O Metro-Passeio, inaugurado em 1936, chegou a ter 1821 lugares. Ficava ao lado da loja da Mesbla (em determinada época a Mesbla propôs arrendar o Metro para exibir sessões gratuitas para os clientes da grande loja).
Foi o segundo cinema do Rio a ter ar refrigerado (o
primeiro foi o pequenino Varieté, que funcionou na Av. Atlântica nº 1080, de
1935 a 1942).
É um exemplo de "art-déco": o uso da
verticalidade bem acentuada com suas linhas em direção ao infinito sugere um
arranha-céu típico da cidade de Nova York. Sem falar nos letreiros vertical e
de marquise que ditariam essa forma de comunicação por todos os cinemas que
viessem a ser construídos.
O Metro-Passeio funcionou até 14/10/1964 e foi
substituído pelo Metro- Boavista que começou a funcionar em 21/01/1969 e foi fechado
no final do século passado.
Vemos a sala de projeção do Metro-Passeio. O saudoso General Miranda assim se referiu a este cinema:
"Um dos eventos mais sensacionaes do anno de 1936, foi sem duvida alguma a
inauguração do Cine Metro. O Rio ganhou um de seus mais bellos e confortaveis
cinemas. Deante de todos os factores que se apresentaram nesso novo cinema, não
mais tornou-se crível a permissão das casas antigas com as mesmas pretensões. Foi
o ponto de partida para uma remodelação, um melhoramento em regra. A cinematographia
no Brasil ficou dividida em duas epocas: antes e depois do Metro."
A belíssima sala de espera do Metro-Passeio.
O programa do Metro-Passeio com um filme de Tarzan. Certamente nosso amigo Candeias estaria na plateia. Se fosse um domingo pela manhã certamente estaria na plateia o prezado obiscoitomolhado assistindo ao Festival Tom & Jerry, que a dupla Hanna-Barbera produziu, com música de Scott Bradley e a assinatura final da produção de Fred Quimby.
“Ela era irresistível”, filme de 1960, com direção de
Terence Young e estrelado pela exuberante e esfuziante Jayne Mansfield. O tema
é sobre um repórter francês que trabalha em uma história fumegante sobre as
articulações secretas localizadas no distrito de Soho, em Londres, envolve-se
nas vidas do dono e estrela de um famoso clube.
James Cagney e Barbara Stanwick estrelam "Passado Perdido", de 1956. O Land-Rover série I passa impávido pelo Volvo PV444, um carro muito bem apreciado no Brasil e nos Estados Unidos. Mais atrás, um Mercury 1952, informa obiscoitomolhado.
Conheço o Candeias; embora ele seja praticamente antediluviano,
ResponderExcluirele não estava na plateia do filme do Tarzan, que foi lançado em 1941. No Metro Passeio não passava reprise, no máximo em dois meses do lançamento o filme estava aqui.
Quanto às sessões do Tom e Jerry, eu estava lá sim e sempre aplaudindo o Scott Bradley (vale ver
youtube.com/watch?v=seka_O0Uwl ). Vi no Metro Boavista A Filha de Ryan e não lembro de algum filme que eu tenha visto no Metro Passeio - humm, talvez 20000 Léguas Submarinas, ou A Dama e o Vagabundo. Se é que passaram lá, não tenho certeza.
Imagino essa galera no cinema fumando, devia ser insuportável.
ResponderExcluirO Metro-Passeio foi substituído pelo edifício da antiga Atlântica-Boavista, mas mantendo no térreo o também sensacional Metro-Boavista.
ResponderExcluirPoucas vezes fui ao Metro Passeio mas lembro bem. Todas as fachadas e outdoors dos cinemas Metro são idênticos. Existe um Delegado da Polícia Civil aposentado que construiu um réplica de um Cinema Metro no interior do Estado e que possui itens originais como poltronas, cortinas, e outros objetos originais "peneirados" em demolições. A construção foi batizada de "Centímetro". Ele foi (sic) quando adolescente funcionário do Cine Santo Afonso e seu gosto por cinema vem dessa época.
