Dando uma olhada nos meus registros não sei a razão de não ter publicado essas fotos enviadas pelo M. V. Faria. São histórias assim, como vocês poderão ver, que dão um toque diferente ao “Saudades do Rio”. Peço desculpas ao M.V.Faria pela demora na publicação. Ele fala sobre a Rua João Afonso, no Humaitá, que começa no nº 90 da Rua Humaitá e termina sem saída, com 385 metros de extensão. Era a antiga Travessa João Afonso, aberta em 1897 em terrenos de propriedade de João Afonso Canindé.
As fotos vieram
acompanhadas de um texto saboroso sobre os velhos tempos da Rua João Afonso: “Estou
sempre pesquisando sobre a Rua João Afonso onde vivi com muita felicidade minha
infância e puberdade, podia escrever um livro sobre tanta coisa vivida ali
naqueles anos maravilhosos entre 1961 e 1977. Sou saudosista de carteirinha e
tenho bastante pra contribuir com pessoas tão boas e que têm consideração,
respeito, saudade e orgulho daquele tempo.
Luiz, estou te passando
em primeira mão esta foto fornecida por Camilo Bezerra meu amigo de infância
morador da João Afonso nº 21 que a recebeu de seu irmão provavelmente tirada
pelo seu falecido pai que sempre tinha uma máquina fotográfica, tão rara
naquele tempo, até porque nossa condição social naquela rua era de uma maioria
classe média e baixa e alguns pontos.
A foto denota uma
luminosidade diria assim, divina, maravilhosa que parece santificar aquele
momento e local. Esta fantástica foto de um amigo de infância, o Camilo. É o
garoto que aparece à esquerda. O outro é seu primo, tirada aí pelos 1970 no
largo do Humaitá em frente à minha amada rua João Afonso.
A carrocinha da Kibon era do Sr. Walter e
fazia ponto na esquina da rua, bem como na porta do Colégio Abílio borges, no
Humaitá.
Devido a haver
pouquíssimos carros jogávamos futebol em várias partes da rua. Os gols eram
feitos com pedras na rua ou nos postes.”
O nome do prédio à
esquerda era Mercado Oliveira, do Sr. Oliveira, um cara com atrofia no braço.
Era um armazém que ainda pesava com pesinhos de metal na balança e grãos nos
tonéis ensacados com saquinhos de papel. A gente roubava umas coisinhas lá...
Quando o cara do triciclo subia a rua para fazer entrega a gente ajudava na
ladeira e ele dava carona para a gente quando descia. Era emocionante e ninguém morreu.
O prédio é o mesmo até
hoje e depois virou uma lanchonete nos anos 70. Até hoje está lá a Sanduka. O
prédio à direita não existe mais pelo menos a fachada superior virou uma outra
lanchonete muito boa até sempre lancho lá, era o boteco do Sr. Waldir. cuja filha
casou com o Roberto, irmão do Camilo da foto.
Um pouco mais atrás 3 traços eram 3 lojinhas
pequenas: um aviário onde todos compravam a galinha de domingo, matavam em
casa e cozinhavam como minha vozinha
Rosa. Uma outra lojinha acho que era de um gasista e a terceira era do
relojoeiro onde comprávamos vidrilhas dos relógios para jogar botão.
Ao fundo ofuscado pelo
sol o enorme prédio construído de 14 andares, que a gente batizou de pombal,
foi uma merda na rua, pois encheu de carros. A rua parece que foi tombada, é de
paralelepípedo.
Toda vez que vou lá, como
fui sábado passado, subo até o final, é sem saída, e de lá vêm todas boas
recordações. Ainda tem moradores e casas originais em sua maioria. É uma viagem
no tempo, mas aquela coisa de famílias em comunhão não tem mais. Tem muito nerd
e pseudo-intelectuais, tem muita casa que virou firma, meu tio mora lá, mas os
valores são altos, tipo 1 milha pra cima para uma compra e aluguel na faixa de
2000 reais...”
Engraçado todas a as
arvores do Humaitá estão lá agora grandes, mas eu as vi como esta que aparece
na foto. Certa vez peguei um pedacinho da casca de uma delas e guardei comigo,
penso quantas coisas elas viram todos estes anos. A rua Humaitá já tinha sido
asfaltada para encobrir os trilhos dos bondes (meu avô era motorneiro) e depois
vieram os tróleis com ligação nos fios.
