A foto superior, de Kurt Klagsbrunn, mostra a frente do prédio da Sears,
na Praia de Botafogo, no dia de sua inauguração.
A foto inferior, do JBAN, mostra o estacionamento da Sears, em
Botafogo, no segundo andar, com entrada pela Rua Muniz Barreto. Muitas e muitas
vezes subi esta rampa, anos antes desta foto, no Kaiser da família D´. Minha
avó era freguesa assídua e ir à SEARS era considerado um grande programa por
todos nós.
A SEARS foi um choque de modernidade em nossa cidade na época da
inauguração em 1949, com um conceito de loja que já existia nos EUA desde o
século XIX com a Bloomingdale de NY.
Como já contou o Rafael Netto a SEARS era assim:
1º piso: vestuário, perfumaria e acessórios. Na entrada da Praia de
Botafogo era moda feminina, da escada rolante para trás, seção infantil do lado
da rua Alfredo Gomes e masculina no fundo da loja.
2º piso: brinquedos, seção automotiva, esportes/camping, bonbonnière,
utilidades domésticas, fogões/geladeiras e cozinhas planejadas (e mais alguma
coisa que eu posso estar esquecendo) A seção automotiva era no
"canto" onde ficava a entrada do estacionamento. Entrando na loja a
área esportiva/camping e em frente a ela a seção de brinquedos (com a parede
tomada de bonecas até o alto). Em frente à escada rolante a bonbonnière (com a
famosa pipoca naquela máquina que tinha uma bola de ping-pong dentro) e do
outro lado utilidades domésticas. O fundo da loja (a parte virada para a Praia
de Botafogo) eram as cozinhas planejadas.
3º piso: Discos, som/TV, tapetes, decoração e móveis. Nos anos 80 do
outro lado ficavam os computadores (CP 500, TK 2000 e outros). Caixa central e
lanchonete. A escada rolante acabava deixando um grande vão livre, a parte do
fundo (na direção do estacionamento) era a enorme seção de móveis (acho que não
existe nenhuma loja atual que tenha algo parecido), de um lado da escada
rolante discos e som/TV, do outro decoração e tapetes. A caixa central era
virada para a Praia de Botafogo, com janelas. A lanchonete ficava no caminho
entre a caixa e a escada que descia até a entrada da Praia de Botafogo e fechou
nessa época.
4º piso: escritórios (folha de pagamento, contabilidade, gerência
geral, etc.)
5º piso: depto. pessoal, refeitório
6º piso: telefonista, dentista e outras utilidades
7º piso: estoque
8º piso: restaurante A Camponesa (fechou por volta de 1980) e estoque
P. Stilpen lembra de duas coisas interessantes: 1) uma máquina que
permitia que você visse seus pés dentro de um sapato (como raios X) que
desejava adquirir; 2) do show do Roy Rodgers e da Dale Evans, no estacionamento
do 2º andar, com entrada, hot-dogs, pipoca e Coca-Cola grátis. Creio que em
meados da década de 1950.
O JBAN se recorda da doca de carga na fachada lateral para a Rua
Alfredo Gomes. Todos os dias entravam aqueles caminhões verdes de marcha-a-ré
para descarregar mercadorias, sem atrapalhar o trânsito.
O Plinio se lembra do estacionamento do segundo andar: Mal o carro
parava eu já saltava correndo para abrir aquela pesada porta (pelo menos para
as crianças) que dava entrada à loja, bem junto de onde se vendia pneus.
Brincar na escada rolante, tomar Coca-Cola com torrada Petrópolis na
lanchonete, tudo era divertido.
Cristina Coutinho fala do cheiro de pipoca, do friozinho do ar
condicionado e das subidas e descidas pelas escadas rolantes que nos
transportava para variados mundos, tudo isso, tão marcante, faz com que até
hoje me refira à "rua da Sears", ao "shopping no lugar da
Sears". Tenho uma foto com o Papai Noel da Sears. A última compra que fiz
foi uma bicicletinha de presente para um filho. Comprei às vésperas de seu
fechamento.
O Richard disse: Memória olfativa
é das melhores que ficaram. Lembro-me bem do aparelho de Raio X para se
ver o pé dentro do sapato. Era o máximo! Calça jeans da Sears, ferramentas
Craftsman (marca própria), pipoca e milhões de outras coisas faziam essa loja
ser a melhor!"
FlavioM: Alguns detalhes que pedem destaque, porque eram quase
exclusividade da Sears: os equipamentos de som para carros, a seção de
ferramentas, o "clube do disco" (ou coisa parecida), acumulando
créditos para compra de um disco grátis a cada 10 (era isso?), os boxes para
instalação dos pneus, ao lado das baias de descarga, os descontos fantásticos
quando eles resolviam renovar o estoque ("Semana do Tapete", p.ex.),
milk-shake ou waffles na lanchonete, uma das maiores áreas de brinquedos da
cidade, e vai por aí afora...
