“Post” baseado em
pesquisa da prezada Conceição Araújo, a partir de publicação da revista Fon-Fon,
ed. 13 de 1925.
Entre os estabelecimentos
de ensino particular existentes nesta capital, o Colégio Batista Americano
Brasileiro ocupa, incontestavelmente, lugar de honroso destaque, pela
transcendência do seu método, pela magnífica situação dos seus confortáveis
edifícios e pela excelência do seu escolhido corpo docente, composto dos
melhores educadores que o Rio possui.
O Colégio Batista
Americano Brasileiro ocupa atualmente, seis vastos edifícios dos quais cinco
próprios e um alugado. O Internato e Externato para o Sexo Masculino funcionam
à rua Dr. José Higino, n. 332 e 350. O Internato e Externato para o Sexo
Feminino estão localizados no prédio nº 743 da rua Conde de Bonfim. À rua
Haddock Lobo, nº 296 e à rua Dr. José Higino, nº 350, funciona o Externato
para o Sexo Feminino.
Além do Jardim da
Infância, há os seguintes cursos no Colégio: primário, médio, complementar,
secundário, comercial, pedagógico e superior, nos quais as aulas são tanto
diurnas como noturnas para ambos os sexos. Isto porque, dispondo o
estabelecimento de um corpo docente de setenta professores especialistas
norte-americanos e brasileiros, pôde ministrar à instrução aos seus alunos de
modo a atender satisfatoriamente às conveniências de cada um.
A cultura física é dada
aos alunos pelos mais modernos e excelentes métodos norte-americanos.
O curso comercial tem por
fim preparar e formar datilógrafos, guarda-livros e secretários.
O colégio dispõe de uma
Escola Normal com faculdade técnica para seis professores.
A reportagem informava que "está aberta a matrícula do Colégio Batista Americano-Brasileiro, cujos prospectos podem ser adquiridos nas seguintes casas: "Crashley", "A La Ville de Paris", "Colombo", "Torre Eiffel", "A Brasileira", "Parc Royal", "Quatro Nações", ou nas secretarias do Colégio à rua Dr. José Higino, 350, Conde de Bonfim, 743, Haddock Lobo, 296, ou no pavilhão da Exposição Baptista, ou ainda pela caixa do correio, 828, Capital Federal."
Era diretor do Colégio Batista Americano-Brasileiro o ilustrado e provecto educador norte-americano J. W. Shepard.
Os comentaristas especialistas na Tijuca poderão nos dar informações atualizadas sobre o local.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirDia de acompanhar os comentários. Área fora da minha jurisdição.
A unidade que funcionava no n° 743 da Conde de Bonfim era conhecida como Colégio Batista Brasileiro e aceitava apenas moças. Atualmente funciona no local uma filial da Universidade Cândido Mendes. Lembro do prédio que ficava a cerca de 100 metros da rua em meio a um jardim. Já no local da filial da rua Haddock Lobo 296 existe o condomínio "Chácara da Tijuca", cujo terreno vai até à rua Dr. Satamini.
ResponderExcluirMinha mãe estudou no Baptista da Jose Higino nos anos 40 e 50. Quando eu vinha de São Paulo passar as férias na casa de meus avós na Rua Andrade Neves brincávamos muito no Baptista. Qualquer pessoa podia entrar. Entrávamos pela José Higino e saíamos pela Homem de Melo. O prédio principal do colégio acho que é tombado.
ResponderExcluirBom dia.
ResponderExcluirImpressiona o tamanho e abrangência do colégio e cursos oferecidos.
Internato, externato, aulas diurnas e noturnas, cursos técnicos, normal, 70 professores ...
Ao ler a publicação de hoje, estava na dúvida se esse colégio era o que ficava na casa do Duque de Caxias. Mas o comentário do Joel acabou com ela.