ResponderExcluirNão lembro de ter assistido filme no Metro Passeio, mas no Boavista vi o primeiro do Indiana Jones.
ResponderExcluirEmbora eu fosse rato de cinema nas décadas de 1960 e 70, minha jurisdição eram Tijuca e Copacabana. Poucas vezes fui à Cinelândia. Lembro de ter ido ao Vitória, Odeon, Palácio e Cineac Trianon, assim como ao Cine Hora. Também fui a Metro, não sei se Passeio ou Boavista. Quanto aos demais, não me lembro se fui ou não.
ResponderExcluirAcho que o último filme que assisti na Cinelândia foi "Jurassic Park", logo na primeira sessão do primeiro dia. Matei o serviço nesse horário para assistir ao filme.
ResponderExcluirLembro de Copa com vários cinemas, agora até o Roxy fechou.
ResponderExcluirA única vez que vi um filme na Cinelândia, foi no Odeon.
ResponderExcluirPelé Eterno!
Acho que foi até o lançamento do filme no ano de 2004.
Esse comentário é meu! Saiu sem meu nome!
ExcluirA primeira e a sexta foto mostram a Rua do Passeio sem trilhos, pois nos anos 40 eles foram retirados.
ResponderExcluirJá que a postagem é sobre cinemas, não é escusado mencionar aos comentaristas cinéfilos que o Mercury da foto nº 7 é o irmão um ano mais novo daquele que se destaca, conquanto bastante maquilado, mais do que o protagonista, no filme ˝Stallone Cobra˝ (1986).
ResponderExcluirPelo pouco que li na mídia do Brasil, a seleção brasileira deve ter vencido hoje um dos favoritos à conquista da Copa e não um "cachorro quase morto". E o craque midiático deve ter feito dois golaços, considerando-se o destaque ao feito.
ResponderExcluirEm tempo: que os coreanos não considerem mal essa história de "cachorro quase morto". Nem no sentido esportivo e muito menos culinário.
Por falar em Coreia e cachorro, eu tinha um colega de serviço, coreano, de nome Jae Woo. Um dia alguém comentou com ele como é que eles tinham coragem de comer carne de cachorro. Ao que ele respondeu:
Excluir- Ué, vocês não comem de vaca?
A seleção brasileira de futebol acabou (para mim) em 2002 após o título mundial conquistado na Copa do mundo daquele ano. Foi o último em que o futebol era tratado como esporte e não como "balcão de negócios" pela CBF, por empresários, e por emissoras de TV. O esquema era fácil de ser percebido: empresários do setor donos de passes de alguns jogadores medianos e que jogavam no exterior tinham tais passes supervalorizados por convocações duvidosas e inadequadas, e suas atuações medíocres eram "elogiadas" pela equipe esportiva da Globo. Para completar um técnico incompetente para "dirigir o circo". Tinha inicio a "Era Dunga". Em prosseguimento a tudo isso temos a "Era Tite", um técnico incompetente contratado contratado a peso de ouro e sua contratação foi influenciada por suas ligações politico-partidárias.
ResponderExcluirRoberto Marinho só se interessou em colocar futebol em sua emissora quando teve chance de ganhar muito dinheiro. Se não me falha a memória a partir da Copa de 1970.
ResponderExcluirVanderlei Luxemburgo também foi suspeito de convocar jogadores por motivos comerciais.
O Tite é parte de um esquema que inclui até a aprovação do Neymar para novos convocados. Vinicius Jr., pelo desempenho acima da média e por jogar no melhor clube da Europa, pode ser uma exceção, porém será convencido a participar da "panela". Se não, sofrerá muita cobrança ao vivo do Galvão.
O esporte do Roberto Marinho era o hipismo, mas nem com o apoio da Rede Globo a popularidade dos saltos à cavalo aumentou.
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