Leonardo na rua: Meu
irmão mais velho, tirada provavelmente no início de 1961, devia estar com um
ano, em frente a nossa casa de que era no nº 36 (hoje um estacionamento) na
direção do início da rua, vislumbrando o Humaitá ao fundo.
Em frente à casa de nº 24,
onde está estacionado o carro preto, não existe mais era a entrada dos alunos
do Colégio Pedro II que é fundos de toda extensão da rua até o número 60.
Minha mãe comigo, Marcos,
no colo e meu irmão Leonardo andando, tirada entre abril, quando nasci, e junho
de 1961, em frente a nossa casa de nº 36, na direção do início da rua
vislumbrando o Humaitá ao fundo. Detalhe: o único carro nesta parte da rua um
Gordini. Simplicidade, tranquilidade, paz.
Eu à esquerda, Marcelo e
Leonardo, sentados na calçada em frente ao nº 35, antiga clínica médica
denominada Clínica Psiquiátrica Dr. Brum. Ano da foto provavelmente 1964, pois
o Marcelo de chupeta nasceu em novembro de 1963. Mostra a parte de cima da rua
até o início da ladeira no nº 56.
Nota: o nº 56 era
denominado cortiço e era onde moravam todos funcionários que trabalhavam no
Colégio Pedro II. Havia uma porta que dava para o final do terreno do colégio. Tinha
o formato de vila, as casas foram demolidas e no local atual é a entrada para
carros e fundos do Colégio.
Detalhes: os poucos
carros na rua, o segundo carro preto era um taxi do morador do nº 42. A mata
escura que aparece à esquerda mais acima era da casa denominada Casa do
Ministro (a pesquisar). Foi demolida no final dos anos 60 dando lugar a um
prédio de 14 andares totalmente em dissonância com a rua e que prejudicou muito
a mesma.
Mais acima à esquerda a
construção que aparece com umas pontas, era a primeira casa numa vila de 6
casas nº 52. Não existe mais, foi reformada e é uma casa de 2 andares pertence
ao meu tio Carlos.
Imagem atual do Google Maps mostrando a Rua João Afonso.
Olá, Dr. D'.
ResponderExcluirLembranças de família sempre trazem alguma coisa a mais, como instantâneos de uma época específica. No caso específico, o Humaitá entre 1961 e 1977.
As fotos de família que acabei herdando mostram algo parecido, mas referente a Madureira, entre 1961 e o final dos anos 80. Temo pelo destino dessas fotos caso algo aconteça comigo ou com minha irmã.
Em 1989 comprei minha máquina fotográfica de filme e continuei o acervo, agora mais voltado para Jacarepaguá, Niterói e por onde eu passasse. Em 2006 comprei a primeira digital e aí meu "hobby" ficou mais eclético, sem a preocupação de gastar filme "a toa". Não ficou boa, era só apagar a foto.
Humaitá para mim sempre foi um bairro de passagem.
Bom Dia! Humaitá era por onde eu passava para ir a Gávea.
ResponderExcluirPrevisão de Mãe Dinada: campeão da liberta é brasileiro e rubronegro.
ResponderExcluirMuito legal, afinal muitos de nós passamos por histórias parecidas, mesmo em bairros distantes.
ResponderExcluirNão imaginava esse prazeroso padrão numa rua do Humaitá.
Jogos de futebol na rua, com pedra marcando o gol e futebol de botão. Me sentiria em casa se fizesse uma visita ao Marcos e ao Leonardo na virada dos anos 60 para 70. Sou 2 a 3 anos mais velho que ambos.
Na minha rua também tinha jogos de taco, pique bandeira, queimada que as meninas gostavam mais e outras, que acredito, também aconteciam na João Afonso.
Muito boa a descrição do modo de vida daqueles tempos. Eu sou mais velho que o Faria, minhas recordações melhores são das décadas de 1950 e 1960. Mas há muita coisa em comum entre a época e a minha época. Tomo a liberdade de estabelecer alguns paralelismos entre ambas, nos próximos comentários.
