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quarta-feira, 4 de março de 2020

MADUREIRA



 
Hoje vemos três fotos do Acervo do Correio da Manhã mostrando o bonde 97 circulando por Madureira.
A primeira delas, inédita por aqui, ainda necessita da identificação do local exato onde está o bonde nº de ordem 268.
A segunda foi identificada pelo Joel e é na Edgard Romero em Madureira, com o bonde se dirigindo à Penha. Nota-se à direita o prédio da antiga 29ª D.P e as torres de sustentação dos cabos de energia elétrica existentes na região.
A última tem uma descrição completa feita pelo Helio: o bonde está na Av. Ministro Edgard Romero (antiga Marechal Rangel), indo de Madureira para Vaz Lobo, entrando na curva nas proximidades da Rua Professor Burlamáqui. Foto tirada em 27/02/1955, com o carro-motor 368 puxando dois reboques, sendo o último deles um reboque de segunda classe.
O local é em frente de onde existiu, ao lado do prédio branco à direita, a segunda sede da Escola de Samba Império Serrano, sendo ali agora um motel. Dos prédios na foto, somente o prédio citado é ainda existente. Após o carro preto aparece parte de fachada de uma loja comercial. Esta loja foi desapropriada e demolida em razão da construção do Corredor Transcarioca ligando o Aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca, o que também ocorreu com vários prédios à esquerda. 
O trajeto da linha 97 era: Estação de Magno - Av. Min. Edgard Romero - Estrada Vicente de Carvalho - Estrada Braz de Pina - Largo da Penha.

28 comentários:

  1. Madureira é um lugar que conheço muito pouco mas as vezes que passei tive a impressão que ainda estou nesse passado ai das fotos. Quanto aos bondes é claro que não existem mais, mas temos o Novo Mercadão de Madureira que foi reformado com AC by Calango que merece ser visitado principalmente nas Casas de Ervas onde tem Garrafadas especiais e pomadas para levantar o "defunto".
    O Pastor quando estiver aqui no Rio novamente e depois de tomar aquele Café na Loló, pode dar uma pulinho lá e aviar sua receita.

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    1. Semana passada saiu reportagem no Dia sobre as placas solares instaladas no telhado do Mercadão.

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  2. Bom dia, Dr. D'.

    O trecho da Edgard Romero do início até o Carmela Dutra foi muito percorrido por mim na infância e adolescência. Ia nos supermercados e lojas de móveis, entre outros lugares. De lá até Vaz Lobo praticamente só em ônibus.

    A delegacia foi transferida há alguns anos para a região da Estrada do Portela e arredores.

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  3. A primeira foto é na Edgar Romero depois da reforma ocorrida em 1955 quando recebeu nova configuração na pista de rodagem que passou a ser seletiva, onde a pista destinada aos veículos era de cimento e isolada da via destinada aos bondes, que era de cascalho. O comentarista "Irajá", desaparecido dos blogs de memória, narrou há alguns anos a madrugada que viveu em Primeiro de Abril de 1964 quando não pode chegar ao trabalho devido a tanques do Exército terem destruído a pista de cimento e destruído a circulação dos bondes. Um depoimento que merece ser resgatado, já que a narrativa detalha a rotina de quem precisava de transporte público naquela época. Naquele ano os bondes foram erradicados na Edgar Romero mas os Trolley-buses não circularam logo, mas apenas em Maria da Graça e na região da Rio D´Ouro. A Edgar Romero faz parte atualmente do trajeto do BRT, cujos ônibus vindos da Alvorada se dirigem à Penha e ao Aeroporto cortam toda aquela região. Duas narco-favelas perigosíssimas e em lados opostos, a da Serrinha e do Cajueiro, ambas currais eleitorais pertencentes a deputados com mandato eletivo, fazem da região o pior dos pesadelos.