A Milu lembra que o corredor de acesso ao estacionamento era mostruário
de pneus e ao fim dele, já entrando na loja, rádios automotivos. Dobrava-se à
esquerda dando de frente para a seção de brinquedos, e poucos passos adiante
chegava-se ao corredor principal da loja, com os brinquedos de um lado e
barracas de camping do outro. A bonbonnière e pipoqueira ficava mais a frente,
na altura das escadas rolantes, do mesmo lado do camping (lado da Alfredo
Gomes).
A Nalu se entrega: ficou a lembrança de que na seção de discos
matávamos aula nas cabines, para onde levávamos os discos que escolhíamos e
escutávamos. E claro, nunca vou esquecer do cheiro e do gosto das maravilhosas
castanhas do caju quentinhas e salgadinhas que papai comprava para nós.
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Os arquivos do Luiz são implacáveis pois nem eu me lembrava deste comentário que fiz. Mas era isto mesmo o que escrevi e o que escreveram os outros comentaristas. A Sears era um passeio e tanto, quase como ir ao um grande shopping center hoje em dia. Rivalizava com a Mesbla da rua do Passeio mas era mais perto de casa e acho que mais simpática. Alguém saberia descrever a Mesbla tal e qual o Rafael descreveu a Sears?
ResponderExcluirO cheiro da pipoca é inesquecivel
ExcluirBom dia. Em 1965 quando morei em Botafogo, fui muitas vezes à Sears com meus pais. Era uma loja com bastante variedade e rivalizava com a "Mestre & Blaget", a Mesbla. Existia uma Sears também no Shopping do Meyer na rua Dias da Cruz inaugurada no final dos anos 60 mas era bem menor. As lojas do "Botafogo Praia Shopping" que ocupa o prédio da Sears atualmente não tem o refinamento da antiga empresa americana.
ResponderExcluirBom Dia! Será que do lado de lá teve loja da Sears ? Perguntei só por curiosidade.
ResponderExcluirTenho uma vaga lembrança de ter entrado nesta loja uma única vez,talvez com pouco mais de sete anos.Só lembro porque era uma grande loja em Botafogo e porque o meu avô criou um caso na lanchonete em função do atendimento na hora de um sorvete...
ResponderExcluirInteressante como não tenho essas coisas marcadas na memória, lembro da Sears como um todo, mas sem detalhes e nada muito marcante, acho que não frequentava muito...
ResponderExcluirAcho que havia uma Mesbla em Niterói, confere, Ucraniano?
Bom dia.Magnífica era a loja da Sears em Niterói,que existia na rua Visconde do Rio Branco em frente às barcas.Não entre as filiais loja tão suntuosa.Depois que aloja fechou,Niterói perdeu um dos maiores empreendimentos de que se tem notícia.
ResponderExcluirPlinio, o Luiz é o seu "backup"...rs
ResponderExcluirMais uma para nostalgia da Sears: a máquina de escrever Smith Corona, que vinha da Inglaterra.
ResponderExcluirQual a vista mais bonita? A que se tem a partir de Niterói, da Mesbla ou da Sears?
ResponderExcluirAtrativos como as guloseimas importadas (chicletes de bola americanos Bazooka), os brinquedos e as calças Far West, faziam a cabeça da garotada. Para os adultos os produtos com marcas próprias, como as geladeiras Coldspot, os rádios e eletrolas Silvertone e as ferramentas Craftsman. Tudo cercado pelo tradicional slogan "satisfação garantida ou o seu dinheiro de volta", herança de sua norte americana Sears, Roebuck & Company, pioneira na editoração de catálogos de produtos.
ResponderExcluirA seguir um link para uma matéria sobre a Sears. http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/estudo-de-caso-o-que-aconteceu-com-a-sears/230/
Graças æ minha técnica,consigo identificar a maioria dos anônimos.Mais tarde explicarei.
ResponderExcluirMas a Dra. Evelyn tem guardada na memória boas lembranças das festinhas dos anos 80.Lembra de todos os detalhes.
ResponderExcluirNão era na Sears que havia um segurança com um charuto na porta do estacionamento no 2º andar?
ResponderExcluirEsqueceram das batatas fritas.... Creio que foi o primeiro estabelecimento do Rio de Janeiro, no principio de 1950 a comercializar batatas fritas !!!!