ResponderExcluirEm frente ao Colégio Batista Brasileiro está a esquina da atual rua Dr. Otávio Kelly, local da estação terminal da Estrada de Ferro da Tijuca, que funcionou de 1898 a 1907 e cujos bondes por um trajeto diferente do que se imagina levavam ao Alto da Boa Vista. Os dados da pesquisa são do Hélio Ribeiro.
ResponderExcluirBom dia Saudosistas. O Colégio Batista fica nos fundos do prédio que eu moro, atualmente o colégio não está nos seus melhores dias em termos de qualidade de ensino. O Colégio nos últimos anos desmembrou grandes áreas do seu terreno e vendeu para a construção de edifícios residenciais, agora mesmo vendeu uma grande área na R. Homem de Melo, para a construção de um condomínio de residencial com vários edifícios, estas construções estão sendo contestadas pelos moradores e com diversas ações na justiça para o embargo da obra, foi feito o desmatamento de uma grande área para esta construção. Outra grande área foi cedida a Igreja Batista que deverá também fazer um empreendimento no local com entrada pela R. José Higino. Fiz o Curso Impacto para o vestibular em salas do Colégio Batista, quando este curso foi criado e ainda não tinha uma sede própria.
ResponderExcluirEu estudei no Impacto, mas as instalações já eram na Desembargador Isidro 68. A sede foi demolida e hoje em dia é um Condomínio.
ExcluirNo início do século passado a cultura francesa e a britânica de certa forma competiam no Rio, nas escolas , essa aí , Sacre Coeur e outras . Também os clubes Gávea, Paissandu , influência inglesa. Lojas Mappin, alguns jornais, Light, Gaz, Bondes, telefônica e por aí vai. Mas o plano Marshall repercutiu aqui após a guerra. ...
ResponderExcluirNos idos de 61/62/63/64 estudei no Colégio Batista , sendo que fiquei nos anos de 61/62 no Internato e 63/64 no Externato. De lá tenho grandes recordações que ainda sinto saudades dos bons tempos passado lá. No internato, que ficava num prédio dentro do Campus localizado na rua José Higino junto a floresta, a alvorada era 5 da manhã, com direito a banho gelado da fonte local e em seguida café matinal no imenso refeitório. Saudade do mingau de sagu. As 7 já estávamos na sala de aula no prédio principal que fica junto a rua José Higino. Esta lá ate hoje mas com o nome de Colégio Batista Shepard. Mas tem muito mais historias mas que o espaço para mais comentários nao permite digitar.
ResponderExcluirNunca entendi direito a razão de alguns pais colocarem os filhos em colégio interno. Tenho uma amiga que detestava ficar interna no Sacré Coeur de Jesus do Alto da Boa Vista em vez de estudar em Laranjeiras no externato.
ResponderExcluirAté o semi-internato admito para pais que trabalham o dia inteiro mas internato só em casos muito específicos.
Suponho que boa parte dos casos deveria ser de filhos de famílias que moravam no interior e que eram enviados para a capital estudar.
ExcluirTambém devia haver o caso de órfãos, que nem sempre ficavam sob tutela de familiares próximos, ou por estes não eram queridos. E por fim, pais severos, que viam no internato a solução para deixar os filhos “nos eixos”.
Discordo do comentário: o semi-internato ocupa todo o tempo do aluno com atividades inerentes à sua formação por tempo integral e não sobra tempo para veleidades ou o mesmo ociosidade. O internato agrega todas as vantagens do semi-internato mas torna as noites livres para o aluno decidir o que fazer, muitas vezes essa escolha pode ser funesta na sua vida, e correm o risco de passar o resto da vida "no armário".
ExcluirConcordo com o comentário do Nickolas, acrescentando que muitos dos meus colegas eram oriundos de famílias abastadas . Na minha turma, existiam inúmeros filhos de fazendeiros de regiões onde os estudos eram precários, assim como outros vinham do Amazonas, Mato Grosso, etc. Todos eram felizes em ter oportunidades de um melhor estudo.
