O Leblon até meados do século passado era um dos extremos da cidade. Não servia de acesso a lugar algum. Para ir ao médico ou ao dentista, para trabalhar, para compras maiores havia que se ir à cidade. No Leblon só quitanda, farmácia, barbeiro, padaria e botequim, além do campo do Flamengo, do Jóquei Clube e do quartel do 8º GMAC (Grupo de Artilharia de Costa Motorizado).
As fotos de hoje são
deste Leblon da primeira metade do século XX, garimpadas pela prezada Conceição
Araújo. E ainda, como sempre pede o Conde de Lido, mostra aspectos do interior
da casa da General Artigas.
Esta rua começa na Av.
Delfim Moreira e termina na Av. Visconde de Albuquerque. Originalmente se
chamava Rua Miguel Braga, um dos diretores da Companhia Industrial da Gávea,
que abriu várias ruas no Leblon. Já o General Artigas era militar e político,
uruguaio, participou do movimento de independência da Argentina.
Que maravilha! Estes interiores eram estupendos. Vê-se arte em cada objeto, cada móvel. Gosto muito também dos interiores dos hotéis antigos.
ResponderExcluirNasci e fui criado nesta rua, no último prédio, de número 570, esquina com a Visconde de Albuquerque. Prédio antigo e com apenas três andares, sem elevador. Hoje encontra-se no programa Apac. Jogávamos bola na rua o dia inteiro. Um Leblon bucólico e sem ainda levar fama de bairro chic ou de ricos, como hoje assim o rotulam. Era um bairro tido como normal e que não despertava todo esse sonho de consumo atual.
ResponderExcluirUm Leblon "para poucos", essa era e continua ser a realidade. O Leblon não era um bairro muito valorizado e as ruas eram de pouco movimento. Em 1965 minha mãe fazia aulas práticas de direção nas ruas do Leblon e o movimento era quase nenhum. Eu era criança mas lembro muito bem.
ResponderExcluirJose Gervacio Artigas e o herói da Independência uruguaia, mesmo nível do San Martin , Simón Bolivar, Sucre. Tinha muitas ideias interessantes para sua época. Foi expulso do Uruguai (banda oriental) em 1820 e morreu no Paraguai em 1850. Toda cidade uruguaia tem a estátua desse personagem na Praça principal.
ResponderExcluirLembro de um tio avô que comprou apartamento no Leblon dos anos 40 e sempre me falou, aquilo era o fim do mundo eu queria copacabana. Acertou sem querer.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirAlguns ainda acham o Leblon um dos extremos da cidade, assim como as embocaduras de alguns túneis...
Alguns moradores do Leblon (e outros bairros) acham que vivem em feudos, avessos a "forasteiros", faltando somente o fosso ao redor, porque muralhas alguns locais já têm...
Não adianta se esconder , muros, carros blindados e tudo mais, a realidade Carioca chega a todos. Nossa violência é nosso equilìbrio social, geral sofre com ela, até pessoal do LeBron.
ExcluirNão sei quanto aos outros comentaristas, mas hoje tive que tentar várias vezes antes de conseguir enviar o comentário.
ResponderExcluirFF: se o CADE autorizar, assinantes da Oi TV migrarão para SKY. Os assinantes de celular em breve também migrarão de operadora.
No Leblon ainda se acham alguns pequenos comércios, como a loja de eletricidade do Alfredinho, antigo ponta-esquerda do Flamengo e do Madureira nos idos dos anos 60. Proliferaram os restaurantes pela Dias Ferreira e muitas, muitas casas se transformaram em grandes edifícios. O estacionamento é dificílimo, exceto em shoppings. Muita gente. Não tem jeito.
ResponderExcluirCasa caprichada nos mínimos detalhes.
ResponderExcluirOlhando os anúncios imobiliários de jornais antigos, verifica-se que até o início da década de sessenta não se observa muita discrepância dos valores dos imóveis do Leblon com outros bairros da cidade, como o Méier como exemplo. A partir dos anos setenta o bairro teve um "boom", tornando-se o local com o m2 mais caro do Brasil. De alguns anos pra cá alguns bairros de São Paulo vem se aproximando e poderão tomar o lugar daqueles mais valorizados do Rio. Outro local que possui o m2 bem valorizado também é Niterói.