ResponderExcluiras ferramentas "Craftsman"eram uma tentação.... Vontade de sair comprando tudo ! Mais de 60 anos depois a minha furadeira ainda funciona como nova. Claro.... "Made in USA"
Dá gosto de ler isso! Minha mãe comprou na Sears seu primeiro liquidificador, de marca Sunbeam. Quando fui vê-la, em 2017, o liquidificador ainda estava na cozinha dela, funcionando perfeitamente. Pelos cálculos, também deve ter completado 60 anos! Naquele tempo, não se fabricava algo para durar dois anos, e sim para toda vida!!!
ExcluirEm fins da década de 1970 ou início da 1980 comprei uma furadeira de rotação variável, marca Craftsman, nessa Sears. Tenho a furadeira até hoje.
ResponderExcluirLembro-me de ir até lá muito poucas vezes, na tenra infância. Mas as recordações são esparsas. Nada de marcante.
Boa tarde a todos.
ResponderExcluirÉ impressionante como as vezes pensamos em algo e alguns dias depois, vem por alguma forma da presença daquilo que se pensava ou comentava.
No sábado. Eu e um amigo estávamos conversando sobre as antigas lojas de departamentos como essa e relembramos e muito de nossa infância.
A SEARS confesso de que fui algumas vezes. Não era um rato dessa loja, mas lembro do estacionamento na parte da frente onde hoje é um ponto de ônibus em frente ao SHOPPING.
Fora da SEARS havia esse estacionamento, bem na praia de Botafogo.
Em Niterói e o ucraniano deveria saber sobre isso, existiu a SANDIS. Quem se lembra?
Luiz. Já que você falou na Bloomingdale de Nova York, você esqueceu da saudosa MACY'S.
Justamente comentei com meu amigo no sábado de que o poder aquisitivo do brasileiro ou então o padrão social caíra e muito do passado para cá. Falei isso fruto do que hoje em dia é a Loja Americanas. Aquilo parece o camelódromo. A antiga e boa Loja Americanas nada mais tem a ver com essa que está aí, com funcionários que parecem terem saídos dos piores SLUMS da cidade e com frequência de gente que parece habitar as favelas desse RJ.
Mas como estamos para recordar, deixemos o presente de lado e viajemos no tempo.
Sobre a Mesbla que frequentei e muito a da Rua do Passeio, era assim:
1- No primeiro piso, quem entrava pela Rua do Passeio, tinha logo de cara a sessão de perfumaria e talvez de relógios, além de roupas para o meio da loja e no fundo era a sessão de discos.
2 - No Segundo andar assim que subia a escada rolante, iria dar na sessão de brinquedos e de artigos para festas ou escolar e ainda tinha espaço para roupas de cama.
3 - No terceiro piso era a vez de utilidades do lar como panelas, faqueiros, copos, e etc.
4 - O quarto andar eu não me lembro. Eu só lembro que a escada rolante levava até o terceiro andar e de lá era elevador ou escada convencional.
5 - Para a Rua das Marrecas ficava a parte de bicicletas, motos e parte para carros.
OBS: Talvez no quarto andar ficasse a parte de caça e pesca.
Como sempre, o ar condicionado era bem mais gelados do que os de hoje em dia em muitos shoppings que há por aí, especialmente a porcaria do NOVA AMÉRICA.
E o cheiro? Ah! O cheiro era maravilhoso dessas lojas! Era cheiro de perfume, e perfume bom que não se tem mais nas maiorias das lojas em qualquer shopping dessa cidade.
Enfim... outros tempos que nos deixou com saudades, aperto no coração, e lágrimas nos olhos.
Não esquecer o restaurante/lanchonete no segundo andar, sempre cheio e com fila na hora do almoço.
ExcluirNossa a minha lembrança marcante era do cheirinho delicioso que existia naquela loja Seara. Minha mãe nos levava lá, moramos algum tempo na Rua Dona Mariana eu devia ter uns 8 anos e amava ir lá. Que tempo delicioso onde crianças eram simplesmente crianças.
ExcluirNaquele tempo a Sears e a Mesbla comercializavam armas de fogo e também arcos, flechas, e acessórios. Sempre tive vontade de ter um arco e flechas de verdade, mas eu era bem criança e nunca pude ter um. Já a minha primeira arma de fogo, um Taurus cal.38 SW, eu comprei na Mesbla. Naquele tempo, comprar uma arma era um processo simples e sem burocracia, além do que portar arma de fogo sem autorização, não era crime, e sim contravenção penal. Atualmente graças ao "Estatuto do desarmamento", onde as penas são pesadas e o porte de arma é quase impossível de ser conseguido, apenas traficantes, milicianos, assaltantes, cabos eleitorais, etc, podem andar armados livremente, já que o cidadão de bem foi literalmente "desarmado" pelo famigerado estatuto...
ResponderExcluirJoel. Novidades para você.