ExcluirQuanto aos horários ociosos informo que a noite por exemplo havia sempre estudo dirigido ,após a sesta, e depois atividades propondo coisas mais lúdicas. As 22 horas era dado a ordem de recolher, era só sono depois de um dia estafante. Havia regras de fato, mas tudo tem que ter uma regra, senão vira zona. . Quanta saudade das competições de futebol, de História, Geografia, trabalhos manuais, que nos horários ociosos eram praticados. Se tivemos 1 desistência foi muito pois não havia prisão todos eram livres, só que tinha como falei uma regra: Avaliação das performances em todas as atividades gerava uma nota e essa nota tinha que ser no mínimo 7(sete) para ter direito de ir aos finais de semana para casa. Aos que não tinham parentes no Rio, havia sempre convite de colegas para compartilhar com a sua família essa folga.
Hoje é pacifíco que encher uma criança ou joven de atividades não é solução. Brincar e um pouco de ócio é importante.
ExcluirEntendo o lado de vcs, muitas crianças principalmente as mais pobres ficam entregues as ruas e suas tentações.
O projeto original do CIEP era assim idealizado por Darcy Ribeiro, ocorre que por politica não foi continuado, talvez o Rio estaria um pouco melhor com o projeto CIEP, nunca saberemos.
Estas construções das fotos foram todas derrubadas?
ResponderExcluirContinuam de pé o prédio da foto 1, onde estudei, e o predio da rua José Higino 332. O resto só as fotos salvaram.
ExcluirBom Dia ! Tenho parente que mora na Dr Satamini . Quando estiver por lá vou dar uma pesquisada.
ResponderExcluirNão sei se ainda existem colégios internos na cidade do Rio de Janeiro.
ResponderExcluirSerá?
Meu pai foi interno no Colégio Militar e minha mãe no Colégio Assunção, de freiras francesas,em Santa Teresa que não existe mais.
ResponderExcluirEra razoavelmente comum antigamente.
Bom dia. Há um casarão tombado no imóvel sito na rua Conde de Bonfim 743, outrora residência do Visconde do Rio Branco. A UCAM não mais se encontra instalada no referido imóvel.
ResponderExcluirPela foto de satélite, se não todos, algumas dessas edificações estão lá entre a José Higino e a Homem de Melo, inclusive a que tem a torre.
ResponderExcluirTem também a Igreja Batista que pode ser uma construção mais nova que o período das fotos ou totalmente reformada.
Existe um grande movimento na Tijuca em razão do empreendimento que abrange terrenos localizados nos fundos da rua Homem de Melo e cercanias. Tenho amigos que moram na Homem de Melo e o clima lá é tenso. Existe um outro condomínio cuja entrada principal é na rua Homem de Melo exatamente no ponto em que a rua faz uma curva para a esquerda, e que está literalmente encravado entre os fundos do Colégio Batista e o terrenos da Igreja Batista da Rua Andrade Neves na Praça Corumbá. A maioria dos prédios do lado direito da Homem de Melo foi construída ao que se supõe em terrenos do Colégio Batista, inclusive algumas casas se "altos e baixos" da década de 30. Existe uma forte especulação imobiliária naquela região, onde o IPTU é altíssimo.
ResponderExcluirÉ isso mesmo Joel. Agora querem construir um condomínio tipo pombal e o estande de vendas é na Conde de Bonfim perto do Ultra da Conde de Bonfim
ExcluirEssa situação faz lembrar o "grande empreendimento" que seria construído em uma área de mata na rua Basiléia do lado esquerdo da Conde de Bonfim próximo ao Hospital da Ordem Terceira. O terreno de encosta é de mata e após as demolições ocorridas na rua Basiléia houve uma grande campanha publicitária, muitas unidades foram vendidas, e até hoje o mato continua no local. A empresa construtora faliu, e ninguém mais tocou no assunto.
ExcluirQue maravilha acompanhar os depoimentos dos comentaristas que enriquecem e estimulam o trabalho dos pesquisadores.
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