Hoje temos cinco fotografias enviadas pelo Professor Luiz Cesar Saraiva Feijó. Vemos a casa do avô materno dele, Alvaro Antonio Saraiva, em Jacarepaguá. Ficava na Avenida Geremário Dantas nº 580.
Vemos, na porta da casa,
o "tio Alvinho" (Álvaro Dias Saraiva ), já falecido. Era um dos oito filhos de
Alvaro Antonio Saraiva, sendo Neide, a mãe do Professor Feijó, em 2009 tinha 98 anos, estando na ocasião com boa saúde e lúcida.
Nesta foto aparecem as primeiras obras de alargamento da Avenida Geremário Dantas, na década de 40, e a frente da casa. A arquitetura da casa é típica do interior da França, também o jardim seguindo o padrão.
Já contou o Candeias que nos anos 50 passava em um sítio em Jacarepaguá. Era uma odisséia para se chegar lá. Ônibus até a Central, trem até Madureira e ônibus para Jacarepaguá. O lugar era lindo. Terreno grande na frente da casa, quadra de basquete, jardim e, nos fundos, um baita quintal com árvores frutíferas. De quebra, um riacho de águas límpidas passando no fundo. Nos anos 80, a região toda virou um enorme condomínio.
Mais um aspecto da residência. As grandes propriedades da Geremário Dantas começaram a ser demolidas nos anos 80, mas nos anos 90, com o aumento da movimentação na via e a insistência das construtoras, quase todas foram ao chão.
Vemos o Professor Feijó com sua turma do 4º ano ginasial do Colégio Brasileiro de São Cristóvão, no ano de 1962. Ele pede que os alunos que estiverem na foto entrem em contato com ele.
Frequentei Jacarepaguá em diversos períodos de minha vida. Minha mãe lecionou na Escola Professor Augusto Cony na região do "Tanque", e muitas vezes e apesar de meus quatro anos, ela me levava junto. Lembro que eu ficava aos cuidados de uma funcionária da escola que muitas vezes ia comigo até a entrada da escola para "ver o movimento da rua". A Cândido Benício e a Geremário Dantas são ruas bem largas mas que tinham um movimento bem pequeno. A "Porta D'água" ou "Largo da Freguesia" que fica no final da Geremário Dantas era uma simples pracinha na havia o "rodo" da linha Freguesia. Muitas vezes meu pai nos levava em seu "Gordini" pela Grajaú-Jacarepaguá e a viagem era bem interessante. O Largo da Freguesia, que é um grande "entroncamento" que dá acesso à Rua Tirol, à Estrada de Jacarepaguá, e à Estrada do Gabinal, foi arrasado no decorrer dos anos e uma grande área de mata e parte de um "casario" foram arrasados em nome da "boa circulação viária".
ResponderExcluirBom Dia! Ainda lembro que Jacarepaguá tinha muito produtor de hortaliças e verduras e que traziam seus produtos em carroças para eles mesmos venderem nas feiras-livres dos bairros próximos.
ResponderExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirSe a numeração não mudou, fica no Pechincha perto do shopping. É o trecho da avenida por onde menos passei. Estou mais acostumado com o trecho depois da Estrada do Tindiba e o trecho inicial, no Tanque, perto dos bombeiros e da antiga agência da Cedae.
Testemunhei a mudança de gabarito na Estrada dos Três Rios há pouco mais de quinze anos e acredito que o mesmo ocorreu na Geremário Dantas anos antes.
Em tempo, vou retificar o meu comentário. Olhando com mais atenção no mapa, a numeração 580 já fica mais perto do largo do Pechincha do que eu pensava. Esse trecho atualmente é mão única no sentido Tanque, então cansei de passar desde 1990 mas nunca prestei atenção nas vizinhanças.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirNo início dos anos 60 fui algumas vezes ao sítio de um tio avô em Jacarepaguá.
O pouco que me lembro de criança remete a uma "longa viagem" para ir/voltar, amplos espaços, grande quantidade de animais domésticos, por aí.
