Total de visualizações de página

sábado, 25 de março de 2017

DO FUNDO DO BAÚ: CADERNETA DA CAIXA





Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”. E de lá sai esta Caderneta da Caixa Econômica Federal, enviada pelo Gustavo Lemos e propriedade de um amigo dele.

 

No Brasil, infelizmente, é comum se mudar as regras com o jogo em andamento. Um exemplo é a contribuição para a aposentadoria que foi, durante anos, sobre 20 salários e o Governo, de uma penada, decidiu que a contribuição máxima passaria a ser sobre 10 salários, não devolvendo o que fora cobrado a mais. Os que descontaram por largo período, pensando numa aposentadoria de 20 salários, ficaram a ver navios.


Outro exemplo é o caso desta antiga Caderneta da Caixa Econômica Federal, "GARANTIDA PELO GOVERNO DA UNIÃO", conforme pode se ver na foto acima.


Quando nasci, meu pai abriu uma destas cadernetas para mim. Avós, pais, padrinhos, faziam depósitos no Natal, no aniversário, em datas festivas. Dentro da caderneta estão anotados dezenas de depósitos. A agência da Caixa ficava na Av. N. S. de Copacabana em frente à Rua Raimundo Correa, ao lado do cinema Art-Palácio. De vez em quando levava a caderneta lá para atualizar o saldo. Décadas depois, por conta de uma tal de inflação, como não havia correção monetária, o patrimônio virou pó.

  Milhares, talvez milhões, fomos iludidos. O dinheiro - ninguém sabe, ninguém viu!


São tantos os escândalos financeiros (Montepios, Carnê Fartura, Coroa-Brastel, Bamerindus, Halles, Santos, Delfim, etc) que sempre fica por isto mesmo.

Será que os atuais depósitos em Fundos de Previdência Privada serão honrados no futuro?

26 comentários:

  1. Esta aí na verdade é apenas uma Caderneta da Caixa. A expressão Caderneta de Poupança foi criada pela mesma instituição nos anos 60 ao relançar o produto com regulamentação do recém criado Banco Central, para financiar casas pelo Sistema Financeiro da Habitação pelo também recém criado BNH.

    ResponderExcluir
  2. Sou cliente da instituição há vários anos inclusive como aposentado,do INSS,mas os 20 salários nunca mais. Mas os politicos como deputados senadores vereadores depois de oito anos de mandado e governadores com quatro se não me engano recebem uma aposentadoria.

    ResponderExcluir
  3. Bom dia. O controle fiscalização dessas antigas cadernetas ficava por conta do governo. Daí era natural que o saldo virasse pó. Tudo no Brasil que envolve órgãos oficiais é um jogo de cartas marcadas onde o povo sempre perde. A justiça brasileira cuida do$ intere$$es do governo com a $ua natural imparcialidade. A questão das aposentadorias é absurda. Descontava-se sobre 20 salários e pagava-se no máximo Dez! E vá se queixar ao bispo! O benefício máximo do INSS atualmente é de cerca de R$ 5.500,00 e eu não conheço ninguém que receba esse valor. São cálculos absurdos e mirabolantes cujo resultado é sempre desfavorável ao beneficiário e o tal "teto" acaba se resumindo a benefícios de R$ 3.200,00. No serviço público quem possui aposentadorias cujo valor é superior ao teto do INSS, desconta 11% do que exceder o teto constitucional. Em resumo o governo sempre ganha, o povo sempre perde, e ainda tinha que aturar a propaganda enganosa massificada diariamente pelo governo veiculando que a previdência é deficitária. Pelo menos isso a justiça proibiu e ainda determinou que o governo prove através da prestação de contas transparentes a real situação da previdência social. Enquanto 80% do povo brasileiro se expressar com vocábulos do tipo "prá pudê fazê", "quando vinhé", "muitchu peitchu", e outras do gênero, e portar um título eleitoral, o Brasil nunca sairá dessa "merdjia", "visse?"

    ResponderExcluir
  4. Bom dia. Tenho dois exemplares dessa caderneta. Um em meu nome, o outro no de minha mãe. Ela era a responsável pela abertura das contas e religiosamente fazia os depósitos. Até hoje, se porventura as manuseio, o faço com um misto de raiva e amargura. Não pela perda do numerário mas por sempre lembrar de ter percebido no olhar dela a tristeza e decepção por anos dedicados a esse compromisso. Isso afetou definitivamente minha crença nesse tipo simples de poupança. Quando resta algum numerário procuro sempre outras aplicações a curto ou médio prazo. Algumas vezes não podia evitar as contas correntes vinculadas mas sempre procurei uma alternativa. Foi assim que evitei o confisco da Era Collor mas novamente minha saudosa mãe foi uma vítima.

    Não acredito em previdência privada neste país. Quem quiser que invista mas depois não reclame. Acompanhei vários casos e falcatruas, e minha confiança foi minguando. Desde uma empresa desse tipo chamada HPA, cujo dono era meu companheiro de vôlei de praia e ludibriou todos os seus amigos e conhecidos, até a famosa CAPEMI cujo presidente era meu parente, o Gal. Ademar Messias de Aragão, e de passagem por outras ligadas aos militares como o GBOEX, todas tiveram problemas por variados motivos. Isso sem falar nos Fundos de Pensão. Mas aí é outra história.

