Hoje é sábado, dia da série “DO
FUNDO DO BAÚ”. E de lá sai um radinho SPICA
absolutamente igual a um que ganhei de presente da madrinha. Era companheiro inseparável
de todas as horas, da mesa de cabeceira ao velho “Maraca”.
Ia comigo para o estádio num
tempo de bom futebol, de Garrincha, Didi, Newton Santos (depois virou Nilton),
Quarentinha, Zagalo, Sabará, Pinga, Almir, Delém, Paulinho, Belini, Valdo,
Telê, Maurinho, Castilho, Pinheiro, Joel, Dida, Dequinha, Indio, Babá,
Evaristo, Zózimo, Calazans, Alarcon, Canário e tantos outros que vi no Maracanã
e pelos campos pequenos do Rio (São Januário,
Moça Bonita, Campos Sales, Gávea,
General Severiano, Laranjeiras, Conselheiro
Galvão, Bariri, Teixeira de Castro, em Niterói (Canto do Rio),
Kosmos (Portuguesa), Italo Del Cima, Figueira de Melo).
Nele ouvia os comentários sobre os
árbitros, ainda eram "juízes", tais como Mario Vianna, Gama Malcher,
Eunápio de Queirós (o "Larápio de Queirós"), Amilcar Ferreira,
Frederico Lopes. Em que a SUDERJ era ainda ADEM (Administração dos Estádios Municipais),
depois virou ADEG (Administração dos Estádios da Guanabara), em que o
alto-falante a toda hora anunciava "a Adeg informa, no Pacaembu, gol do
Santos (e após um pausa) ...Pelé`!!!", em que o cachorro-quente da Geneal
e o Chica-Bon faziam a alegria de todos.
Os comentários ouvia dentro do lotação
Lins-Lagoa ou dos ônibus Grajaú-Leblon ou Barão de Drumond-Leblon.
Era o tempo de sonhar com a
vitória do time, de ver quem ganharia o moto-rádio ou seria escalado na
"seleção da rodada" (para ganhar um relógio Mondaine), de ler a
coluna "Penalty", do Otelo Caçador. E de ver a Charanga do Jaime, do
talo de mamona do Ramalho, de ver a Dulce Rosalina comandar a torcida do Vasco
e o Tarzan a do Botafogo, de espirrar com o pó-de-arroz lançado pelos
tricolores. Era o tempo de milhares de
vaga-lumes na arquibancada (quando os fósforos eram riscados para acender os
cigarros), da bola G-18 marron, do "garoto do placar", da
arquibancada de concreto áspero. Era o tempo de ouvir o Valdir Amaral, o
Doalcei Camargo, o Oduvaldo Cozzi, o Jorge Curi, o Orlando Batista, o Clóvis
Filho. E os comentaristas Benjamim Wright e Rui Porto.
No SPICA, que tinha também um “egoísta”
numa bolsinha presa na tira que envolvia o radinho, a estação preferida era a Continental,
cujas transmissões esportivas tinham uma dramaticidade tremenda e a equipe de reportagem
era comandada pelo Carlos Pallut. Havia muitas trocas de locais de trabalho entre
os locutores, mas na Continental lembro do Clovis Filho, Benjamim Wright, Carlos
Marcondes, Teixeira Heizer, Luiz Fernando. Transmissões patrocinadas pela “MIL –
a milionária do Castelo” e pelo Guaraná Princesa e Cerveja Black Princess.
Capítulo à parte eram os locutores
e seus bordões: na Rádio Globo, Waldir Amaral ("você ouvinte é nossa meta.
Pensando em você é que fazemos o melhor"; "está deserto e adormecido
o gigante do Maracanã"), João Saldanha ("meus amigos") e Mário
Vianna ("errrrou! errrrou! banheeeeiraaaa! ilegal! gol ilegal"). Na
Rádio Tupi, Doalcei Camargo ("o relógio marca"), Rui Porto. E ainda
Antonio Cordeiro, Orlando Baptista e seu linguajar empolado, Geraldo Romualdo
da Silva. E o “rei do rococó”, Oduvaldo
Cozzi. Todos viam a bola “passar raspando”, “um perigo iminente”, “um gol
impossível de perder”, tornando qualquer jogo insosso na mais dramática das
partidas para angústia de todos nós, torcedores. E, além dos bordões, criavam
apelidos para os heróis de nossa infância: “Enciclopédia”, “Violino”, “Leão da
Copa”, “Leiteiro”, “Constellation”, “Formiguinha”, “Príncipe Etíope”, “Doutor”,
“A mais alta patente do futebol brasileiro”, “Rei”, "Possesso", “Rei
da folha seca”, "Queixada", e tantos outros...
