O “post” de hoje é das
vizinhanças da esquina da Av. Atlântica com a Rua Figueiredo Magalhães na
primeira metade do século XX.
Na primeira parte
reproduzo uma estupenda pesquisa do Maximiano Zierer, um dos maiores “experts”
no passado da Av. Atlântica. Na segunda parte a pesquisa é minha.
Como o “Saudades do Rio”
entrará em “recesso de carnaval” haverá a possibilidade de lê-lo com
tranquilidade até o final da próxima semana.
Na foto abaixo vemos o Palacete
de May e Alexander Mackenzie na Av. Atlântica, quase esquina com a rua Figueiredo
Magalhães, Copacabana. Vizinho a ele, como descrito abaixo, bem na esquina, ficava a casa de meu tio James Darcy.
Alguns palacetes que
existiram no início do século passado na orla de Copacabana foram pouco
documentados em fotos, e como desapareceram há muito tempo, caíram no
esquecimento. Deste modo, os seus antigos moradores, assim como os fatos
históricos relevantes que ali ocorreram, são praticamente ignorados pelas
gerações atuais. Uma dessas residências era o palacete do casal de canadenses
May e Alexander Mackenzie. Era uma casa de dois pavimentos em estilo eclético,
que foi construída na década de 1910. Seu exato endereço era Av. Atlântica
antigo número 594, local onde está atualmente o edifício Sevilha, na Av.
Atlântica 2516, quase na esquina com a rua Figueiredo Magalhães (o prédio
localizado exatamente na esquina é o seu vizinho, o Ed. Vésper, na Av.
Atlântica 2492).
Alexander Mackenzie
nasceu em 1860 e faleceu em 13 de julho de 1943, em Kincardine, Canadá.
Advogado, iniciou sua carreira profissional junto à firma Blake, Lash and
Cassels, de Toronto, Canadá, responsável pela consultoria legal da São Paulo
Tramway, Light and Power Company, Ltda. Em 1899, veio ao Brasil estudar
questões jurídicas relacionadas às concessões para os serviços de bondes e
fornecimento de luz e força na cidade de São Paulo, adquiridas pela São Paulo
Light. Permaneceu no país como procurador desta empresa, tornando-se seu
vice-presidente, entre 1902 e 1912. Em 1904, idealizou a instalação, na cidade
do Rio de Janeiro, de uma empresa semelhante à São Paulo Light. Como
decorrência de sua iniciativa, foi constituída em Toronto, em 9 de junho
daquele ano, a Rio de Janeiro Tramway, Light and Power Company Ltda, com
capital canadense e norte-americano. Afastou-se das companhias em 1912, quando
retornou ao seu país natal. Voltou ao Brasil em 1914, como consultor jurídico e
advogado da Brazilian Traction, Light and Power Company, empresa holding do
grupo candense, constituída em 1912. Foi também procurador da São Paulo
Electric Company, empresa com sede em Toronto, organizada para instalar a Usina
Hidrelétrica Ituparanga.
Com a morte do Dr.
Pearson no naufrágio do Titanic, Alexander Mackenzie o sucedeu no comando da
empresa Brazilian Traction, Light and Power Company. Ele foi presidente da
Brazilian Traction, Light and Power Company entre 1915 e 1928, e é considerado
um dos principais responsáveis pela implantação e desenvolvimento do Grupo
Light no Brasil. Graças à dedicação de Alexander Mackenzie, houve um grande
progresso na distribuição de energia elétrica, na iluminação pública, no
transporte público por bondes (antes puxados por burros, e depois movidos a
eletricidade) e na evolução industrial da cidade do Rio de Janeiro. Ele também
foi presidente do Gávea Golf and Country Club, e recebeu, no Canadá, o título
de Sir Alexander Mackenzie. Por ocasião da sua saída do Brasil, em 1928, o
trabalho de Alexander Mackenzie obteve o merecido reconhecimento, tendo
recebido diversas homenagens de jornais e revistas pelos seus serviços em prol
do desenvolvimento do país, notadamente das cidades de São Paulo e da Capital
Federal, a época o Rio de Janeiro.
Sua esposa, May
Mackenzie, foi uma das pioneiras fundadoras (junto com Jerônyma Mesquita e
Adéle Lynch) do Movimento Bandeirante do Brasil. Em 13 de agosto de 1919 (data
oficial de fundação do Movimento Bandeirante no país), aconteceu a fundação da
Associação das ‘Girl Guides’ do Brasil (nome inicial do movimento), com a
Cerimônia de Promessa das 11 primeiras bandeirantes brasileiras na casa dos
Mackenzie, na Av. Atlântica em Copacabana. O primeiro Conselho Diretor da
Associação Girls Guides do Brasil era formado por May e Alexander Mackenzie,
Adéle Lynch, Anita Eugênio de Barros, Monsenhor Rangel e o Senador Mozart Lago.
