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segunda-feira, 25 de abril de 2022

BARRA DA TIJUCA - NEVADA PRAIA CLUBE

 




O “post” de hoje contou com a ajuda do prezado Tumminelli, autor do antigo "Carioca da Gema", famoso fotolog dos tempos do Terra.

A sede do Nevada foi uma das primeiras construções da então quase deserta orla da Barra da Tijuca. Com cerca de 30 mil metros quadrados o terreno do Nevada ia desde a Avenida Sernambetiba até a Lagoa de Marapendi. O “Jornal do Brasil” noticiou que o Senador Juscelino Kubitschek e o poeta Paulo Mendes Campos se associaram ao clube em 1962. A filha de Juscelino, Marcia, foi convidada para madrinha da cerimonia do lançamento da pedra fundamental em 23 de setembro de 1962.

O clube teve sua identidade sempre associada com os arcos do projeto da sede do arquiteto Ricardo Menescal. O projeto incluia um bar dentro da piscina, algo incomum na época. Com o desenvolvimento das áreas próximas à Barra o aumento de associados aumentou. A construção de condomínios espremiam cada vez mais Nevada. Em 2000 foi noticiado que o Nevada seria desativado na Barra e iria ser transferido para a Rua Oscar Costa na boca da de uma favela em Água Santa. No seu local seria erguido um apart hotel com 15 andares. Na época o vereador Carlos Dias propôs o tombamento do clube que foi rejeitado pela ALERJ e arquivado.

A ilustração mostra o projeto do Nevada. Era um folder do departamento de vendas, em fins dos anos 60. O “JB” comentou que o projeto de Ricardo Menescal “lembrou-se do futuro e preferiu a superfície à altura, evitando a barreira montada em torno da Av. Atlântica e já iniciada na Praia de Botafogo.”

Do projeto só a sede foi construída. O parquinho temático nunca existiu. O salão de festas tinha o maior vão livre já projetado no Rio, possuindo dois detalhes curiosos: a piscina com bar e uma passagem subterrânea para livrar seus sócios das correrias dos carros pela Av. Litorânea, ligando o clube diretamente à praia.

O endereço do Nevada Praia Clube era Av. Litorânea nº 3650

Vários outros clubes  foram criados na Barra da Tijuca e adjacências, como o Riviera Country Club, o Country Club de Caça e Pesca, o Barra da Tijuca Country Club,  o Floresta Country Club, o Marapendi, o Novo Rio Country Club, além do Itanhangá e do Gávea, ambos de golfe.



Um jovem frequentador do Nevada com sua mãe.




16 comentários:

  1. Bem anos 60 quando o faroeste americano fazia sucesso entre as crianças.
    A frente do projeto do Menescal lembra bastante o Palácio da Alvorada.

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  2. Fui algumas vezes ao Nevada, tanto em bailes de carnaval como também de dança de salão. A Barra da Tijuca não era uma região valorizada nos anos 60.

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  3. Não frequentei esse clube mas fui a um baile de carnaval no início dos anos '70, um dos mais animados que tenho na memória.

    O endereço Av. Pres. Wilson, 165, pertence ao Edf. Metropole, ao lado do consulado americano, e abrigou o consulado do Canadá (hoje na Av. Atlântica), além da então loja da PANAM.

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  4. Olá, Dr. D'.

    Dia de acompanhar os comentários.

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  5. Infelizmente não tenho nada a contribuir a respeito dessas postagens sobre outros planetas e suas civilizações. Resta-me apenas lê-las e aumentar meus conhecimentos sobre o Sistema Solar.

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  6. O "Novo Rio Camping Club" ficava no KM 18 da Avenida das Américas (antiga Rio Santos e no final dos anos 70 realizava discoteca aos Sábados. Parte da "Rio Santos" era ainda de terra batida.## O Floresta fica no Itanhangá e é de bom nível, apesar de estar localizado em uma "área de milícia".## Nos anos 60 havia um clube chamado "Casa da Praia" e que ficava próximo ao Pontal. Me lembro bem que fui algumas vezes na piscina do clube em 1966 e 1967 com meus tios que eram sócios.## Há também o Clube dos funcionários do BNDES, o qual frequentei em 1988 em razão de minha ex-mulher ser médica do clube e trabalhava lá nos finais de semana.

