Esta foto é do acervo do prezado M. Rouen. Ela foi tirada, logo após a compra do veículo, na Av. Oswaldo Cruz em frente ao nº 135, Ed. Maria Penna, onde o proprietário do veículo, pai do amigo dele chamado Alain residia.
Suponho que este Alain
seria o Alain Lucien A. meu colega de colégio (o mundo é pequeno). O prédio
ainda existe até hoje, porém as casas a seguir, de nº 137 e 139, foram demolidas.
Logo depois havia o nº 149 que era a famosa mansão dos Martinelli.
Na
árvore propaganda eleitoral de Marechal Henrique Batista Duffles Teixeira Lott, pois estamos em 1960 e ele, marechal na
reserva, concorreu à eleição presidencial, pleito este vencido por Jânio
Quadros.
Na
fotografia vemos a propaganda do Simca Rallye em 1964. A montadora dos
carros era a própria Simca (Societé Industrielle de Mécanique e Carrosserie Automobile). A
fábrica foi adquirida pela Chrysler. Era um carro francês com raízes
americanas. O seu projeto é da Ford e o motor era quase o mesmo V8 dos Ford dos
anos 30. Segundo especialistas, fervia e tinha potência muito aquém do esperado,
ganhando o apelido de “Belo Antonio”, ou seja, bonito e impotente.
A foto é no clube dos Caiçaras, na Lagoa. Na época era bem menor do que atualmente, pois foi feito um grande aterro para aumentá-lo (bem menor do que o feito no Piraquê, cujo tamanho quase que dobrou).
Foto de propaganda, de Milan Alram, mostrando um
luxuoso Simca em frente ao Teatro Municipal.
Nesta foto, enviada por colaborador do
"Saudades do Rio" que prefere não ser identificado, datada de
setembro de 1961, vemos a Avenida Graça Aranha, no Centro. Vemos um Simca em
plena labuta no trânsito do Rio. Entre os vários ônibus, há um modelo Camões da
Viação Tarumã, que fazia a linha 12 - E. Ferro x Leblon. À frente do Simca,
provavelmente um ônibus da Viação Leopoldina, linha 64 - Leopoldina x Leblon.
Também aparecem alguns lotações. Podemos ver, já instalados, os fios para os
ônibus elétricos (trólebus) que fariam a viagem inaugural no ano seguinte, em
31 de agosto de 1962.
M. Rouen indica esta oficina para os que tiverem problemas com seus carros Simca.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirSempre confundi Simca com Aero Willys. Um vizinho de Madureira tinha o primeiro e meu tio, cunhado da minha mãe, tinha o segundo. Postei uma foto há muito tempo na qual apareço no colo da minha mãe ao lado do Simca do vizinho, ainda com placa da Guanabara.
Eu achava bonito o SIMCA da família Chambord. Já o Esplanada não me agradava.
ResponderExcluirSerá que restou algum? Não me lembro de ter visto SIMCA nessas exposições de carros antigos.
O Simca não era um carro econômico e sua manutenção não era barata. Não gosto de carros com alavanca de mudança na coluna de direção e esse detalhe era um fator negativo. Faltaram nesse rol o "Jangada", o "Presidente", o "Tufão', e o "Pracinha", uma deplorável "versão popular", que a exemplo do "Pé de boi", do "Teimoso", e do "Caiçara", não possuía nem luzes nem indicador de combustível. ## Faço apenas uma pequena correção no texto informativo: a viagem inaugural do sistema de Trolley-buses ocorreu em 03 de Setembro de 1962 com a primeira viagem da linha E-1 Erasmo Braga - Ruy Barbosa.
ResponderExcluirA foto do Rouen mostra um Simca 1959-60, visto que a fotografia inclui o nome do Lott, caiado na árvore.
ResponderExcluirAs diferenças mais marcantes para se identificar o ano de um Simca Chambord brasileiro estão no friso lateral. Este da foto é igual ao francês, mas em 61-62, o friso perdeu aquela quebrada na porta traseira e ficou sinuoso e contínuo. Em 63, ganhou aquele longo emblema com três andorinhas que aparece na foto seguinte e, em 65, o friso voltou a ser contínuo, só que reto e duplo, fazendo uma flecha estilizada. Mas aí mudou o teto e o motor (Tufão). Em 66 apareceu o motor com válvulas na cabeça, que viveu até o Simca Esplanada que, depois, virou Chrysler Esplanada.
Os aperfeiçoamentos contínuos no motor indicam a falha principal do carro, bem descrita no texto. Um motor que nasceu para os Ford 34 (acho) de 60HP, e que foi descontinuado no ano seguinte. Os blocos fundidos e moldes desse fiasco foram para a França e depois para o Brasil, provando que o que nasce ruim morre ruim.