O Movimento das “Girl
Guides” se apresentava como uma proposta de educação pioneira, por acreditar na
importância da mulher em assumir um papel mais atuante nas mudanças da
sociedade. Em 1919 o cenário no Brasil era de pós-guerra – mudanças de costumes
e valores propiciavam à mulher novas formas de se mostrar ao mundo. E o
Movimento Bandeirante foi uma delas. Nos anos 30 a entidade viria a mudar de
nome e se chamar ‘Federação das Bandeirantes do Brasil’ com o advento da
nacionalização dos nomes das entidades no período do Estado Novo.
No ano seguinte a
fundação do Movimento Bandeirante no Brasil, o casal Mackenzie participou de
outro evento histórico relevante. Foi durante a visita do Rei Alberto I e da
Rainha Elizabeth da Bélgica ao Rio de Janeiro (então a Capital Federal). A
permanência dos monarcas belgas ao Brasil durou de 19 de setembro a 15 de
outubro de 1920, tendo o rei Alberto visitado também os Estados de São Paulo e
Minas Gerais. No Rio de Janeiro, os monarcas belgas ficaram hospedados no
Palácio Guanabara. O Rei Alberto, grande entusiasta da natação, passou a se
dirigir diariamente, com a sua comitiva em seus respectivos carros, para ir
tomar banho de mar na Praia de Copacabana. Essa atividade recreativa do Rei
atraía multidões de curiosos, e era amplamente noticiada nos principais jornais
da época. Seus banhos de mar ocorriam por volta de 7:00h-7:30h da manhã, diante
da rua Valladares no Posto 6. (o nome atual dessa rua é Av. Rainha Elizabeth. A
mudança de nome da rua se deu por decreto de 7 de outubro de 1922 do Prefeito
Carlos Sampaio, visando homenagear e marcar na memória dos cariocas o local
onde os monarcas belgas mergulhavam no mar de Copacabana).
Os jornais noticiavam que
era no Palacete Mackenzie que o Rei Alberto (e, por vezes, também a Rainha
Elizabeth) trocava de roupa para o banho de mar na praia de Copacabana, tanto
na ida, como na volta, no pós banho. Nestas ocasiões, os Mackenzie, como bons
anfitriões, ofereciam um “lunch” a Suas Majestades Reais. (observação: o Rei e
a Rainha não tomavam banho de mar juntos, mas em horários distintos, cada qual
acompanhado da sua comitiva e ajudantes. O Rei era mais assíduo e freqüentava o
mar de Copacabana diariamente, enquanto a Rainha banhou-se somente algumas
vezes). O jornal “A Noite” de 25-9-1920 noticiou: “Uma gentileza do Sr. Mackenzie:
Como Sua Majestade Elizabeth tivesse elogiado o creme que, após o seu banho,
lhe tem sido servido no Palacete Mackenzie, aquelle diretor da Light tem
enviado ao Palácio Guanabara, diariamente, o mesmo creme, confeccionado na sua
propriedade de Ribeirão das Lages, para que Sua Majestade a Rainha continue a
apreciá-lo”. Em reconhecimento a hospitalidade prestada, os Mackenzie foram
convidados a participar de um almoço no Palácio Guanabara a convite dos
monarcas belgas (Jornal do Brasil, 26-9-1920).
Curiosamente, foi o casal
Mackenzie que teve o privilégio de acolher os monarcas belgas por ocasião dos
banhos de mar em Copacabana, embora houvesse outros palacetes próximos
pertencentes a pessoas de destaque na sociedade, como, por exemplo, o casarão
vizinho aos Mackenzie, pertencente ao Dr. James Darcy e a casa normanda de D.
Guilhermina Guinle, ambos na esquina com a rua Figueiredo Magalhães, além de
outras pessoas ilustres nas redondezas, como o rico empresário Conde Alessandro
Siciliano (com seu casarão na Av. Atlântica situado próximo a rua Santa Clara)
e o Conde de Paranaguá (com seu casarão na esquina da rua Barão de Ipanema com
a Av. Atlântica).
Uma questão não explicada
era o fato do Rei e Rainha trocarem de roupa em um Palacete no Posto 4, para em
seguida irem nadar no mar na extremidade final da praia, no Posto 6. Por que
não mergulhavam no mar ali mesmo, diante da esquina da rua Figueiredo
Magalhães? Provavelmente, por questão de segurança, o Rei e a Rainha foram
orientados a tomar os seus banhos de mar no Posto 6 por ali se encontrarem
águas mais calmas e abrigadas, enquanto que no Posto 4 eram abundantes os
relatos, naquela época, de casos de afogamento, sendo um local onde o mar era
mais aberto, revolto e perigoso.
Para encerrar a nossa
história sobre os Mackenzie no Brasil, Alexander Mackenzie precisou se afastar
da presidência da Light em 1928 para tratar problemas de saúde, e por
recomendação médica acabou indo embora do país e regressou ao Canadá junto com
sua esposa Lady Mackenzie (Correio da Manhã 3-8-1928, O Malho, 18-8-1928).
Finalmente, na segunda metade dos anos 30, Lady Mackenzie veio a falecer em
Londres (6-5-1937). Sir Alexander Mackenzie faleceu em 12-7-1943 em Kincardine,
Ontario, no Canadá.
