 1937. Ficava em Laranjeiras, na região da atual Rua
General Glicério. Contava com mais de mil funcionários.
Com
a desativação da fábrica toda a região foi loteada, se transformando num dos
melhores recantos da cidade, com um urbanismo muito interessante.
Como
já contou o Decourt, com o fechamento da fábrica o enorme terreno foi
transformado num loteamento conhecido como Jardim Laranjeiras, sendo o
responsável por isso o último proprietário da manufatura, Severino Pereira da
Silva, que vislumbrando o alto valor fundiário das terras onde a fábrica se
encontrava achou melhor negócio encerrar as atividades industriais e iniciar as
imobiliárias.
O
conjunto edificado mais marcante do novo loteamento é o conjunto de prédios ao
longo da Rua General Glicério após a Praça Jardim Laranjeiras. São edifícios
altos afastados um dos outros, deslocados de junto da via pública por jardins e
acessos para carros e já com forte flerte no modernismo.
A
lembrança deixada da enorme fábrica que existia no local é o conjunto edificado
na Rua Cardoso Júnior, com casas que faziam parte da vila operária da Companhia
Fiação e Tecidos Aliança, como aliás acontece em vários lugares da Zona Sul,
onde as vilas operárias são as guardiãs de um pouco conhecido passado
industrial de vários caros endereços.
As
últimas fotos, enviadas pela tia Nalu, mostram o anúncio do lançamento da
Cidade-Jardim Laranjeiras, publicado n´O Globo em 15/01/1945: "Mande
construir a sua casa na verdadeira cidade que está surgindo em Laranjeiras - o
bairro mais pitoresco do Rio! Adquira um dos terrenos que a Cia. Textil Aliança
Industrial está loteando na CIDADE-JARDIM LARANJEIRAS. Excelente situação entre
a montanha e o mar. Clima saudável como o de Petrópolis. Próximo à Praia do
Flamengo, permitindo a frequência diária aos banhos de mar e nas imediações do
Largo do Machado onde se encontram bons estabelecimentos comerciais e casas de
diversões. A CIDADE-JARDIM LARANJEIRAS será ligada a Botafogo - através do
futuro Túnel Aliança - pela rua General Glicério, a nova artéria carioca, o que
representa uma valorização crescente para todos os lotes localizados nessa área
e uma sólida garantia para o capital empregado. Aproveite a grande facilidade
de pagamento que a Cia. está oferecendo a todos os compradores e estabeleça a
sua moradia num lugar aprazível, futuroso e dotado de todas as
comodidades."
Tia
Nalu também enviou trechos de um texto publicado na Folha da Laranjeira (junho
1980), de autoria de Jorge Tadeu B. Leal.
E foi assim até o século XIX, mais
precisamente em 1886, quando os sintomas da revolução industrial aqui se faziam
sentir - foi instalada, no atual Jardim Laranjeiras, a Fábrica de Tecidos
Aliança. A fábrica funcionou quase cinquenta anos (de 1886 a 1937)". E o
autor se serve da memória de um antigo morador, o Sr. Ciro de Farina, para
"percorrer" o antigo panorama do local: "Entrando-se pelo portão
de ferro da fábrica, localizado a 80m do início da Gal. Glicério, tinha-se à
direita um muro que seguia monotonamente até hoje onde começa a Belizário
Távora. Na área atrás do muro havia uma cocheira, onde nos fins do século
passado funcionava o Hotel Metrópole.
(…)
No
lado esquerdo da chamada Rua Aliança, moravam em grande maioria os chefes de
serviço da fábrica, em casas reforçadas de alvenaria.”
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Eu pouco sabia desta fábrica e do que foi feito no local. Como era enorme o terreno que ocupava. A Nalu hoje poderá dar informações sobre como está hoje este local. Será que o clima é mesmo como o de Petrópolis? Este túnel Aliança pelo visto não saiu do papel.
