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sábado, 2 de junho de 2018

COPACABANA

 
Vemos a Av. N.S. de Copacabana nos anos 60, ainda com a estrutura dos ônibus elétricos.
  
Muitos fuscas e as luminárias Thompson (?), as favoritas do Decourt.
 
O trecho é entre as ruas Xavier da Silveira e Miguel Lemos, confirmado pela presença, à direita, da Casa Gelli, cujo endereço era Av. N.S. de Copacabana nº 1032.
 

sexta-feira, 1 de junho de 2018

CENTRO


 
As duas imagens são de uma nova fonte de fotos do Rio Antigo: a Deutsche Fotothek. Vale uma visita. Algumas delas serão publicadas aqui para comentários.
Lembro que o edifício "A Noite" foi o primeiro arranha-céu da cidade, construído no fim da década de 20. Também foi o primeiro a ser construído com o moderno concreto armado. Seu estilo "art-déco" estava mais para construções norte- americanas do que para as francesas que ainda existiam na região. Foi sede de inúmeras repartições públicas como o INPI, escritórios, do jornal A Noite e da Rádio Nacional. O edifício possui 22 andares, correspondentes a 30 de um prédio moderno, devido a seu pé-direito ampliado.

quinta-feira, 31 de maio de 2018

CINELANDIA

 
Mais uma foto garimpada pelo Nickolas, desta vez da Cinelândia no início dos anos 60.
 
O Rio dava a impressão de uma cidade organizada e civilizada.
 
A boa notícia desta semana quanto a este local foi o término das obras da Biblioteca Nacional, com a recuperação da fachada. Ficou bonito.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

COPACABANA



 
Hoje, sem tempo, a publicação é cópia de uma do prezado M. Zierer:
A primeira foto, da AGCRJ, do final da década de 50, destaca o casarão na esquina da Av. Atlântica com a Rua Xavier da Silveira. Foi demolido no início dos anos 70 juntamente com a casa vizinha à sua esquerda, dando lugar ao monstruoso hotel Rio Othon Palace.
Segundo o Tutu, "As duas casas que aparecem na foto acima, foram demolidas e substituídas pelo espigão do Hotel Othon, que não respeita em nada o Plano Agache e projeta “majestosamente” sua sombra na areia da praia, na parte da tarde."
O hotel Rio Othon foi inaugurado em 1976, com os seus absurdos 30 andares contribuindo para enfear ainda mais o já saturado paredão de prédios da orla de Copacabana.
A segunda foto, do final dos anos 60, foi publicada pelo Decourt no “Foi um Rio que passou”.
E a última foto, é um “slide” tirado nos anos 70 pelo meu amigo Manolo, mostra o prédio do Hotel Othon, ainda em obras, destoando totalmente da paisagem.

terça-feira, 29 de maio de 2018

CAMELÔS



 
Na primeira foto, de 1960, vemos um camelô com uma mala bem no centro da Rua da Quitanda. Qual seria o artigo à venda? Seriam meias?
Na segunda foto, de 1960, vemos uma calçada da Av. N. S. de Copacabana, que ilustrava uma reportagem do Correio da Manhã: "em Copacabana a coisa assume aspecto assustador e o pior, as mercadorias oferecidas nas calçadas são de procedência estrangeira (cigarros, desodorantes, etc) desafiando uma fiscalização inexistente por parte da Secretaria de Segurança e dos agentes da Aduana. A fotografia dispensa comentários. O policial que passeia calmamente é da Polícia Militar, mas os da Polícia de Vigilância (ressalvando-se a maioria é claro), às vezes, ficam escoltando os camelos.”
A última foto é de uma reportagem, também do Correio da Manhã, de 1955, onde se reclamava da venda de plantas ornamentais em feiras-livres. Perguntava: “furtos nas florestas ou nas residências particulares? Onde está a Polícia?”