Nos anos 80, em função do trabalho, fui regularmente à Geremário Dantas e adjacências.
Já na época trânsito ruim, muitos condomínios e violência começando a aumentar bastante.
Enfim, o Rio se transformando no Rio de agora.
Até o final dos anos 50 mesmo na zona sul havia casas assim com terreno grande e quintal. Frequentei duas em especial, uma na Sá Ferreira com um pomar lindo onde se destacava uma mangueira imensa. E outra em Botafogo com inúmeras árvores no terreno dos fundos.
ResponderExcluirO progresso acabou com tudo isso e no lugar de ambas há edifícios altos. Onde moravam dez pessoas agora moram mais de cem.
Nas imediações está a Rua Lopo Saraiva. Não duvido ser referente a alguém da família do professor.
ResponderExcluirEra meu tio-avô, irmão de meu avô, Álvaro Antônio Saraiva.
ExcluirEra meu tio-avô.
ExcluirChama a atenção no foto da turma a quantidade de moças, quase o dobro da dos rapazes.
ResponderExcluirO temporal que desabou na cidade em 10 de Janeiro de 1966 trouxe algumas consequências para a região, e entre elas a suspensão definitiva das linhas de bonde de Jacarepaguá e a ocupação prematura da então inacabada Cidade de Deus. A Estrada do Gabinal se tornou o acesso natural ao Largo da Freguesia e as consequências disso foram determinantes para que Jacarepaguá se tornasse um local bastante problemático. Mas nos 70 ainda havia uma certa tranquilidade em Jacarepaguá. Em 1974 eu e alguns amigos tomávamos o 241 na 28 de Setembro nós Sábados à noite para ir aos bailes que aconteciam no Clube Olímpico que fica na Estrada dos Três Rios quase esquina de Geremário Dantas. Os bailes terminavam às 03:30 mas o ônibus só saía da CDD às 04:00, e em razão disso andávamos pela Estrada dos Rios completamente deserta e sentavamos na calçada na esquina da Estrada do Bananal para aguardar o ônibus para em seguida subir a serra para voltar para a Tijuca. Nunca aconteceu qualquer problema referente à segurança pública apesar do 241 circular em meio a várias favelas. Hoje em dia a Geremário Dantas é um "inferno a céu aberto" onde o acesso à Linha Amarela faz com que milhares de veículos circulem pela Freguesia, Pechincha, e Taquara, e tornem o trânsito da região o pior do Rio de Janeiro.
ResponderExcluirJacarepaguá só foi ficar mais "integrada" à malha urbana da cidade depois da Linha Amarela e da reurbanização da Estrada dos Bandeirantes. Mas ainda há alguns recantos bem isolados, bem calmos, que nem parece que se está no Rio, como o entorno do parque da Pedra Branca. Uma pena o poder público ter abandonado a Estrada dos Teixeiras, que liga o Jardim Novo (Realengo) à Boiúna, que foi tomada e "estreitada" por imóveis irregulares. Uma ideia antiga era um túnel na Serra do Barata. Seriam opções viárias interessantes para a ligação de bairros superpopulosos com Jacarepaguá e, como extensão, a Barra. Mas, parece que com o advento do corredor Transolímpica essas opções foram "engavetadas"...
ResponderExcluirMais para os lados da Freguesia, justamente onde hoje está o acesso para a Linha Amarela, havia o Cine Cisne. Acho que o único cinema de rua da região (pelo menos que eu tenha visto). Com o shopping foram inauguradas mais salas de cinema.
ExcluirLuiz, nunca comento por aqui mas hoje, mesmo com as limitações dos mais de 80 anos, quero escrever que a foto me fez lembrar da minha querida avó Maria. Morava em Anchieta, num pequeno sítio, onde cultivava um bonito jardim na frente da casa. E nos fundos, um pomar com muitas árvores. Nossas visitas ao sítio eram freqüentes. Uma a duas vezes por mês, aos domingos, meus avós reuniam a família em sua casa. Era um dia de alvoroço para mim e para meus irmãos. Mal dormíamos à noite, esperando que o céu clareasse e a manhã aparecesse depressa.