ResponderExcluirCreio que nos tempos atuais esse novo bairro poderia surgir mas o empreendedores esclarecidos salvariam pelo menos a Chaminé e o prédio central que poderia abrigar uma escola para filhos de abonados. Mas a realidade foi outra. Foi tudo abaixo inclusive a Chaminé: Madeira!!!
ResponderExcluirNão conheci essa esse antigo complexo industrial e pouco conheço essa região de Laranjeiras, mas complexos como esse, o do Andaraí, de Bangu, o de "Pau Grande", e o do Alto da Serra de Petrópolis, não sobreviveriam à modernidade. Eram iniciativas excelentes, já que eram verdadeiras "mini cidades" com toda estrutura, como escolas, posto de saúde, comércio, etc. Mas a carga tributária atual, o excesso de encargos trabalhistas, cofins, etc, e a especulação imobiliária foram as causas principais desse tipo de estabelecimento industrial desaparecer. Existem mais de cem casas operárias desse tipo no Andaraí e que foram doadas aos seus antigos moradores. Mas cabe uma pergunta: Alguém teria coragem de residir em uma casa "de rua" nos dias atuais, com portas e janelas dando para a calçada, neste Rio de Janeiro "somaliano"?
ResponderExcluirJoel Almeida, na rua Cardoso Júnior, em Laranjeiras, ainda existe esse conjunto de casas, que com o passar do tempo, foram reformadas por seus proprietários, a maioria ganhou um segundo e até terceiro andar. Mas ainda tem algumas com a planta original. Falo porque fui criada em uma delas e minha família ainda mora, sim, em uma casa de "rua", mas claro, hoje com muito mais cuidados e medidas de segurança...
ExcluirSinceramente se já ouvi falar desta Aliança a memória foi para o espaço. Vamos ver o que a Nalu pode esclarecer pois é a representante do local.Parece que clima de Petrópolis é um pouco de exagero ou não? Está região do Rio poderia ser de fato muito interessante, não fosse as mazelas citadas aqui diariamente. Enfim é o preço do progresso.
ResponderExcluirBom Dia! Em todo empreendimento fatalmente surge o entorno, que com o tempo e a ambição de interesses outros acaba sendo engolido pelas "Mudernidades", como se diz lá na "Santa Terrinha" do Menezes.
ResponderExcluirComo o Plinio pouco sei sobre essa fábrica a não ser pelo SDR, pois o que conheço de Laranjeiras é o campo do Fluminense e a casa onde meu tio Jose de Arimatéa Pinto do Carmo morava na rua Ipiranga.
ResponderExcluirEsse empreendimento deve ser um local interessante.
Por motivos que desconheço, boa parte desses imóveis construídos no terreno da fábrica foram ocupados por judeus asquenazes. Foram tantos, que resolveram fundar um clube: Hebraica.
ResponderExcluirA propaganda mostra prédios parecidos com aqueles que seriam erguidos na "Selva de Pedra" quase 30 anos depois. Seriam bastante procurados caso fossem construídos. Mas o que deu certo na Lagoa não daria certo naquela região e todos sabem o porquê. A segurança do local e do empreendimento é fator fundamental para o seu sucesso. O folder de propaganda mostrando um homem com aparência e indumentária tipicamente britânica e uma mulher sobriamente trajada, mostra quem seria o público alvo nos longínquos anos 40. Em empreendimentos desse porte na atualidade, o local seria bem diferente, ao longo de alguma "linha colorida", com pessoas usando bermudas de elástico, sandálias havaianas, boné de funkeiro, e camisa do Flamengo, ou top e frente única nos moldes de "Ludmilla". É a mostra da "evolução brasileira".
ResponderExcluirSr. Joel a camisa citada não poderia ser também do Vasco?O politicamente correto mostra discriminação com o maior símbolo de torcidas no país.A camisa do Flamengo sr. Joel é um manto e merece ser usada pelos 40 milhões independente de raca,cor,genero,instrução,religião etc.