Também não faltava no SPICA a
Rádio-Relógio que, de minuto a minuto, dava a hora certa (eram 30 segundos de
anúncios, tipo “Galeria Silvestre, a galeria da luz, depois do sol quem ilumina
seu lar é a Galeria Silvestre”, e 30 segundos de informações gerais). Na Rádio
Jornal do Brasil, o "Pergunte ao João" era uma espécie de Google da
época, tirando as dúvidas dos mais variados assuntos, e o anunciado e nunca
ouvido “Encontro Marcado”, com Dom Marcos Barbosa. Na Rádio Nacional, era
imperdível o "Repórter Esso", com Heron Domingues, e o "Balança
mas não cai" com seus quadros famosos: Primo Pobre (Brandão Filho) e Primo
Rico (P. Gracindo) e Peladinho (Germano), o folclórico flamenguista. E o diário
“No mundo da bola”, patrocinado pelas Casas Hudersfield ("difícil de
pronunciar, mas fácil de encontrar"). Na Rádio Tamoio o destaque era o “Música
na Passarela”, com a famosa música ciclâmen. A Mayrink Veiga também tinha um
bom programa de música à tarde.
O SPICA foi uma grande companheiro!
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Bom Dia ! Este radio foi companheiro de quase todo jovem. Na minha "patota " eu fui um dos últimos a comprar esta novidade.
ResponderExcluirBom dia. Quando comecei a ter entendimento como gente, a minha primeira lembrança era esse rádio Spica na cabeceira de meu pai. Ele ia à todos os jogos com ele. O rádio em seguida passou às minhas mãos. O velho Spica era levado ao Maracanã e sempre voltava incólume. O futebol naqueles tempos de pouca televisão e nenhuma internet, tinha uma aura de magia indescritível, algo que só quem viveu aqueles tempos pode avaliar. Acho que o rádio foi a grande mola propulsora do futebol. Não existe mais a quantidade nem a qualidade de programas esportivos como em tempos passados. Os jogos "chinfrins" tinham público de 25.000 pessoas. Hoje em dia "grandes jogos" levam 30.000 aos estádios. Positivamente, eu prefiro o passado...
ResponderExcluirNão tive Spica, minha tia-avó teve. Eu ganhei em 62 um Crown azul, que era a metade do Spica e funcionou bastante. Ouvia bossa nova nele e jogos do Flamengo, sempre sofrendo quando o Botafogo aparecia. Hoje me perguntam porque tenho tanto ódio ao Botafogo... Levou os melhores craques do Flamengo, ganhou inúmeras vezes por 1 a 0 aos 35 minutos do segundo tempo. Tem mais é que ir para Marechal Hermes, ou depois.
ResponderExcluirAlberto da Gama Malcher foi meu vizinho no edifício. Gente muito boa, embora meio sisudo, andava de bicicleta e, na fase comentarista de futebol, arranjou um Chevrolet Bel-Air Station Wagon 1963 imensa, verde claro metálico. Talvez fosse Impala, com 3 lanternas, não consigo ter certeza.
Caramba Luiz você disse tudo,que época maravilhosa, podíamos ir a qualquer estadio sem problemas,e o Spica era sem dúvida o radio da época.É bom lembrar do seu Américo o cara que mudava as placas do placar.Hoje essa vida esportiva sadia acabou pelo menos aqui no Brasil.
ResponderExcluirBom dia. Impossível me furtar de comentar esse "Fundo do Baú". Mencionado em outras ocasiões esse ícone de uma ou duas gerações fez parte do cotidiano de muitos no final dos anos '50, início dos '60. Quando começaram a surgir os primeiros rádios portáteis era moda desfilar pelas ruas com alguns pendurados pelas alças nos ombros dos jovens ou, mais comum, colados nos ouvidos. Curioso que não era de bom tom usar o fone de ouvido apelidado de "egoísta", "et pour cause", como diriam os franceses. Esse radinho me deu a oportunidade de ouvir os programas da época, em especial os humorísticos da rádio Mayrink Veiga, e o antológico programa comandado pelo jornalista e compositor Antônio Maria. Foi em uma dessas ocasiões que o ouvi anunciar que naquela noite iria apresentar um cantor que, curiosamente, segundo o locutor, iria cantar completamente desafinado. Em instantes o cantor começa a interpretar uma composição em que de fato parecia fora do comum, ou do tom. Era um tal de João Gilberto. E a música "Desafinado", de Tom Jobim e Newton Mendonça.