ResponderExcluirNum átimo estávamos prontos para partir e lá íamos nós, com a “roupa da missa”, caminhando até o ponto do bonde que nos levaria à Central. A viagem de trem até Anchieta, naquelas inesquecíveis manhãs de domingo, era um acontecimento na vida das crianças que éramos nós.
Chegando a Anchieta, uma caminhada de 15 a 20 minutos pela estrada que levava ao pequeno sítio de meu avô, que na época chamávamos de “casa da vovó”. Eu não saberia localizar onde exatamente ficava o síto. Logo trocávamos a “roupa de missa” por uma “roupa de briga” e já corríamos para o pomar, em busca das frutas maduras que nos esperavam. Primeiro eram as laranjas, depois partíamos para o pé de jamelão. No almoço a saborosa e infalível macarronada “à italiana” e o delicioso guisado de galinha. Também não resistíamos ao pão italiano preparado no forno de barro, no fundo do quintal. No final da tarde, depois do café com bolos de aipim e fubá, era hora do banho com água do poço que nós mesmos tínhamos ajudado a retirar, manejando a bomba.
Estávamos prontos para voltar. Exaustos, caíamos no sono, sonhando com laranjas douradas, jamelões gigantes, romãs, goiabas, mangas e amoras.
Pena, domingo igual só daqui a algum tempo.
Bom dia Saudosistas. Infelizmente não conheço nada de Jacarepaguá, posso contar nos dedos as vezes que por lá passei.
ResponderExcluirA última vez que fui a Jacarepaguá foi numa festa no Colégio Cruzeiro de Jacarepaguá, logo após a sua inauguração, quando a turma do meu filho foi convidada a participar e divulgar a viagem de intercambio que fariam para a Alemanha.
FF. Olhando a postagem de sábado, não reconheci o Fernando e fiquei em duvida sobre o Henrique, os demais acertaria com certeza.
Belíssimo depoimento.
ResponderExcluirOutros tempos, outra cidade, outro ritmo de vida.
Saudades.
E aí, depois de ler o que foi escrito pelos comentaristas, o que me dizem aqueles que acham a vida atual melhor do que a de antigamente? Perguntem aos que escreveram acima qual das vidas eles preferem (independente das limitações da idade). E se pudessem beber da Fonte da Juventude, se preferiam ser crianças agora ou naquela época. Se preferem iPhone 55 e TV de 400 polegadas com 2 terabytes pixels ou se preferem andar descalços no chão de terra, catar frutas em pomar ou almoçar ao ar livre no quintal com toda a família. Aguardo a opinião dos modernistas, que tenho certeza não virá.
ResponderExcluirSer avesso à modernidade é compreensível em razão do apêgo ao passado de alguns comentaristas saudosistas que insistem em não evoluir e preferr acesso a meios de lazer menos rudimentares.
ExcluirNão, não é uma questão de ser avesso à modernidade e o que de bom ela traz à nossas vidas.
ExcluirA questão é reconhecer que sob muitos outros aspectos a qualidade de vida (estou falando particularmente do Rio) caiu muito, nos deixando uma cidade hostil, decadente e sem perspectivas de melhora.
Ter vivido a infância, adolescência e juventude nos anos 60 e 70 não é só saudosismo, é ter sido testemunha das melhores coisas acontecidas no século passado e até nos dias de hoje em vários setores, ter a liberdade de ir e vir sem medo da violência, de conhecer o teu vizinho da casa ao lado, da mesma rua, do teu quarteirão, do teu bairro e mesmo de bairros vizinhos e mesmo dos pais deles e os respeitar como se fossem os nossos. Ter visto surgir na música os maiores conjuntos até hoje cultuados, ter visto modas que se tornaram para toda a vida, como a calça jeans, os primeiros equipamentos de som de qualidade, o desenvolvimento da televisão, enfim as mudanças que tornaram o mundo mais feliz. Já quanto as novas tecnologias de hoje que trouxeram mais facilidades no dia à dia, serão obsoletas na sua grande maioria em menos de uma década.