ResponderExcluirBom dia a todos. O local seria mesmo um paraíso se não tivessem feito o acesso ao Túnel Rebouças. Vira e mexe apareço aos sábados neste local, juntamente com a feita que lá se realiza, vou assistir a uma roda de chorinho, que muitas vezes é de samba e até de forró, e tomar caipirinha na barraca do meu amigo Luizinho. O maior problema de Laranjeiras e Cosme Velho, além do acesso ao Rebouças, são as favelas que cresceram muito, Alice, Cardosão e Serro Corá. Muito embora esses prédios da Gen. Glicério sejam de boa qualidade em termos de construção, não conheço nenhum internamente para falar sobre o tamanho dos cômodos, porém pela época da construção e o tipo de empreendimento deveriam ser grandes. A cada dia me convenço que deveria ter uma lei proibindo cidades com mais de 1 milhão de habitantes, e cada cidade deveria ficar afastada da cidade mais próxima no mínimo de 30Km. Desta forma não teríamos essa qualidade de vida que cidades com super população como nossas grandes capitais, e com certeza o nível do político e a cobrança da população sobre eles seriam bem maiores.
ResponderExcluirPara dar um aditivo legal estou informando que a Ludmilla citada pelo comentarista Joel está namorando com o jogador Lucas Paquetá exatamente do Flamengo.Quem vai gostar muito desta informação é o Corneteiro Velho.
ResponderExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirSó sei que várias dessas vilas operárias podem muito bem estar na mira da especulação imobiliária. Reforço a dúvida do Plínio sobre o túnel para Botafogo.
Túnel Laranjeiras-Botafogo, unindo a General Glicério à Eduardo Guinle.
ExcluirTia Nalu ainda não apareceu?Deve estar xerifando a área que fica sob seu controle.
ResponderExcluirBoa tarde a todos.
ResponderExcluirRealmente eu não conhecia essa fábrica e nunca ouvi falar dela.
Olhando a edificação pela primeira vez, lembra-me daqueles clássicos quartéis construídos em nossa cidade.
Bem, não vou perder do tempo aqui em explicar do porque as coisas no Brasil e especialmente no RJ não dão certo para não cair na malha fina das patrulhas em dizer de que estou sendo repetitivo e tão pouco entrar em choque com os que seguem cartilhas e sabem tudo de tudo.
Para ser sincero, se comparados a outros cantos dessa cidade, Laranjeiras até que não é tão mal assim.
No inverno faz frio sim senhor, e no verão, não é tão quente quanto em outras paragens.
Acreditem. Toda a vez que eu falo de que o RJ já teve indústrias, há sempre um idiota a recriminar-me por isso dizendo de que estou falando besteiras.
O post de hoje só vem a confirmar isso.
Infelizmente hoje substituímos as indústrias e os bons estabelecimentos comerciais por bocas de fumo e favelas.
Luiz. Chega a ser impressionante o número de empregados
que você relata: "Mais de mil".
Para os padrões de hoje é um verdadeiro sonho, ou seja, mil pessoas tinha de seu emprego garantido.
No sábado mesmo conversava com amigos de que cada vez mais há menos emprego no mundo. E isso, não é privilégio de países subdesenvolvidos e de terceiro mundo como o nosso. O planeta inteiro está enfrentando uma crise em seu mercado de trabalho sem precedentes. O único que talvez não esteja nessa estatística seja a China que todos sabem bem do porque.
É imperiosa da necessidade de parar de se ter filhos, pois não mais vai existir trabalho, escola, saúde, segurança, moradia, alimentação, água, educação para todos.
Enfim... outros tempos.
Luiz. Uma dúvida: O que você quis dizer no texto com Casas de Diversões no Largo do Machado?
Se fosse na década de 80 do século XX eu chutaria fliperama, porém, em 1945...
Casas de diversões no Largo do Machado poderiam ser os cinemas como o São Luiz e o Politheama (o Azteca já é da década de 50). Também a sinuca que havia no segundo andar do Lamas, por exemplo.
ExcluirTambém tinha uma casa de diversões ali na Rua Alice, a 300 metros.E vivia lotada.