ResponderExcluirMÁQUINA FOTOGRÁFICA ==> realmente, poucas pessoas tinham máquinas fotográficas na época. Por acaso meu tio possuía uma "caixote", preta. Tirava poucas fotos com ela. Eu me encarreguei de desmontá-la para tirar as lentes e usar como microscópio. Desnecessário dizer que nunca mais remontei-as na máquina.
ResponderExcluirTempos depois, meu padrasto apareceu com uma um pouco mais sofisticada, com visada por cima e não através das lentes. Essa eu usei algumas vezes, mas as fotos eram grandes (acho que 6 x 6) e volta e meia eu esquecia de rodar a manivela para o próximo fotograma e acabava tirando uma foto em cima da outra.
Finalmente, em 1976 comprei uma Olympus OM-1, à qual depois acrescentei uma lente grande angular 28mm e um zoom 75-150mm. Tenho-a até hoje.
Tirei muitas fotos dentro do Palácio da Alvorada em 1965 com uma velhíssima máquina fotográfica de meu pai. Não saiu nenhuma fotografia. Todas ruins. Uma pena.
ExcluirAs máquinas antigas, sem fotômetro, exigiam um certo conhecimento de abertura de diafragma e tempo de exposição, além do número ASA do filme, para que a foto saísse boa. No início eu desconhecia tudo isso. Mas um colega do IBGE, de sobrenome Hagenauer, me deu uma explicação sucinta sobre isso, a qual associei aos meus conhecimentos básicos de Óptica, adquiridos no colégio, e a partir dali não perdi mais nenhuma foto. Mas quando comprei a Olympus OM-1 esta já tinha fotômetro. Ficou mais fácil.
ExcluirAlém das máquinas serem caras, tinha o filme e revelat. Tudo caro. Lembro de comprar filme de 36 e durar dois anos.
ExcluirUma vez fiz uma viagem e comprei três filmes de 36, geral me achou louco. Lembro que demorei para revelar pelo Valor.
CARROCINHA DA KIBON ==> quem não se lembra delas? Mas na minha infância o modelo era mais antigo do que a da foto. Era toda amarela, com a palavra KIBON pintada na lataria. E os sabores eram limitados: côco, chocolate, abacaxi e limão. Além de alguns chocolates.
ResponderExcluirNa época lembro do Kalu de abacaxi, o Tonbon de limão, o Jajá de côco e o Chica-Bon de chocolate.
ExcluirE o Eskibon.
ExcluirIsso mesmo. Eu só não gostava do Ton-bon. Mas nunca fui muito fã de chocolates, exceto do sorvete Chica-bon.
ExcluirAdorava Chica-Bon, quando podia comer. Eski-Bon era para ocasiões "especiais". Raramente comprávamos os tijolos. Bem depois passamos a comprar os potes de plástico.
ExcluirFUTEBOL NA RUA ==> ora, ora, como isso era comum! Não havia quase carros, a rua era da petizada. Onde eu morava as calçadas eram muito largas. Usávamos a parede e o tronco das árvores como baliza. Não havia travessão. Para ficar melhor, uma trave era numa calçada e a outra era na calçada do outro lado. O jogo se desenvolvia em diagonal, por isso. De vez em quando aparecia um carro ou uma mulher, e o jogo parava. Medo mesmo era quando entrava uma RP (rádio-patrulha) na rua. Aí parávamos, escondíamos a bola e sentávamos no meio-fio, com a maior cara-de-pau. Na época as RP's eram saia e blusa, preto e branco. Havia perto de casa um distrito (hoje se chama delegacia) e as RP's às vezes entravam na rua apenas para fazer o retorno e ir para a cidade, e não para coibir nossa "pelada".
ResponderExcluirNa frente da minha casa morava um almirante bem velhinho, numa residência estilo chalé suíço. Quando a bola caía lá, ele criava caso para devolver. No início da década de 1970 a casa foi demolida e construída no lugar uma casa muito bonita, de dois andares (a mais bonita da rua), onde moravam três garotas adolescentes também muito bonitas. O número da casa é 35. Ainda está lá.