ResponderExcluirFalando em rádio essa semana, conversando com uma antiga moradora do Leme, descobri que o "Jerônimo, herói do sertão" morou no Leme. Isso me confirmou as suspeitas de que vários atores e artistas do tempo do rádio moraram nesse bairro, entre eles o próprio intérprete do Jerônimo, Milton Rangel, além de cantoras como a Emilinha e comediantes como o Altivo Diniz, além de outros.
E nem a Esplanada do Castelo escapou, com a então famosa Mil, a milionária do Castelo, loja de peças automotivas, instalada no endereço onde há tempos virou farmácia. Então, para lembrar seu então famoso "gingle", em homenagem ao Mauroxará: "Motorista de ônibus ou de praça, particular ou lotação, respeite o sinal, não ande em contra mão. E salve o motorista do Brasil (buzina) que é freguês da Mil". A milionária do Castelo.
Como diz o Prof. Jaime, ô tempo bom!
Ali bem pertinho tinha a Amendoeira,que dizia - Amendoeira é a primeira. Lembro que as duas amendoeiras estiveram lá por bastante tempo,não lembro quando a loja de peças mudou-se para São Cristóvão .
ExcluirBom dia a todos.
ResponderExcluirLuiz. Que viagem você me proporcionou!
Realmente os idos tempos do rádio eram mágicos, assim como a televisão, e o cinema.
Hoje, infelizmente, já não é mais assim.
Há poucos dias comentei aqui em seu blog sobre o fim do rádio FM na Noruega, que se deu entre o fim do ano passado e o início do ano, e que coincidiu com o fim da majestosa Super Rádio Tupi, pelo menos acredito eu porque os atrasados dos funcionários ainda não foram pagos. E depois dizem de que sou adepto das teorias conspiratórias.
Mas lembrar de Doalcei Camargo é incrível!
Os jingles eram fantásticos, tantos os relativos aos esportes como os que eram utilizados nos comerciais.
Ainda me lembro do jingle utilizado pelo Café Moinho de Ouro.
Havia toda uma criatividade que hoje infelizmente não há mais.
Havia um programa aos domingos de manhã que começava por volta das nove horas da manhã na rádio Nacional que se chamava DOMINGO PELO MINERVA e que ia até ao meio dia. Alguém se lembra? Já procurei na internet e nada.
Enfim... eram outros tempos, claro, sem desmerecer da tecnologia atual pois se não, jamais haveria como de estarmos aqui relembrando do passado.
Milton Rangel era uma das muitas pérolas que me encantaram nos bons tempos da televisão.
ResponderExcluirAs muitas séries e filmes que assisti levavam aquela possante voz dele. Um grande dublador.
Não cheguei a ter um Spica.Lembro que em parceria com um irmão mais velho usava um parecido com 3 faixas,pois em Vix para escutar emissoras do Rio ou
ResponderExcluirSao Paulo havia mudança de faixa.Aquele negocio de ondas medias e curtas.A noite o som era bem melhor.
O gerente disse tudo e o radio fazia a história, especialmente do futebol.
Gostava pacas dos apelidos e por isso talvez aprecie tanto os codinomes que aqui aparecem.O "Batuta","Pequeno Polegar", " O Pantera", Touro Sentado são alguns que me lembro agora.De fato,bons tempos.
Os filmes do Canal 100 sempre mostram os "geraldinos" roendo os dedos {quando possuíam dentes} e segurando os indefectíveis rádios de pilha, contraindo as fisionomias em caretas incríveis. Eu tinha um amigo que "zoava" o porteiro de prédio, pois o mesmo frequentava as geral do Maracanã em dias de jogos do Botafogo e era "sensível às gozações". Dizia ele: "É evidente quando o "paraíba sobe na vida", pois compra logo uma bicicleta aro 28, pendura uma gaiola de "pássaro preto" no guidom, e sai pedalando com um rádio Transglobe Philco no ouvido." Faz sentido...