ExcluirSabe aquele livro que você comentou comigo ontem? O livro de Adolfo Caminha. Saiba que ele está em domínio público e você terá como baixa-lo da internet.
A biografia sobre o autor é interessante e você poderá observar de que ele tem vários livros interessantes, incluindo, para quem gosta de cultura norte americana feito eu, um que ele escreveu quando de sua passagem pelos EUA.
Joel, vc é filho da Aure? S e for, sou eu Deyse
ExcluirMas como eu pude esquecer algo tão marcante assim?
ResponderExcluirPessoal. Não dá para falar da Mesbla e esquecer do indefectível relógio.
Saudades!
Para aqueles que desejam saber sobre o livro que o Joel procura, segundo a ditadura atual é "O BOM AFRO DESCENDENTE".
ResponderExcluirAs Lojas Americanas e sua congênere Casa & Vídeo estão mais do que decadentes e vazias de funcionários e chega a ser irritante essa situação. Há pouco tempo eu fiquei 40 minutos na fila da Casa & Vídeo porque só havia uma atendente de caixa. Quando chegou a minha vez, perguntei à "jovem moça de ébano" a razão da falta de funcionários, ao que ela me respondeu: "É a crise". Então respondi-lhe que era o resultado de votarem em Lula, Dilma, Benedita, entre outros, pois após a roubalheira, só sobrou desemprego. Ao que surpreendentemente a moça de ébano me respondeu: "Saiba que tenho muito carinho e por Lula e por Dilma pois graças à eles eu sou "doutora" e fiz minha faculdade". Vim a saber que ela" se formou" pelo sistema de cotas raciais, morava na favela do Chapadão em Costa Barros, e ganhava cerca de R$950,00. Wolfgang, comparar a realidade de antanho com esse lúgubre fato vivido por mim, surpreendo-me ainda por descobrir que o "fundo do poço" ficou para trás e conseguimos descer ainda mais fundo...
ResponderExcluirMestre Joel Almeida é o que sempre digo, o mercado é cruel, se você não tem capacidade ele não te emprega, mesmo que você tenha um diploma universitário.
ExcluirEssa palhaçada de cota, é pura demagogia de político para enganar a população analfabeta, e deixar de fazer o que deve ser feito pelo governo.
É muito mais barato, criar cotas, bolsas de estudos e colocar analfabetos numa universidade, até mesmo tirando zero em redação da língua pátria, do que investir em educação de base com qualidade para formar jovens com alto nível de educação básica, com condições de disputar uma vaga em uma universidade em igualdade de condições com outros jovens de classes sociais mais abastadas. Um país engrandece não pela quantidade de pessoas com título universitário, mas pela quantidade de técnicos bem qualificados que tocam as empresas que trabalham, em qualquer ramo de atividade, são estes que metem a mão na massa e fazem o pão.
Ou seja a jovem que lhe atendeu, tinha curso universitário, porém em nada se diferenciava de um caixa de supermercado, ou de uma loja comercial qualquer, se quer lhe possibilitou ser uma caixa de banco.
Boa tarde a todos. Um dos grandes mitos das lojas de departamentos que tiveram suas glórias no século passado: SEARS, MESBLA e talvez possamos incluir também a SLOPPER, muito embora esta se voltasse mais para o mercado de vestuário, cama e mesa, assim como a ainda sobrevivente C&A. Porém Sears e Mesbla realmente foram as maiorais, na SEARS de Botafogo fui muito poucas vezes, já a Mesbla Passeio frequentei muito devido ter trabalhado na R. Evaristo da Veiga. Para os saudosistas das ferramentas craftsman, segue o site, para aqueles que queiram ver a sua atual linha de ferramentas, https://www.craftsman.com
ResponderExcluirObs. Os saudosistas me perdoem, na minha opinião as ferramentas WURTH, são muito melhores em termos de qualidade
Já dando continuidade da descrição da Mesbla Passeio, temos:
- 3º Piso: Material esportivo de principalmente de caça e pesca e demais esportes.
- 4º Piso: Eletrodomésticos TVs, Geladeiras, etc.
- 5º Piso: Móveis domésticos, camas, guarda-roupas, tapeçarias, etc
- 6º Piso: Escritório Administrativo, acho que o restaurante também era neste andar.
- 7º Piso: Cinema e/ou Teatro Mesbla.
Faltou complementar com as lojas de automóveis,motos,lanchas e material de jardinagem, cuja a entrada era pela R. das Marrecas. A entrada para o estacionamento era pela rua Evaristo da Veiga.
ResponderExcluirAnônimo das 13:38h, esse segurança era psicólogo?