ExcluirWolfgang diga para um político ou para um explorador da fé de ignorantes e você será ex comungado, que a humanidade deve fazer controle de natalidade, que não só o Brasil, mas todo o mundo deveria parar de fazer filhos, cada casal poderia ter no máximo 2 filhos, sendo que os casais que fizessem 2 filhos teriam alícotas maiores de pagamento de I.Renda e no 2º filho o casal deveriam ser obrigados a fazer ligaduras e vasectomia. Esse funkeiro Catra eu mandava castrá-lo, e se algum dia ele deixasse um de seus filhos passarem necessidade mandava o prender em uma solitária.
ExcluirO comentarista Wolfgang é persistente em expressar suas opiniões políticas. Deveria saber que não é local apropriado. Mas gosto de sua tenacidade.
ExcluirVocê pode estar certo em suas afirmações, porém soa estranho tudo isso.
ExcluirAcredito de que seria mais comum usar o próprio nome da categoria econômica explorada do que usar esse.
Enfim, pode ser apenas uma observação boba de minha parte.
O curioso é que a tese defendida pelo Lino foi quase a mesma de Mao Tsé Tung que era comunista. Afinal de contas qual a linha político/ideológica do Lino?
ExcluirControle da natalidade não é necessariamente uma questão de ideologia política. Atualmente é uma questão de bom senso.
ExcluirSe eu pudesse, teria um monte de filhos! A família é o bem mais precioso e filhos são bênçãos de Deus. Filhos trabalham e ajudam na velhice dos pais. Ser pobre, não é doença. Tiranetes amargos não têm o direito de determinar quantos filhos alguém pode ter, para que eles não sejam incomodados. O problema não é ter filhos, mas a mentalidade secularizada e materialista dos dias de hoje.
ExcluirMoro na região (Belisário Távora) e amo. Vou à feirinha todos os sábados. Tenho muita sorte de morar no meu lugar preferido da cidade. Se pudesse escolher, moraria aqui mesmo.
Sempre que leio esse tipo de postagem me deparo com comentários de gente frustrada. A amargura e o ressentimento transparecem.
Eu achei que o Palmeiras ia se campeão mas me ferrei.Adivinha quem será? O Corinthians!Tem dúvida?
ResponderExcluirBoa tarde!
ResponderExcluirJá estive em um dos apartamentos. Muito amplo. Pecava por não haver garagem para todos. Periodicamente sorteavam entre os moradores proprietários. Este meu amigo que alugava teve que alugar vaga em outro prédio longe dali.
E olhe só, a rua onde vim ao mundo lá pelos idos de 1942, na parte inicial da rua General Glicério, numa bela casa, hoje um edifício. Se a minha memória não me falha na época em que nasci, ainda não haviam sido construídos nenhum dos edifícios que compõem o Jardim Laranjeiras.
ResponderExcluirCiro Farina foi meu bisavô. Ver seu nome sendo citado me pegou de surpresa e gostaria de saber de onde surgiu esse relato?
ResponderExcluirEstá lá descrito nos últimos parágrafos.
ResponderExcluirAlguem tem algum brasão ou logotipo da Companhia Alliança de Laranjeiras? Entre 1906 e 1933, inclusive, os operarios mantiveram um clube de futebol chamado Alliança Football Club.
ResponderExcluirTenho um colega de faculdade chamado Telmo. Da última vez em que o encontrei, faz um pouco de tempo, ele me disse que estava escrevendo, junto com antigos moradores da Rua General Glicério, um livro sobre esta rua. Vou perguntar a ele sobre isto.
ResponderExcluirAcho a região com trânsito muito complicado por conta da ida e volta para o Túnel Rebouças.
E vi um comentário de um Anônimo aí em cima sobre a "casa de diversões" da Rua Alice. Esta fez história no século passado.
A Casa Rosa fazia sucesso!.A famosa "Casa das Primas".
ExcluirBom dia.