ResponderExcluirNo "gancho" do Joel lembrei de uma piadinha do tempo do "politicamente incorreto". Na velha e divertida implicância entre o negão gozador e o lusitano trabalhador estava o gajo na pilotagem de um martelete pneumático, mais conhecido como britadeira, quando o negão passa e grita: "Aí, portuga, dando uma voltinha na lambreta?". O português engoliu em seco mas depois de outras repetições não resistiu: pegou um tijolo, se escondeu atrás de uma árvore e esperou o negão passar, com o petardo à altura do ouvido. Mas alguém alertou o gozador das intenções do português. Então o negão deu a volta, chegou por detrás do gajo e mandou: "Ouvindo seu radinho de pilha, heim?". E saiu correndo.
ResponderExcluirMinha tia comprou um rádio menor que o Spica, de marca Kobe Kogyo. Eu o levava quando ia à praia e ficava escutando músicas, deitado na areia. Ao entrar n'água, não era preciso temer que alguém o roubasse. Ratos de praia eram a exceção. Hoje, são a regra.
ResponderExcluirQuanto a personagens humorísticos, havia o Burraldo, que fazia redações completamente sem pé nem cabeça.
Quanto a programas, havia um nas manhãs de domingo, chamado "Programa Januário Ferrari", que se não me engano só tocava músicas.
E o Rui Porto forçava o "r" ao falar "é muito rrrrruim", pronunciando a letra do modo rolante, como na palavra "cara".
E no rótulo da Black Princess aparecia um alemão típico da Baviera, com um copázio de cerveja na mão, dizendo "Mim dar grossa pancadaria no malandras falsificador de Black Princess".
Bons tempos. Dá para falar deles o dia todo.
E os jingles:
ResponderExcluirCAFÉ CAPITAL ==> "Bom mesmo é café Capital (é bom) / bom mesmo é café Capital (é bom) / há mais de meio século famoso / Capital é o café mais gostoso / bom mesmo é café Capital (é bom) / tomo um, tomo dois, tomo três, porque / depois de um café Capital / bom mesmo é café Capital outra vez / é bom!"
LÂMPADAS GE ==> "Se a lâmpada queimar / não adianta estrilar / nem bater o pé (pã, pã) / o que resolve / é ter logo à mão / lâmpadas GE. / Se você acende a lâmpada GE / nota a diferença, é lâmpada GE / peça a marca / e bata o pé / quando for comprar / veja bem se é GE".
TALCO ROSS ==> "Passa, passa o talco Ross / quero ver passar / passa, passa o talco Ross / para refrescar". E havia a sua versão indecente, que todo o mundo conhece.
PÍLULAS DE LUSSEN ==> "Vai tudo bem, muito bem, muito bem, muito bem, muito bem, muito bem, bem, bem / com pílulas De Lussen / pílulas De Lussen / pílulas De Lussen".
E havia o do biscoitos São Luiz, de que não me recordo agora.
Enquanto isso, "O Príncipe veste hoje o homem de amanhã".
Ainda pouco passando pelo Meyer, vi que o prédio onde funcionou a Casa José Silva está sendo demolido. Quando era garoto, gostava de ver os luminosos acendendo letra por letra na fachada. Casa José Silva. Apagava tudo e piscava outra frase: Epson a boa camisa.
ResponderExcluirFaltou só o diploma de sofredor do caderno de esportes da 2ª feira!
ResponderExcluir"É hora do lanche que hora tão feliz,queremos biscoitos São Luiz".Mas no campo de futebol a estrofe era mudada para "queremos a bunda do juiz".
ResponderExcluirCom Tia Nalu é radio Galena.Ainda hoje.
ResponderExcluirNo extremo do rádio Spica, neste caso com (hoje) luxuosa capa de couro, tinhamos o Transglobe da Philco, através do qual, à noite em Itaipava (isso em 1969/70) era um luxo ouvir BBC e outras rádios nas faixas de 19 e 25 m.
ResponderExcluirO texto do Luiz abrangeu simplesmente tudo sobre o que significava o Spica dentro do universo do futebol carioca de nosso tempo. Eu era fã de Oduvaldo Cozzi e foi dele o único autógrafo que pedi até hoje. Foi na Tv Tupi, na Urca. Ele foi extremamente gentil. Com Cozzi a bola não ficava quicando na área, a bola ficava pererecando na área.
ResponderExcluirCandeias, eu também era fã do Cozzi e me divertia com o José Vasconcelos o imitando. Mas também ouvi certa vez ele "pagar um micão" quando foi encarregado, sei lá porque razões, de transmitir um GP de F1 na era Fittipaldi. Antes de começar a corrida ele comentou que não entendia a razão de tanta discussão sobre a importância dos pneus (hoje chamados de "compostos") quando a maioria dos carros estavam alinhados para largada com pneus "carecas". Certamente ninguém explicou que se tratava dos pneus "slick" para piso seco. Meninos, eu ouvi!