Na 5 de Julho, em Copacabana, entre Raimundo Correia e Santa Clara, por volta de 1960, também era possível jogar futebol e até armar uma rede de volei, que era retirada quando um raro automóvel passava.
ExcluirO forte lá na rua era a "pelada". Vôlei, muito raramente. De resto, era amarelinha, chicotinho queimado, carniça, pique-bandeira, bolas de gude e o que se chama atualmente de frisbee, mas em que usávamos tampinhas de cerveja ou tampa de panela. Meu irmão e eu gostávamos muito de andar de bicicleta, dando a volta ao quarteirão: rua Dona Delfina, Conde de Bonfim, José Higino, avenida Maracanã e retornando ao ponto de partida.
ExcluirEu tinha uma bicicleta Philips de freio contra-pedal, preta, aro 26" 1 3/8" e meu irmão uma Excelsior importada (comprada em segunda mão), muito pesada, aro 24" 2 1/2", vermelha e branca. Depois meu tio comprou uma bicicleta argentina, verde, com amortecedores e freio de cabo de aço, também aro 26", e eu passei a usá-la.
Na 5 de Julho nos anos 70 tinha um jogo de Stickball. Era difícil andar na calçada pela quantidade de “cacos de vidro”, já que naquele tempo não se pegava a bosta dos cachorros.
ExcluirCOMÉRCIO LOCAL ==> na esquina da rua havia um bar (está lá até hoje), cujo dono morava na mesma rua, no número 9. Meu irmão era muito amigo dos filhos dele e namorou sua filha durante algum tempo. Ao lado do bar, na rua Conde de Bonfim, ficava a Casa Marília, uma espécie de loja de delicatessen, onde comprávamos pães de forma Milko ou Plus Vita, balas Embaré de chocolate e pingo de leite (ô, delícia!). Às vezes, bala Toffee.
ResponderExcluirVIDRILHAS DE RELÓGIO ==> em ainda tenho meu time de futebol de botão, com cerca de 70 jogadores, todos vidrilhas de relógio. Já postei foto dele aqui, há meses. Mas as vidrilhas eu consegui nos relojoeiros das ruas Senhor dos Passos e Alfândega.
ResponderExcluirMeu time titular tinham vários botões feitos de osso.
ExcluirEu não gostava de botões de coquinho, embora tivesse feito um ou outro. Também experimentávamos quebrar em pedacinhos pequenos alguns brinquedinhos de plástico, colocar os pedaços numa forminha metálica de empada e derretê-los no fogo. Ficava um botão multicolorido. Mas não eram bons para deslizar nem para tocar com a palheta.
ExcluirSEU IRMÃO LEONARDO ==> ele se parece muito com meu irmão, na mesma idade: rosto bochechudo,e corpo meio gorducho. Eu era o oposto: magricela. Depois, invertemos: eu fiquei meio rechonchudo e meu irmão quase tuberculoso.
ResponderExcluirARMAZÉM ==> na rua Uruguai havia um armazém tal como descrito por você: balança com pesos de bronze (?!), mantimentos em sacos de aniagem ou em divisões num grande armário de madeira. Um objeto meio cônico com alça era usado para pegar os mantimentos, colocar em sacas de papel e pesá-los. O feijão costumava vir com grãos de terra e às vezes pedrinhas. O dono era "seu" Areias, um senhor de cabelos brancos como a neve (embora não fosse tão velho assim), e que morava numa bonita casa de dois andares na esquina da minha rua com a avenida Maracanã.
ResponderExcluirPara terminar: a descrição do post de hoje me fez lembrar muito da minha infância. Quanto paralelismo entre nossas infâncias, embora separadas por uns 10 anos. Mas certamente muita semelhança com a infância de outros comentaristas daqui do SDR, que viveram aquela época. Era um outro estilo de vida, com tranquilidade e segurança. Uma descrição que certos comentaristas renitentes daqui do SDR se recusam a aceitar.
ResponderExcluirO Ronaldo Martins descreveu sua infância no livro "Portão da Casa Rosa", que ele gentilmente disponibilizou via SDR. Li-o de cabo a rabo, sem parar. Troquei emails com o Ronaldo, posteriormente. Confesso que chorei ao fim da narrativa do livro. Fiquei muito triste e emocionado com a mudança ocorrida na narrativa, que termina com um salto de décadas no tempo. Que diferença entre aquela época e a atual!