Na foto da Erasmo Braga, embaixo do ônibus da direita, tive a impressão de ter visto um trilho de bonde. Foi ilusão de ótica ou a rua estava mal conservada.
ResponderExcluirOs carros franceses aqui no Brasil sempre foram "meia boca". Além do Simca, os Dauphines e Gordinis deixavam muito a desejar. Atualmente não é muito diferentes. Os Renault Sandero, Clio, e Kwid, os Peugeot 106, 206, & família, e toda a linhagem dos Citroen, não inspiram confiança e são inferiores aos similares da concorrência. Na verdade foram concebidos pra rodar na excelência das estradas europeias, mas transitam na "savana e no "pé de moleque" brasileiro.
ResponderExcluirSem querer ocupar o vitalício cargo do Biscoito como comentarista especializado, faço algumas observações sobre esse carro que esteve em plena moda na minha geração. Não era sem sentido o apelido de "Belo Antonio" que o popular utilizou para menosprezar o Simca. Sucessor do francês Vedette, ainda era influenciado pelo estilo rabo-de-peixe, comum nos anos '50. Seu propulsor era um anêmico V8, ligeiramente melhorado por algum modesto veneno na carburação dos seus modelos com pretensão esportiva. Sua suspensão macia, pela influência norteamericana da busca do conforto, não oferecia a necessária estabilidade quando se exigia uma direção mais esportiva. Foram participantes de competições regionais e nacionais, com as modificações necessárias mas insuficientes para a obtenção de valores de desempenho realmente competitivos. Além de outras opções, como carro de luxo tinha um modelo (Presidente) que se destava pelo melhor acabamento, com suas rodas raiadas e o estepe externo na traseira. O pai de um colega do segundo grau era proprietário de um modelo como esse e vez por outra o jovem ia ao colégio com o carro. Desnecessário dizer do sucesso que fazia com a meninada.
ResponderExcluirComo curiosidade havia um pequena alavanca no painel que possibilitava a alteração do seu ponto de ignição mesmo com o carro em movimento. Mais tarde tentaram alterar o projeto original com ligeiros cortes no seu formato e renomearam para Esplanada, e ainda um modelo "esportivo" chamado de GTX. Com a chegada dos novos modelos Dodge nas revendedoras Crysler o Simca passou a fazer parte dos veículos colecionáveis.
Mesmo ainda criança, lembro bem os nomes dos modelos da Simca: Chambord, Tufão e Jangada (caminhonete).
ResponderExcluirNa verdade a Jangada era uma "perua" e não uma “caminhonete”; aliás, a primeira perua (ou “station wagon”, como queiram) do Brasil, e não a Caravan, erradamente anunciada como tal pela GM em 1975.
ExcluirVemos uma Das maiores falta de civilidade Carioca , carro estacionado na calçada. Felizmente na Zona Sul é raro porém em outros lugares o hábito continua. Sobre carros franceses, até hoje São problemáticos.
ResponderExcluirA banda de rock Camisa de Vênus tem uma música chamada Simca Chambord, que de forma divertida dá uma pequena aula de história sobre o início da década de 1960, utilizando o carro como tema.
ResponderExcluirTive um Simca Tufão 1965, adquirido em 1968. Um Senhor carro, com direito a algumas falhas, devido a sofisticação do veículo. Já era ignição eletrônica...
ResponderExcluirO motor não era uma adaptação dos "Flathead" e sim um projeto semelhante, com o bloco menor. No painel uma alavanca para se ajustar a ignição ao tipo de combustível.
Meu pai comprou uma Simca Jangada em 63. O fundo do bagagero dobrava e se prendia ao encosto do banco traseiro. O estepe era aparafusado ali e 2 bancos laterais, pequenos e incômodos, eram ocupados por eu e meu irmão menor nas viagens. Aprendi a dirigir nele.
ResponderExcluirO desenho diferenciado do Simca dava um certo destaque, comparado aos demais carros fabricados no Brasil. Nesse item não tinha como competir com o estrangeiro Impala, por exemplo. Aliás, de acordo com os comentários, em nenhum item.
ResponderExcluirO que teria acontecido ao Brasil se o Marechal Lott tivesse sido eleito?
ResponderExcluirSe Lott fosse eleito em 1960 o golpe militar não teria acontecido. Jânio Quadros fez a coisa certa quando renunciou para que João Goulart assumisse a presidência mas infelizmente os planos não deram certo porque faltou habilidade para ele conduzir a política. Ele pretendia fazer o Brasil deixar de ser um fantoche do imperialismo americano e foi profético ao tentar se aproximar sem sucesso da China, algo concretizado apenas no Século 21, mas não foi compreendido e acabou precipitando a ditadura militar.
