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sexta-feira, 18 de março de 2022

GARIMPAGENS DO NICKOLAS - AV. PRESIDENTE VARGAS

As três fotos de hoje foram garimpadas pelo Nickolas e publicadas no FB.

A Avenida Presidente Vargas com sua super largura e galerias sobre as calçadas, obra rival da Avenida Rio Branco que a corta perpendicularmente, uma ideia antiga da época imperial, foi feita pelo prefeito Henrique Dodsworth.

Já com Mauá (em 1857) havia a ideia de trazer o Canal do Mangue até o Cais dos Mineiros. Agache estabelecera o prolongamento sem canal e, com o abandono do seu plano, a ideia ficara esquecida. O Serviço Técnico do Plano da Cidade retomou a ideia e apresentou-a num "stand" da Feira de Amostras de 1938 e foi aprovada por Getúlio Vargas.

Para a execução do plano, houve uma vontade férrea, a lembrar a ditadura Passos. Entre as inúmeras "pedras" no caminho da Presidente Vargas estavam a própria Prefeitura, a Escola Benjamin Constant, a Candelária, a igreja de São Pedro dos Clérigos, a de São Domingos e a do Bom Jesus do Calvário, a supressão de uma faixa do Parque Júlio Furtado, a Praça do Comércio de Grandjean.

Contornaram-se vários problemas e respeitou-se a Candelária no seu eixo e cerca de prédios menos altos (12 andares). A avenida, em sua imensa reta, não respeitou mais nada, adotando o arrasamento dos quarteirões entre as ruas General Câmara e São Pedro, desaparecendo com ele a famosa Praça Onze. Foi inaugurada em 07/09/1944.

Durante uma determinada época, onde o automóvel reinava, parte da Av. Presidente Vargas funcionava como um grande estacionamento.

Toda vez que se fala da Av. Presidente Vargas se lamenta que a Av. Rio Branco não tenha mantido suas características antigas, com magníficos prédios. Que todos os edifícios atuais estivessem na Presidente Vargas e não na Rio Branco significaria um centro do Rio muito mais bonito.


Montagem das arquibancadas para os desfiles de carnaval na Av. Presidente Vargas. Era um transtorno para o trânsito.

12 comentários:

  1. Bom dia a todos. O trânsito na Pres. Vargas nos dias de hoje, é o mínimo, visto que o centro da cidade está totalmente desativado, o local de maior concentração de comércio e pessoas é o Camelódromo da Uruguaiana. Saudades das decorações de carnaval, coisa que não levaram para o sambódromo.

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    1. A ideia original era não colocar decorações no Sambódromo, afim de não concorrer com as alegorias das escolas de samba.
      Mesmo assim no Governo Moreira Franco montaram algumas coisa decorativa nas arquibancadas. Provavelmente só para contrariar a determinação aprovada no governo anterior.

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  2. A Escola Benjamin Constant foi transferida para a Pç. Marechal Hermes no Santo Cristo bem antes do início da construção da Av. Pres. Vargas. A demolição dessa edificação na Praça XI já estava decidida em dezembro de 1937 e foi executada em janeiro de 1938, conforme notícias do Correio da Manhã, que chamou o prédio de pardieiro.
    Ou seja, não entra na conta do "bota-abaixo" do Dodsworth/Getúlio.
    A Praça XI ainda existe oficialmente. Atualmente bem definhada, mas existe. Bem no início da existência da Pres. Vargas ainda tinha a configuração original, porém mais estreita. Porém, devido as faixas movimentadas da avenida, passou a ser uma aventura atravessar as pistas para chegar até ela. Podemos dizer que deixou de ter uma "vida" de praça. Como um corpo cheio de amputações e sem espírito.

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  3. A gente sempre prefere que as construções antigas fossem preservadas, mas nesse caso da Presidente Vargas, não tinha como. Imaginem como seria chegar no Centro sem essa avenida, com o trânsito intenso nas apertadas ruas que existiam. Mesmo com a larga avenida, o trânsito costumava ficar congestionado tanto no sentido Candelária pela manhã, como no sentido Pça da Bandeira à tarde. E com o cruzamento com o VLT, piorou pois o sinal, às vezes, fica até quase 10 minutos fechados. Isso tudo antes da pandemia. O último edifício à direita é o Belacap, onde funcionou a sede da Eletrobrás e hoje é (ou era) ocupado pela Estácio. Do outro lado, durante o boom imobiliário pré Olimpíada/ pré Copa, construíram três edifícios envidraçados, que acho estão majoritariamente vazios.

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    1. Eu queria que tivesse sido preservada a Rio Branco, não a Presidente Vargas.

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  4. Boa Tarde! Já vai longe o tempo em que o sonho de consumo de quase todo empresário era ter escritório na Presidente Vargas. Me parece que agora é na Barra.

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  5. Na última foto, o edifício azul e branco parece ser o da esquina com a rua Uruguaiana. E o número 633 da Presidente Vargas.

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  6. Eu até posso concordar que os edifícios atuais são muito mais funcionais que os antigos da Rio Branco. Mas em matéria de beleza e arte, nota zero. São paralelepípedos em pé. Praticamente modulares, cada módulo prêt-a-porter. O pior exempmo deles é o Avenida Central. Ô coisinha feia, sem graça, sem arte, sem rebuscamento, sem alma, sem charme. Qualquer macaco projetaria algo assim.

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  7. Na segunda foto, o ônibus de traseira deve ser da linha 220 - Usina x Mauá, atual Usina x Candelária.

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  8. Olá, Dr. D'.

    Manhã atribulada, precisando sair e só podendo ver a postagem agora.

    Os especialistas dataram a segunda foto por volta de 1970. A primeira é um pouco mais antiga.

    Peguei ainda nos anos 80 a época sem o canteiro central. Antes da pandemia aos sábados parte da avenida continuava servindo de estacionamento para clientes do SAARA.

    A Presidente Vargas quase se chamou Dez de Outubro, data da implantação do Estado Novo. Acho que esse era o nome apresentado no projeto da Feira de Amostras de 1938. No fim, venceu o ego do Gegê...

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