ResponderExcluirAlém das seções e departamentos mencionados dos citados magazines aqui neste blog temos um "departamento de curiosidades". Durante a segunda guerra foi criado o que se chamou "Fundo Spitfire", destinado a levantar dinheiro, por subscrição pública, para adquirir Spitfires para o esforço de guerra, ao preço inicial de 5.000 libras por aeronave, em 1940. Cada avião levava o nome do doador e/ou comunidade. No Brasil, Tom Impey e Lionel Cole, da CTB, e o anglo-americano Tim Sloper, das conhecidas lojas SLOPERS, fundaram o "Clube do Fole", com o objetivo de angariar as contribuições de milhares de simpatizantes da causa britânica, no tempo em que a Inglaterra lutava só contra a Alemanha. Até o Ministro Salgado Filho fez parte desse clube. Resumindo, conseguiram fundos suficientes para cinco caças que levaram o nome de Brazilian I a V.
ResponderExcluirMais tarde obtiveram fundos para a construção de caças Hawker Typhoons que formaram o esquadrão denominado de Brazilians Bellows (Foles Brasileiros) que foram responsáveis pelo ataque à viatura onde estava o famoso Feldmarechal Erwin Von Rommel, na tarde de 17 de julho de 1944. Poucas horas antes, na manhã de 16, a FEB desembarcara em Nápoles.
Essas informação constam do livro "Spitfire, Caçador Implacável", de John Vader, pertencente à coleção "História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial", Editora Renes, 1973, publicado originariamente por Ballantine Books Inc., New York, USA.
(correção) ...essas informações...
ExcluirO problema da Mesbla era que os produtos duravam, e isso para quem vende não é bom, pois aos poucos entramos na era do descartável. Apesar de não usar mais ainda tenho camisas polo compradas em 1980 e estão perfeitas, só não cabem mais. Facões comprei vários e tenho alguns na embalagem ainda, pois os que coloquei em uso ainda estão perfeitos no corte. Os móveis de quarto também foram comprados na Mesbla. Muitos eletrodomésticos foram comprados e funcionam até hoje sem nunca ter ido a assistência técnica. Parecia-me que os produtos a ser destinado para esta rede de lojas eram de primeira linha mesmo, testados e realmente garantidos pelo fabricante, pois os de mesma marca comprados nas demais lojas sempre apresentavam algum tipo de problema.
ResponderExcluirLembro-me do teatro Mesbla, mas não do. Foi lastimável a quebrada dessa loja. A loja Passeio era de alto gabarito, ao subir pelas escadas rolantes se via o primor que era a disposição das gôndolas e seções da loja como um todo, o visual não era pesado, perfeitamente harmônico. Era uma loja popular sem ser populista. Hoje a ocupante do espaço as Lojas Americanas vista da mesma escada rolante mais parece um mercado Persa, muito carregado nos visual arrumada de qualquer jeito do tipo ah! Tá bom, pra quem é basta!
"Na Mesbla, na Mesbla o maior Natal do Brasil, Compre agora sem entrada e só comece a pagar em Abril, Abril, Abril..."
Época boa em que tínhamos a Sears, Mesbla, Sandiz, Sloper e aquelas vendedoras lindas e educadas a atender. Tudo de boa qualidade. Hoje em dia, para os homens mais digamos experientes, só resta no quesito vestiário a Vila Romana que não é lá essas coisas. A gaúcha Renner só faz corte para top models, pois o GGG da loja é o M convencional e quem é G convencional está lascado. A espanhola Zara é muito fashion para o meu gosto, além de ter o mesmo problema da Renner no tocante aos tamanhos.
Renato.
ExcluirA forma de trabalho da Renner e da Riachuelo, nem se compara as lojas de antigamente, porém, eu prefiro essas duas mencionadas de hoje em dia do que outras, como por exemplo, em shoppings. Acho um porre aqueles vendedores ficarem te cercando e chateando, assim como também os ditos Seguranças que acha que todo mundo é ladrão que entra nas lojas.
Francamente? Pelo menos a Renner e a Riachuelo não tem dessas chatices. Os vendedores não ficam atormentando o juízo das pessoas que querem escolher com calma.
Já que foi feito o apropriado comparativo com a SEARS de Botafogo , convém ressalvar que ambas tinham o seu restaurante mas o da Sears "matava a pau", pois era a Churrascaria Camponesa que ficava no ultimo andar e era desvinculada da loja de departamentos nos andares abaixo. A Camponesa do Rio era a filial de outra do mesmo nome cuja sede ficava em Belo Horizonte. Ao contrário do tal "panorâmico" da Mesbla , o da Sears permitia uma visão espetacular da baía de Botafogo com direito ao Pão de Açúcar e por aí vai , fora um anúncio luminoso enorme de bebida que havia na Urca e dava mensagens e a temperatura , nada a ver com o Passeio Publico que naquela época já estava decadente com mendigos , gatos vadios e sujeira.