Ou seja, no final das contas, contudo, contudo, ainda há muita gente que quer o Rio, seja para morar ou para negócios.
Está meio difícil fazer o comentário pois o blog está muito lento. Ao ver estas fotos com muros baixos e pequenos portões se constata como a violência aumentou. Vivemos presos atrás das grades como prisioneiros. Cada vez mais gente armada e mais violência por todos os lados. Alcançamos um ponto de não retorno e só tende a piorar.
ResponderExcluirO Leblon passou a ser valorizado a partir da abertura dos grandes túneis, da Auto-estrada Lagoa-Barra, e da erradicação da favela da Praia do Pinto. A existência da Cruzada São Sebastião ainda é uma "pedra no sapato" dos moradores do bairro. O estado dos imóveis e das ruelas é apavorante e a quantidade de sujeira não fica atrás, sem contar a existência de bocas de fumo. O fato de se tratar de apartamentos de pessoas humildes não quer dizer que não possa ser bem conservado e asseado, mas a falta de educação contrasta com o resto do bairro.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. A frente da casa é deslumbrante, assim como o seu interior, é uma bela casa independentemente de ter sido construída no Leblon ou qualquer outro bairro. O bairro foi se tornando o mais procurado pelos milionários Cariocas, a medida que a insegurança e a desordem pública foram tomando conta dos bairros vizinhos, conforme aconteceu com Copacabana, Ipanema e deverá chegar também ao Leblon.
ResponderExcluirAcho que o Leblon se valorizou pela "copacabanização" de Ipanema. Poucas vezes visitei casas no Leblon, só a Cave aux Fromages e uma de amigos que moravam na Codajás. Conversando com o Marcos Gasparian , da Livraria Argumento (a única de rua do Leblon) ele critica os currais que ocupam lugar de vagas. Fim de semana a frequência já anda meio "meia boca". Grandes ambientes, empregados, moveis caros e de difícil manutenção, foi-se. Na minha rua a misteriosa Mozak ( A Gomes de Almeida Fernandes da pandemia) vai construir dois mini pombais. E esse Plano Diretor da cidade... As encostas virando favelas de luxo.
ResponderExcluir"GMA" e "gmmaa" são a mesma pessoa, mas não sei mudar o nome da URL, etc. filhos fora de casa eu me enrolo na informática. Já acho o máximo ditar para o word e a palavra sair escrita na tela
ResponderExcluirA "copacabanização" de Ipanema é fato consumado.
ResponderExcluirA do Leblon já começou.
Ai de ti, zona sul ....
Li agora há pouco no "O Globo" que a Tabajaras e Santa Marta começaram a também vender "crac", a droga da morte. Por isso tem aumentado os casos de furtos e outros delitos ao redor destas localidades.
ResponderExcluirAté pouco tempo atrás a venda de crack era "proibida" pelas facções criminosas do Rio justamente por seu efeito devastador no viciado, pois uma única "pedra" é caminho irreversível. E o efeito secundário muito mais devastador se dá justamente pela necessidade do viciado furtar "qualquer coisa" para alimentar seu vício. Nesses casos e em nações sérias e civilizadas os usuários são forçados a um tratamento compulsório e respondem criminalmente por seus atos criminosos. No Brasil a internação compulsória não é permitida e os crimes de furto e de receptação possuem penas ridículas, e somando-se a isso os criminosos são libertados no dia seguinte em inadequadas e patéticas "audiência de custódia". E citando uma fala do jornalista Flávio Rachel, "a cidade está sendo desmontada". Mas a reversão dessa situação requer medidas duras e necessárias que certamente encontrarão resistência dos "defensores de bandidos" que podem ser encontrados nas casas legislativas, no judiciário, na Defensoria Pública, nas universidades, na mídia, e principalmente nas redes sociais. Cabe à sociedade conservadora escolher que tipo de futuro pretende para seus filhos.
ResponderExcluirFaz mais um ano que me repatriei e estou muito satisfeito de morar neste oásis do Rio de Janeiro que é o baixo Leblon.
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