segunda-feira, 28 de maio de 2018

FARMÁCIAS & REMÉDIOS


 
A primeira foto mostra a Farmácia da Beneficência Portuguesa, instituição que  foi uma das responsáveis pela introdução da Homeopatia no Brasil. 
Na segunda foto vemos uma tradicional farmácia do Rio, onde a vovó comprava seus medicamentos. Se fosse da cadeia Granado compraria o Polvilho Antisséptico, a Água Inglesa, a Magnésia Fluída, o Vinho de Quino, o Xarope Antiasmático Imabaibina, o Xarope de Urucu, entre outros.
Houve época em que fez sucesso a Emulsão de Scott, odiado por 10 entre 10 crianças magricelas, que eram obrigadas a tomar uma dose de óleo de fígado de bacalhau toda noite.
A bula da Emulsão de Scott informava que “O medicamento que mais fama tem alcançado no mundo é a Emulsão de Scott. Não há paiz civilizado onde não se pronuncie seu nome com respeito, e essa reputação bem adquirida não é filha de casualidade, senão consequencia legitima dos bons resultados que tem produzido a medicina nas enfermidades do peito e da garganta, nos escrofulosos e debilitados. A associação do Oleo de Figado de Bacalhao com os hypophosphitos de soda e cal, como se encontram na Emulsão de Scott é uma combinação feliz que proporciona os materiaes para reparar os tecidos e o sangue. A infancia é a idade que mais benefícios obtem da Emulsao de Scott. Por seu bom sabor é tolerada pelo paladar mais delicado. Assim como as arvores necessitam para crescer e desenvolver-se de bôa terra, estrume e regadura; assim tambem as creanças requerem o uso da Emulsão de Scott de oleo de figado de bacalhao com hypophosphitos de cal e soda, que representa para ellas força, saude e alegria."
Outros ícones do passado eram a “Maravilha Curativa do Dr. Humphreys”, à base de Hamamelis Virginica, o Coryfolium, a Nux Vomica e o Phosphorus (homeopáticos), a Milma (pastilhas de leite de magnésia), a Malvona.
E quem não usou Vick Vaporub, Chophytol e Optalidon? Lembram do Cristal Japonês (para dor de cabeça), Nupercainal, Lavolho, Atroveran,  Pílulas do Dr. Ross, Tussaveto, Biolaymo, Linimento de Sloan? E o Peitoral Pinheiro, xarope do Rafa?
Alguém usou Calcigenol, Bromil, Regulador Xavier, Neo-Riodine, Agarol, Pondicilina (pastilhas para garganta)?
Ou Colubiasol, Rugol, Hidrolitol, Vinho Reconstituinte Silva Araújo, Lugolina, Cilion,  Alginex? Pomada Minâncora, Alivene, Phimatosan (tosse), Rebouçado de Lisboa (balas para tosse), Hemovirtus (hemorróidas), Licor de Cacau Vermífugo Xavier, Lysoform Primo (contra mau hálito, frieiras, odor das axilas), Leite de Rosas, Pastilhas de Magnésia Bisurada (contra azia e má-digestão)? Ou a água vegeto-mineral (um colega a chamava de “água dos três reinos” - porque animal era quem a receitava!)?
E as pílulas de alho do Dr. Rogoff, sucesso de vendas até hoje em Portugal? Curavam de unha encravada a câncer...

domingo, 27 de maio de 2018

ZEPPELIN




No aniversário do JBAN, nada como fotos do Zeppelin para homenageá-lo e relembrar os tempos do “Voando para o Rio”.
 
Na primeira foto (seria uma montagem?) vemos o Graf Zeppelin - LZ127 sobrevoando o Palácio Tiradentes. Ele é mais alongado, a cauda termina em ponta e a gôndola abriga a cabine de comando e de passageiros. Media cerca de 275 metros. A foto poderia ter sido tirada do edifício do JB na Av. Rio Branco? A parede branca do lado direito seria do Ed. Guinle? E a fachada neoclássica do lado direito seria daquele prédio grande que havia na esquina da Rua do Ouvidor? Há uma série de casas na parte de baixo da foto que devem ser na Sete de Setembro. Mas é interessante a série de telhados "europeus", com águas-furtadas, que parece ser uma "vila", porque não passa nenhuma rua por ali.
 
