Um dos desenhistas de Disney, fotografado por Hart Preston, da LIFE, registra no papel um vendedor ambulante de plantas. Provavelmente o local é no Alto da Boa Vista, na Praça Afonso Vizeu, acesso ao Parque Nacional da Tijuca. Nunca tinha visto este tipo de vendedor.
Mais
uma do arquivo da LIFE, mostrando o vendedor de casquinha da década de 50 nas
praias cariocas: os pirulitos de açúcar queimado espetados no topo da lata de
metal que guardava as casquinhas, o "tlac tlac", que é um pequeno
dispositivo de madeira com peça de metal articulada para se movimentar de um
lado para o outro na mão do vendedor e anunciar a sua presença, a enorme lata,
às vezes multicolorida, às vezes toda verde. A tampa, invertida, era onde
ficavam os pacotinhos das casquinhas a serem vendidas. O papel que embrulhava o
pirulito habitualmente ficava tão colado que dava um trabalho danado retirá-lo.
Outra do Hart Preston, mostrando um vendedor de bananas. Provavelmente este estava à margem de alguma estrada da Zona Oeste. Na Zona Sul era mais comum encontrar aquelas carrocinhas nas esquinas vendendo frutas.
O amolador de facas, que resiste até hoje, anunciava a chegada tocando uma melodia ao girar a roda de seu instrumento de trabalho contra um ferro.
O
vendedor de vassouras era outra figura habitual. Sempre encontrava fregueses.
Havia na zona norte o vendedor de pirulitos que também vendia cartuchos de massa fina em maços de cinco unidades e anunciava sua passagem com um retângulo de madeira preso a um pedaço de metal que produzia um som característico: o "dingling", nome pelo qual o ambulante era conhecido. O vendedor de vassouras existe até hoje : no mês passado comprei uma vassoura de um "vassoureiro" que passava pela rua José do Patrocínio.
ResponderExcluirNesse tempo existia aqueles vendedores de bicicleta com grandes cestos que comercializavam pão francês, doce, sonho?
ResponderExcluirAcabo de escutar a buzina de calhambeque da carrocinha de doces, popular com os porteiros aqui no Leblon.
ExcluirBom dia Saudosistas. Vendedores ambulantes, muito comum nas décadas passadas, eram muito vistos pela cidade. Ficou faltando fotos do vendedor de peixe, o vendedor de alho, o vendedor de verduras, o consertador de panelas, o tripeiro. Atividades que estas pessoas exerciam e sustentavam suas famílias com dignidade.
ResponderExcluirSobre o tripeiro, lembro que vinha em um cavalo com uma cangalha onde levava todos os miúdos, não lembro de tê-los visto na zona sul.
ExcluirExiste ainda um tripeiro na José Vicente quase esquina do "Largo do Verdun".
ExcluirAqui no bairro passa o vendedor de vassouras, fabricadas na Aliança dos Cegos.
ResponderExcluirQuando eu morava na Tijuca, nas décadas de 1950 e 1960, passavam também o amolador de facas, o de pirulitos de açúcar queimado com sua matraca, o tripeiro, a carrocinha de Kibon. E o comprador/vendedor de roupas velhas, que com forte sotaque sírio/libanês se anunciava gritando "roupas velhas, roupas de homem".
E o baiano vestido de branco vendendo pé-de-muleque, quebra-queixo, cocada branca e preta.
ExcluirVassoureiro é frequente no Jardim Botânico. O "empalhador" de cadeiras é muito frequente na cidade, trabalhando na rua. Na Piedade tinha um sapateiro (em extinção) cujo bordão era : "O único que não tira o couro" (vou resgatar a foto que tirei). Em Itaipava vendiam queijo minas num samburá forrado de folha de bananeira. Tenho visto pouco camelô de cocada. Na feira, hoje tem na frei Leandro, o vendedor de pano de chão e de prato está tombado pelo patrimônio.
ResponderExcluirAgora nós temos os vendedores de ovos, camarão, verduras e frutas com seus barulhentos e insuportáveis carros de som.
ResponderExcluirE na praia os malcheirosos queijo coalho na brasa e as carrocinhas de milho. Tem também os importunos vendedores de amendoim que enfiam o a prova na sua cara.
ExcluirAntigamente na saída do Maracanã eu comprava o cone de amendoim quente que o ambulante levava na lata com carvão na parte debaixo, desse tipo nunca mais vi.
Também não lembro de vendedor de plantas, mas dos outros com certeza. E alguns circulando até hoje.
ResponderExcluirExistiam também "compradores" de sucata que ofereciam pintinhos para escambo.
Tinha também o paneleiro e o empalhador de cadeiras. Acho que tinha peixeiro, mas não estou certo disso.
ResponderExcluirE, como já escrevi aqui antes, tinha a "vaca leiteira", um caminhãozinho com um tipo de barrica com leite dentro. A buzina soava como um mugido de vaca. Os compradores levavam seus recipientes para serem enchidos. O Ronaldo Martins descreveu algo parecido com isso, no seu fantástico livro "O Portão da Casa Rosa", que descreve o dia-a-dia numa Irajá antiga.
ResponderExcluirCom referência ao livro "O Portão da Casa Rosa", lê-lo é uma comovente volta à vida cotidiana dos subúrbios de um Rio de Janeiro que não volta mais. Para quem insiste em dizer que a vida hoje em dia é melhor do que a de algumas décadas atrás, ou para os mais novos que não viveram aquela época, recomendo fortemente a leitura do livro, que o Ronaldo gentilmente enviou em pdf para o gerente divulgar aqui no SDR.
ResponderExcluirDe acordo.
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirEstive fora do ar desde sexta e não pude participar do Onde É. Acertaria a Elias da Silva. Sobre a postagem atual, nunca vi esse vendedor de plantas. Vassoureiro ainda passa pelas ruas. O vendedor de doces faz tempo que não vejo, assim como outros.
Atualmente os vendedores estão em sua maioria motorizados. Além do sacolão volante, temos as kombis que vendem ovos, pães, bolos, queijos, etc.
E a que compra "geladeira velha, ar condicionado velho, fogão velho, cobre, metais ...".
ExcluirVendedor de plantas descalço, para ver a miséria em que vivia, 70 anos e não aprendemos nada.
ResponderExcluirVendedor de vaussoura ainda tem no Flamengo, amolador faz tempo que não vejo.
"Ainda tem amolador no Flamengo?" Não os vê há muito tempo por lá? Como pode vê-lo morando no Canadá? Das duas uma: ou você tem pernas compridas que te fazem ir e vir de lá como o Forrest Gump ou "comprido é o seu nariz".
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