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  4. Bom Dia ! Não consegui lembrar o nome da rua que está logo atrás do segundo lotação que vem no sentido Madureira. Nesta rua em determinado momento foi o ponto final dos ônibus da linha 766,Madureira- Jardim Clarisse. Linha essa que antes ia até a Pavuna. logo virá aqui o nosso " Madureilógo" para dizer o nome da rua a que me refiro.

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  5. Nas fotos 3 e 4 a direção dos bondes é Vaz-Lobo.

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    1. Aqui na minha tela não aparece a foto 4.

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  6. Nunca estive em Madureira,mas lembro que o time do bairro vendeu ao Flamengo dois jogadores nos anos 60,o Nelson e o Nelsinho.O Nelsinho emplacou e como treinador esteve em Vix,já nos anos 70 ou 80.O Café Cruzeiro do reclame deve estar na segunda divisão e as tias alí na calçada estavam programando uma greve com certeza.....

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    1. O grande craque que veio do Madureira para o Flamengo foi o Evaristo.O Nelsinho fazia um bom meio-de-campo junto com o craque Carlinhos, o violino.
      O Nelson veio do Olaria, junto com o Murilo.

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    2. Falha nossa....De fato o Nelson veio da rua Bariri.Não lembrava do Evaristo no time da Conselheiro Galvão.Nelsinho foi campeão de 63, que teve dois jogadores que cairiam como uma luva no time de hoje:Berico e Osvaldo Ponte Aérea..KKKKKKKKKKK

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  7. Bom dia e bom retorno Luiz, pelo que pude pesquisar a primeira foto realmente é da Av. Min. Edgard Romero, foi feita em 1957 e pertencia ao Marcelo Almirante.

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    1. Prezado: em que pese minha admiração e gratidão ao Marcelo Almirante, pelo brilhante trabalho dele no seu site (infelizmente meio desativado nos dias de hoje), e do qual bebi muitos conhecimentos, devo dizer que a primeira foto não pertencia a ele, já que foi publicada pelo jornal Correio da Manhã por volta de 1959, ano em que o Marcelo devia ser criança, se é que já havia nascido. A foto pertence ao acervo do Arquivo Nacional, podendo ser obtida por qualquer pessoa, como o foi por mim e pelo Luiz d'Arcy, dono deste fotolog.

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    2. O Marcelo Almirante comentou por aqui há anos. Ele colocava uma legenda em todas as fotos:”Coleção Marcelo Almirante”. Muitos fazem isto. Indevidamente, acho eu.

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  8. Andei muito no 97.... Ia-se do Leblon até Madureira,... de bonde ! Duas baldeações, mas ia-se !

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  9. Fotos muito boas. Lembro da época em que as pessoas reclamavam que não havia fotos da zona norte. Parece que isto mudou.

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    1. Verdade! Ninguém aguentava mais fotos de Copacabana, do Santo Inácio, e do Flamengo.

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    2. Anônimo meu véio, sua queixa é valida, mas se você rever uma foto do DI LIDO saltando do ônibus escolar e de bermudas em frente ao Colégio São Vicente nos idos de 50 lá no final da rua Cosme Velho vc.vai achar Copacabana, Santo Inácio e Flamengo um tédio. Aliás vc.tem noticias do Contra?

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  10. Hoje a cobra começa a fumar e a briga maior vai ser contra os secadores de plantão que estão naquela de todos contra um.O grupo é forte mas não vou cornetar antes da hora e minha preocupação é quando o VAR vai jogar.Ontem os brasileiros foram bem e os gauchos mandaram ver.Uma pena o Bruno Henrique e o Rodrigo Caio de fora mas os que jogam podem suprir a falta e o Michael entrar para aprontar correria.

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  11. Meu sogro, já um ancião nascido e criado na Penha, disse-me que o bonde demorava 20 minutos do largo da Penha até Madureira. Não muito diferente do BRT atualmente...🤔

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  12. Alguém me informou o seguinte, a respeito da localização da primeira foto:

    "Av. Ministro Edgard Romero, altura do número 810, entre as ruas Lima Drumond (à direita da foto) e Ramiro Monteiro (à esquerda). Foto tirada no sentido Madureira - Vaz Lobo. No terreno cercado com muro branco funcionava a faculdade Celso Lisboa e hoje é uma filial da UniverCidade."