ExcluirTambém lamento não ter conhecido Jacarepaguá na minha infância, década de 60, início dos anos 70, mas passei domingos em locais que fazem lembrar a chácara mostrada hoje, inclusive em Sepetiba e Campo Grande, para ficar na Zona Oeste.
ResponderExcluirNa Geremário Dantas e à direita na altura do "Tanque" fica a Estrada do Covanca, acesso ao Morro do Covanca que era uma região agrícola bastante interessante, mas atualmente é reduto de criminosos. Até o início deste Século funcionava a Sede Campestre da Associação dos funcionários do BANERJ, palco de grandes bailes, muitos dos quais estive presente. Mais adiante na Geremário Dantas no "Pechincha", estão a Deam Jacarepaguá e a 41 D.P, já em área de subida. Toda a região entre o "Tanque e a Praça Seca era conhecida como "Mato Alto" por razões óbvias e pela grande quantidade de hortas que havia. Algumas vezes minha mãe ao sair da Escola Augusto Cony comprava lá maços de bertalha e espinafre. Parte da antiga região de "Portugal Pequeno e que era grande produtora de hortaliças desapareceu para dar lugar à CDD, mas ainda há resquícios da região desaparecida entre o Retiro dos Artistas e a Edgar Werneck.
ResponderExcluirPrezado Anônimo, 13:03h ==> para não ficarmos nessa discussão eterna, sugiro pedirmos a opinião técnica de quem está mais capacitado a opinar sobre o assunto. Aqui no SDR sei que há vários médicos e possivelmente também psicólogos, psicoterapeutas e psiquiatras. Vou colocar dois modi vivendi abaixo e gostaria imensamente que esses profissionais dessem sua opinião sobre qual deles é mais saudável.
ResponderExcluirPRIMEIRO MODUS VIVENDI ==> as crianças brincam nas ruas ou nos quintais, moram em casas, andam de bicicleta nas ruas, brincam de amarelinha, cabra-cega, chicotinho queimado, jogam bola de gude e pelada, andam em carrinhos de rolimã, soltam pipa, pulam carniça. As mães botam cadeira na porta de casa e conversam, enquanto observam as crianças brincarem. Os vizinhos se conhecem, conversam entre si, ajudam-se mutuamente. Poucos possuem carros, mas não dão maior importância a isso. Estão todos satisfeitos com sua TV preto e branco. Uma só, para a família toda. Isso quando têm TV. A família toda se reúne para ver os programas de TV favoritos.
SEGUNDO MODUS VIVENDI ==> as crianças passam o dia na frente da TV ou diante do celular, digitam o tempo todo no Facebook, Whatsapp ou Instagram, jogam videogames nos quais matam de modo sangrento 10 adversários por segundo. A família vive trancada num apartamento de 40 metros quadrados, num edifício cercado de grades altas e arame farpado, com câmeras de vigilância por todo lado. Dependendo do bairro, convivem diariamente com tiroteios. Todos têm medo de sair à rua e serem assaltados. Ninguém tem coragem de colocar uma cadeira na porta do edifício e ficar conversando com os vizinhos. Vários já foram assaltados e eventualmente conhecem amigos ou parentes que foram mortos em assalto. Ninguém sabe nem quer saber e tem raiva de quem sabe quem mora no apartamento ao lado. Todos possuem 5 TV's em casa, HD de 400 polegadas. Normalmente, as cinco estão ligadas no mesmo programa, porque cada morador tem a sua própria TV. Ninguém vê os programas em família. É cada um por si e Deus por ninguém. Quase todos têm carro, mas vários já os tiveram levados por assaltantes.
