A história da Av.
Niemeyer começou em 1891 quando a Companhia Viação Férrea Sapucaí iniciou a
construção de uma estrada de ferro ligando a Zona Sul (então o bairro de Botafogo) com Angra dos Reis.
A obra, após os primeiros
metros, não foi adiante, só sendo retomada em 1911, quando ali se instalou o
Colégio Anglo-Brasileiro. Para servir ao colégio, seu dono, o inglês Charles
Weeksteed Armstrong, abriu o Corte do Leblon, além de construir cerca de 1
quilômetro da futura Av. Niemeyer.
Mais tarde, o coronel
Conrad Niemeyer prolongou-a até a Praia da Gávea, baseado em projeto de Paulo
de Frontin e, em 1916, doou-a à cidade.
No final da década de
1910, a avenida, por conta da visita do Rei Alberto, da Bélgica, foi alargada
pelo Prefeito Paulo de Frontin, além de ter sido asfaltada e ter o raio de suas
curvas aumentados. Os prefeitos seguintes, Carlos Sampaio e Alaor Prata fizeram
melhoramentos inclusive com a construção da Gruta da Imprensa.
Esta avenida, guardadas
as proporções, é tão bonita quanto a Costiera Amalfitana. No entanto, no lugar
de lugares como Amalfi e Positano, temos o Vidigal degradado por uma enorme
favela que não para de crescer.
Esta foto é repetida, mas é muito interessante. Certamente o casal estava se dirigindo para uns dos motéis da Barra, há muitos anos. Um flagrante e tanto. Muito provavelmente nos dias de hoje o fotógrafo teria levado um tiro...
A bela paisagem que se via a partir da avenida foi bloqueada há anos pela colocação de uma enorme tubulação e pela construção da ciclovia de triste memória. Uma pena.
O trajeto São Conrado-Leblon é infinitamente mais bonito quando feito pela Av. Niemeyer.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirPassei algumas vezes pela avenida, em ambos os sentidos. Fui uma vez no hotel Shereton não lembro para quê, provavelmente a serviço, e não tive chance de curtir a vista.
Hoje impensável, seria interessante imaginar uma ferrovia cortando certas regiões da zona sul e, por que não, da zona oeste. Seria o tal empurrão para a urbanização da região.
Em tempo, a Gruta da Imprensa foi palco de vários ensaios fotográficos.
ResponderExcluirNa foto 2, um Oldsmobile 1960, bubble top, provavelmente 88; uma lancha em muitos sentidos - largura, comprimento... Um despautério as pessoas não fazerem um aproveitamento racional do espaço.
ResponderExcluirNa foto 4 um Chevrolet Fleetline 1951.
Muitíssimas vezes usei a Niemayer para ir ou voltar do São Conrado e da Barra. Nos anos 90 eu costumava ir às Quintas-feiras em um "Happy-hour" no Hotel Sheraton. Também nos anos 80 costumava frequentar a Boite Papillon no Hotel Intercontinental. Bons tempos. ROM referência à segunda foto, eu "discordo parcialmente" da afirmação de que o casal iria para um motel. Naquela época era possível dar uns "apertos" dentro do carro na praia de São Conrado ou mesmo participar de um "concerto de oboé".
ResponderExcluirCom
ExcluirPassei poucas vezes na Niemeyer, mas o suficiente para concordar que o visual era muito bonito.
ResponderExcluirAlém desse trecho de construção ferrovia não executado, a linha também nunca chegou à Angra pela orla. Mas a partir de Santa Cruz foi em frente, chegando à Mangaratiba. Dessa cidade ainda sai trem carregado de minério até Itaguaí.
Também tem trilhos entre Itaguaí e o Distrito Industrial de Santa Cruz, para a Cosigua e a CSA, mas aparentemente de lá não tem linha ligando essas indústrias à estação de passageiros do bairro.
Se a tal ferrovia tivesse se concretizado a Barra e Recreio seriam hoje um grande favelão. Bem provável que na época já se imaginava isso; espaço próximo da fresca orla não poderia ser para o bico de qualquer um...
ResponderExcluirPor coincidência ontem conversava com um jovem sobre essa via. Ele não sabia que ela foi um dos trechos da antiga pista de corridas conhecida como Trampolim do Diabo. Fã de competições automobilísticas, ficou empolgado com a história e disse que iria pesquisar e se informar sobre o assunto.
ResponderExcluirFui íntimo dessa avenida por muitos anos. Era como se ligasse o piloto automático do fusquinha e lá ia em direção à Barra da Tijuca. Frequentei também os hotéis internacionais da região, particularmente o Intercontinental, com sua música ao vivo. Havia também um restaurante (não lembro o nome) que ficava pouco antes da entrada para o Vidigal, com um panorama deslumbrante ao entardecer. Sem contar o Vip's, claro.