    Nosso sistema político/financeiro não é estável, portanto não oferece segurança. Não gosto de jogar e não tenho idade para aventuras. As fiz todas que a vida me permitiu. E se por acaso me pedem não dou sugestões ou conselhos. Cada um sabe onde seu sapato aperta.

    ResponderExcluir
  5. "Estabilidade político/financeira". O Docastelo usou a expressão certa. Países civilizados possuem sistemas seguros e confiáveis, e a Suíça é um exemplo disso. O país é tão sólido que até Hitler respeitou sua condição de neutralidade. Hong Kong é outro exemplo. Não acredito que o Brasil possa chegar à esse estagio. Pelo menos nos próximos 600 anos...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gosto do otimismo do Joel, que daqui a 600 anos seremos um País como a Suiça de hoje. Como ele bem diz, com este DNA, nem daqui a 6.000 anos, talvez daqui a 60.000 anos poderá ser, mesmo assim se tiver se tornado colônia novamente de um País sério.

      Excluir
  6. Bem falavam nossos avós que um imóvel é melhor que dinheiro no banco mesmo que renda menos. Pelo menos teremos um lugar onde viver até morrer. Sou um cético que não acredita nestas instituições financeiras para previdência privada bem como penar em comprar imóvel na planta haja vista as ladroagens bem conhecidas. Os confiscos dos diversos governos, os impostos escorchantes e a mudança das regras de um dia para o outro não inspiram a menor confiabilidade. Sou inteiramente a favor da democracia mas com estes políticos que estão aí ela está muito ameaçada.

    ResponderExcluir
  7. ...bem como PENSAR em comprar imóvel...

    ResponderExcluir
  8. Este fundo do baú me faz ficar ainda mais espantado.O jogo em que o Governo se mete é para ferrar a população ou tem algum interesse e passa o aval para alguém fazer as vezes. Os escândalos financeiros sempre aconteceram com a anuência do Governo e ninguém respondeu de fato por eles.O próprio governo é PHD em manobras,como a referência do salário mínimo citada para aposentadoria previdenciária.Foi a lona..
    Particularmente entrei pelo cano com o Geboex (perdi tudo) e estou ajuizando uma causa contra a Aplub,que faço parte desde 77 salvo engano,mas sem nenhuma esperança ,pois a justiça no Brasil conhecemos bem.Também tive um plano do BrasilPrev por 20 anos e não recomendo.Muita conversa e muita enganação ao final.Pelo menos serviu para desconto no IR e o melhor foi fazer o resgate.Aposentadoria nesta país só é boa para políticos e poder Judiciário com seus assemelhados.O resto é bom trabalhar até adoecer ou morrer...

    ResponderExcluir
  9. Bom dia a todos.

    Abriram uma poupança da Caixa em meu nome quando eu era criança, nos anos 70. Só fui movimentar depois de completar 16 anos para comprar uma máquina fotográfica. Nessa época, a caderneta era várias fichas acondicionadas em uma capa transparente, com os comprovantes de depósitos.

    Recentemente abri uma nova para depositar o FGTS.

    Meu irmão ganhou uma poupança da Delfim quando fez 15 anos, em 1977. Depois do escândalo, virou poupança da Caixa.

    ResponderExcluir
  10. Peralta, o implicante25 de março de 2017 às 10:47

    Tia Nalu descobriu ótima fonte de investimento.O 13 estrelado.

    ResponderExcluir
  11. Meu pai, mãe e irmã também as tivemos. Não é aquele fundo do baú que traga boas recordações mas o Brasil em questões financeiras sempre nos faz sofrer.
    Passei agora pelo terceiro inventário do lugar em que moro. Só de impostos, R$29.990,00. Paguei até para o Minha Casa Minha Vida. Meu apto com mais de sessenta anos foi avaliado pelo metro quadrado na Ilha.
    Eu sou meeira daquilo que já era meu.
    Após o enfrentamento da doença, a dor, o cansaço extremo, você tem 30 dias para início do Inventário.
    Comprei ontem, por cinco reais, o livro O Rio de Janeiro, de Moreira de Azevedo, na feirinha da Carioca. Em 1965, ano do IV Centenário, gostava dos romances brasileiros, ingleses, franceses e os russos.
    Conforme fui perdendo o meu Rio passei a me apaixonar por sua história. A lombada inclui Estácio de Sá e Carlos Lacerda.
    Televisão nem pensar. Imagino o que vem por aí. A "Hishtória" que interessa, estuprada, corrompida, deturpada, interessa a quem?
    Para quem quiser há outros exemplares na segunda banca de quem sai do metrô.

    ResponderExcluir
  12. Ih! eu escrevi hishtória? A culpa é sua Joel.