Isto posto, qual desses dois modi vivendi os profissionais acima citados consideram mais saudável? Espero que alguns deles opinem.
Boa tarde. Cheguei a frequentar a ABANERJ algumas vezes quando criança (década de 80). Ao adentramos a estrada da Covanca, parecia que estávamos deixando o Rio urbano e passávamos a uma autêntica área rural; havia lá muitos sítios/chácaras, plantações de verduras, etc. Pena que a realidade do local mudou tanto. Tristeza.
ResponderExcluirAndré, tb frequentei muito por essa época. Meu falecido pai era funcionário do Banerj.
ExcluirJoel, a Associação ainda existe. Mas com os antigos funcionários falecendo vai acabar sendo vendida.
É um espaço maravilhoso que pena que existe uma favela no local.
A Freguesia, a Taquara, o "Pechincha", a Gardênia Azul, o "Anil", e quase todos os sub-bairros de Jacarepaguá, são controlados por milícias. Apenas a região da CDD é dominada pelo tráfico de drogas. Esse "fenômeno" teve início de forma "despretensiosa" no final dos anos 70 e se alastrou desde então. A construção da Linha Amarela e da Transolimpica tornou acessíveis locais até então longínquos, e isso fez com que tais regiões se valorizassem e atraíssem grupos criminosos em busca de lucro fácil.
ResponderExcluirHelio, sob os aspectos citados na primeira opção não há dúvida de que antigamente era muito melhor.
ResponderExcluirPor outro lado já estaria morto se não fossem os avanços tecnológicos na Medicina, por exemplo. Nem teria expandido meus horizontes.
O problema é o de sempre: muita gente, a droga, o mau uso de modernidades, a perda de valores, a impunidade, a desigualdade, o consumismo e por aí vai.
Sem dúvida, em certos ramos a tecnologia trouxe melhoras; em outros, só piorou as coisas. Eu sempre digo que tecnologia não é arauto de felicidade. E prolongamento de vida, idem. Não vejo vantagem em alguém ter vida longa sofrendo de Parkinson ou Alzheimer ou passando por vários tratamentos de câncer ou sobrevivendo sequelado a AVC. E tomando 20 comprimidos por dia. Isso não é vida, é mera teimosia.
ExcluirO que o modus vivendi atual tem trazido? Estresse, obesidade, depressão, aumento de casos de suicídio, burnout, preocupação com emprego, insegurança, síndrome do pânico, drogas, violência insuportável, radicalismos, etc, etc. Desde quando antigamente isso era motivo de preocupação?
ExcluirMeio fora de foco: Já que o assunto é Jacarepaguá, durante à tarde foi morto pela Polícia Civil "Borel", o "frente" da milícia da Muzema e de Rio das Pedras. Mas como muitas operações exitosas da PCERJ contra milicianos, não haverá protestos nem manifestações de moradores, da OAB, da Defensoria Pública, nem de políticos, nem da mídia, ou qualquer outro "ente" associado ao narcotráfico, e sabem o por quê? Simplesmente porque a milícia não tem a "blindagem ou a proteção" dos entes citados em razão de não os financiar, seja com "agrados", verbas milionárias, ou mesmo "patrocinando campanhas políticas. Afinal os milicianos em linhas gerais não operam com tráfico de drogas. Daí o "rigor da Lei" para com ela. Simples não?
ExcluirDe onde saíram as tropas milicianas?
