Vemos a Rua Redentor, em
Ipanema. Foi aberta em 1928, começando na Rua Joana Angélica e terminando na
Av. Epitácio Pessoa, no Jardim de Alá. Seu nome provavelmente se relaciona com
a estátua do Cristo Redentor, que estava em construção na época.
As duas primeiras fotos
são da casa do prezado Lavra, o Bispo Rolleiflex. Ficava no nº 181 da Rua
Redentor. A casa, muito simpática como tantas em Ipanema, deu lugar a um prédio
de apartamentos. Nem o nº 181, salvo engano, existe mais: agora do nº 179 pula
para o nº 185. O Lavra comenta que "fora as pessoas, é claro, esta casa é
uma das coisas das quais mais tenho saudades. Você poderá observar as
pequenas árvores em frente. Minha mãe e eu plantamos e, durante muito tempo,
ficamos tomando conta para que não fossem depredadas. As duas cresceram e se
tornaram lindas. Hoje, uma delas ainda está lá, em frente do edifício que
assumiu o lugar da casa (que pena). A outra foi vitimada por um vazamento de
gás. O interessante é que alguém plantou um ficus, que é uma árvore
fortíssima, no mesmo canteiro. Pois desde então as duas disputam o mesmo espaço
na terra, mas cresceram abraçadas. As duas são os maiores monumentos
vegetais da rua".
A casa do Lavra na Rua Redentor nº 181. Mais adiante um pouco, em direção ao Jardim de Alá, nesta época morava o Marechal Dutra. Esta rua super-tranquila é ainda um dos melhores lugares para se morar em Ipanema, embora desde as obras do metrô tenha mais movimento, pois foi feita uma ponte sobre o Jardim de Alá, unindo as ruas Humberto de Campos no Leblon com a Redentor em Ipanema.
Foto também do Lavra mostrando a esquina da Rua Redentor com Rua Garcia d´Ávila, em Ipanema, provavelmente da década de 60. O local, por incrível que pareça, mantém um aspecto muito parecido com esse. O imóvel à direita, onde funcionava a "Casa Guarujá", que era conhecido como o "armazém do "seu José", está praticamente intocado. Atualmente, com pouquíssimas modificações, funciona no lugar da Casa Guarujá um restaurante (acho que o Mimolette, onde antes funcionou uma filial do Alessandro&Frederico) - é o nº 175 da Rua Redentor. O imóvel da esquerda, do outro lado da rua, tem como endereço Rua Garcia d´Ávila nº 160, está ainda lá, mas bastante modificado. Ainda tem dois andares, mas perdeu o muro, trocou as janelas por vitrines e ganhou umas alterações no telhado. Funciona ali uma loja Hermés, onde antes era a Trousseau.
Esta foto da Rua Redentor acho que é do acervo do Candeias e é do ano de 1951. Se ele passar por aqui poderá dar mais informações.
Esta foto achei na Internet
com a legenda de Rua Redentor, mas não consegui identificar a esquina.
Vemos o jovem Lavrinha em
frente de casa, no como da tia. Rua calma, sem trânsito, todos se conheciam. Existiam, ainda,
alguns terrenos sem construções e com pitangueiras. O pão era vendido na porta.
O leite, em mini caminhões, chamados "vaca-leiteira". Quando chegava,
pessoas acorriam portando jarras. A fila não era grande e os clientes
aproveitavam para colocar os assuntos em dia.
Os telhados de Ipanema.
Sem edifícios altos a vista era magnífica para a lagoa. Alguns anos mais tarde
o Bispo Rolleiflex caminharia sobre as águas.
Que paraíso era isso! Ruas tranquilas, casas simpáticas e bem construídas, atmosfera respirável.
ResponderExcluirA menina da foto 4 está no comando de um "rema-rema", meu irmão teve um.
F.F - A data de hoje, 22022022, é um palíndromo e ambigrama; pode ser lida da esquerda para a direita, da direita para a esquerda, e de cima para baixo (se escrita em caracter digital). O que isso quer dizer? Nada. Rsrsrs
"A vida é apenas uma sombra ambulante, um pobre cômico que se empavona e se agita por uma hora no palco e que depois não se ouve mais; é uma história contada por idiotas, cheia de bulha e de fúria, significando nada." (Macbeth, ato V, cena 5.)
ExcluirOlá, Dr. D'.
ResponderExcluirDia de apreciar a aula e acompanhar os comentários.
Gostei do "jovem Lavrinha". O problema é o corretor tentar trocar automaticamente duas letras...
PS: sobre saudosismo, recomendo a coluna de hoje do Leo Aversa.
ResponderExcluirHoje 22/02/2022 é uma das poucas datas que podem ser lidas nos dois sentidos de forma igual. O verdadeiro sentido disso é... nada.
Bom dia Saudosistas. Hoje estarei só acompanhando os comentários, local fora da minha jurisdição. Torço que os mestres Candeias e Lavra compareçam e contribuam com detalhes a postagem de hoje.
ResponderExcluirNa fotografia do velocípede e do rema-rema, um belo Oldsmobile 1949 Futuramic, com seu motor Rocket, que por aqui chamavam de "roquete".
ResponderExcluirEsse nome vinha das válvulas na cabeça, que nem eram novidade na linha GM, mas pegou fama.
E os dois que aparecem na sexta foto? Alguma ideia?
ExcluirNa sexta foto o texto informa ser o Lavrinha no colo da tia.
ExcluirNa quarta foto vemos a Regina, esposa do Candeias, e o irmão dela.
Aliás o Candeias ficou de aparecer por aqui.
Me referia aos carros, especialidade do biscoito.
ExcluirMas agradeço a identificação das pessoas.