ResponderExcluirA Churrascaria Camponesa tinha um serviço que hoje em dia ainda não foi igualado na maneira de servir as carnes , bem diferente dos verdadeiros "bazares" alimentícios disfarçados de churrascaria hoje em dia que vendem de sushi a pastel, nada contra porém.
Outro diferencial importantíssimo era o pão de queijo mineiro que era enorme e crocante sem aquela "massa de pedreiro" que virou a fórmula atualmente tolerada. O bar era fantástico também com um atendimento diferenciado, para não mencionarmos o elevador privativo de acesso , os Clientes não precisavam passar por dentro da Sears. Sendo assim as comparações acabam por aqui.
Com a desistência da Sears no Brasil , o prédio ficou abandonado e "quase" foi para o chão provavelmente para dar lugar a mais um desses pardieiros padrão sergio dourado que abundam na zona sul. Anos depois o prédio foi reaberto, hoje temos um shopping vertical e no ultimo andar onde era a Camponesa , virou a praça de alimentação , melhor que nada porém a anos luz do glamour de antanho.
O fim de ambas as grandes lojas nos levam a refletir sobre um Rio de Janeiro que vai se acabando silenciosamente e que a maioria termina nem sentindo falta , uma pena....Bons tempos aqueles!
OBS: os comentários acima, do Renato e do José Eduardo, foram feitos em outro "post" sobre a Sears e a Mesbla. Achei interessante reproduzi-los, pois têm tudo a ver com a foto de hoje.
ResponderExcluirTia Nalu já contou aqui que em 1952 escolheu no catálogo da Mesbla coisas como máquinas, ferramentas, instrumentos de precisão, eletrodomésticos Arrow, geladeiras Crosley, rádios RCA, motos BSA, Câmeras Graflex e Ansco, artigos para pesca, aviões Ryan Navion, Auster e De Havilland; tvs das mais famosas marcas, lanchas, cataventos, pilhas, armas e munições, discos e vitrolas, gerador Winpower, equipamentos para postos de serviço Curtis,etc.
ResponderExcluirDocastelo, eu tenho esse livro, que aliás está em péssimo estado. Outro detalhe: Os aviões que atacaram o comboio de Rommel não teriam sido Tempests? Mais uma coisa sobre essa "fundo" dos Spitfire, para o qual meu avô modestamente contribuiu: Se fosse nos dias atuais, o dinheiro arrecadado seria dividido entre os políticos da hora e seria organizado um jogo comemorativo no Maracanã para angariar fundos para repor o dinheiro roubado. Não se tem ideais como os de antigamente...
ResponderExcluirJoel, apenas reproduzi o que estava no livro. Tanto o Typhoon quanto o Tempest foram empregados na ocasião e pilotados pelo coritibano franco-brasileiro e maior ás da chamada "frança livre", Pierre Clostermann, autor do livro "O Grande Circo" (Big Show). Salvo engano um dos dois caças apresentava problemas em altitudes superiores. Acho que era o Typhoon que passou a ser empregado em ataques ao solo. O último usado pelo Pierre foi o Tempest que tinha um sistema de injeção de água que aumentava a potência do motor por poucos segundos. No livro do piloto franco-brasileiro há um capítulo chamado "caça ao rato" sobre uma tática para abater os jatos ME 262 alemães. Candeias tem esse livro.
ResponderExcluirO ME 262 era de fato um oponente imbatível. A sorte é que havia poucos. O único caça que podia fazer frente ao alemão era, segundo relatos, o Gloster Meteor à jato, que entrou em operação no inicio de 1945.
ResponderExcluirSobre os ME 262 a sorte para os Aliados é que esses jatos chegaram tarde no conflito. Fosse o contrário iam fazer uma lenha! Nem os famosos Mustangs, os caças mais rápidos dos americanos, não dariam conta. Curioso é que o avião a pistão considerado o melhor nem chegou a entrar em combate. Era o Seafury da Marinha britânica. Seria ótimo para operar no Teatro do Pacífico em razão do seu motor radial, refrigerado a ar, mais resistente a danos causados pelos projéteis.
ResponderExcluirQuanto ao Gloster Meteor, ainda que tivesse chegado em tempo de combate, tenho minhas dúvidas se de fato seria um adversário à altura dos jatos alemães. Digo isso porque em tempos idos, conversando com veteranos pilotos de caça no Clube da Aeronáutica, vez por outra esse tipo de assunto era ventilado e as comparações eram inevitáveis. Os veteranos questionavam a capacidade de manobra do caça inglês e a sua velocidade final. Isso devido à geometria de suas asas em comparação com as então avançadas asas em formato de flecha dos ME. Mas como não ocorreram confrontos fica tudo no terreno da especulação.