No centro da cidade de
São Paulo, existe preservado o edifício Alexander Mackenzie, localizado entre o
cruzamento da Rua Coronel Xavier de Toledo com o Viaduto do Chá. O prédio, em
estilo eclético, foi sede da empresa distribuidora de energia elétrica São
Paulo Tramway, Light and Power Company e, posteriormente, da antiga estatal
Eletropaulo. Seu projeto contou com a autoria dos americanos Preston e Curtis,
e a execução do escritório de Severo, Villares & Cia. Ltda. Foi concluído
no ano de 1929 e ampliado em 1941. Desde 1999, após cuidadosa restauração,
abriga o Shopping Light.
Após os canadenses
deixarem o país, o Palacete Mackenzie pode ter sido alugado ou mesmo vendido
(não encontrei os registros), mas o fato é que a casa passou a ser, ainda no
início da década de 1930, a residência do Sr. H. D. Humpstone, presidente da
Standard Oil Company of Brazil (Almanak Laemmert, 1931). A casa acabou sendo
demolida no final dos anos 40, e em seu lugar foi construído, entre 1951-52, o
edifício Sevilha, que permanece no local até os dias atuais. Quem passa na calçada
diante desse prédio na Av. Atlântica dificilmente imagina que, em uma casa que
existiu naquele exato local, morou um estrangeiro que deixou uma grande
contribuição para o desenvolvimento da nossa cidade, que houve naquela morada a
fundação do movimento Bandeirante no Brasil, e que ali estiveram presentes os
monarcas belgas quando se dirigiam para os seus banhos de mar em Copacabana, há
mais de um século atrás.
Bônus: O curioso caso do
homem que mostrou a bunda para o Rei Alberto!
O meu amigo Francisco
Patrício, a quem devo todo o crédito, me enviou essa história (que eu
desconhecia), que é contada no livro “Quase-Memória” do já falecido jornalista
e escritor Carlos Heitor Cony. O livro nos mostra as memórias do pai do autor,
e conta, de forma alegre, muitas histórias interessantes. Segue um resumo de
uma dessas histórias: quando o Rei Alberto se dirigia para visitar São Paulo,
um sujeito entrou no seu vagão do trem durante uma parada à noite, indo até a
sua cabine particular. O que queria esse homem? Ele era um cidadão de ideologia
anarquista e que tinha muita raiva da monarquia. Aproveitando-se do fato que
tinha acesso total ao comboio, por ser ele justamente o chefe da estação de
Barra do Piraí, onde o trem faria uma parada noturna, ele se aproveitou da
situação e partiu para o atentado: entrou no vagão do Rei Alberto, como quem
fosse fazer uma vistoria, invadiu a cabine do Rei, que estava insone e
sonolento, e mostrou a bunda para Sua Majestade!
Nas palavras do próprio
Carlos Heitor Cony: “Dois oficiais, um brasileiro e um belga, o viram entrar.
Mas sabendo que aquele era o chefe da estação, continuaram no fundo do
corredor, imaginando que se tratava de inspeção rotineira nos equipamentos do
vagão.
Com sua mão forte, ele
abriu a porta, aproximou-se do leito real. À luz que vinha do lado de fora, viu
o soberano de camisola e gorro de dormir tentar levantar-se, temendo o punhal
assassino que mancharia Barra do Piraí com o sangue de um descendente da Rainha
Vitória.
Naquele instante, o Rei
deve ter pensado que, sofrendo um atentado tão traiçoeiro, seus primos,
cunhados e consangüíneos em toda a Europa logo providenciariam uma nova guerra
mundial, uma guerra terrível, letal, que lavasse a afronta e o crime de Barra
do Piraí. Ele, Rei, entraria na história, embora associado a Barra do Piraí.
Nada é perfeito.
Temeu em vão. Horácio
Dias de Morais se aproximou, deu as costas ao Rei apalermado dentro de sua
camisola, coberto pelo gorro, levantou o pesado capote esverdeado, capote de
ferroviário da Estrada de Ferro Central do Brasil, arriou as calças e
mostro-lhe a bunda.
O próprio Horácio Dias de
Morais gostava de imaginar a cara apatetada do Rei, contemplando aquela bunda
branca e enigmática, iluminada pela luz de um distante lampião de estação
ferroviária, nas profundezas de Barra do Piraí.”
Texto e pesquisa de
Maximiliano Zierer
Fontes da pesquisa:
Jornais A Noite, Correio da Manhã, Jornal do Brasil, Revista da Semana, O
Malho, Almanak Laemmert, AGCRJ, Blog Saudades do Rio e os sites:
sobre Sir Alexander
Mackenzie:
https://www.memoriadaeletricidade.com.br/.../alexander...
sobre a participação de
May Mackenzie no Movimento Bandeirante no Brasil: https://www.ccme.org.br/.../centenario-do-movimento.../
http://www.bandeirantesp.org.br/historico.php
A Cerimônia de Promessa
das 11 primeiras bandeirantes brasileiras, em 13 de agosto de 1919 na casa dos
Mackenzie na Av. Atlântica (May Mackenzie está no canto esquerdo e Alexander
Mackenzie no canto direito). Foto de autor desconhecido, do site do Movimento
Bandeirante de São Paulo.