ResponderExcluirAcabo de receber de volta o email que enviei ao M V Faria. O email dele mudou desde o envio das fotos. Uma pena. Torcer para ele pesquisar pelo nome da rua por algum motivo e passe por aqui para ler os comentários.
ResponderExcluirPuxa vida!! Que pena!! Ele não vai saber a repercussão e aceitação do material que ele enviou!
ExcluirMinha primeira máquina fotográfica no início dos anos 70 foi uma Olympus Trip 35, compacta e fácil de usar, com um modo automático que permitia o "point and shoot".
ResponderExcluirDepois de passar por Canon e Nikon analógicas e digitais ao longo de 5 décadas, acabei na câmera do celular ...
Eu gostava de enfiar a mão no saco de aninhagem do arroz, a sensação tátil era muito boa ... tomava broncas homéricas de minha mãe, mas insistia no delito na próxima visita.
ResponderExcluirMe lembro de um estabelecimento que fez uma espécie de ponte entre o armazém e o supermercado, nem tão pequeno quanto um, nem tão grande quanto o outro, as Casas Gaio Marti.
Eu me lembro das Casas Gaio Marti. Realmente, era de porte médio.
ExcluirUma filial da Casa Gaio Marti ficava na Conde de Bonfim no n° 685 e foi demolida no final dos anos 60. No local existe uma galeria onde funciona um pequeno Shopping onde no segundo andar funcionava a pista de Autorama do Maeda. A filial das Casas da Banha ao lado foi inaugurada em 1968 com um show de Roberto Carlos. Eu tenho a foto do folder de propaganda.
ExcluirFF: The Queen is dead. Long life to the King.
ResponderExcluirMorreu agora há pouco Elizabeth II, rainha da Inglaterra. Charles será coroado?
Boa tarde Saudosistas.
ResponderExcluirTristeza mundial a Rainha morreu.
Lembranças da nossa infância, brincadeiras na rua, lembro desde as mais tranquilas como pique esconde, pique bandeira, a algumas mais pesadas como garrafão e carniça, bons tempos.
Já pelada na rua, as peladas de domingo na rua Ubaldino do Amaral entre os times do Brasileirinho (Vila Rui Barbosa) X Americano (R. Henrique Valadares) quando não havia jogos destes times no domingo, foi a única pelada de rua que vi com torcida, muitas delas com mais de 200 pessoas em pé na calçada. Era uma pelada para muitos dos nossos atuais "craques" assistirem e baterem palmas.
Você me lembrou: na rua Uruguai, colado ao número 339 (Edifício Del Monte) havia um enorme terreno baldio, cujos fundos davam para a rua Dona Delfina. Ali se realizavam partidas de futebol entre times de adultos/rapazes.
ExcluirO terreno era tão grande que volta e meia se instalavam parquinhos de diversão no local. E isso só ocupava uma pequena parte do terreno.
Anos depois se instalou ali uma enorme Casas Sendas. Hoje é da rede atacadista Assaí. Tem entrada pela rua Uruguai e pela Dona Delfina.
Será que foi envenenada pela Liz Truss no chá de anteontem?
ResponderExcluirIndependente de qualquer outra consideração, 70 anos de reinado administrando uma família maluca e permanecendo queridissima pelo povo inglês, é uma façanha.
ResponderExcluirA rainha Elizabeth era um ícone dos nossos tempos. Reinado longuíssimo. Atravessou fases conturbadas do Reino Unido: os atentados do IRA, as controvérsias da União Europeia, a Guerra das Malvinas, o período cheio de problemas da era Thatcher, o caso da princesa Diana, etc. Fiquei triste com a notícia.
ResponderExcluirHelio, segundo a repórter da Globo no JH, ela passou por 13 presidentes americanos durante o reinado. Brasileiros, então...
ExcluirNão simpatizo com a volta da monarquia por aqui, mas lá a coisa é diferente. Ou era, com a Elizabeth II, boa para o marketing monarquista. Já com esse Charles, que parece um baú sem alça, a aprovação pode diminuir bem.
