Nas fotos de hoje, da série garimpada pelo Nickolas, o nosso turista desembarca na Praça Mauá. Depois de passar pela alfândega embarca num táxi em direção a seu hotel.
O navio seria o SMS Caronia?
O turista, ao ver mais de perto o edifício de "A Noite", fica espantado, pois pensava que o Rio era uma selva, com cobras, macacos e afins pelas ruas.
Certamente, mesmo no curto trajeto desde a Praça Mauá, já percebeu o risco que é trafegar perto de um lotação. Fica admirado da coragem do condutor da lambreta.
PS: aguardamos do Nickolas a continuação da reportagem.
Na foto1, uma penca de Chevrolet 51 e 52, era mesmo o favorito.
ResponderExcluirNa 2, Chevrolet é quase tudo, com destaque para o 1953, saia e blusa. Em primeiro plano, um Mopar, mais discreto.
Na foto 4, um Hillmann Minx escuro e um Mopar azul enquadram uma Rural americana, um taxi Chevrolet 37 com vistosas bandas brancas e um Chevrolet 49 conversível 49, verde alface. O turista pode não entender, mas a velocidade dos veículos era próxima de zero. Ali era o maior engarrafamento da cidade.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirRepito: a série do Nickolas é estupenda, O trânsito carioca, entre outras coisas, nunca foi para amadores.
Na época em que estudei no São Bento, às 16:30 eu descia a ladeira (ou elevador), seguia pela Dom Gerardo, e atravessava a Praça Mauá para pegar o 220, o aspecto era o mesmo que aparece nas fotos. Havia camelôs que estendiam panos brancos na calçada e comercializavam moedas antigas mas sem qualquer tumulto, pois curiosamente não havia por lá outro tipo de comércio clandestino. Chamava a atenção os ônibus amarelos com faixa vermelha da Viação Mosa da linha Mauá - Fátima que "faziam ponto" no local, em uma realidade bem diferente da atual. Com referência à possibilidade do turista encontrar ao desembarcar "macacos, cobras, e afins" em 1959, isso seria algo completamente descabido naquela época e por razões amplamente conhecidas. Mas já em 2022....
ResponderExcluirEm tempo, hoje o biscoito se esbalda...
ResponderExcluirNa foto 2 o que me espanta é ônibus. A estrutura dos atuais é a mesma. O Rio involuiu em matéria de transporte público. Em Sampa tem mais ônibus com ar, motor traseiro pra conforto do motorista, ônibus do ano, etc.
ResponderExcluirNão sou especialista no assunto, mas só recentemente apareceram ônibus com ar na capital paulista. Talvez pela temperatura de lá ser bem mais amena do que a daqui. Com relação ao resto, a comparação é humilhante.
ExcluirNão esqueça de Câmbio Automático, coitado do motorista deve fazer mais de 3000 mudanças em 8 horas.
ExcluirSobre o ar, existe uma lei ou decreto, mas com o lobby das empresas de ônibus nunca foi implantado.
Biscoito pode confirmar , muitos desses ônibus GMC já eram automáticos, isso nos anos 50.
Desde 2015 mais ou menos a Prefeitura de São Paulo vem implantando cada vez mais ônibus com ar. Acredito que atualmente seu numero em funcionamento (pode ser que no Rio seja um pouco maiormas
ExcluirQuando meu avô trabalhava na Alfândega, o Porto do Rio era a "porta do Rio de Janeiro" e o movimento era grande mas começou a declinar em razão da expansão de vôos comerciais. A Praça Mauá era uma região "viva" em razão disso, pois a quantidade de residências, casas comerciais, e armazéns, era muito grande. As opções de transporte eram muitas e ônibus, bondes, e trens, davam à região portuária um movimento frenético. Em 1935 em razão da proximidade com a Alfândega, meu avô foi morar no Santo Cristo, pois morando em Campo Grande e com 7 filhos pequenos, a distância foi um fator determinante. O centro do Rio tinha uma vida intensa e é inacreditável como uma região com tamanha densidade populacional tenha se reduzido à condição de uma "cidade fantasma". Meu avô contava que não havia roubos ou furtos na região, apenas malandros e desordeiros portando navalhas perturbavam a tranquilidade.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. Nosso turista iria ficar extasiado se tivesse a oportunidade de fazer um Tour real pelo Centro da Cidade como o que imaginei ontem no meu comentário. Confrontando essas imagens do final dos anos 50 com os dias atuais, constatamos que havia mais movimento de pessoas e veículos do que nos dias de hoje. Podemos ver claramente o quanto o Rio de Janeiro perdeu de poder econômico neste meio século que se passou.
ResponderExcluirEramos Capital, ainda com indústria e comércio Forte. Agora só tráfico mesmo...kkkk
ExcluirCentro fervilhante e depois Copacabana em ebulição. Segundo li SMS significa Steamship, navio a vapor. Era mesmo? Ou já havia combustíveis fósseis? os cabaré funcionavam a todo vapor . Hoje, dá varanda do MAR vêm-se alguns escombros, mas ali perto a Pedra do Sal está bombando.
ResponderExcluirUm caminhão baú da saudosa Standard Elétrica, cuja fábrica era ali onde hoje é o Shopping Carioca, em Vicente de Carvalho.
ResponderExcluirAquele Chevrolet 41 conversível verde alface era bem bacana.
Chevrolet 49 e não 41
ExcluirSim, é o RMS Caronia, que devido ao seu casco verde, também era chamado de "Green Goddess" (Deusa verde).
ResponderExcluirNa quarta foto, margem direita, aparece a frente de um lotação. É o modelo apelidado de "Amigo da Onça", que disputava com o "Sinfonia Inacabada" o troféu de "O mais feio design jamais criado no mundo".
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