Com a colaboração do GMA, a quem o "Saudades do Rio" agradece. Peço aos especialistas em aviação que corrijam eventuais erros.
Em outubro de 1937 a Panair recebeu seus primeiros aviões de terra, o Lockheed Model 10 Electra, deixando de restringir sua frota a hidroaviões. Foi utilizado em serviços para Belo Horizonte e outras localidades em Minas Gerais, atingindo mais tarde Goiânia e São Paulo. Nos anos 40 a Panair já tinha uma das mais extensas redes domésticas do mundo, cobrindo a maior parte do Brasil.
Em março de 1946 a PANAIR recebeu
seu primeiro Lockheed Constellation 049, sendo a primeira companhia aérea fora
dos Estados Unidos a operar esta aeronave. O primeiro vôo decolou a partir de
Rio de Janeiro para Recife, Dakar, Lisboa, Paris e Londres.
Vindo dos Estados Unidos o gigantesco avião “Constellation”, o mais veloz aparelho comercial em uso na época, chegou ao Rio em 29/03/1946. A bordo do grande quadrimotor veio um grupo de jornalistas especializados brasileiros e técnicos norte-americanos da empresa fabricante. Também o presidente da Panair, Paulo Sampaio e uma tripulação brasileira.
A chegada do “Constellation” foi um espetáculo para os cariocas que puderam vê-lo planando, rápido e elegante, sobre a cidade. O voo Nova York-Rio durou 19 horas e 55 minutos e foi comandado por Paulo Lefevre e Coriolano Tenan, acompanhados por Generoso Leite de Castro (radiotelegrafista), Salomão Stur (mecânico) e Emilio Vega (comissário). Houve escala na Guiana Inglesa e foi estabelecido novo recorde de tempo de voo.
O “Constellation” tinha as seguintes características: Envergadura 37,50m; comprimento 29,8m; peso equipado 40800k; altura 7,20m; velocidade máxima 560km; velocidade de cruzeiro 498km; raio de ação 7824km; potencia total dos 4 motores Wright Cyclone 8800 HP; diâmetro de hélice 4,50m; capacidade de combustível 18170 litros. A aeronave dispunha de um sistema de comunicações telefônicas internas, assim como para contato com a terra.
O primeiro voo para os Estados Unidos decolou do Rio nos primeiros dias de abril de 1946.
Era o que de melhor havia em termos de aviação comercial, e para viajar de avião naquele tempo era preciso ser "abonado". Hoje em dia é comum pessoas de classe média utilizarem o avião como meio de transporte.
ResponderExcluirTem razão, tem empregada doméstica indo para a Disneylândia.
ExcluirNaquele tempo havia também pessoas humildes que por vezes tinham acesso à essas comodidades, sem qualquer tom de ironia. Empregadas domésticas e outras classes de assalariados possuem condições de custear uma passagem aérea em razão principalmente da oferta de passagem a preços módicos e de uma eventual queda dos preços das passagens.
ExcluirAnônimo, como morador da zona sul e aspirante a um título do Country Club, essa idéia deve lhe dar arrepios.
ExcluirOlá, Dr. D.
ResponderExcluirA interface apareceu um pouco diferente para mim. Não sei se o comentário será postado.
O Canal Brasil produziu um documentário (Panair do Brasil) que passava esporadicamente no canal. Anos atrás aproveitei uma promoção e comprei o DVD.
A Panair foi vítima de uma das maiores perseguições do "novo regime" nos anos 60, que se estendeu a outras empresas da família controladora.
Convenientemente, a VARIG herdou quase tudo da Panair. Ironicamente, anos depois, a VARIG sofreu um processo similar, com a sua liquidação.
Bom dia Saudosistas. Pouco ou nada conheço sobre aviação, da Panair o que melhor conheço é a música do Milton Nascimento, sobre os fatos ocorridos que culminaram com o encerramento das suas atividades, não tenho grandes informações. Talvez venha a aprender alguma coisa hoje.
ResponderExcluirParte da "sociedade" tinha engulhos ao ver pessoas assalariadas viajando de avião. Por vários motivos, esse número despencou nos últimos anos.
ResponderExcluirTalvez o avião mais bonito quando falamos de desenho. Quem quiser mais informações entre no canal do YouTube "aviões e música" lá tem toda a história dele, acidentes, Panair, Varig...prato cheio para os amantes da aviação em geral.
ResponderExcluirEssa Aeronave é de uma beleza impressionante.
ResponderExcluirNão tive contato com a Panair. Quando da sua extinção eu tinha 19 anos. Mas sei que era muito afamada e seu espólio foi para a VARIG e Cruzeiro do Sul.
ResponderExcluirQuanto ao Constellation, tem uma legião de admiradores, da qual não faço parte. Reconheço o inusitado do seu design, mas não o acho bonito. Prefiro o design do Comet, do Caravelle, do DC-10 e do MD-11. Também acho bonito o Airbus A-320.
ResponderExcluirAvião com estilo diferente e belo.
ResponderExcluirPor que as duas janelas mais à frente que as outras na lateral?
Observação: estranhei o novo local para digitar comentários.
Muito estranho mesmo o novo espaço para comentar.
ResponderExcluirUm pouco da história do fim da Panair foi contada em http://saudadesdoriodoluizd.blogspot.com/2017/11/panair.html
A altura do trem de pouso impressiona, a distância da fuselagem ao solo parece ser maior do que a dos aviões atuais. (pode ser devido ao diâmetro da hélice, impressionantes 4,50 m ??).
ResponderExcluirUm belo avião.
O antigo goleiro do América, salvo engano o Pompeia, tinha o apelido desse modelo de avião.
ResponderExcluirFalando em futebol, agora há pouco terminou a primeira partida da semifinal da Champions entre City (4) X (3) Real. Um jogaço. Mesmo perdendo, o Real não pode reclamar do resultado. Jogo da volta na quarta da semana que vem...
Sim, Pompeia tinha este apelido. No dizer de um locutor "voava como um gato"!!!
ExcluirO City merecia ter ganho de uns 6x3. O Madrid sempre se safa sabe-se lá como. No fim é campeão.
PS: o Blogger está muito estranho. Será que vai dar defeito?
Os três gols do Real foram resultado de erros de saída de bola do City e de um zagueiro estabanado ao cabecear a bola na área.
ExcluirO City perdeu pelo menos 3 gols que normalmente faria...