O Palacete Mackenzie
recebe o Rei Alberto e a Rainha Elizabeth da Bélgica, Jornal Correio da Manhã,
21-9-1920.
O Rei Alberto da Bélgica
se dirige para o seu banho de mar na Praia de Copacabana, diante da esquina com
a antiga rua Valladares (atual Av. Rainha Elizabeth, no Posto 6). Foto de
Guilherme Santos, 1920.
O Rei Alberto, em traje
de banho, acompanhado por seus assessores e por uma multidão de curiosos, por
ocasião dos seus banhos de mar na Praia de Copacabana. Foto de 1920 do acervo
do Sergio Coimbra, publicada no Blog Saudades do Rio.
Casa da Mãe das
Bandeirantes do Brasil. Foto publicada na Revista da Semana no 3 de 5-1-1929.
Entre as construções em
destaque indicadas por setas, temos no lado esquerdo o Palacete dos
Mackenzie.Foto de Guilherme Santos, 1930, pertencente ao acervo do Instituto
Moreira Sales.
Esta fotografia me foi enviada
pelo Andre Decourt. Nela vemos o trecho da Avenida Atlântica nas vizinhanças da
Rua Figueiredo Magalhães na década de 40. Bem no centro da foto está a casa de
meu tio-avô, James Fitzgerald Darcy, cujo endereço era Rua Figueiredo Magalhães
nº 1. Ficava exatamente ao lado do Palacete Mackenzie. Foi demolida em meados da década de 50, para dar lugar ao Edifício
Vesper.
Esta é a casa de James
Darcy, numa das esquinas da Av. Atlântica com Rua Figueiredo Magalhães. Nesta época já não existia o Palacete Mackenzie, pois o arranha-céu já a havia substituído. A casa, por
alguns anos, teve só dois andares, mais tarde foi acrescentado o terceiro. Tenho
algumas poucas lembranças de quando estive lá. Era muito pequeno.
Assim escreveu Gilberto
Amado ("imortal" da ABL, poeta, diplomata e jornalista), por ocasião
da morte de meu tio:
"James Darcy nasceu
no Rio Grande do Sul em 1876, tendo sido um notável homem público. Foi
fulgurante expositor, na Federação de Porto Alegre, das ideias e programas de
Júlio de Castilhos. Foi jurisconsulto, Consultor Geral da República, sucessor
de Clovis Bevilaqua, colaborador de Rio Branco, que tantas missões difíceis e
de alto alcance internacional e nacional lhe confiou. Foi professor
universitário, administrador das Caixas Econômicas e presidente do Banco do
Brasil; homem múltiplo em tantos aspectos desdobrado ao longo de uma vida de
trabalho e atividade intelectual.
A sua casa, nas primeiras
décadas do século XX, cheia de sua biblioteca, uma das mais completas do Brasil
e certamente a mais completa do ponto de vista da bibliografia política e
literária, era uma espécie de abrigo espiritual e moral onde se viviam
instantes altos e simples, nobres e alegres. A mesa, certos domingos, tinha que
ser encompridada, de ponta a ponta da sala de janelas abertas sobre o mar
murmurante na praia deserta ainda não cortada de tanta buzina de
automóvel. No meio de todos, James Darcy
que a todos era superior em tanta coisa, por certo que de autoridade que nele
espontaneamente emanava, animava-os, guiava-os, fazia-os dar o máximo naquelas
horas fugidias.
James Darcy tinha
conhecimentos extensíssimos não só literários como de todas as belas artes.
Ouvir-lhe descrever uma visita ao Vaticano ou ao Palácio Pitti era um
encantamento. Sabia do que falava e só falava do que sabia. Sua voz esplêndida,
seu ar fidalgo, seus traços nobres sugeriam comparações. Pensava-se num
paladino, num navegador genovês. Sua carreira política foi breve; seu gosto por
ela efêmero. Dedicou-se aos livros e aos amigos. Aqueles, enriquecendo-lhes o
espírito, o tornaram a estes ainda mais querido. Sua importância foi grande.
Sua presença não se apagou com sua morte no Rio Grande do Sul em 1952; durará
para sempre na saudade dos que o conheceram.”
Vemos o Posto de
Salvamento entre as ruas Siqueira Campos e Figueiredo Magalhães, com destaque
da casa de James Darcy ao fundo.
Segundo Gilberto Amado,
“James Darcy sempre esperava os amigos no meio de seus livros e de lindas
crianças, uma das quais a adorável Ligia, sua filha cuja morte tão prematura
matou-lhe para a alegria; sua mãe, Josepha de Sá Darcy (minha bisavó), senhora
dos tempos antigos, leitora de romances, acolhedora e serena, gente boa e sã,
naquela casa boa do bom Brasil velho, incontaminado de modernismos e de
esnobismos. Às vezes, nos domingos, era uma festa a conversação, na plenitude
do convívio animado pelo dono da casa.
Os habitués, os infalíveis,
de todos os domingos, além da família em sua totalidade, irmão (meu avô) e irmã
(tia Ida) ambos já casados, eram Eloi de Souza, deputado, Pires Brandão, advogado,
Alberto Cunha, médico, Candido Campos, jornalista, Amarilio de Vasconcelos,
Edmundo da Luz Pinto e Gilberto Amado.
