O “Saudades do Rio”, hoje, gostaria de homenagear o A.J. Caldas e a Christiane Wittel.
As primeiras colorizações
de fotos do Rio Antigo, pelo que sei, foram feitas pelo prezado Conde di Lido,
na época dos fotologs do Terra. Depois apareceram grandes mestres nesta arte
como o Nickolas Nogueira, cuja primeira foto colorizada foi publicada no “Saudades
do Rio”.
A seguir, Reinaldo Elias,
Marcelo Fradim e outros, se dedicaram a isto.
As fotos de hoje foram
publicadas originalmente pelo Caldas e colorizadas pela Christiane. Vamos apreciá-las e aplaudí-las.
Os Arcos da Carioca,
assim chamados por conduzirem as águas do Rio Carioca do Morro de Santa Teresa
até o de Santo Antônio, de onde chegavam ao Chafariz da Carioca. Os Arcos da
Carioca foram a maior obra da engenharia colonial do Rio de Janeiro, inaugurada
em 1750, durante a administração de Gomes Freire de Andrada, o Conde de
Bobadella, que governou a cidade de 1733 a 1762. A obra ligou o antigo Morro do
Desterro, depois de Santa Teresa, ao de Santo Antônio, arrasado em 1954. A
partir de 1896, os Arcos foram utilizados para o tráfego de bondes elétricos da
Companhia Ferro-Carril Carioca, que levavam os passageiros a Santa Teresa,
partindo da estação inicial, no Largo da Carioca.
O “Quadrado da Urca” foi
criado junto com os primeiros aterros da Urca, na época da Expo de 1908, mas em
1922 foi assinado um contrato da Empresa Urca com a PDF que previa, entre
outras cláusulas, a construção de uma piscina de competições, com
arquibancadas, escadas de acesso e um pavilhão com toda a infraestrutura,
devendo ficar pronta antes das comemorações do Centenário da Independência.
Sediou um Campeonato Sul-Americano de Natação.
Corrijo, a partir do comentário de obiscoitomolhado: trata-se já do Iate Clube, Fiquei em dúvida se era um pedaço do Quadrado da Urca. Não é.
A igreja da Penha
A primeira ermida foi
levantada neste local em 1635. Passou por diversas remodelações, entre as quais
a de 1728, com a construção da escadaria de acesso, que foi duplicada em sua
largura em 1913. A capela foi demolida em 1871 para a construção de uma igreja
maior.
Projetado por Bertha
Leitchic, da equipe de Pena Chaves, da Secretaria de Viação e Obras do Distrito
Federal, o Viaduto da Canoa, na Estrada da Canoa (que liga a orla de São
Conrado ao Alto da Boavista, através da Gávea Pequena), dispunha de um mirante,
com vista belíssima, ao lado do falido projeto do Gavea Tourist Hotel.
Inaugurada em 1858, a
linha Estrada de Ferro Central do Brasil tinha estação final a “Estação do
Campo”. Teve seu nome alterado para Estação da Corte e após Estação Dom Pedro
II. A antiga construção foi reformada no início do século XX e todos achavam
que pararia por ali, nada seria mudado. Entretanto para haver a expansão do
sistema ferroviário, bem como a passagem da Avenida Presidente Vargas. A antiga
estação ficou de pé até o término da construção do novo prédio. Ela já não
conseguia atender as exigências do desenvolvimento da cidade, ainda mais quando
o transporte ferroviário estava no auge. Quando foi inaugurado no governo de
Getúlio Vargas, o novo prédio em estilo art-déco era o mais alto da América do
Sul, com 135 metros de altura e a maior construção de concreto armado do mundo
e passou a abrigar um relógio maior que o famoso Big Bem, da Elizabeth Tower,
em Londres.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirAntigamente a pessoa tinha que possuir habilidades com os pincéis ou lápis. Hoje a habilidade tem que ser com mouse, caneta digitalizadora ou software. Confesso não ter com nenhum desses itens.
Cheguei a ver vários originais em P&B das fotos colorizadas e a qualidade do "serviço" realmente impressiona.
Em tempo, não seria "Estrada das Canoas"? Ou eu sempre chamei errado?
Bom dia.
ResponderExcluirUma beleza as fotografias colorizadas, não consigo sequer imaginar a quantidade de trabalho envolvido.
Parabéns aos artistas.
Augusto, acho que o nome correto é Estrada da Canoa mas o uso popular consagrou como Estrada das Canoas. Acho que o mesmo acontece com a Rua Tonelero que todos chamam de Toneleros.
ResponderExcluirConfirmei em três guias de ruas de épocas diferentes e é "Canoa" mesmo... Sempre aprendendo.
ExcluirA primeira foto mostra os Arcos após a reforma ocorrida em 1965. A colorização deixa um pouco a desejar, já entre outros pontos imprecisos o Fusca azul chama a atenção. A última foto mostra um "público passante" bem vestido, educado, e organizado, onde chama a atenção a quantidade de militares das Forças Armadas aguardando transporte público. Bem diferente é a realidade atual onde nesse mesmo cenário uma "mulambada" composta de "operários da informalidade", desocupados, crackudos, "faz a diferença".