ResponderExcluirLaranjeiras era bairro de passagem quando usava o Santa Bárbara esporadicamente. Desde o ano passado quando passei a ir na Casa Roberto Marinho a rua das Laranjeiras virou caminho de passagem. Há alguns meses fiz uma parada nas Casas Casadas.
Bem interessante.
ResponderExcluirDessa vez temos comentários postados bem depois. Em 2018, 2020, 2021 e 2023.
Bom dia a todos!
ResponderExcluirQuem quiser ver a foto do Malta ampliada da fábrica, tem no site do Acervo da Light. Pode-se ver detalhes do local, escadas, pessoas circulando, a fumaça da chaminé, o relógio que marcava 14h45 e logo abaixo dele o nome Fábrica de Fiação e Tecidos Alliança.
Clicar na foto e esperar uns segundo para abrir.
https://light-acervo.s3.sa-east-1.amazonaws.com/dae596be18bf21033c4fadc53dadf395.jpeg
Casas Casadas é aquela belíssima construção na rua Leite Leal, certo? Minha mãe disse que quando minha família veio de MG para cá, por volta de 1929/30, durante um certo período eles moraram ali. Na época, disse ela, era uma casa de cômodos.
ResponderExcluirÉ incontável a quantidade de fábricas de tecido desativadas ao longo das décadas aqui no Rio, quiçá no Brasil. Além da Aliança, temos a América Fabril, a Confiança, a Bangu, a Corcovado, a Carioca. Na rua Garibaldi, na Tijuca, perto do cruzamento com a General Espírito Santo Cardoso (antiga rua da Gratidão) havia a Covilhã, ocupando um terreno não muito grande, e que creio ter sido também uma fábrica de tecidos.
ResponderExcluirQuanto a controle de natalidade, citado em alguns comentários pretéritos, também sou totalmente a favor. O planeta não comporta uma quantidade ilimitada de gente. Alguém acha que podemos ter 10, 20, 50, 100 bilhões de habitantes aqui? É preciso haver um limite.
ResponderExcluirTemos de pensar no planeta, e indiretamente na nossa qualidade de vida, e não dá para se ter bilhões de seres humanos devastando matas, poluindo mares, rios, fontes de água potável, dizimando espécimes da fauna e da flora. Não dá para nenhum governo poder administrar tanta gente tendo de providenciar transporte urbano, malha rodoviária, moradia, educação, saúde, saneamento básico, segurança, previdência social, emprego, tudo em nome da liberdade de cada casal poder ter quantos filhos lhe der na telha.
Nem toquei no aquecimento global porque é um assunto controverso. Ainda não está batido o martelo se deriva da atividade humana ou se é um ciclo natural do planeta, como já houve antes épocas glaciares e de reaquecimento, sem interferência do Homem.
ResponderExcluirSe a gente procria como rato, vai viver como rato. Vejam a situação catastrófica da Índia, que antes era o país com a segunda maior população, superada apenas pela China, e agora assumiu o primeiro lugar. Já andaram por lá, virtualmente, assistindo a tantos vídeos no YouTube de mochileiros que vagueiam pela imensidão daquele país catastrófico? É uma tragédia, em todos os sentidos. Comparem uma grande cidade indiana com uma chinesa e vejam a diferença. Sim, a China tem problemas sérios de poluição do ar; a Índia, de poluição em geral: de rios, de oceano, esgotos a céu aberto, para falar o mínimo.
ResponderExcluirOutro dia assisti a um vídeo de um empresário brasileiro falando sobre o controle de migração interno na China. Ele disse que há cinco categorias de cidade, se não me engano. Você não pode mudar de uma cidade para outra a seu bel-prazer. Há uma série de condições que permitem isso. Lembro de algumas:
ResponderExcluir1) se você vai estudar numa universidade da outra cidade;
2) se tem emprego garantido lá;
3) se vai se casar com uma pessoa da outra cidade;
Acho que tem mais, porém não lembro.
Se resolver se mudar na marra, não terá nenhuma assistência na nova cidade: nem de saúde, nem de escola, nem de emprego.