ExcluirElizabeth II teve o reinado mais longo entre as rainhas da comunidade Anglo-saxônica: 70 anos. Além dela a Rainha Vitória reinou por 64 anos (1837 a 1901) e a Rainha Elizabeth I por 45 anos (1558 a 1603).
ExcluirElizabeth II estava a cerca de dois anos de se tornar o(a) regente mais longevo(a) da história, perdendo para Luiz XIV, que ficou 72 anos no trono francês (mas que deve ter sido coroado mais jovem do que ela).
ExcluirFabricar na forma de empada algum botão para jogar, lá em casa era correr risco de levar muita bronca da minha mãe. A forma poluída não servia mais para fazer o quitute e a "fundição" do plástico causava poluição ambiental na cozinha.
ResponderExcluirMesmo assim insistiamos, depois era só lixar a base raspando na calçada e passar vela.
A citada "Casa do Ministro" pertenceu a Hermínio Francisco do Espírito Santo, 5º Presidente do STF (de 1911 a 1924, quando faleceu). Erguida no terreno do nº49 da João Afonso, era a maior casa da rua, uma espécie de chácara que ficava ao fundo do terreno, havendo muitas árvores na entrada. O casarão ali esteve até meados dos anos 60, quando já era de propriedade do médico Lafayette Cavalcante de Freitas, genro do Ministro. Com o falecimento do Dr. Lafayette, o terreno foi vendido a uma incorporadora que levantou o Edifício Marília de Dirceu (o pombal citado na postagem). Uma construção de 14 andares sobre pilotis que realmente se destaca na pacata rua de paralelepípedos e ocupa o centro do terreno outrora pertencente ao casarão do Ministro.
ResponderExcluirOutra pequena curiosidade sobre a Rua João Afonso: o jogador Juan, zagueiro do Flamengo e da seleção brasileira, foi nascido e criado nessa rua, tendo estudado no adjacente Colégio Pedro II.
Assistindo o canal Euronews em português europeu, eles chamam a rainha morta de Isabel II e o novo rei de Carlos III.
ResponderExcluirAugusto, na Espanha também fazem a "tradução" dos nomes. Também é Isabel II. O novo rei é Carlos III. O principe William é Guillermo e Harry, seu irmão, é Enrique.
ExcluirA questão nem é a tradução dos nomes em si. Charles virar Carlos é o de menos. O "choque", inclusive para minha irmã, que esteve até há pouco aqui em casa, foi ver Elizabeth virar Isabel...
ExcluirO estranho que Harry e William, na reportagem em português europeu, não tiveram seus nomes "traduzidos".
Charles I "perdeu a cabeça" (literalmente) em 1649 e seu filho Charles II só começou a reinar 11 anos depois. Esperamos que Charles III tenha um reinado mais tranquilo.
ExcluirSerá que se remexer no fundo do baú do SDR o gerente encontra foto da visita da rainha pelas ruas do Rio?
ResponderExcluirVeja um dos post da rainha em http://saudadesdoriodoluizd.blogspot.com.br/2018/02/rainha-da-inglaterra.html
ExcluirEm 1968 eu estive a 20 metros da Rainha Elizabeth II na Tribuna de Honra do Maracanã durante um jogo entre as seleções carioca e paulista.
ResponderExcluirAchei um outro email do MV Faria. Vamos ver se está válido.
ResponderExcluirNão acredito nessa teoria da conspiração de envenenamento, mas se algum brasileiro mantem contato com o Charles não custa nada aconselhar ao já idoso novo rei a usar um ramo de arruda atrás da orelha, quando for apresentado à primeira ministra.
ResponderExcluirFalando sério, alguém já ouviu falar em algum monarca ou e até papa que teve longa enfermidade grave, estado de coma prolongado ou coisa parecida?
Envenenamento não, mas abreviar o sofrimento, como se dizia antigamente, com "chá da meia noite" (eutanásia) seria um caso a pesquisar sobre as vidas de reis, imperadores, kaisers e outros similares mais os papas.
Vai ser Charles III, o Breve.