Só consigo imaginar Tia Nalu com o catavento...
ResponderExcluirA falta de matéria prima adequada, pouca reserva de combustível, bombardeios aéreos sobre fábricas e as grandes derrotas na frente russa (território que era um celeiro entre outras vantagens - invadir a URSS não era somente uma questão anticomunista), impediram que os nazistas produzissem muito e com qualidade. Em jornal da época, o embaixador americano em Berlim previu algo desse tipo em meados de 1941, ou seja, pouco antes dos EUA entrar no conflito, pois sabia das limitações materiais da Alemanha. Se a produção conseguisse acompanhar o avanço da tecnologia alemã, seus oponentes teriam mais dificuldades e o final adiado. Porém acho que a incompetência militar do líder que não aceitava recuar nos momentos certos é que foi determinante para a derrota até em seu território.
ResponderExcluirPeralta, ó tolinho implicante, o catavento fica no seu boné!...
ResponderExcluirBoa noite a todos.
ResponderExcluirSó conheci o espaço como shopping.
No inicio dos anos 50 a seção de automóveis da Mesbla ficava no térreo, a esquerda de quem entrava pela Rua do passeio. Existia sempre algum modelo da General Motors em exposição, no melhor estilo americano. A seção de armas e munições ficava no setor que dava passagem para a Rua das Marrecas, onde tinha o representante dos chuveiros elétricos "Rei". Qualquer um podia comprar uma carabina ou uma espingarda calibre 12... Mas ninguém saia atirando por aí. Bons tempos !
ResponderExcluirWolfgang, o relógio da então Mesbla lá está até hoje, pelo menos ficou esse marco!
ResponderExcluirMinha mãe,com 88 anos, fala até hoje muitos saudosa do Restaurante Camponesa que funcionava na Sears, e do pão de queijo...
Havia cafeterias na Mesbla e na Sears?
Nas L.A. do Passeio funcionou durante uma época uma franquia da Casa do Pão de Queijo, mas fechou e nada entrou no lugar. Estranho, um ponto bom, tanto para quem está ali comprando como para quem procurasse especificamente um local para um lanche, e automaticamente estando dentro da loja, tb alavancariam as vendas!
Coincidentemente estive hoje no Shop Botafogo, que mafuá é aquele na calçada em frente?! Como podem permitir tamanha kizumba, algazarra,a anarquia? Estou falando de uma das principais cidades do mundo, turística, olímpica, zona sul do Rj e um dos bairros mais frequentados, como Botafogo! Ali você encontra: calçadas quebradassss, ponto de táxi ilegalllll, ponto de ônibus para atrapalhar bastante a circulação de todos que necessitam transitar por ali, camelôs de toda espécie, ambulantes vendendo objetos na calçada( mas a calçada não seria para...o pedestre?), piorou demaisssss nos últimos tempos! Só falta um tocador de bumbo ali! O taxista disse que tem uma manifestação tb de música ali na porta! Por que a prefeitura deixa isso rolar assim??? Fiquei impressionada, e olha que sou local...que imagem acham q estão passando? Por que punir o carioca assim???
E detalhe, deveriam ser os primeiros a ajeitar tudo, porque em tese aumentaria a procura pelo shopping e o consumo...
Outra novidade, pelo menos para mim: NÃO HÁ mais ascensorista no elevador!!!Como assim? Ontem a alegaçaõ é que eram 10:05h da manhã....hoje retornei, às 1800H, continuava sem ascensorista!!! É aí que vão fazer economia?! Acho preocupante isso, um elevador de shopping sem ascensorista...por vários motivos! Isso seria uma tendência? Nos outros shopppings do Rio tb estão assim?
Riachuelo de Ipanema achei o atendimento muitooo aquém do que é esperado,ainda mais sendo gaúcha, padrão em tese mais sério, " nada é com ninguém", um chama o outro que encaminha para o outro que...também não sabe. E aquele rapaz q fica na entrada à esquerda, apra que ele ali, se ele só fica no computador, e para falar com ele precisa dançar cãn-cãn e acionar o giroscópio ? Ou ele fica ali e dá atenção a quem procura...ou pode ficar no computador em outro local, e não ali, sentado induzindo que seria para informar ou esclarecer dúvidas! Está muito difícil no Rio um bom atendimento e com pessoas qualificadas, eu diria que nunca esteve tão caído e sofrível essa parte!!! Em praticamente TODOS os setores!!! Ontem o banco alegou " não ter me encontrado". Falei que "Eu DESAFIO vocês a comprovarem isso, gostaria de ver o dia, a hora e o tipo de contato que vocÊs alegam terem feito comigo! Tendo dois números de telefone fixo, um celular( que tem SMS, correio de voz), email, EU não fui encontrada em NENHUM desses contatos???