Isso pode ser radical, mas em contrapartida incentiva as pequenas cidades a procurarem se desenvolver, ao invés de sofrerem o êxodo de população para grandes centros.
Assisti a um vídeo de uma cidade desconhecida (para mim) da China, que é um centro de pesquisa em tecnologia. Todos os ônibus, táxis, carros, são elétricos. O cara que estava filmando mostrava o deslocamento dos veículos. Silêncio total.
ResponderExcluirVeja um vídeo semelhante numa cidade grande da Índia, por exemplo. O caos urbano, a mendicância, a sujeira, o barulho, o trânsito caótico, os golpistas, a comida de rua com tabuleiros colocados em cima de valas de esgoto a céu aberto, a garantia total de intoxicação se você comer algo desses vendedores de rua.
Veja uma viagem de trem urbano na China e compare com a Índia. Idem, as estações ferroviárias.
Estou comparando esses dois países porque são os recordistas mundiais em população.
Não sou comunista. Também não tenho nenhuma simpatia pelos EUA, como já citei aqui incontáveis vezes. Pelo contrário. A esquerda tem muitos defeitos, assim como a direita. Em comum a ambas apenas a corrupção, o nepotismo, a busca desenfreada pelo poder, a canalhice política, o clientelismo, as mentiras para enganar a nós todos, a falta de autocrítica, o apadrinhamento de parentes e correligionários, a falta de vergonha na cara.
ResponderExcluirVoltando um pouco ao tema de hoje, lembro da época em que havia as costureiras que iam na casa da gente fazer roupas com tecidos comprados no comércio, como nas Lojas Pernambucanas e em outras mais. Minha avó comprava tecidos numa loja do Largo do Machado e havia uma costureira que ia lá em casa fazer nossas roupas. Minha tia mais velha era costureira não-profissional. Sabia lidar com moldes, tinha aquele tipo de giz riscador, tesouras apropriadas, uma máquina de costura Singer daquele modelo bem famoso, vários carreteis de linha, centenas de botões de roupa. Depois meu padrasto adaptou um motor à máquina, para minha tia não precisar pedalar. Ele trabalhava numa firma, a Mercantil Mineira Importadora, situada na rua do Lavradio 144, que era representante ou vendedora das máquinas de costura Pfaff.
ResponderExcluirPor falar nas Casas Pernambucanas, os donos eram da família Lundgren. Quando entrei na companhia aérea Cruzeiro do Sul, em 12 de junho de 1979, nosso chefe tinha aquele sobrenome. Suas iniciais eram RL. Devia ser da família dos donos das Casas Pernambucanas. Ele era queixudo. Não era exatamente feio, porém o queixo proeminente lhe dava um aspecto esquisito.
ResponderExcluirUm colega, por sua vez, havia recebido o apelido de Baratão por ter passado férias em sua casa na região dos Lagos e voltado muito queimado e usando grandes óculos escuros de aro redondo.
Um dia, durante uma reunião, o RL resolveu gozar o Baratão. Logo no início do papo, ele perguntou:
- Tudo bem, Baratão?
Ao que este respondeu:
- Tudo bem, feião.
O apelido pegou. Obviamente ninguém chamava o chefe por esse apelido, mas por trás só se referiam a ele assim.
Para encerrar por agora: o Baratão tinha o rosto muito marcado por cicatrizes parecidas com as de varíola. Aí diziam que ele era feio. Ele respondia que não era feio. Seu rosto era do tipo arte moderna. Então lhe deram o apelido de Baratão Arte Moderna, abreviado para BAM. Só o chamavam assim: BAM para lá, BAM para cá. Ou então Baratão.
ResponderExcluirAgora para encerrar mesmo: o BAM era o líder do sistema de Pagamentos da Cruzeiro do Sul. Quando o sistema foi implantado, ele resolveu pagar um churrasco para todos, na churrascaria Porcão lá do Mercado São Sebastião, na Penha. Lá foram todos, após o expediente. Na hora de pagar, ele saiu com essa:
ResponderExcluir- Jante que o BAM garante!