Nesta colagem vemos
aspectos do interior da casa de James Darcy.
Vemos a foto do acervo do
Sergio Coimbra, enviada para o SDR pela Lucia Simões, a tia Lu. Último banho em
Copacabana do rei Alberto em setembro de 1920. O Rei Alberto da Bélgica visitou
o Rio, tendo chegado no Cais do Porto no couraçado “São Paulo”, enviado para
fazer o transporte até o Rio. Foi uma visita bastante aguardada e, também,
polêmica, pois muito se criticou o valor da verba alocada para a recepção real.
Meses antes da visita o
Ministério das Relações Exteriores solicitou da Prefeitura a macadamização das
ruas do parque do Palácio Guanabara e bem assim a captação das águas
provenientes da montanha que fica nos fundos desse palácio, pois ali se
hospedaria o rei.
Foi o primeiro soberano a
visitar a América do Sul, alardeou a manchete do “Correio da Manhã”. A
programação foi extensa, com desfile militar, sessões comemorativas em diversos
locais, almoço na Embaixada da Bélgica na Praia de Botafogo, récita de gala no
Teatro Municipal para assistir à ópera “Aida” de Verdi, um torneio de atletismo
no campo do Fluminense promovido pela Liga Metropolitana de Desportos
Terrestres, a prova turfística “Grande Prêmio Rei Alberto” no Derby Club, etc.
Várias vezes o Rei
Alberto dirigiu-se pela manhã, muito cedo, à Praia de Copacabana para tomar
banho de mar, antes mudando de roupa no Palacete Mackenzie. Conta o “Correio da
Manhã” que grande multidão apreciou o banho matinal do soberano belga, que
chegou de volta ao Palácio Guanabara às 9h30.
A Rainha Elisabeth
visitou a Tijuca, fazendo o trajeto pela Estrada D. Castorina, indo à Vista
Chinesa, onde o landau em que viajava a soberana fez uma parada. Sua Majestade
não escondeu o grande entusiasmo que lhe causara o soberbo e magnífico
espetáculo. A volta foi feita pela Gávea, visitando as avenidas Niemeyer e Atlântica.
Em outro dia visitou o Instituto Oswaldo Cruz em Manguinhos.
O Rei Alberto foi à Floresta da Tijuca, onde fez um passeio vendo a Gruta Paulo e Virginia, a Estrada do Lampião Grande, Furnas e depois inaugurou a Avenida Niemeyer.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirO gerente até antecipou a postagem para aproveitar melhor o feriado. Apesar de não ter desfiles, alguns blocos tentarão burlar a proibição. Outros aproveitarão as festas particulares e bailes. Os bancos abrem hoje e depois só quarta, após às 12hs.
Sobre a postagem em si, outra aula espetacular sobre Copacabana e seu microcosmo. Existem algumas estereoscopias da visita real belga. Era uma casa real não muito bem vista pelo histórico da ocupação da região do Congo.
Alexandre Mackenzie (aportuguesado) virou nome de rua no centro, onde há quase trinta anos havia instalações da Embratel, então estatal. A Embratel herdou instalações da CTB, quando esta foi estatizada, junto com outros ativos da Light, nos anos 70. Mais uma operação nebulosa da época. Mas eram "outros tempos".
Em tempo, a foto do último banho do rei belga saiu duas vezes na postagem.
ResponderExcluirÉ verdade. Era para ter saído outra, com o cachorro em outra posição. Mas não tenho como corrigir no momento.
ExcluirEsses relatos são típicos de um tempo em que se vivia em "plena civilização" onde a educação e o respeito eram presentes. Copacabana ainda não tinha sido alvo das inúmeras migrações que acabaram degradando o bairro e que tornaram o seu cotidiano "difícil de ser vivido". ## Foi estranha a conduta do funcionário da Central, já que sua atitude mostra que ele era provavelmente adepto dos "costumes de Tibério" e de "certas autoridades judiciárias brasileiras". Como diria o "Severino", personagem do saudoso Paulo Silvino: "Ah, isto é uma ...."
ResponderExcluirNos dias de hoje o Rei Alberto seria considerado um genocida. Para quem já trabalhou na Africa escuta-se muito isso, os nossos colonizadores foram ruins mas nada se compara ao Congo Belga. Ele e o pai são os culpados.
ResponderExcluirBrilhante texto. Sem desmerecer o palacete dos Mackenzie, a quem Rio e São Paulo tanto devem, e sem puxar o saco do gerente, o palacete do seu tio James me pareceu mais adequado para as visitas reais. Belíssimo.
ResponderExcluirA Light recebeu o pejorativo apelido de "polvo canadense". Mas, smj, acho que foi a empresa a quem cariocas e paulistas mais devem o progresso de suas cidades, em vários campos de atividade.