ResponderExcluirBoa noite. Fiquei muito feliz em saber que minha historia sobre a Rua João Afonso no largo do Humaita em Botafogo, foi publicada nesta pagina maravilhosa que resgata tanta coisa boa em historia oral por textos e fotos, coisas tão simples etão necessarias nos dias de hoje. Embora alguns comentaroos fugiram um pouco do assunto pertinente a pagina e muito gratificante qievtantas pessoas leram e deram seu feedback positivo. Emm tempo mmeii e-mail é o mrsmo frsde de 94 qdo fui trabalhar na Eletronuclear em Angra dos Reis hoje moro em Daquarema desdec2019 qdo parei de trabalhat depois d 40 anos na mesma Empresa 1980 Furnas ate 2019 Elletronuclear. : mvfariaangra@gmail.com e meu zap 024998592306 podem entrarvem contato. Tenho muita coisa pra contar e espero o mesmo vcs com textos e fotos quem sabe nos conhecenos naquele tempo. Infelizmente o citado amigo Camilo que cedeu esta fito magica da entrada da rua nos deixou este ano em Fevereiro deste ano aos 57 anos devido enfarte e jogando bola Deus o tenha. Dedico a ele este meu texto inicial e muitos outros virão. Muitissimo obrigado ao Sr. Luiz pelo trabalho e tempo dedicados a nossas memorias oriundas de um tempo maravilhoso herdados e vividos por nós dos pais e avós que nos ensinaram tanta coisa boa e básica que falta a estas novas gerações. Aguardo muitas contribuições pertinentes ao tema proposto desta pagina maravilhosa. Daude saudades feliicidades a todos. Marcos Faria.
ResponderExcluirChegando agora. Belo dia de postagens. Por aqui muito trabalho. Contei historia da Rainha no Rio para o Luiz, Boa noite
ResponderExcluirA rua foi aberta entre setembro e outubro de 1897 nas terras de João Affonso Caniné. Ele morreu em novembro de 1897.
ResponderExcluirEngraçado que consta que ele era pintor e que já teve residência na Real Grandeza.
Bom dia Ricardo. Estou a procura de fotos e ou artigos sobre a abertura da rua como plantas de arruamento construção das casas enfim todo material historico agora aposentafo terei temoo de ir ao Arquivo e Bibliotecas Nacionais. Muito obrigado a vc e todos pelo retorno e contribuição a esta pagina. Vou publicar mais historias sobre a rua e o Largo do Humaita e adjacencias rspoerando achar amigis e conhecidooscem comum e mmais historuas e sobretudo fotos antigas. Tenho 61 anos e morei na rua de 1961 a 1977. Fiz o primario e ginasio no Colegio Joaquim Abilio Borges no Humaita e jardim de infancia no Escola Marechal Hermes ali na Rua Capristano de Abreu proximo a Cobal... jogava bola em muitos lugares felizmente jogo ate hoje. Gd abraço a todos tamujuntu
ResponderExcluirMarcos, peça meu email ao Luiz. A gente troca uma ideia.
ResponderExcluirMas se eu demorar a responder, o motivo é nobre, estou com bebê pequeno em casa.
Enviado.
ResponderExcluirBom ouvir falar da rua João Afonso. Vivi la de 1957 a 1975. Morava no edifício 22 no terceiro andar ao lado da entrada do Pedro ll. Conheci a família do seu Faria. Lembro muito bem do mais velho Leonardo, o maus gordinho, e do menor Marcelinho. O do meio Marcos, meu chara, não me lembro muito bem. Conheci também o Camilinho, lamento que tenho partido. Robertinho era meu amigo. Eles são filhos da Dona Ine, e tinham umas irmas muito gatas mas muito mais velhas, que pena. No 21 moravam meus amigos Roberto, Robertinho, Guto e Caquinho. A rua tinha a turma de cima, dos irmãos Lisa e Tarta, e a turma de baixo que concentrava o pessoal do 11, 21 e 22. Vcs da família do seu Faria ficavam na meiuca perto daquela casa de doidos onde vira e mexe fugia um cara correndo de pijamas. E também de uma morena gostosíssima muito mais velha que chamava a atenção quando passava. Joguei muita bola naqueles paralepipedos. Quebramos alguma vidracas por la. Estudei no Abilio Borges e no CPII Abs. Marco
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