ExcluirAlguns carros são injustiçados no mercado e, outros, mitificados; sabe-se lá por quais motivos. E os carros franceses entram nesse grupo dos injustiçados aqui no Brasil. Tive um Renault Megane 98, que me atendeu muito bem. Adorava aquele carro. Nada diferente de carros de outras marcas que tive. Uma vez conversando com um amigo que tem uma grande oficina e uma instaladora de gás eu o questionei sobre este mito. Ele me respondeu de forma lacônica: "não há diferença alguma".
ResponderExcluirE por outro lado tem os mitificados, como os carros da Toyota, chamados de "inquebráveis". Os japoneses, muito espertamente, se aproveitam disso, fazem um grande silêncio, e colocam o preço de seus carros nas alturas.
Wagner, entendo sua posição e concordo que há um certo preconceito com relação aos veículos franceses que não são os consagrados esportivos (Alpine, Matra e os vitoriosos Renaults nos rallys). Isso sem também considerar as futurísticas suspensões usadas pelos Citroens. Mas parte dessa visão deletéria advém dessas mesmas suspensões que nunca se adaptaram às vias tupiniquins e de outras de origem da América do Sul. Quer um exemplo? O Citroen Xantia. Se cair em um buraco os amortecedores atravessam a lataria, para desespero dos infelizes proprietários. E isso, como disse, é apenas um exemplo.
ExcluirConcordo plenamente.
ExcluirJá tive modelos da Fiat (outro fabricante injustiçado), Citroen e Peugeot.
Como dito por você, "nada diferente de carros de outras marcas".
A melhor marca de carro do mundo é "carro novo"!
A Citroen antes de ser comprada fazia carros mágicos, visual, tecnologia e sua famosa suspensão. Que dava problema se não bem calibrada e com manutenção em dia. Agora do grupo Stellantis só tem a marca, nada de inovação e autenticidade.
ExcluirCom relação aos franceses, vi um livro dos anos 70-80 com recomendações para atravessar o deserto do Sahara. Na categoria de pouca verba, recomendava Kombi ou pick-up Peugeot 504.
ResponderExcluirInteressante que alguns pleonasmos se incorporam definitivamente ao idioma. "Deserto do Saara" é um deles, já que Saara significa "deserto". Outro é Monte Fujiyama, pois "yama" é "monte"
ExcluirA foto em frente ao Teatro Municipal é de 1959 em um evento no "apagar das luzes" do Rio como Capital da Republica. FF: um grave distúrbio popular com grande tumulto e depredações está ocorrendo desde o meio-dia em frente às barcas de Niterói e o motivo foi a morte de um "ambulante". Tendo em vista a "acidez do tema" vou me abster de entrar em maiores detalhes. Certamente a mídia televisiva informará melhor.
ResponderExcluirA verdade é que todos os similares da maioria dos carros europeus produzidos no Brasil são de qualidade inferior, ou "meia boca". O padrão de exigência do mercado europeu é alto e a existência de leis draconianas de defesa do consumidor contribuem para a excelência dos carros produzidos na Europa. No Brasil já foi pior, pois no passado as chapas de aço "apodreciam" e tudo "ficava por isso mesmo". Hoje em dia "existe até recall", mas não há como comparar. Eu tive um Peugeot 106 e um 206 para nunca mais, ou seja "Peugeots são como Campistas: nem a prazo nem à vista".
ResponderExcluirJoel, talvez este tumulto também esteja ocorrendo em razão do aumento da passagem das barcas para 7,70.
ResponderExcluirNão Mauro Marcello, foi uma tentativa de roubo praticada por um ambulante que foi percebida por um Policial Militar. Faz lembrar em menores proporções a "Revolta das Barcas" ocorrida em 1959 em razão da péssima gestão da Frota Carioca pela "Família Carreteiro".
ExcluirBoa noite Saudosistas. Hoje o tema é o carro Sinca, como não sou muito interessado em carros, o que me lembro deles, é de alguns modelos, Sinca Chambord, Jangada e Tufão, espero não ter errado no nome dos modelos.
ResponderExcluirNão peguei o Simca, meu pai teve Aerowillys. O parachoque de metal é um aumenta choque. FF: o leilão de gibis hoje foi um sucesso. Preços multiplicados e lances disputados. Amanhã continua. O leilão é on line e os lances vã aparecendo na tela em ordem crescente. Tem "dou-lhe uma,..." martelinho e tudo
ResponderExcluirO evento na estação das barcas em Niterói ainda carece de maiores esclarecimentos. Como sempre há conflito de versões. Incluindo o roteiro padrão para ações desastradas de militares armados a paisana (ou não).
ResponderExcluirO fato de o ambulante ter uma ficha corrida pregressa não dá carta branca para ações como a de hoje.
Um fato que eu queria entender é rapidamente ter aparecido um colchão em chamas que veio dos moradores de rua que dormem do lado de fora da estação. Qual a ligação com o morto, se é que existe?