ResponderExcluirContribuindo para a leitura dos "habitués" durante os feriados:
Excluir"Aos sábados, havia um almoço famoso na casa do superintendente da Light, John McCrimmon – o célebre major McCrimmon, um escocês gordo, enorme, que influiu fortemente na vida política brasileira durante anos a fio. Receber um convite para esse almoço dos sábados era um sinal de altíssimo status: lá podia estar, refestelado numa cadeira, o presidente da República, cercado por ministros, senadores, industriais. Num determinado dia, Chateaubriand levou-me à casa do major McCrimmon para que eu contasse ao presidente Eurico Gaspar Dutra, também convidado, como estava Getúlio Vargas. Era impressionante o desembaraço com que Chateaubriand tratava o presidente. Em meio a meu relato sobre as conversas com Getúlio, ele dava gargalhadas e, de vez em quando, tapinhas no traseiro de Dutra.
– Temos que continuar essa ditadura – dizia Chateaubriand, rindo muito. – Aquele homem precisa ser liquidado. – Também McCrimmon parecia divertir-se bastante.
– Conta! Conta! – convidava o homem da Light, enquanto eu falava sobre Getúlio. – Conta mais!
O clima era de puro deboche.
As relações de Chateaubriand com o poder eram extremamente cínicas. Ele mudava a direção quando lhe convinha, fiel apenas a seus próprios interesses. Esses interesses, por sinal, incluíam a vassalagem à Light, que sempre deu dinheiro aos jornais de Chateaubriand. Fui testemunha, às vezes protagonista, de episódios que ilustram à perfeição a subserviência dos Associados à poderosa empresa. Certa vez, Chateaubriand telefonou-me às onze horas da noite, na redação de O Jornal, ordenando que eu fosse imediatamente à casa de McCrimmon para entrevistar o superintendente da Light. Naquele dia, o então general Juarez Távora, um militar muito influente desde a Revolução de 30, fizera acusações à Light, denunciando ações de sabotagem contra as obras da Usina de Salto, e Chateaubriand não podia permitir que elas ficassem 24 horas sem resposta. McCrimmon estava à minha espera para dar o troco.
Tentei ponderar que já era tarde, e que minha presença na redação naquela hora se tornava indispensável.
– O senhor vá pessoalmente e se vire – cortou Chateaubriand.
Fui à casa de McCrimmon acompanhado de Augusto Rodrigues. Encontrei meu anfitrião completamente bêbado, ao lado de um padre escocês igualmente embriagado. Augusto Rodrigues logo bebeu três uísques e também ficou grogue. Fiz o possível para entrevistar o superintendente da Light, passando as declarações diretamente ao linotipista, pelo telefone. Ele me dizia frases temerárias.
– Pode escrever que Juarez Távora não é um homem sério – declarou McCrimmon a certa altura, com a voz engrolada.
Ponderei que se tratava de uma acusação muito grave a um militar com bastante prestígio nos quartéis.
– Então, diga que ele é burro – sugeriu McCrimmon.
Insisti nas minhas ressalvas, lembrando o passado de Juarez. De repente, McCrimmon mudou bruscamente de direção.
– Pois então diga que Juarez Távora é um patriota – decidiu o superintendente da Light.
Saí de sua casa perplexo, mas não demorei a compreender que McCrimmon e Chateaubriand tinham um forte traço comum: o cinismo. Era o cinismo típico dos poderosos.
McCrimmon comandava uma empresa que distribuía propinas a todos os jornais da época. Mesmo o jornal do Partido Comunista, A Manhã, chegou a receber verbas. Os editorialistas mais influentes recebiam diretamente da empresa pagamentos destinados a torná-los dóceis diante das imoralidades que a beneficiavam. As exceções eram raríssimas. Só no dia em que forem abertos os arquivos da Light se saberá até que ponto este país foi corrompido pelo famoso “polvo canadense”, um apelido muito pertinente. Afinal, estavam sob o controle da empresa, naquela época, a luz, o gás, a água, os bondes, os telefones. Tamanho era o seu poder que conseguiu até mesmo a aprovação de uma lei que lhe permitia mandar seus lucros para o exterior em ouro." - Samuel Wainer, "Minha razão de viver", ed. Record, 4a. edição, 1987.
No Museu do Trem existe um vagão especialmente construído para os deslocamentos do rei Alberto.
ResponderExcluirVivendo e aprendendo: eu achava que a rua Rainha Elizabeth era uma homenagem à rainha da Inglaterra.
ResponderExcluirNão é para se envergonhar. Muita gente achava o mesmo. Inclusive eu, por um bom tempo.
ExcluirEu acho que a prefeitura colocou em trechos da rua indicações da origem do nome, antes de as placas das esquinas passarem a ter essa informação.
Acho que o campo do Maravilha, que usava camisas iguais à do Vasco da Gama, era no Posto Quatro. Era dirigido pelo Jaime Pafúncio, porteiro de um dos prédios das redondezas. O Maravilha sempre teve bons times, mas acho que nunca chegou a conquistar um campeonato.
ResponderExcluirCandeias, o Jaime era porteiro num prédio da Constante Ramos. O campo do Maravilha era em frente ao edifício Guarujá, quase em frente à Constante Ramos. Logo após o do Maravilha ficava o campo do Dínamo do Tião.