ResponderExcluirSim, e a Policia como sempre nada faz.
ExcluirFaço minhas as palavras do Augusto. Independentemente da colorização, as fotos em si são muito bonitas.
ResponderExcluirFoto 1 - 1954 Oldsmobile 98, o grandão. Atrás, um Packard do final dos anos 30. Ao fundo e à direita, um Plymouth 55, igual ao do Ernani Galveas, só que 4 portas. Um Aero-Willys 2600, escondidinho, informa que estamos na década de 60. Não sei se o ângulo da foto pegaria o arco duplo, me parece que sim e que já estava recomposto.
ResponderExcluirSobre a estação dos bondes de Santa Teresa, recomendo assistir https://www.youtube.com/watch?v=-4ep3S4fWzw&t=825s pois mostra a estação atrás do chafariz, toda de metal, um achado!
Foto 3 - a menos que eu me engane além da conta, o que é pouco provável, não é o quadrado da Urca e sim o Iate Clube. A passagem de barcos que existe até hoje pode ser vista balizada por dois postes e, logo após, a rampa de hidroaviões. E o quadrado tem uma ponte desde os primórdios.
No viaduto vemos um Hudson. Na foto da Santa Casa, vemos uma fileira de táxis Chevrolet, um Mercury conversível e um inconfundível Ford Prefect, entre duas árvores. Talvez seja o do Jason Vogel.
Tem razão. Fiquei em dúvida se já era um pedaço do Quadrado ou o próprio Iate.
ExcluirICRJ os Farois Verde e encarnado (vermelho) estão la até hoje, foram fabricados na França. O angar no fundo é o três, nessa época eram de aviões e hidroaviões, até os anos 40 existia uma pista atras dele.
ExcluirAgradeço a homenagem e os ensinamentos, como sempre muito oportunos. Muito obrigado a todos.
ResponderExcluirA "Estrada das Canoas" era uma rota quase obrigatória para quem quisesse curtir as delícias de São Conrado antes da abertura dos túneis Dois Irmãos e do Joá. Mesmo nos anos 70 e 80 era uma via bem procurada pelos moradores da zona norte. O visual é lindíssimo durante o dia e à noite era propícia para "dar uns amassos". Mas atualmente é uma rota de extremo risco em razão de ser bastante estreita, isolada, e sem qualquer opção de saída. Imaginem um "arrastão" na via: o que fazer?
ResponderExcluirTenho um grande amigo que mora na Estrada da Canoa (eu não moraria). São raríssimos os assaltos por lá. Ele passa diariamente por ela nos mais variados horários, há anos, e nunca teve problema. Mas que dá medo, dá. É muito deserta.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. As fotos são um espetáculo, suas colorizações são estupendas. Para mim as que mais gostei levando em consideração a foto e a colorização foram as do prédio do Min. da Agricultura, da R. Santa Luzia e da enseada de Botafogo.
ResponderExcluirParabéns aos mestres A.J. Caldas e a Christiane Wittel, pela excelentes obras.
Eu costumava ir frequentemente ao "Cassino Royale" nos finalzinho dos anos 70 (1980) e no início dos anos 80. Como eu morava no Largo da Segunda-feira o caminho obrigatório era pelo Alto da Boa Vista e "Estrada das Canoas" e esse era o caminho preferido do pessoal da zona norte. Muitas pessoas tinham a crença de que no Cassino Royale funcionava um prostíbulo, o que não era verdade. Às Quintas-feiras acontecia uma festa cuja maioria dos frequentadores era composta de profissionais liberais, empresários, e funcionários públicos, e que as mais línguas apelidaram de "baile do cabide". Eu frequentava o Cassino Royale sempre aos Sábados à noite. Muitas moças interessantes e "de boa família" frequentavam aquela Discoteca, e eu diria que eram "a fina flor do subúrbio carioca". O problema é que a maioria morava longe e algumas vezes fui parar em locais inusitados para mim como Cordovil, Quintino, e Estrada do Itararé, mas valeu a pena. Hoje em dia "nem pensar"...
ResponderExcluirBelíssimo trabalho! Parabéns! já imaginei Lagoa colorida com índiso e tucanos . Ontem fui ao Corcovado , muito civilizado, com elevador e escada rolante, e + de 60 paga só 30 reais. Estrada da Canoa um must carioca. Casa do Niemeyer lá. Transporte marítimo por Botafogo ótima opção .
ResponderExcluirMuito obrigada, Dr. Luiz. Grata à todos!
ResponderExcluirImpressionante a qualidade do trabalho de colorização. Estão de parabéns!
ResponderExcluirParabéns a todos os colorizadores de fotos antigas do Rio.
ResponderExcluirAs de hoje estão muito bonitas.
Se tivesse que escolher só uma seria a do antigo Ministério da Agricultura.
O casal dobrando a esquina na foto da Penha estava muito elegante e pretendiam chegar a tempo para a sessão vespertinal do Cine São Pedro.
ResponderExcluirNo centro da belíssima foto da Praia de Botafogo,ao lado das palmeiras, estaria a mansão Guinle, futura Embaixada da Argentina? Atrás da canoa (chalupa) existiria uma murada?
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