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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

FESTA DA SOMBRINHA

As fotos de hoje são dos anos 1927, 1928 e 1929. Mostram a “Festa da Sombrinha”, organizada pelo Praia Club, situado na Avenida Atlântica nº 790, atual 3170, segundo o Zierer. 

As jovens cariocas participavam do concurso cujas inscrições eram feitas na secretaria do Praia Club pelo telefone Ipanema 0775.

A festa era para “solenizar a entrada do verão em Copacabana”.

Uma multidão acompanhava o evento. O júri julgava as concorrentes em três categorias: luxo, arte e originalidade. Em 1929 era composto por D. Anna Amelia de Queiroz Carneiro de Mendonça, Dr. Laudelino Freire, Dr. Frederico Barata, Aureliano Machado, Dr. Paulo Filho e Professor Augusto Bracet.

À noite havia uma soirée dançante com a presença de duas orquestras, quando eram entregues às senhoritas vencedoras os prêmios conquistados no deslumbrante certame.

Descobri esta foto num acervo do IMS e comecei a preparar o “post” pensando que a foto era inédita. Santa inocência e pouca memória! Acabei por ver que já havia publicado a mesma, reproduzindo um “post” do M. Zierer. Enfim...

O movimento de pessoas se deve à “Festa da Sombrinha”, patrocinada pelo Praia Clube, a partir de 1927.

Achei esta foto, do acervo de Edmundo Coutinho, no "blog" do Decourt. Este grupo participava da "Festa da Sombrinha" como que num banho de mar a fantasia.

Foto do acervo de Gilberto Amorim, também publicada pelo Decourt. Estamos na altura do Posto 5, entre as ruas Bolivar e Xavier da Silveira. Vale rever um outro estupendo “post” pesquisado pelo Zierer que mostra didaticamente o que havia no quarteirão da Av. Atlântica onde ficava a sede do Praia Club:

https://saudadesdoriodoluizd.blogspot.com/2019/08/avenida-atlantica.html


 O “Correio da Manhã”, em 1927, fez extensa reportagem sobre a “Festa da Sombrinha”. Comentou que “há muito que o Rio não assistia a uma festa onde predominasse a arte e o bom gosto, absorvida, como andava nossa capital, com coisas desinteressantes, manifestações que positivamente não honravam a tradição carioca.

A orla do mar oferecia um aspecto pouco comum, pelo variado dos gostos, na confecção de sombrinhas, as mais raras na beleza, as mais originais na originalidade, aliadas muitas à riqueza com que por mão delicadas e formosas haviam sido criadas.”

O primeiro prêmio coube à gentil senhorita Elsa Ribeiro, que vemos na foto.

9 comentários:

  1. Olá, Dr. D'.

    Hoje é um dia de aprendizagem. Copacabana e seu microcosmo (alguns dirão macrocosmo) não são para mim.

    O acervo do SDR é tão grande que até o gerente às vezes se esquece do que já postou antes.

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    1. >o gerente às vezes se esquece do que já postou antes

      Forsan et haec olim meminisse juvabit (Eneida, I, 203).

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  2. Em tempo, sobre o acervo do SDR, sou a favor de revisitar algumas postagens, especialmente da época do Terra e do UOL. Ou até anteriores.

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  3. Outros tempos e que tempos dourados seriam...Alias essa festa teria sido o embrião para as aglomerações enlouquecidas de hoje.

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  4. Bom dia Saudosistas. Os moradores de Copacabana agradecem, mas declinam de serem escolhidos como o local para as festividades públicas programadas para se realizarem no bairro. Agradecem que todos os eventos organizados pelo governos e entidades civis que patrocinam eventos em suas ruas, que os vão fazer na frente de suas próprias casas.
    Embora esta festa fosse bastante animada e como as de hoje em dia atraíssem grande quantidade de pessoas, os transtornos para os moradores do bairro deveriam ser imensos, com certeza o maior deles como hoje em dia, seria a sujeira deixada pelas ruas após o final do evento.

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    1. Pois é, Lino. Confirma-se que o "enchimento de saco" vem de longa data. Fazer a bagunça na frente das casas dos organizadores, nem pensar ! Aliás, que mal pergunte, mas o que vinha a ser essa "festa da sombrinha", pois, pelo primeiro prêmio à gentil senhorita da última foto, fico só imaginando...

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  5. Sombrinha no sentido real da palavra e não como guarda-chuva.
    Eventos públicos em tempos sem TV e de transmissões radiofônicas engatinhando, ainda restrita a sociedades, com certeza não só eram bem mais toleradas como recebidas com entusiasmo pelos moradores. As exceções ficavam por conta de um ou outro carrancudo, ainda mais quando pai de uma das participantes, principalmente as que recebiam mais atenção dos rapazes.

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  6. No post https://saudadesdoriodoluizd.blogspot.com/2019/08/avenida-atlantica.html citado, encontrei o seguinte comentário:
    "Waldenir Azevedo7 de agosto de 2019 12:34
    Ninguém reparou (será?),mas neste exato momento em que escrevo, 12h25,o blog atingiu 500.065 acessos. Parabéns!!!
    E que continue assim..."
    A hoje já são mais de um milhão e trezentos mil acessos.
    Vida longa ao blog !

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  7. Merece vida longa sim! Aproveitando a ocasião, já que não abri ontem, lembro de um hábito comum nos anos 50. Ao voltarmos da praia, meu pai lavava nossos pés com Faísca ou Varsol, para diluir as placas pretas de óleo queimado despejado pelos navios próximos à orla.

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