Esse papinho que " tentamos contato e não encontramos" está sendo muito utilizado!. Outro é alegar,por ocasião da roupa nova aparecer com fioS puxadoS que você " encostou a roupa em algum lugar e puxou fio". Falei, só se eu for uma lagartixa, porque a blusa novinha, usei uma ou duas vezes no máximo, puxou fio na frente e atrás, totalizando 3 fios puxados! Isso foi na Renner( não comprei mais lá depois disso) Apelaram para..."foi a maneira de lavar" Resposta: Negativo, é a mesma pessoa que lava, já há um bom tempo, da mesma maneira e com os mesmos produtos e SÓ a blusa da SUA loja aconteceu isso... Fizeram o "favor" de trocar!
Minha mãe me deixava aos cuidados de uma funcionária que tomava conta das crianças durante as compras. Havia mesas pequenas com cadeiras e assistíamos a um teatro de marionetes. Lembro do ano ser 1954 por causa do carro novo Chevrolet saia e blusa verde claro e escuro obtido sem ferrugem ou demora porque meu pai fez questão de pagar a 4a via legal e usou dois despachantes da própria alfândega do cais do porto.
ResponderExcluirMinha infância ...só comprava lá la vendia tudo que possam imaginar menos material para obra...mas as ferramenta sim ...até arma lá era vendido ...a Mesbla do rio sul também vendia de tudo até barco ,lancha etc...muito legal vc pedia desconto era bom negociar ...hoje com o monopólio do varejo isso não acontece mais as lojas são tiradoras de pedido apenas ...
ResponderExcluirTrabalhei na Sandiz niteroi e Meier Josimar terra
ResponderExcluirEu morava bem perto e,durante toda a minha infância, a Sears foi a minha segunda casa, meu playground... conhecia tudo e todos. Aos 17 anos, foi meu primeiro emprego como extra-natal, efetivada assim que fiz 18 anos. Trabalhei na empresa por 6 anos. Uma escola!
ResponderExcluirTenho muitas lembranças, em especial do cheiro de pipoca que inundava o ar, do melhor cachorro quente que já comi na vida, vendido na lanchonete, a direita do Crediário, no terceiro andar. Mas, principalmente, de uma torta que ficava num tabuleiro retangular e cuja massa tinha uma textura que jamais consegui encontrar em lugar nenhum nada similar. Dentro, era como um brigadeiro mais consistente e uma casquinha crocante no revestimento. Era vendida na Bomboniere, inicialmente localizada no térreo, em frente à porta lateral. Alguém lembra? Alguém sabe onde encontrar essa torta?
Eu trabalhei na sears Botafogo.
ResponderExcluirNunca vou esquecer a torta de ricota ,que eu amo ,nunca
mais encontrei em lugar nenhum.
Se alguém souber onde encontrar o fabricante fornecedor da torta de ricota da Sears Botafogo 1974 por favor deixem registro.Haanos procuro sem exito. Obrigado.
ResponderExcluirMeu pai, José Claudio, hoje com 75 anos, lembra de que através da loja Sears Botafogo, chegaram ao Rio de Janeiro as famosas "calças blue jeans", todo ano meu avô comprava para seus filhos, meu pai e meu tio, ainda crianças, umas quatro calças por ano! Lembra também que em um dos andares havia demonstração e venda de objetos de decoração em vidro "murano", principalmente miniaturas de bichos!
ResponderExcluirLembra ainda de um "quiosque" interno que vendia as famosas BALAS RIO e um amendoim torrado salgado de casca vermelha e por fim , já casado, meu pai lembra ter conhecido o famoso pão de queijo mineiro na Churrascaria Camponesa, localizada neste prédio, com vista para Praia de Botafogo.
Para meu pai, foi lá o "lançamento" do verdadeiro pão de queijo mineiro na cidade do Rio de Janeiro, a confirmar....!
Ainda lembra que lá ele se iniciou no hobby que tem até hoje: marcenaria, eletricidade e outras atividades afins, tamanha era a diversidade de materiais de artesanato, camping e profissionais que a loja disponibilizava aos clientes, muitos deles importados!
Meu pai guarda ótimas recordações de tudo que lã conheceu e viveu, demonstra eterna saudade! Heloisa
Todos esses relatos, depoimentos, me provocam uma enorme emoção, em 1970 eu tinha 9 anos, e morava em Botafogo. Minha mãe gostava de ir a Sears para fazer compras e também para almoçar no restaurante camponesa, que eu tanto gostava. É uma memória boa, feliz que eu tenho daquela época.
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