ExcluirBoa noite, acho que vc deve ter confundido o narrador . Voce sabe dizer em que ano foi isso ? Meu pai, Oduvaldo Cozzi, fez a narração/transmissão de varios esportes mas de automobilismo não. Se aposentou em 70 apos a copa do Mexico e voltou a transmituir pela Nacional na Copa de 74 qdo adoeceu e parou de trabalhar definitivamente. Por favor me esclareça essa duvida. Obrigada.
ExcluirO comentarista Docastelo não frequenta mais este blog. Minha irmã era amiga de uma filha do Cozzi, chamada Marcia. Época em que a família morava na Dias da Rocha. Não lembro,mas talvez fossem colegas do Santo Filomena.
ExcluirO Maracanã deveria ser administrado pelo Município,devido à excelente atuação de prefeito Crivella.Só ele ter enfrentado a máfia dos ônibus já fala tudo.Isso traria mais um espaço divulgar o trabalho de evangelização e o Maracanã poderia receber milhares de fiéis para isso.
ResponderExcluirCozzi morava pertinho de nós, no edifício de esquina de Dias da Rocha com Barata Ribeiro. A filha, acho que Marcia, era amiga de minha irmã. Tinha estilo, o Cozzi. Certa vez, como não tinha imagem de Belo Horuzonte, começou a divagar, falando de Minas, terminando com um sentido "E por que chora a Mantiqueira? Por não ter o mar a beijar seus pés!"
ResponderExcluirNão gostava do estilo e da voz de Cozzi. Geraldo Romualdo, Dollar Tannus, Geraldo José de Almeida, Orlando Batista, e Mais recentemente José Carlos Araújo e Galvão Bueno, são abomináveis.
ResponderExcluirBoa tarde a todos!
ResponderExcluirÓtimo texto. Nada escapou ao Dr. D', do freguês da Mil à música ciclâmen!
Aliás, o artigo de D. Rosiska hoje n'O Globo também é definitivo!
Hélio:
É hora do lanche/Que hora tão feliz/Queremos/Biscoitos São Luís! (ih! alguém já havia citado).
E mais:
Pílulas de Vida do Dr. Ross/ Fazem bem ao fígado de todos nós!
(faça o coro, Nalu)
Revista do Rádio
Que toda semana eu espero
Revista do Rádio
Ei, jornaleiro, é esta que eu quero!
(locução): Exatamente! Tudo que acontece no rádio e na televisão está na Revista do Rádio em primeira mão!
Revista do Rádio
Que toda semana eu espero
Revista do Rádio
Ei, jornaleiro!!! É esta que eu quero!
"A família de Fulano de Tal cumpre o doloroso dever de participar seu falecimento. O féretro sairá... Serviço de utilidade pública da rádio Jornal do Brasil."
Candeias publicou há tempos um anúncio da Mil (cortesia do Museu).
A Copa de 70 foi a primeira transmitida pela TV para o Brasil. As imagens eram geradas pela TV mexicana e havia só um canal de áudio para as transmissões, o que tornava necessário um rodízio entre locutores e comentaristas das diferentes emissoras. Cozzi foi o escolhido por unanimidade pelos colegas para abrir os trabalhos. Era bom ouvirmos na mesma transmissão Saldanha, Blota Junior, Geraldo José de Almeida e Cozzi, mas escutar o paulista Geraldo Bretas era uma tortura. Torcia contra porque não gostava do futebol carioca e teve que engolir sucessivamente Saldanha e Zagallo à frente da seleção. Na estréia do Brasil ele entrou no ar com 4 x 1 a nosso favor contra a Tchecoslováquia e foi logo dizendo antes mesmo do boa tarde "O Brasil está fazendo uma péssima partida". No dia seguinte foi tentar entrevistar jogadores da seleção e Zagallo expulsou-o da concentração.
ResponderExcluirFalando em narradores seria interessante registrar que nos tempos da Rádio Guanabara o "cast" (como se dizia nas antigas Rádios)de locutores/narradores foi composto por profissionais como Jorge Cury, Oduvaldo Cozzi, Dualcey Bueno de Camargo, Vitorino Vieira, Paulo Cesar Tênios, João Saldanha, Zoulo Rabelo, José Dias e Geraldo Serrano, todos sob o comando do jornalista Dólar Tanus, com homenagem póstuma de nome de rua em Porto Alegre. Na época foi considerado pelos próprios colegas e ouvintes como possuidor do mais belo timbre de voz, ainda que exista quem não concorde. Como é costume dizer gosto não se discute.