Todo o mundo se fez.
Na volta ao serviço, ele apresentou a conta ao Feião. Este se recusou a pagar, dizendo que não tinha sido comunicado.
Resultado: o BAM teve de ficar com o prejuízo.
Boa tarde Saudosistas. Muito bom reler os comentários antigos.
ResponderExcluirVou falar hoje sobre alguns tópicos que foram citados nos comentários acima.
Quantidade de Industrias no Rio.
Para quem não sabe, o RJ até por volta dos anos 50 era a cidade com maior numero de indústrias no País.
Até os anos 80, os bairros de Benfica, Jacaré, Maria da Graça, Inhaúma, Bonsucesso, Penha, tinham mais indústrias em funcionamento do que hoje em dia, em todo o Estado.
Evolução Tecnológica; com o desenvolvimento e a cada dia mais sendo empregada em todos os setores da economia mundial, a I.A. irá eliminar milhões de postos de trabalho de hoje em dia no mundo todo. Isto deverá ocorrer muito rapidamente, no máximo nos próximos 5 anos.
Falando sobre controle de natalidade.
ResponderExcluirO controle de natalidade é mais do que necessário, não por conta de posição ideológica, mas por bom senso. Nos dias atuais, o custo de manter uma família com mais de 2 filhos é extremamente onerosa, com os autos custos de saúde, educação, alimentação e vestuário, digo isso para uma família considerada verdadeiramente classe média, com renda mensal na faixa de 45 a 55 mil reais/mês.
Tanto isso é verdade que pode-se observar este comportamento na maioria das famílias desta classe social.
Mas o que mais se observa no Brasil, é que famílias sem o menor padrão salarial para constituir uma família, estas tem em muitos casos até 5 ou 6 filhos.
Estas famílias num grande número de casos, irão desenvolver no futuro a situação de separações com abandono dos filhos, vindo inicialmente a serem pedintes, vendedores ambulantes, trombadinhas e quando adultos no final da escala optando por uma das profissões, assaltante, sequestrador, traficante, ou tududo isso combinado, com o título de vítima da sociedade, e em muitos casos sustentados pelo governo, com suas bolsas de auxílios.
PS. Não sou contra a nenhum casal ter o número de filhos que desejarem, sou contra eu pagar imposto para sustentar os filhos dele, principalmente sem eu ter transado com a mulher dele.
“Uma família considerada verdadeiramente classe média, com renda mensal na faixa de 45 a 55 mil reais/mês” escreveu o Lino.
ResponderExcluirEu que me achava bem classe média, achando que ganhava razoavelmente bem, me recolho à minha insignificância.
O controle de natalidade é tema espinhoso resvalando até em religião. Sou a favor mas especificamente falando em Brasil a população vem envelhecendo, com baixa taxa de natalidade no geral. Claro que quem tem dinheiro pode fazer "procedimentos" para não levar gravidez adiante. Brasil é o país das pílulas de farinha, não esqueçam...
ResponderExcluirAcho que religião não tem de se meter no assunto. "Crescei e multiplicai-vos" era bom quando só tinham Adão e Eva. Agora, com 8 bilhões de almas no mundo, o mandamento deveria ser "Parai de crescer". Além do que, aquele mandamento é do catolicismo, portanto não tem obrigação de ser seguido por bilhões de seres humanos que adotam outras religiões.
ExcluirAlém do que, quem hoje em dia está preocupado com os Dez Mandamentos (que, por sinal, não vale para todas as religiões)? Senão, vejamos:
1º - Amar a Deus sobre todas as coisas ==> o amor hoje está voltado para o dinheiro, não para Deus.
2º - Não tomar o seu Santo Nome em vão ==> o que mais existem são expressões usando o nome de Deus. Exemplos: "Deus me livre!"; "Vai com Deus!", "Ai, meu Deus!". Em inglês, usa-se e abusa-se de "Oh, my Gosh!", uma corruptela de "Oh, my God!".
