Vemos a capa do guia que era distribuído, pelo Departamento de Turismo
do Estado da Guanabara, aos visitantes na década de 60. Bem feito, tinha diversas indicações que poderiam ser de interesse do turista.
Nesta página do guia vemos a indicação de alguns restaurantes. Alguns
famosos, outros desconhecidos, pelo menos para mim, como o “La Cremaillère” e o
“Sator”. Talvez algum dos comentaristas possa opinar sobre eles. Na época,
segundo relatos, destacavam-se o “Le Bec Fin” e o “Bife de Ouro”, do Copacabana
Palace. Cheguei a frequentar o “Ouro Verde” – era muito bom.
Quanto aos profissionais indicados temos o Dr. José Victor Rosa
(Radiologia) e o Dr. José Kós (ORL). Acho que há um erro em identificar o Dr.
Clementino Fraga Filho, famoso clínico-geral, como dentista.
Numa outra folha do guia "Rio Index vemos citados alguns bares e
boates frequentados por alguns comentaristas na juventude. Além dos que aparecem no guia havia vários que deixaram saudade:
O "Le Bateau", do discotecário Ademir, ficava onde hoje é a
unidade Copacabana da Clínica de Medicina Nuclear da Guanabara, na Praça
Serzedelo Correia nº 15.
O "Marius´inn", no fundo da galeria onde funcionava o Cinema
Riviera na Raul Pompeia.
Na Siqueira Campos nº 12 ficava o “Jirau”, do Sidney Régis, que pegou
fogo e depois foi reaberto como “New Jirau”. Hoje é uma churrascaria.
O "On the rocks", no Panorama Palace Hotel, na Alberto de
Campos em Ipanema, onde também ficava o “Berro d´Água” já muitas vezes citados
por aqui e local onde o prezado Conde di Lido levava as “BRs” para
impressioná-las.
Naqueles anos estavam em moda as cervejarias como a “Bierklause”, na
Ronald de Carvalho no Lido, e a “Grinzing”, em Ipanema, na Visconde de Pirajá nº
459 onde sempre havia música ao vivo e muita alegria.
Do “Canecão” nem é bom lembrar face ao seu abandono há anos. Uma pena.
O “Zum-Zum” foi imortalizado pelo show “Vinicius e Caymmi no Zum-Zum com
o Quarteto em Cy e Oscar Castro Neves”.
O “Bolero” tinha má fama e já foi objeto de um extenso “post” por aqui.
O “Black Horse” era em Ipanema, na Praça General Osório.
No “Sachinha`s”, no Leme, despontava o Monsieur Limá. A “Saint-Tropez”,
na Av. Atlântica tinha como discotecário o Pedrinho Nitroglicerina.
O “Kilt Club” era o reduto do velho Rouenzão, segundo o Rouen.
Segundo o Conde nunca houve noites como a do “Hippopotamus”, do Ricardo
Amaral.
O circuito de bares em Ipanema incluía o “Veloso” na Montenegro, o “Castelinho”,
o “Zepelin” na Visconde, o “Jangadeiros” na Visconde e depois na Teixeira de
Melo, e o simpático e efêmero “Varanda”, na Maria Quitéria. No Centro o “Bar
Luiz” já fechou, reabriu e não sei se já fechou de novo na atualmente
abandonada Rua da Carioca.
Esta foto da Praça Paris nos lembra de como o Rio era bem tratado naquela época.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirO guia é de depois de 1967, ano de inauguração do Canecão.
Guias mais recentes incluiriam alguns poucos endereços mais a oeste.
Nesse guia não havia indicação de locais para esportes, como o Maracanã ou o JCB? Anos mais tarde provavelmente seria incluído o hoje finado autódromo.
Estarei acompanhando os comentários.
O folheto da foto 1 era provavelmente distribuído para turistas e agências de viagem não tinha a "chancela oficial", foi impresso de forma tosca, e isso pode ser observado em alguns detalhes: não aparecem o nome do Governador do Estado e nem tampouco existiu um "Departamento de Turismo" e sim uma Secretaria Estadual de Turismo, que tinha sede na Rua Real Grandeza e que em 1972 transformada em uma "Empresa de economia mista", a Riotur. Esse folheto se refere provavelmente aos "primórdios" de um Estado de Guanabara sem os grandes túneis e sem as vias expressas, onde as casas noturnas se restringiam a estabelecimentos em sua maioria na zona sul.
ResponderExcluir“(...)Então, como eu já estava em época de viajar e não recuso uma viagem, fiz uma retirada estratégica. Fui embora para a Europa e deixei a UDN votar à vontade a mudança da capital para Brasília, que era inelutável.