FF:
ResponderExcluirHélio, vc comentou sobre São Lourenço na publicação de Petrópolis.
"Minhas mais fortes e agradáveis lembranças de cidades fora do Rio são as de São Lourenço, pelo motivo que citei logo no início deste comentário: eu tinha onde ficar lá, e até tirei férias de 30 dias na cidade. Fui dezenas e dezenas de vezes a São Lourenço. Alguém dirá que além do parque das águas não há nada lá para se ver. E concordo. Mas é como eu disse: as lembranças se referem a estar lá, no dia a dia, vivendo como um habitante local, respirando o ar da cidade. Diferente de quem vai e volta."
É a cidade que pretendo me aposentar, se tiver aposentadoria daqui a 25 anos.
Mas quando estive lá no carnaval de 2016, fiz alguns passeios:
1.Visitei a fazenda de café especial São Gabriel. Não gosto de café, mas reconheço que é delicioso com leite.
Depois, fui a uma fábrica de doces orgânicos. Muito bom.
O passeio acabou em uma montanha, subindo de 4x4. Muito legal.
Esse passeio vc pode contratar o Alexandre dono da Vila Chico. Inclusive a vila Chico é um Ótimo local para ficar, possui excelentes chalés.
2. Fiz o passeio de Maria-fumaça. Achei maravilhoso. Nunca tinha andado em uma. Fui no vagão econômico mesmo. O outro tem queijos e vinhos incluído, mas como não bebo, não me interessei.
Tudo bem que o percurso é muito pequeno.
Na ponto final, que não me lembro o nome da cidade, vc só fica na estação, onde existem várias barracas de comida. Uma pena que não tenha uma van para levar os turistas para visitar essa cidade.
3. Teleférico. Fuja dele. Rezava para que se caísse, eu estivesse acima do rio.
Lá de cima, a vista do cruzeiro é até interessante. Dá para ver toda a estrutura ferroviária e boa parte da cidade, mas acho
que dar para chegar lá em cima de carro.
4. Parque das Águas. Passeio padrão. Fui no balneário e fiquei 20 min na banheira com algumas fragrâncias. Foram 20 minutos relaxantes.
Não fui:
*Passeio de avião pela região.
*Passeio de balão. Um amigo foi esse mês e adorou. Parece que o passeio sai de uma fazenda e antes do passado parece que tem um café da manhã de respeito. O passeio demora 2 horas.
Acredito que tenham outros. Caso possa voltar, acho que vai gostar.
Ricardo, a maria-fumaça vai até Soledade de Minas. Já fiz esse passeio.
ExcluirIsso mesmo. Não lembrava o nome da cidade de jeito nenhum.
ExcluirMas como disse, vale a pena ir novamente fazer outros passeios.
Se Deus quiser vou me aposentar lá. 😁
No SDR, mas fora do assunto de hoje: no dia 11 p.p. foi publicada a postagem sobre o bonde prisioneiro. O Mauroxará e o Joel deram valiosas contribuições. Com base nelas, reformulei bastante a página do meu site que trata desse bonde. Agradeço mais uma vez a contribuição deles.
ResponderExcluirHelio, Lembro que certa vez um jornal estava no local falando do viaduto que a Ligth fez para que o bonde 86 voltasse à Inhaúma. Das fotos que eu vi tirarem, uma delas foi de um caminhão com um cambão trazendo o carro 1882 que estava fazendo o caridade,para o outro lado. Já procurei esta foto, mas como não sou bom de pesquisas não achei.
ExcluirHélio, na publicação do bonde prisioneiro que está no site de Inhaúma tem uma foto dos trilhos na rua Padre Januário. Não sei se vc chegou a ver.
ExcluirHélio, sobre as passagens de nível na região, tenho uma foto de um bonde da linha 97 atravessando os trilhos da E.F. Rio D'Ouro na passagem de nível da Avenida Automóvel Club com a Monsenhor Félix Irajá no ano de 1962. Se quiser posso enviar
ExcluirOntem o Silva, hoje o Lavra. Estão reabrindo os arquivos.
ResponderExcluirE que bom que o Bispo conseguiu um tempinho, já que ele nos próximos 2 meses e pouco vai se dedicar a elaborar as táticas para enfrentar o Leão da Receita.
E é sempre interessante saber que alguns imóveis sobrevivem.
Na esquina com a Rua Henrique Dumont tem um parecido com o da foto 5, mas, se for ele, haja reforma para mudar tanto.
Na 4a. foto as crianças são minha querida mulher Regina, acho que em um rema-rema e seu irmão Eduardo, na calçada em frente à casa do avô Leslie. Ambos, infelizmente, já se foram.
ResponderExcluirO quarto do Lavra ficava no segundo andar da casa e dava para um pátio interno. Ele, quando menino, sempre quando chegava já de noite gostava de pular o portão e escalar a parede até a varanda, usando um graveto para empurrar a chave para que caísse em uma folha de jornal puxada então por baixo da porta. Só que uma vez um vizinho viu e chamou a polícia. Depois de muitas explicações do pai do Lavra nosso herói escapou de ir em cana.
ResponderExcluirEste nosso bispo era da pá virada desde pequeno...
ResponderExcluirJoel, msg na publicação de ontem para vc.
ResponderExcluirNa sexta fotografia, ao fundo um Fiat 500 Pulga e encoberto um Ford 1938-40, sem muita convicção farinácea....
ResponderExcluirA Rua Redentor sempre foi uma das mais cobiçadas e valorizadas de Ipanema, principalmente porque suas casas demoraram a ser demolidas, o que gerava menos trânsito e transtornos. Hoje, restam pouquíssimas casas.
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