ExcluirAnônimo, não existem "tropas milicianas". As milícias surgiram por volta de 1979/80 na região de Rio das Pedras e tinham por objetivo impedir que moradores sofressem com os roubos e furtos que ocorriam na região. Inicialmente eram integradas por Policiais Militares de baixa patente que moravam naquela área. Com o crescimento das favelas na região e com o aparecimento de novas favelas, a milícia cresceu, se expandiu para toda a zona oeste, e passou a diversificar suas atividades na busca de lucros fáceis cobrando taxas de segurança dos moradores dessas comunidades, bem como de comerciantes, e principalmente de empresas concessionárias de serviços públicos como energia elétrica, TV a cabo, venda de gás, transporte alternativo, construções ilegais, e grilagem de terras. E como o controle dessas atividades é de atribuição da Prefeitura do RJ, as milícias que atuam no RJ passaram a financiar a eleição de vereadores para a Câmara Municipal do RJ para cuidar dos interesses espúrios dessas organizações, bem como corromper o "Poder Público" em geral. Os integrantes dessas organizações criminosas que inicialmente eram Policiais Militares de baixa patente passaram a ser recrutados entre criminosos comuns. A característica principal da atuação das milícias é que em sua área de atuação não se vê homens armados, barricadas, ou qualquer sinal de que a região seja dominada por criminosos. Além disso em territórios dominados pelas milícias com raríssimas exceções não há tráfico de drogas. Com o crescimento desse "modal criminoso" várias milícias foram criadas em várias Prefeituras Municipais na região metropolitana do RJ. O tráfico de drogas é o "inimigo natural" da milícia e na disputa por territórios as guerras entre quadrilhas de traficantes e de milicianos são constantes. A Praça Seca é um exemplo disso.
ExcluirAh, tá. E os PMs, bombeiros, paraquedistas, soldados, etc?
ExcluirAnônimo, vejo que você não conhece o assunto, está desinformado, influenciado por fontes inidôneas ou no mínimo irresponsáveis. Sugiro que para discutir um assunto você deveria ter um mínino de conhecimento antes de questionar...
ExcluirJoel, li um excelente artigo que começou na década de 60, na baixada fluminense.
Excluirhttps://www.terra.com.br/noticias/brasil/como-onda-de-saques-por-fome-deu-origem-a-milicia-em-municipio-do-rj,21b1551ada5d46a5574db45ed84a465fpxtxx5nz.html
Cada época tem seus prós e contras. A zona é muito cinzenta, sem preto e branco definidos.
ResponderExcluirEu fico imaginando como será o relato de infância feito por um visitante do SDR daqui a 100 anos. Ao invés das maravilhosas descrições que temos lido aqui, como as feitas hoje por vários comentaristas, o SDR então registrará algo assim:
ResponderExcluir"Ah, eu me lembro bem de quando eu era criança. Todos os domingos saímos no nosso carro blindado, seguidos por dois carros com seguranças, e íamos até o enorme apartamento de 60 metros quadrados dos meus avós, com maravilhosa vista para a empena do prédio ao lado. Eles moravam num condomínio de 100 blocos, cada um com 200 andares, cercado por fosso e por muralhas de 30 metros de altura. No caminho, volta e meia tínhamos de enfrentar gangs de bandidos, mas nossos seguranças matavam todos eles cortando seus corpos ao meio com suas armas a laser. Quando chegávamos lá, íamos direto para o aparelho de realidade virtual, onde passávamos horas matando inimigos com nossas armas também a laser. Era tão legal queaté espirrava sangue na gente. O almoço era farto: miojo, cheetos, batatas Ruffles, hamburgers, fatias de bacon e queijo cheddar. A sobremesa era danoninho. Ou umas frutas artificiais que eram vendidas no supermercado. Todas feitas com produtos quimicos de última geração. De vez em quando a gente ia a um jardim do passado, ver árvores, galinhas, bois, flores e outras coisas nojentas como essas. Eu aos 10 anos era bem magrinho, pesava só 120 quilos. Minha saúde era ótima, só tinha uns probleminhas de obesidade, hiperlipidemia, flacidez muscular por falta de exercícios e umas leves lesões cardíacas. Nada que meu estoque de 38 comprimidos diários não conseguisse resolver. Eu era bem calmo. Só espancava meus irmãos umas três vezes por semana. E meus pais, uma vez por quinzena. Ah, bons tempos aqueles! E tem gente que acha melhor o de agora, em 2122."
😂😂 esse comentário vai entrar para a história do Saudade do Rio.
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