ExcluirDe volta, me deparei com uma loucura que foi a Lei San Tiago Dantas . Em 24 horas foi decidida a mudança para Brasília. A Câmara e o Senado - praticamente em 24 horas - votaram a lei que criava o Estado da Guanabara. Então, apesar de todo o talento do San Tiago Dantas, foi uma lei completamente, vamos dizer, informe. Deixava um feto, que era o Estado da Guanabara. Não era nem uma criança recém-nascida, era um feto! Não tinha estatuto jurídico, não tinha como definir! Não tinha nada! Simplesmente, como não se podia deixar um vácuo aqui, criaram o Estado da Guanabara e nomearam um governador provisório, o Embaixador Sette Câmara. Aí, sim, deu muito trabalho estruturar juridicamente o Estado ; criar uma constituição; definir as áreas de competência; providenciar a transferência do que era do governo federal, e assim por diante.” - Carlos Lacerda, Depoimento, ed. Nova Fronteira, 1978, p. 196.
Há algum tempo li que a proposta original seria fazer a fusão logo na época da mudança da capital, sem criação de cidade-estado. Pode ter havido tanta pressa do JK em fazer a mudança que o plano teve que mudar.
ExcluirMais fácil fazer uma transição de distrito federal para um estado nos mesmos limites do que uma transição parcial para um município, que seria inserido em um outro estado...
A fusão, como sabido, foi um jeito do ditador de plantão subtrair três senadores de oposição de uma tacada só...
Parece que vivíamos em outras terras...
ResponderExcluirJardins tratados, ruas limpas e governantes sérios.
Como perdemos em qualidade de vida!
Eu gostaria de saber se os tradicionais "cartões postais" e Casas de eventos do Rio de Janeiro atual em seus "folders" de propaganda possuem em negrito os dizeres "área de risco" e/ou "ambiente impróprio para crianças, adolescentes", ou onde ocorrem "ilícitos penais". Caso não constem tais dizeres os estabelecimentos deveriam ser autuados com fulcro no artigo 36 da Lei 8078/90 (leia-se Código de Defesa do Consumidor). A resposta é negativa. Fica a sugestão para as autoridades...
ResponderExcluirApesar de ter conhecido algumas das casas noturnas e restaurantes citados no guia não era exatamente a época em que era assíduo na noite da zona sul. A Barra então era minha eleita para as incursões noturnas.
ResponderExcluirAgora um registro: Certa vez fiz uma enquete informal para saber a opinião de veteranos requentadores e alguns profissionais para entender porque alguns lugares faziam mais sucesso que outros. Muitas opiniões ouvidas mas uma destaquei como curiosidade. Um assíduo frequentador afirmou que para ele a melhor casa noturna era aquela que reunia a maior quantidade de malucos por m2.
(correção)...frequentadores...
ExcluirA fusão com o Estado do Rio foi a pá de cal no Rio de Janeiro.
ResponderExcluirMas o que gostaria que ficasse ? Uma cidade-estado ?
ExcluirAnônimo, o Estado da Guanabara era uma Cidade-Estado e possuía uma excelente situação fiscal em razão de recolher impostos de competência estadual e municipal. Veja o exemplo do Distrito Federal, que além disso "exporta tecnologia e expertise" para "constituir organizações criminosas". O velho "Estado do Rio" sairia dessa "desfusão" de forma também vantajosa em razão dos royalties do petróleo e da infraestrutura adquirida após 1975, já que antes disso quase não havia estradas e sim "picadas". Grande parte do lixo político existente "além dos limites da Pavuna" continuasse por em "terras iguaçuanas, caxienses, nilopolitanas, campistas, e muitas outras.
ExcluirContinuaria
ExcluirNa Montenegro - entre Prudente de Morais e Visconde de Pirajá - existiu um bar (nas décadas de 60 e 70) chamado Braseiro.
ResponderExcluirMuito menos badalado do que o Veloso que ficava logo ali na esquina, tinha um bom chope, diversos petiscos, garçons simpáticos e preços honestos.
Ótimo lugar.
O gerente, durante anos, foi o Santana, zagueiro do Flamengo, irmão do goleiro Fernando, também do Flamengo.
ResponderExcluirE, se não me falha a memória, o garçom mais conhecido era um senhor chamado José, que - é claro - atendia por Zé... "Zé, traz mais uma porção de linguicinha"
ResponderExcluirE a Itália conseguiu ser eliminada pela Macedonia do Norte e está fora da Copa do Mundo.
ResponderExcluirSegunda copa seguida que a Itália não vai. Mais cedo Japão e Arábia Saudita conseguiram a vaga direta.
ResponderExcluirAqui na América do Sul duas seleções (Equador e Uruguai) podem se garantir hoje. Nas Américas do Norte e Central, o Canadá também pode se classificar hoje.