Hoje o assunto são as
corridas de rua no Rio de antigamente. A foto 1 foi enviada pelo Gustavo Lemos
e é do acervo do Fabio Crespi. Mostra a largada de uma das categorias na
corrida de 02/09/1934.
As fotos 2 e 3 são do
excelente livro “Circuitos de Rua”, de Paulo Scali.
O Circuito da
Amendoeira era disputado nas vias públicas que circundam o Morro da Viúva: a
reta da Av. Osvaldo Cruz (Av. de Ligação) e as curvas da Av. Rui Barbosa (Av.
do Contorno). O nome do circuito derivava da enorme árvore amendoeira da curva
próxima de uma das extremidades da Av. Osvaldo Cruz. Segundo Scali, a prova
teve baterias diferentes para cada classe de cilindrada de carros de turismo e
uma bateria para carros especiais de corrida. Foram 13 concorrentes e 11 marcas
de carros.
Entre os pilotos
havia nomes conhecidos como Primo Fioresi, José Santiago e João Júlio de
Moraes. Entre os novatos havia um piloto que depois se destacaria nas pistas,
Henrique Casini. O vencedor absoluto da prova foi “Juca Spinone”, pseudônimo de
João Júlio Moraes, cujo carro de turismo obteve a maior velocidade média da
prova, incluindo a categoria de corrida. A prova desenvolveu-se em 10 ou 20
voltas, conforme a cilindrada.
Na categoria Turismo
até 1500 cc venceu Tavares Brandão num Fiat; Turismo entre 1501 e 3000 cc
venceu Primo Fioresi com um Lancia; Turismo entre 3001 e 5000 cc venceu Juca
Spinone num Ford V-8; e acima de 5000 cc venceu Henrique Casini com um Hudson.
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Na foto do meio tem o carro 13.É da Tia Nalu.Ela vive com o 13.
ResponderExcluirNão conhecia esse circuito. Naturalmente com pilotos abastados da época.
ResponderExcluirDevia ser muito perigoso para corredores e assistentes mas emocionante para os espectadores. Só era possível naquele Rio de pouca gente.
ResponderExcluirPara mim, essa poderia ser chamada de uma "simples e bucólica postagem". Mas nada mais é simples e bucólico na vida. Quantas esperanças, sonhos e até vidas se perderam até chegarmos a sofisticação de agora.
ResponderExcluirHá muito tempo, em uma expo de fotos havia uma, apenas um tronco com pouco galhos secos sem vida. Inquiri minha amiga e uma senhora ao lado nos informou que era a árvore em que um frei, dito comunista, se enforcou. Todos sabemos que ele, entre outras, sofreu a maior das torturas, a intelectual. Sua fé, sua religião, seu sacerdócio, sua castidade, seus votos, tudo serviu de mote para o deboche. Ele poderia ser um "inocente" mas não era um delator.
Grande foto aquela.
Deveria ser inverno, todos agasalhados. Mãos no bolsos, um símbolo, inclusive no cinema americano, do resguardo da masculinidade.
Seres humanos, gênero? Masculino.
Belíssima foto.
Sim, era inverno. A corrida aconteceu no dia 2 de setembro de 1934.
ExcluirGustavo,
ExcluirNão encontrando mais os fotolog's naveguei pelo que sabia existir. Um dos locais era o YouTube e a sua palestra sobre genealogia. Quase decorei. rs
Lembro com saudade dos seus comentários. O quanto de filosofia aprendi com você!
Que inverno!!!
Grata.
Na primeira foto, no meio, um Amilcar (o carro que enforcou a Isadora Duncan) e mais próximo, um Fiat 508 Balila (número 4). Na foto do meio, dois carros americanos (Ford) e na foto final, dois Balila e um sedãzinho estreito que não me atrevo identificar.
ResponderExcluirLembro do meu pai ter dito que os esportivos Amilcar não tinham caixa de satélites no diferencial. Em curvas fechadas era um problema, já que a rode dentro da curva pulava.
ExcluirGustavo, nem todos aqui têm conhecimento técnico para saber o que é "caixa de satélites". Eu por acaso sei mas para explicar teria que escrever com maiores detalhes. Resumindo, seria um conjunto de engrenagens, normalmente acondicionado em uma embalagem de metal, em alguns casos com o formato da embalagem do queijo tipo reino palmira. A finalidade é alternar a tração das rodas motrizes, de uma para outra. Como a explicação não é tão simplória segue um link para quem se interessar. http://bestcars.uol.com.br/ct/difer.htm
ExcluirQuando o diferencial traciona um eixo rígido, as duas rodas giram sempre na mesma velocidade. Isso é um problema nas curvas, já que a roda de fora gira mais que a dentro. A caixa de satélites é um conjunto de engrenagens que corrige o problema.
ExcluirBom dia a todos. As corridas de rua, foram sucessos na primeira metade do século passado, atraíam muitas pessoas que na sua maioria não entendiam nada de automobilismo, mas compareciam ao evento para verem a coragem e habilidade dos pilotos que dirigiam automóveis em altas velocidades. Atualmente a velocidade alcançada por aqueles automóveis, são muito inferiores aos carros de hoje em dia, e a segurança então nem se compara. Na foto conforme colei a marca e o modelo do mestre Roberto Dieckmann, o automóvel Amilcar mesmo passado quase um século, faria sucesso pelas ruas do Rio.
ResponderExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirTenho o livro descrito pelo Dr. D' no texto do post. A prefeitura finalmente começou as tratativas para a construção do novo autódromo na região de Deodoro. Só falta combinar com o pessoal do Chapadão...
Bom dia a todos.
ResponderExcluirCansei de passar por aí, pois morei bem perto mesmo, porém confesso de que jamais poderia imaginar de que servira para circuito de corrida.
Só mesmo o Saudades do Rio para ensinar peculiaridades da História da Cidade Maravilhosa.
Uma dúvida.
Luiz, você saberia me dizer onde ficava esse tal do Amendoeira? Já ouvi dizer de que era aí perto, porém, outros, no seu antigo fotolog, diziam de que era em Botafogo na rua do cemitério.
A rua na primeira foto, lembra muito a Oswaldo Cruz próximo a Honório de Barros.
A Amendoeira, que deu também o nome a uma concessionária de automóveis, era (ou é, não sei) na esquina da Praia do Flamengo com Osvaldo Cruz.
ResponderExcluirObrigado pela informação Luiz.
ExcluirBom dia. O circuito de rua é algo impensável para o Brasil por diversos fatores, principalmente a falta de educação da população. Quanto ao autódromo em Deodoro, acho a ideia risível. Qualquer complexo automobilístico norte americano ou europeu dispões de uma infraestrutura adequada e que visa,a segurança dos usuários. Quanto à sugestão do Augusto de se perguntar ao pessoal do "Chapadão", seria mais objetivo solicitar "autorização" à uma certa família de políticos. Afinal são eles que dão as "ordens" naquele complexo.
ResponderExcluirJoel,
ExcluirDeodoro, quando utilizei para chegar à Base Aérea dos Afonsos me pareceu tranquilo. Vivia me perdendo, sair da Ilha para subúrbio era complicado.
Estive recentemente no Jardim Sulacap no Conjunto da Aeronáutica visitando uma colega de FAB e amei.
Como a visita a Deodoro foi a cinco anos e a cada dia a coisa piora...
O Fabio Crespi disse-me há pouco que o Ford 13 da foto do meio é o seu pai Luciano Crespi.
ResponderExcluirAntigamente qualquer projeto para a cidade que fosse planejado fora da Zona Sul, Zona Norte ou Centro era criticado por ser "longe". Foi assim quando pensaram no estádio da copa de 50, que inicialmente seria em Jacarepaguá e acabou sendo no Maracanã. Quando fizeram o RioCentro no final dos Até os primeiros Rock in Rio foram criticados devido à distância.
ResponderExcluirHoje a crítica que fazem a qualquer projeto para a Zona Oeste é devido à insegurança e proximidade com comunidades, como se tantos outros existentes, sejam em qualquer parte da cidade, não padecessem do mesmo problema...
Dirigir um Ford 1934 já era uma aventura... Em uma corrida era pura ousadia! . A amendoeira ainda está lá, com uma placa comemorativa ao seu lado ( pelo menos até o domingo passado...). Na Ilha do Governador a primeira prova automobilística ocorreu em 1934, quando a Dona Venina Piquet ( Dona Nina, para os moradores), dirigindo m Ford 1934 ganhou a corrida.
ResponderExcluirJaime Moraes
Gustavo lembrou bem. Vários carros europeus de baixo custo não possuíam a caixa de satélite, tal como o Amilcar, o Sara e o Superior. Nas curvas sempre davam alguns pequenos saltos...
ResponderExcluirJaime Moraes
Não falo de ninguém e meus comentários são deletados e não sei porque.Hoje eu só gostaria de saber que estátua é aquela que está na segunda foto mais ou menos entre os dois carros.
ResponderExcluirChama-se Monumento a Cuauhtémoc está localizada na Praia do Flamengo: Av Oswaldo com Av. Rui Barbosa,lugar conhecido antigamente como Curva da Amendoeira e foi presenteada ao RJ em 1922 pelo governo mexicano.
ExcluirTente: wwwpraiadoflamengocuauhtemoc
Corrigindo
ExcluirOswaldo Cruz.
Só uma nota.
ResponderExcluirO casarão na segunda fotografia ainda está de pé.
Lembro em certa ocasião no já falecido FOI UM RIO QUE PASSOU do André Decourt, citar até o nome dos construtores de tal residência. Pois bem. Na parede que dá para a Avenida Oswaldo Cruz, está lá no nome dos distintos.
O casarão da segunda foto é a casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa, palacete construído em 1920.
ResponderExcluirhttps://www.julietadeserpa.com.br/
Há braços
Zierer. Tem sim. É só olhar aquele mais a esquerda da fotografia.
ExcluirEsse casarão ainda está de pé e é na esquina da Praia do Flamengo com a Avenida Oswaldo Cruz.
Pode-se dizer que era um circuito oval. Hoje os organizadores seriam obrigados a pedir permissão ao francês, atual guardião dos últimos metros quadrados que restaram do território da França Antártica na Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
ResponderExcluirEm tempo: o blog "Foi Um Rio que Passou" está mantido em estado de congelamento:
www.rioquepassou.com.br
Está a espera da cura do desânimo de seu administrador.
O site abaixo trás informações de todos locais onde se realizaram as corridas de rua na cidade do Rio de Janeiro, vale a pena dar uma olhadinha.
ResponderExcluirhttps://cidadesportiva.wordpress.com/tag/circuito-da-amendoeira/