Hoje veremos
um pouco da história do “Grande Hotel” que ficava no Largo da Lapa. Foi o
sucessor do “Hotel Freitas”, o primeiro hotel do Império, único edifício construído
expressamente para hotel de primeira ordem, com todas as comodidades
indispensáveis e luxo apropriado, como dizia o cartão de visitas do
proprietário João Francisco de Freitas.
O postal da
Casa Staffa, do Rio de Janeiro, mostra no início do século XX o Largo da
Lapa, cujo nome deve-se à Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Lapa do Desterro.
No seu entorno foram instalados restaurantes e famosos cafés, onde artistas,
sambistas e intelectuais davam ares de boemia ao local. Neste postal, circulado
em 1908, vê-se o luxuoso "Grande Hotel", construído em 1896 como Hotel Freitas.
Com a mudança do arrendatário o nome mudou para "Grande Hotel da República".
Neste local funcionou a partir da década de 1940 o Cinema Colonial e, desde
1964, a Sala Cecília Meireles.
Ao centro, o
monumental Lampadário da Lapa, inaugurado em 1905. À direita, o prédio do
Grande Hotel Bragança.
Anúncio do "Grande Hotel" onde consta: salões de restaurante, leitura, banquetes, fumantes e bilhar. Higiene, quartos confortáveis, banhos frios e quentes, bondes para todos os pontos.
Outro aspecto do Largo da Lapa com destaque para a igreja, lampadário e o hotel.
Convite para o "Banquete do dia 9 de Abril de 1891.
Desprestigiado,
mais tarde, com a transformação da vida noturna da Lapa, o “Grande Hotel”
esteve ameaçado de demolição em 1939. Nos anos seguintes foi adaptado para
cinema e para teatro. O “Grande Hotel” da Lapa (havia outros com este nome) deu
lugar ao “Cine Colonial” na década de 1940 e, finalmente, em meados da década
de 1960, à “Sala Cecília Meireles”.
Entre o "Grande Hotel" e o "Hotel Bragança" ficava o prédio da "Grande Refinaria Nacional - Companhia Assucareira".
Na
transformação para "Cine Colonial" a fachada foi bem modificada, perdendo as
características do século XIX.
Nesta foto, anos depois da anterior, vemos à direita, a bela construção em “art-noveau” do Hotel Bragança, com seus dois
torreões. Este local ficou abandonado por muitos anos, mas em tempos recentes
foi restaurado, como podemos ver na última foto de hoje.
Esta foto do Google Maps mostra o excelente trabalho de "retrofit" feito no local, recuperando o prédio do "Hotel Bragança" que estava totalmente deteriorado. Ficou tudo muito bonito.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirExcelente aula, agora sobre a Lapa. Local por onde passei poucas vezes, seja a pé ou em veículos.
O Arquivo Nacional publicou uma foto do Cinema Colonial, da década de 40. Mais tarde passo o link.
Augusto, já foi publicada aqui.
ExcluirOK.
ExcluirMuito interessante, mas eu tenho a audácia - ou não seria O BISCOITO MOLHADO - de sugerir uma investigação histórica do monumental lampadário. Antes da pandemia, eu frequentava o Ernesto e não me cansava de admirar aquele serpentário. Quem não viu, tem de dar um jeito de ver.
ResponderExcluirBom dia a todos. A Lapa um local que teve muitas transformações ao longo dos anos ou mesmo dos séculos, porém sempre como um bairro da boêmia da cidade. Já vi a Lapa com muitos altos e baixos na sua popularidade, poderia ser melhor explorada turisticamente, mas a inabilidade empreendedora do Brasileiro e a incompetência das autoridades impedem essa decolagem.
ResponderExcluirAinda considero um bom passeio andar pelas ruas da Lapa e arredores. Durante o dia.
ResponderExcluirCoincidentemente sonhei que parentes vindos de outra cidade me pediram para levá-los até a Lapa, mas primeiro subindo pela escadaria e atravessando Santa Tereza e descendo na Riachuelo, que estava cheia de canteiros de obra, onde, para desespero dos adultos, a criança do grupo resolveu brincar. Aí virou pesadelo e, ainda bem, acordei em segurança em meu leito, a quilômetros de distância do pimpolho travesso.
Paulo Roberto, vejo que não frequenta a Lapa há muito tempo. Mesmo durante o dia andar pela região da Lapa é temerário e o perigo de ser esfaqueado é grande. A quantidade de moradores de rua e "crackudos" é impressionante. Estive pessoalmente na região na última semana e constatei.
ExcluirNa época de Madame Satã era o medo dos malandros e suas navalhas.
ExcluirLapa é o nome fantasia deste trecho que oficialmente é Centro.
ResponderExcluirEm homenagem à Nossa Senhora da Lapa do Desterro.
ExcluirCertos bairros começam dum jeito e pioram com o tempo, como Lapa, Glória, Catete, Catumbi, Caju, São Cristóvão, Vila Cosmos, Brás de Pina. Outros, nunca prestaram, como Inhaúma, Turiaçu, Colégio, Cordovil, Cavalcanti.
ResponderExcluirAlguns bairros, por incrível que pareça, deram uma melhora, como: Campo Grande, Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Valqueire, Sulacap...
ExcluirBoa Noite! Meu computador deu problema,mas já foi resolvido. Faltam 43 dias.
ResponderExcluirComo será que era o sistema de água quente desse hotel??caldeira talvez?
ResponderExcluirSidnei Braga, 21 972280120, está faltando na administração cultura púbica pessoas que realmente, ame, a história do Rio de Janeiro.
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