3º - Guardar os domingos e dias santos ==> ninguém mais faz isso. Antigamente, a partir das 15 horas da Quinta-Feira da Paixão se fazia silêncio nas casas, as rádios só tocavam músicas suaves, e isso até a meia-noite da Sexta-Feira Santa. Hoje tem jogos de futebol, bailes funk, raves.
4º - Honrar pai e mãe e 5º Não Matar ==> piadas, hoje em dia. O que mais vemos é filho matando pai, mãe, avós, e vice-versa, com pais e mães matando filhos.
6º - Não pecar contra a castidade ==> nem os padres conseguem isso, quanto mais os seres comuns. Quantos filhos nascem "do pecado"!
7º - Não furtar ==> nem preciso comentar.
8º - Não levantar falso testemunho ==> é só ouvir as audiências da Justiça.
9º - Não desejar a mulher do próximo ==> quem nunca fez isso que atire a primeira pedra. Não serei eu.
10º ==> Não cobiçar as coisas alheias ==> também não preciso comentar. Zeca Pimenteira está à solta por aí.
O controle de natalidade tem dois vieses: um é a situação econômica das famílias e sua condição de criar dignamente a prole; o outro é a superpopulação do planeta, o que mais me preocupa. Mesmo se uma família tem condições de ter vários filhos, isso exigirá mais vagas em escolas, mais transporte urbano, mais infraestrutura de saneamento básico, quando eles virarem adultos vão querer moradia, vão comprar carros e sobrecarregar as vias, vão consumir alimentos e produtos que, por sua vez, exigirão a exploração de recursos minerais, etc, etc. É uma bola de neve, mesmo que todos fossem ricos. O planeta não aguentaria tenta gente, ainda que todos fossem Elon Musks.
ResponderExcluirLembro uma piada antiga: o otimista dizia que com tanta gente no mundo as pessoas no futuro teriam de comer merda. O pessimista dizia que não haverá merda para todos.
ResponderExcluirVcs são da classe média do Lino? 50 mil por mês?
ResponderExcluirEu descobri que sou indigente. Vou solicitar Bolsa Família.
ExcluirFalei de renda familiar, no caso do marido e esposa ambos trabalhando e a soma dos seus ordenados nesta faixa salarial.
ExcluirSe você somar os gastos com educação, saúde, alimentação e um pequeno gasto de lazer, verá que este valor vai ser bem justo, visto que o governo leva 27,5% de I.R. forma os impostos incidentes em tudo que se compra.
Logo, pode-se dizer que este valor não é nada absurdo.
Lino, onde você está? Só quem ganha nessa faixa salarial é político ou grande empresário. Obviamente não estou falando de corruptos ou bandidos em geral, que ganham muito mais.
ExcluirNão estou aqui para defender nenhum governo, mas 27,5% é a alíquota, mas a partir do valor resultante a aplicação dela tem de ser feita a dedução correspondente a essa faixa de alíquota. Ninguém, por mais que ganhe fortunas, desconta 27,5% exatamente de sua renda. Sempre vai ser feita uma dedução.
ExcluirMestre Hélio, volto a afirmar, estou falando de renda familiar a soma dos salários de marido e esposa, isso não é nenhum absurdo de renda para uma família classe média.
ExcluirLino, claro que é absurdo. Quem ganha nessa faixa, sendo CLT? A menos que classe média para você sejam empresários, advogados, médicos e outros profissionais liberais que normalmente não fornecem recibo. Ou DJ's, funkeiros, youtubers, influenciadores digitais, cantores sertanejos, esses sim que faturam milhões e não são considerados classe média e sim ricaços. Me diga quais profissões CLT ganham 30 mil reais por mês.
ExcluirNos EUA, classe média é quem ganha por mês entre 25.000 e 75.000 reais. Desse jeito que você colocou, classe média aqui e lá são muito parecidas. Desde quando?
ExcluirSegundo o critério brasileiro, classe média baixa tem renda familiar entre 3.500 e 8.300 reais. Classe média alta chega a 26.000 reais. Acima disso já e considerada classe rica.
Excluir