ExcluirEsse protesto da bunda de fora também é chamado de "bundalelê". Também usado como menosprezo por alguém ou por uma coletividade.
ResponderExcluirDe tremendo mau gosto.
Ouvi falar num caso no interior fluminense (será que foi em Barra do Piraí?), praticado por estudantes que vieram de outros estados. Pressionaram as ditas cujas peladas contra o vidro do ônibus, que por uma acaso passou em frente a uma viatura estacionada da PM, achando que no RJ tudo é uma bagunça.
Resultado: pais e mães, com advogados a tira-colo, tiveram que sair correndo de outros estados para vir acalmar o delegado no Estado do Rio e livrar os filhinhos do castigo maior por atentado ao pudor (HC provavelmente).
Em 2003, revoltado com as vaias da plateia do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde apresentava sua peça "Tristão e Isolda", Gerald Thomas virou-se de costas para o público e mostrou-lhes - como se diz em francês - o derrière.
ExcluirUma autoridade que assistia à peça não gostou, denunciou Thomas por "ato obsceno" e o caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (!), que absolveu o autor. Segundo os doutos escoliastas da Justiça, a atitude do diretor, embora obscena, estava amparada pela "liberdade de expressão".
Thomas comentou à época: "Em vez de me processarem, podiam ter-me atirado tomates. Pelo menos eu garantiria a janta."
Em verdade trata-se do crime de "ato obsceno", artigo 233 do CP, e que tem a pena máxima de um ano de detenção. Trata-se portanto de um crime leve. Já o antigo atentado violento ao pudor se referia ao ato sexual forçado cuja vítima era necessariamente do sexo masculino e que passou a ser tipificado como "estupro" artigo 213 do CP, cuja vítima pode ser tanto do sexo feminino como do sexo masculino. É um crime grave cuja pena máxima pode chegar a 30 anos de reclusão..
ResponderExcluirLeopoldo II, pai do rei Alberto, merece constar do panteão dos maiores assassinos da História.
ResponderExcluirO documentário, acho que no Netflix, King Leopold’s Ghosts é impressionante. A maldade humana não tem limites.
ResponderExcluir... Leopoldo II era um monarca constitucional. E o governo belga, sensatamente, não quis se envolver com aventuras na África. O rei, então, resolveu o problema de maneira insólita. Se a Bélgica não queria o Congo, ele assumiria a região, como se tratasse de uma enorme fazenda — em vez de ser colônia de um país, Leopoldo transformou a área em sua propriedade particular.
ExcluirDe olho em produtos como o marfim e a borracha, o rei foi aos poucos criando uma rede de patronato e influência que na Conferência de Berlim (1885) teve papel preponderante nas discussões da partilha europeia da África. No ano seguinte, Leopoldo II foi agraciado não apenas com uma imensidão de terras de 2 milhões de km², mas também com o controle sobre a vida de milhões de pessoas.
Tudo isso diante de uma série de compromissos, como lutar contra a escravidão e promover o livre comércio na colônia, incluindo a isenção de impostos sobre produtos importados.
Em menos de dez anos, a realidade já estava marcada por uma enxurrada de decretos que não poderiam violar mais os termos dos acordos firmados em Berlim. Além de confiscar terras e aldeias inteiras de congoleses, o rei fez da escravidão a principal forma de trabalho em seus domínios.
Logo Leopoldo II aumentaria a carga de tributos e literalmente se tornaria dono de toda borracha e marfim extraídos no Congo. Suas vontades foram garantidas com a ajuda da Força Pública, um temível corpo de soldados reforçado por mercenários.
Quando não coagia líderes tribais a fornecer escravos para as atividades extrativistas, invariavelmente sequestrando mulheres e crianças como forma de garantir o cumprimento de cotas de produção, a Força Pública tinha carta branca para retaliar casos de desobediências e revoltas. Assassinatos, amputações, estupros e saques eram comuns em casos de cotas não cumpridas.
Tentativas de resistência mais veementes eram contidas com violência tão brutal que contribuiu generosamente para um total de mortos estimado por acadêmicos em 8 a 10 milhões de pessoas, ou o equivalente a quase metade da população congolesa de então.
"Como muitas atividades imperialistas, a colonização belga começou como um mero exercício de pirataria. Mas os níveis atingidos pelo terror nas populações locais, a contribuição da burocracia estatal e as estimativas de mortes fazem com que os eventos do Congo sejam comparáveis às atrocidades do Nazismo e à Grande Fome da Ucrânia, arquitetada por Stalin, por exemplo", diz o historiador Tim Stanley, da Universidade de Oxford.
Diante de uma crescente pressão internacional, o parlamento belga decidiu intervir e, literalmente, tomou do rei o Estado Livre do Congo em 1908. Rebatizou a região de Congo Belga e, em comparação com os anos de terror sob os desmandos de Leopoldo II, reduziu bastante as violações de direitos humanos.
No entanto, o trabalho forçado ainda continuaria em algumas regiões até a independência congolesa, em 1960.
Na verdade, segundo amigo meu, está no Prime Video (Amazon). Quando as vacas engordarem...
ExcluirJá se falou aqui do jardim zoológico com congoleses em Bruxelas até meados do século XX.