    ResponderExcluir
  13. Lendo os jornais de Vix,vejo um exemplo de boa aposentadoria.Há 14 anos,foi assassinado o juiz Alexandre Martins e até hoje,um dos suspeitos,outro juiz que segundo consta "vendia sentenças",não foi a julgamento,mas segundo o pai da vítima "foi aposentado com 42 mil por mês".Bela aposentadoria e enorme espanto!!!Penso que só no Brasil...

    ResponderExcluir
  14. Infelizmente o Brasil é um caso perdido. Não dá para corrigir o que já nasceu corrompido e o DNA do brasileiro não poderia ser pior, só sendo igualado pelo DNA de povos subsaarianos.

    ResponderExcluir
  15. Realmente é de ficar perplexo quando se para para refletir um pouco sobre este caso do juiz Alexandre Martins que morreu com 32 anos.O juiz suspeito de participação no crime não foi a julgamento por vários e vários recursos interpostos,mas a sua aposentadoria compulsória com 42 mil tramitou normalmente.O pai da vitima ,que é advogado,deu uma entrevista na tv e disse que o suspeito foi premiado.Como diz o amigo do Augusto,lá do Globo,faz sentido....

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Torço para nunca acontecer um caso desses na minha família, pois independente de justiça julgar ou deixar de julgar, eu corro atrás do prejuízo.

      Excluir
  16. De quando em vez aparece alguém reclamando que havia descontado para tantos salários mínimos, mas recebe menos. Não sei como era anteriormente, mas hoje isto não existe. Recebe-se a média aritmética dos 80% maiores salários-contribuição.Além do que a contribuição tem caráter securitário. A contribuição fica no intervalo entre um SM (apenas o valor) e o teto. Meu pai foi um dos raros que não deixou para ninguém ao morrer. Talvez com a novas regras já não esteja valendo mais a pena contribuir para o INSS com "altas" quantias.

    ResponderExcluir
  17. Boa noite a todos.
    É. Não gosto de pensar assim, porém, as vezes, nessas horas em que tudo parece estar perdido é que penso de que as Bombas Atômicas deveriam terem sido jogadas aqui e não no Japão.
    Por onde se olha a questão do Brasil, só vê M.
    Só resta rezar para aqueles que ainda tem alguma fé.

    ResponderExcluir
  18. Senhores, é o país "do futchuru, num sabi?"

    ResponderExcluir
  19. Wolfgang, aqui não, mas, sim, em Brasília, onde já acabaria com uma boa parte dos canalhas que nos governam.

    ResponderExcluir
  20. O mais incrível é tentar entender os fantásticos salários que o nosso quase inócuo judiciário recebe.:

    http://super.abril.com.br/sociedade/a-insustentavel-lerdeza-do-judiciario/

    ResponderExcluir
  21. Boa noite, fundo do baú bastante polêmico. Fui roubado, espoliado, tudo que o governo poderia fazer para sacanear o povo, eu fui premiado, descontei sobre 20 salários até 88, depois sobre 10 salários até me aposentar, e quando me aposentei depois de 37,5 anos de contribuição, passei a receber pouco mais de 3,5 mil reais. Se não tivesse aberto o olho e redirecionado a aplicação do meu pé de meia, hoje ainda seria obrigado a estar trabalhando. Sempre oriento ao meu filho que faça o seu investimento para o futuro em ações, principalmente em ações de empresas sólidas, com boa gestão e principalmente que não sofra influência das turbulências do mercado, que paguem bons dividendos continuamente, e que reinvista os dividendos em novas ações desta mesma empresa.
    Com estas ações em carteira, você nunca perde, pode ter crise, trocar governo, escândalos o diabo que seja, você só irá perder se você realizar a venda com prejuízo. Mal comparando, uma ação é como uma senoide, ela está sempre variando entre subir e descer, porém boas empresas independentemente de qualquer turbulência, estarão sempre pagando dividendos aos seus acionistas, não interessa se ela hoje é mais 1 ou -1, nos períodos certos ela estará pagando um qualquer para você. Com uma vantagem, pelo menos por enquanto, já vem limpinho sem IR para você pagar no futuro, tanto para os dividendos, quanto para JCP (juros capital próprio). Algumas empresas chegam a pagar anualmente até 15% de dividendos e JCP ao ano para o seu acionista. Se ela custa por exemplo R$ 20,00/ação, você recebe R$ 3,00/ação, multiplique por exemplo por 10.000 ações, você estará recebendo ao ano R$ 30.000,00. Se ao longo da sua vida você fez uma carteira com 5 a 6 ações destas, veja quando você estaria recebendo hoje.

    ResponderExcluir
  22. O F.. é que 95% da população aqui mal sabe o que é uma média aritmética. Quanto mais aplicar em ações. Difícil não se aproveitar desta massa ignorante.

    ResponderExcluir
  23. O Lino aprendeu a investir com o Osvaldo Oliveira ou vice versa?

    ResponderExcluir
  24. O mundo acionário não tão simples assim (e lucrativo) como o Lino exemplificou.

    Para quem quer aprender a mexer com ações recomendo inicialmente a leitura do livro "crash" de Alexandre Versignassi.

    ResponderExcluir