A segunda foto é uma cópia do bilhete de uma viagem do Zeppelin em nome do proprietário de famosa mansão em Copacabana, William Nordschild, em 1º de julho de 1933, Friedrichshafen, Pernambuco, Rio de Janeiro.
A terceira foto mostra o Graf Zeppelin em 25 de maio de 1930, pousado no Rio.
Foi a primeira viagem entre a Alemanha, de onde decolou de Friedrichshafen no dia 18 de maio, e a América do Sul. Após pousar em Recife no dia 21, chegou ao Rio no dia 25, onde desceu no Campo dos Afonsos. Os alemães construíram o campo de pouso de 80 mil metros quadrados em Santa Cruz, onde edificaram um hangar de 270 metros de comprimento, mais de cinquenta de altura e outros tantos metros de largura. Recebeu o nome de aeroporto Bartolomeu de Gusmão, atual Base Aérea de Santa Cruz. No local instalaram, ainda, uma fábrica de hidrogênio para abastecer os dirigíveis e uma linha ferroviária, ligando-o à estação D. Pedro II.
Na última foto, em mais uma estupenda colorização do Reinaldo Elias, vemos o Graf Zeppelin em 25 de maio de 1930, no hangar de Santa Cruz.  O Zeppelin tinha mais de 200m de comprimento, 5 motores, transportava 24 passageiros e cerca de 45 tripulantes e um volume de 105.000 m³, sendo o maior dirigível da história até a data de sua construção em 1928. Sua estrutura era baseada numa carcaça de alumínio, revestida por uma tela recoberta por lona de algodão, pintada com tinta prata, para absorver o calor. Dentro dela, existiam 60 pequenos balões inflados com gás hidrogênio, juntamente com os seus 5 motores Maybach, com 12 cilindros, desenvolvendo até 550 HP (máximo) cada, alimentados com um combustível leve, o Blau Gas e gasolina, que o mantinham no ar, a uma velocidade de até 128 km por hora. Tinha capacidade de carga para até 62 toneladas.
Quem observava de fora a silhueta elegante e inconfundível do Graf Zeppelin, não imaginava o conforto que a gôndola proporcionava para os passageiros. Possuía banheiros, sala de jantar e estar, cozinha, e salas de rádio e navegação. O Graf Zeppelin, contava ainda com 10 camarotes, com dois beliches cada um, que confirmavam a fama de "hotel voador". A passagem, na época, custava 6.590 réis. Não era permitido fumar a bordo durante toda a viagem. Era verificado no embarque se nenhum passageiro portava isqueiros ou fósforos.
Os números da obra para a construção do aeroporto em uma área de cerca de 80.000 m², doada pelo Ministério da Agricultura, no bairro de Santa Cruz, eram faraônicas: o hangar, assentado sobre 560 estacas de sustentação, media 270 m de comprimento e tinha 52 m de largura interna, todo ele construído com peças de aço trazidas semi-prontas por navio desde a Alemanha. O vão livre central tinha 70 m. Os portões, em ambas as extremidades, eram constituídos de duas folhas. O portão principal, no setor Sul, podia ser aberto em apenas seis minutos, com o auxílio de motores elétricos. Tudo isso já estimando a sua utilização para a operação do Hindenburg D-LZ129, de dimensões ainda mais extravagantes do que as do já extraordinário Graf Zeppelin.
Cerca de 5.000 homens trabalharam alternadamente na construção do complexo aeroviário do hangar. Um terço da mão de obra era de origem alemã. O brasileiro Augusto Mouzinho Filho, que esteve presente desde o início das obras e durante todo o tempo em que o Zeppelin frequentou o Brasil, contava que a Luftschiffbau Zeppelin pagava um tostão para cada metro quadrado do terreno e 16 contos de réis para cada viagem que realizasse para o Rio. Uma espécie de taxa de utilização do aeroporto, estipulada de "pai para filho", e que servia para amortizar os 30.000 contos de réis que o governo havia adiantado à própria empresa, encarregada ela mesma de construir o hangar via Companhia Construtora Nacional Condor.
 As novas instalações previam ainda a construção de uma usina com capacidade de produzir 3.000 m³ de hidrogênio por dia, além de depósitos de gasolina e óleo, mastro de amarração e outras instalações. No ano seguinte, graças aos recursos financeiros liberados pelo governo brasileiro, somados à preciosa tecnologia alemã, o Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, como seria batizado, em Santa Cruz, estava praticamente concluído. No momento do pouso, mais de uma centena de homens postavam-se disciplinadamente espalhados pelo terreno, aguardando ansiosamente pelo momento em que os cabos de bordo fossem lançados. A proa era então atracada a uma torre de amarração telescópica de até 21,5 m de altura e a popa era engatada em um carro gôndola, que trazia o dirigível para o interior do hangar, onde então os passageiros podiam desembarcar em total segurança.
Fonte: http://aeromagazine.uol.com.br/artigo/a-memoravel-passagem-do-zeppelin-pelo-brasil_737.html#ixzz4VudeFkqf