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  7. Bom dia Saudosistas. Fui a muitos bailes de Carnaval no Nevada, inclusive o último baile acho que em 1980 ou 1981, o clube tinha uma acústica espetacular, embora o teto do salão fosse bem baixo, não havia reverberação do som, mesmo de uma bateria de escola de samba. O que poucas pessoas sabem é que o Nevada tinha um time de futebol excelente, um dos melhores times que apareceram no Aterro, se não me falha a memória chegaram a ser campeões de um Campeonato organizado pelo Jornal dos Sports, assisti a um dos jogos mais memoráveis do Campeonato do JS, Pedra Negra X Cruzada São Sebastião, acho que era válido pela semifinal do campeonato JS, campo 1 lotado, tinha mais gente assistindo que a maioria dos jogos do Carioca atual, choque da PM, circulando todo o campo, vários ônibus da torcida do Cruzada, dois timaços, vencido pelo Pedra Negra, o time do P.N. tinha três irmãos que jogavam no meio de campo, que barbarizavam, coisa para esta mulambada que joga hoje no futebol brasileiro precisava ver e aprender. Bons tempos que futebol de qualidade no Brasil era jogado em qualquer campo de várzea.

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  8. Quando pirralho frequentava o clube no Recreio que tinha uma pista de kart, não sei o nome.

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  9. Frequentei a Barra do final dos anos 60 até a primeira metade dos anos 70 basicamente para ir a alguma casa noturna ou a um dos inúmeros motéis e, uma vez ou outra, à praia.
    Época antes dos condomínios, espaços amplos, um ar de "fora do Rio" para quem morava em Copacabana.
    À Barra atual, só se for obrigado.
    Com dizia um amigo meu, um bairro sem esquinas, sem gente na rua e império do automóvel.

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    1. "Sem esquinas, sem gente na rua e império do automóvel"...

      Terei ouvido a palavra "Brasília"?

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  10. A Barra e o maior exemplo de querer copiar Miami errada. Sonho do brasileiro para ficar igual ao americano. So esqueceram do resto, esgoto, favelas, civilidade.....

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    1. Tenho que concordar com o nosso "emigrante canadense". A Barra da Tijuca é um escárnio permanente e as consequências da existência dessa "Miami tupiniquim" são trágicas. Desde a metade dos anos 70 uma parte da então "elite tijucana" resolveu se "bandear" para um "modus vivendi" até então inédito nos chamados "condomínios", e de fato os primeiros como Barramares, Atlântico Sul, e Nova Ipanema, eram e continuam sendo excelentes escolhas. Quase 50 anos depois o sonho virou pesadelo para muitos por vários motivos: Distâncias intergalácticas a serem percorridas, imensos engarrafamentos, falta de transporte público, preço dos combustíveis, segurança precária, e o alto preço das taxas condominiais, sem contar que o "empobrecimento endêmico" da população é um fato. A região é cercada de favelas perigosíssimas e "a vida na Barra se torna difícil além dos limites dos condomínios". Me inspirando em uma das "pérolas" do Conde do Lido, afirmo que "a Barra da Tijuca vista a bordo de um helicóptero pode ser considerada uma das "maravilhas do mundo moderno", mas "no res do chão" a realidade é a mesma percebida em "Khartoum".

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  11. Do clube, só lembro de algumas meninas, com o nome Nevada no maiô, disputando títulos de miss Guanabara. E pesquisando, encontrei que uma das representantes do clube (Denise Penteado Costa) ganhou o título estadual e foi vice no nacional no ano de 1973.

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  12. Gosto mais do Recreio dos Bandeirantes...

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  13. Os bailes de carnaval no Nevada eram excelentes em todos os sentidos, principalmente na frequência de mulheres bonitas e da presença de famílias. Aliás bailes de carnaval como havia no passado são inviáveis e os motivos todos conhecem. Que assistiu a tragédia desse último carnaval carioca sabe do que estou falando. E voltamos antigos bailes de carnaval: quem não passou a mão nos cabelos de uma moça, pegou no seu braço, ou mesmo arriscou um furtivo beijo no rosto? Acho que quase todos aqui. Pois bem, façam isso atualmente e vejam o que acontece: vão responder criminalmente por isso: a Lei 13.718/18 tornou essa conduta "crime de importunação sexual ofensiva, com penas que podem chegar a anos". Quantas vezes as pessoas voltavam a pé dos bailes na madrugada e nada a acontecia? Façam isso atualmente e vejam o que acontece. Portanto só nos resta lembrar desse passado...

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