ResponderExcluirInacreditável.
Dizem que na China, durante o domínio parcial britânico, nos parques públicos havia placas "Proibida a entrada de cachorros e chineses". Não sei se é verdade.
ResponderExcluirNos EUA era verdade a segregação de ambientes até os anos 60.
ExcluirLembrem que até os anos 90 no Brasil era comum, "boa apariência" nos classificados de trabalho.
ExcluirHoje é domingo de carnaval. Em outros anos, os blocos estariam dominando as ruas e muitos foliões estariam se preparando para desfilar nas escolas do grupo especial. Outros já teriam desfilado nas escolas do grupo de acesso (hoje Grupo 1...).
ResponderExcluirTambém em outros tempos estaríamos aguardando postagens dos fotolog, esperando que o Terra não implicasse com elas. Era comum o Terra censurar uma ou outra foto, mesmo de acervo pessoal, alegando estarem ferindo direitos autorais.
Coisa bem diferente dos tempos atuais...
Algo que não mudou foi os fogos de artifício estourando o dia inteiro, ontem, desde a madrugada.
Boa tarde Saudosistas. Esta transferência de data do Carnaval, foi totalmente descabida, tudo por causa de uma campanha alarmista da mídia durante todo o mês de Janeiro. Tudo por causa de um surto de uma nova cepa do Covid, que não passou de uma gripe forte, que matou bem menos pessoas do que a gripe da Dengue.
ResponderExcluirTem cidade que o número de casos aumentou, em determinado momento os postos de saúde, emergências, enfermarias e UTI's voltaram a ficar sobrecarregadas. Se o número de óbitos foi bem menor com a omicron, deve-se agradecer às vacinas, as experiências anteriores para evitar a disseminação, como o uso de máscara, higienização e o distanciamento, ou seja, proibição de aglomeração.
ExcluirTudo isso pode ajudar a evitar a continuação do colapso do atendimento no sistema de saúde.
O que prejudica quem precisa de socorro até para dengue e muitas outras doenças e também os que têm cirurgias eletivas adiadas.
Sem falar que quando tomaram a decisão de adiar o carnaval oficial a perspectiva era ainda mais preocupante.
E ainda vamos ter que aguardar para ver os resultados do carnaval extra-oficial (o verdadeiro) e do turismo na folga prolongada (com ou sem folia no pacote de viagem).
Os desfiles e blocos de rua foram adiados porque não havia condição de verificar de cada pessoa participante a sua situação vacinal, lembrando que não só cariocas participariam desses eventos. Turistas de outras cidades e de outros estados e países. Em eventos particulares é muito mais fácil fazer esse levantamento.
ExcluirDaqui a duas semanas veremos as consequências dessas aglomerações.
Daqui a algumas semanas também será decidido se as máscaras serão abolidas de vez em todos os ambientes. Oficialmente, porque em muitos lugares abertos ou até fechados isso não é mais usado.
Parabéns para a aniversariante famosa, apesar dos seus defeitos.
ResponderExcluirPor coincidência acabou virando feriado.
Apenas para lembrar aos cavalheiros do círculo (ou, como se diz hoje em dia, "galera") que hoje é, ou deveria ser, comemorado o quadringentésimo quinquagésimo sétimo natalício da Mui Leal e Heroica.
ResponderExcluirApesar de tudo - e é um enorme "tudo" - é a minha cidade, para mim sempre maravilhosa.
ResponderExcluirQuarta-feira de cinzas, parte da cidade volta ao trabalho. Quem pode estica até domingo...
ResponderExcluirFF: a invasão da Ucrânia começa a ter suas consequências. Sanções econômicas, esportivas e políticas. Só falta saber se dará tempo de fazer efeito prático.
FF 2: Fluminense a dois jogos da fase de grupos da Libertadores. Vasco estreia hoje na Copa do Brasil. Ontem o Grêmio estreou e já foi eliminado, se juntando à Ponte Preta. O Volta Redonda conseguiu ser eliminado pelo Tuntum, que tem menos de um ano...
FF 3: o prefeito pediu ontem de aniversário que a prefeitura ganhasse o anexo do palácio Tiradentes na Praça XV para poder implodí-lo...
Espero que o gerente não estique, já estou em crise de abstinência de novas postagens ....
ExcluirParabéns Rio de Janeiro, Feliz Aniversário, tudo de bom para você, de saúde, de educação, de segurança, de transporte, de saneamento, de habitação e principalmente de políticos honesto, você merece.
ResponderExcluirTransmissores serão religados provavelmente na sexta-feira.
ResponderExcluirAlvíssaras !
ExcluirFF: atualizações futebolísticas - o Vasco está classificado para a próxima fase da Copa do Brasil, assim como a Portuguesa, que venceu na Ilha. O América/MG também está a dois jogos da fase de grupos da Libertadores. Ganhou (fora) no tempo normal e nas cobranças de pênaltis. O Palmeiras venceu o CAP na segunda partida da Recopa Sulamericana e foi o campeão.
ResponderExcluirEm tempo, hoje alguns comentaristas irão desejar "Feliz Natal"...
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