ResponderExcluirFiquei surpreso com a foto do rádio. TODOS os Spica que vi nas mãos de amigos ou passantes eram de outro tipo, mais compridos e com o dial linear. Não conhecia esse. OBS: falo de 1963 em diante...
ResponderExcluirNa rima do jingle do biscoito São Luiz também andaram acrescentando, provavelmente uma homenagem pós entrevista n'O Pasquim, o verbo "comer" e o nome da atriz Leila Diniz no verso final. Ainda se ouve em rádios por aí a musiquinha do Café Capital. Sobre locutores, o que mais ouvi foi o Doalcei no futebol e o Alberto Cury nas notícias. Este último acabou conhecido como a voz do AI-5.
ResponderExcluirSe fosse narrar hoje em dia,o Celso Garcia teria que dizer: a afrodescente adentrou...Um espanto!
ResponderExcluirEu tinha um Sony, muito parecido. É impressionante a memória do Luiz quando o assunto é futebol.
ResponderExcluirParecida com a sua quando o assunto é sobre carros.
ResponderExcluirBoa noite a todos.
ResponderExcluirComo sou mais recente, eu lembro de um Evadin e outro National. Com o indefectível egoísta.
Já sabemos que existem coias que só acontecem ao Botafogo. Um ponto em seis disputados, graças a um gol irregular do Nova Iguaçu validado.
Um correspondente inglês ao Botafogo é o Liverpool, que jogou três vezes em casa em uma semana, perdeu as três partidas e foi eliminado de duas competições, uma delas para time de divisão inferior...
Triste ver o iminente fim da Rádio Tupi.
PS: Faleceu hoje aos 85 anos o ex-assistente de palco Russo. Lembro que cheguei a pegar algumas vezes o mesmo ônibus que ele, que estava indo para o Projac.
PS2: Também faleceu a atriz Vic Millitello, que atuou em algumas novelas de comédia dos anos 80.
ExcluirPeralta, o implicante, adorava as histórias do "tio Helio".
ResponderExcluirEraldo, fiz o coro aqui!
Nalu,
ResponderExcluirDeu para ouvir quando você cantou " Ei, Jornaleiro!!!"
(para os mais novos) O egoísta tinha um fone só, dava a impressão de o ouvinte estar usando um aparelho para surdez. Muitos preferiam usar o rádio baixinho, encostado no ouvido.
O "egoista" era "gordinho". Os fones de ouvido atualmente são muitos menores e mais finos.
ExcluirRusso marcou época!
ResponderExcluirRádioTupi, fechar, é uma lástima! Rádio MEC tb estava ameaçada de fechar e não sei se a Roquette Pinto tb está cambaleando! Que cultura é essa?! Que incentivo são esses? Como assim?!
A Tupi já não tinha sido comprada pela Globo há uns dois anos?
ExcluirA doutora é fã do Faustão.
ExcluirAh, sim, a Nalu lembrou bem: na TV Tupi (se não me engano) havia o programa do Helio Ribeiro (meu xará), que usava um turbante com um "rubi" na frente e usava a saudação "Allah quebir", fazendo um trejeito com a mão direita.
ResponderExcluirQuanto ao jingle das pílulas do Dr. Ross, era assim: "Pílulas de vida do doutor Ross / saúde e alegria para todos nós".
No inicio dos anos 60, para ganhar um pouquinho mais, consertava rádios. Estes Spica costumavam romper os fios da bobina de antena por motivo de queda. Era raspar os fios, soldar... e receber dez cruzeiros!
ResponderExcluirQuanto ao rótulo da Black Princess o termo era "marota" e não "malandras". Um abração a todos !!!
Após ler O Globo de sábado,leio que a sórdida campanha contra o Vice Prefeito continua:acabam de acusa-lo de dever imposto de renda e Iss.Bastou que ele endurecesse a relação com a máfia dos ônibus para que O Globo pegasse no seu pé.Mas o prefeito Crivella como homem de Deus saberá dar a resposta.Saberá escapar do "laço do passarinheiro".Se o Vice Prefeito aceitasse Jesus,com certeza seria salvo
ResponderExcluirUma observação....Doalcei Camargo não era autor da expressão "o relógio marca!!", e sim Waldir Amaral
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