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    1. Prezadíssimo Helio, apenas reproduzí o que consegui em pesquisas, estou sempre aprendendo: https://br.pinterest.com/pin/432978951659664055/?lp=true

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  13. A segunda foto (a do bonde 314) consta para mim como sendo de janeiro de 1963.

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  14. Todas as três fotos mostram um modelo de bonde conhecido como "bataclãzinho", por ser uma miniatura muito feia dos bataclãs. O primeiro bataclã, que recebeu o antigo número de ordem 607, com reboque 1580, ficou pronto em 06/03/1924, tendo sido fabricado nas oficinas da antiga Cia. Ferro-Carril de Villa Izabel, situada na esquina da rua Joaquim Palhares com o antigo Boulevard do Imperador.

    Com a entrada desses bataclãs e respectivos reboques, vários modelos de bondes pequenos foram desativados pela Light: os da Jardim Botânico de fins do século XIX, os horríveis modelos alemães da Villa Izabel de números de ordem entre 386 e 435, e os da Saint Louis Co. fabricados para a linha de Santa Teresa mas que acabaram na Light, com números de ordem entre 476 e 500. Esses números não foram reaproveitados dali em diante.

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  15. No início da década de 1940 houve uma grande renumeração dos bondes, e os bataclãs passaram a ostentar os números 2001 a 2076 (os carros-motores) e 2401 a 2476 (seus respectivos reboques).

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  16. Em 24/12/1936, a Light colocou em circulação, nas linhas da Jardim Botânico, um novo modelo de bonde grande, que a população apelidou de "sossega-leão", com base na modinha de Carnaval que fez sucesso em 1937. Esse novo modelo era muito parecido com o bataclã (meu site mostra isso) e recebeu os números de ordem 2501 a 2574. Ao contrário dos bataclãs, não foi construída uma quantidade igual de reboques idênticos aos carros-motores. Esses reboques grandes foram alocados à série 3500, mas também foram fabricados reboques pequenos, na série 3000.

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  17. Também diferentemente dos bataclãs, os sossega-leão tinham dois tipos de engate traseiro: alguns dos carros-motores possuíam engate para puxar os reboques grandes da série 3500 (ou da 2400), e outros, para puxar os reboques pequenos, das séries 1000 a 1500 e mais a nova série 3000.

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  18. A linha 6 do Metrô teria o mesmo trajeto da linha do BRT Alvorada Aeroporto, tendo como eixo principal a Geremário Dantas,E a Cândido Benício, a Avenida Monsenhor Félix, e a Estrada Vicente de Carvalho. Não foi executada pelos motivos sabidos por todos, sendo os principais a corrupção do poder público e o "poder da Fetranspor. Se estivesse em funcionamento seria de um modal mais rápido, mais seguro, e "mais limpo" em todos os sentidos. Já viajei por duas vezes naquele BRT entre Madureira e o Carioca Shopping, e a sensação não foi das melhores, principalmente entre Madureira e Irajá. Ônibus em péssimo estado, asfalto em pedaços, e uma sensação de estar atravessando um território controlado pela antiga Unita ou pelo MPLA. Se no passado tivessem implementado uma ligação entre a linha de bonde Cascadura - Freguesia e a linha Madureira - Penha, bastando para isso utilizar o Viaduto Negrão de Lima, teríamos um "Pré Metrô" naquele tempo. Depois da extinção dos bondes, os Trolley-buses rodaram pela mesma via até 1969 ou 1970.

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  19. Em se falando em BRT.... Gastou-se uma fortuna na construção de uma ponte estaiada no Galeão e uma pista suspensa até o Fundão para que a cada 20 minutos passe um ônibus. Parece piada, mas não é ...

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