Sugestão de leitura: https://www.uol.com.br/nossa/reportagens-especiais/da-musa-de-jobim-ao-escandalo-do-topless-as-revolucoes-da-praia-de-ipanema/#page19
ResponderExcluirA avenida Niemeyer tem sido palco de vários crimes: um casal, após assaltado, jogado do alto do mirante; o furto dos canos de alumínio do guarda-corpo da malsinada ciclovia que a margeia (lembremos que o alumínio, depois do cobre, é o metal de maior valor para os sucateiros); o caso da ressaca que fez desabar um trecho recém-inaugurado dessa ciclovia, acarretando a morte de duas pessoas (e justo sobre as estruturas da Gruta da Imprensa, que há 100 anos suportam, intrepidamente, as borrascas do Atlântico)…
ResponderExcluirMerece ser lembrado aqui o mais famoso deles, que ocupou as manchetes dos jornais tanto quanto o “crime do Sacopã”, duas décadas antes: o assassinato, em 1977, de Claudia Lessin Rodrigues, um caso de homicídio triplicadamente qualificado (artigo 121, parágrafo 2º, incisos I, III e IV do CP). O corpo da moça foi preso a sacos cheios de pedras e jogado ao mar a partir do “Chapéu dos Pescadores”, tendo, no entanto, ficado preso na encosta. O principal responsável, filho de um rico industrial, escapou ao julgamento fugindo para o exterior; seu assecla foi condenado apenas por “ocultação de cadáver”.
O trajeto via Niemeyer é muito bonito, mas o caminho para Grumari também é lindo. Aliás, isso não é exclusividade do Rio. Trajetos costeiros são sempre bonitos, seja no Vietnam, Grécia, Itália, Angola, Togo, ou outro pais qualquer.
ResponderExcluirOs viajantes podem testemunhar isso à vontade aqui.
Esse Oldsmobile 1960 conseguia a proeza de ser feio de cara e de bunda. Vade retro!
ResponderExcluirO caso Lessin, oomo o da Aída Cúri, o da Ângela Diniz, Dana de Tefé e outros prova a bosta que é a legislação brasileira. Nos EUA todos teriam ido para a cadeira elétrica. Ou pegado prisão perpétua sem direito a condicional. Aqui no rendez-vous da mãe joana todos sabemos como é.
ResponderExcluirO comentário proferido pelo suposto "Anônimo" às 10:40 é perfeitamente coerente. A Niemeyer atualmente é uma "via de risco". Mas no passado foi palco de alguns crimes, alguns deles de repercussão. O mais famoso vitimou Cláudia Lessin Rodrigues, ocorrido em 1977. O autor Michel Frank possuía dupla nacionalidade e era filho do rico industrial Egon Frank, que possuía "ligações políticas". O Delegado responsável pelo I.P, Hélber Murtinho, era "amigo" de Egon Frank e no desenrolar as investigações avisou ao pai de Michel "com alguma antecedência" que pediria a prisão preventiva de Michel e do "bucha" George Kour. Em razão disso Michel Frank teve tempo de "dar às de Vila Diogo" e desaparecer nas "brumas da Europa e pouco depois Kour foi preso e posteriormente condenado por ocultação de cadáver, artigo 211 do C.Penal. Diga-se de passagem um crime de menor potencial ofensivo e afiançável cuja pena máxima é de três anos de reclusão. Michel morreu anos depois e nunca pagou pelo crime.
ResponderExcluirMorreu em um abrigo nuclear na Suiça, Brasil é isso Rico nunca paga.
ExcluirComo já contei aqui tive a a oportunidade de ver as fotos da autópsia da Claudia. Nunca vi coisa mais bárbara. Não tenho adjetivos para classificar os autores.
ResponderExcluirO PIB brasileiro deve muito ao crime. Se os crimes fossem extintos, milhões de pessoas seriam demitidas, milhares de empresas faliriam, seria o caos dos fabricantes de automóveis, das joalherias, das grifes de luxo, dos fabricantes de armas e de celulares, dos plantadores de maconha, dos importadores e exportadores de cocaína, dos fabricantes de iates, etc. Haveria demissão geral de policiais, de juízes, de advogados. O PIB iria desabar. Seria o caos. Então, longa vida para o crime. Pau na corcunda de quem tentar contê-lo. E la nave va. Para o Hades.
ResponderExcluirO Hélio não deixa de ter algumas razão em seu comentário das 14:06. Depois que o Adultério foi descriminalizado o número de "chifrudos" aumentou consideravelmente. No passado m "flagrante de adultério" era coisa séria! Era preciso a presença de uma Autoridade Policial, de um fotógrafo, e a "materialidade do fato". Quanto ao fato do PIB dever muito ao crime organizado, isso é fato. O maior "empregador e patrão" é o tráfico de drogas. O Tino Júnior tem razão em seus comentários.
ResponderExcluirBoa tarde Saudosistas. Uma avenida com muita história, sendo a grande maioria trágicas. Poderia ser a avenida mais bonita do Rio e do Brasil, mas graças aos nossos políticos demagogos, ela não é, comparar com a Costa Amalfitana é também um pouco de exagero, nada onde esteja uma favela pode se dizer que é bonito, no máximo que é lamentável e triste.
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