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sábado, 14 de agosto de 2021

MANCHETE ESPORTIVA






 Fotos da inesquecível Manchete Esportiva dos amos 50 e 60.

O Bangu de Zózimo e Zizinho, o juiz Malcher com Pinheiro e Bellini, Nilton Santos, Gilmar e Bellini com a Copa de 58, o time de basquete do Fluminense, o Madureira do goleiro Ari, que em breve iria para o Flamengo disputar posição com o ouyro Ari. 

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

SANTA TERESA

Foto do século XIX provavelmente do Largo do Guimarães onde os únicos indícios de urbanização são a amurada que servia para suportar as tubulações que levavam água do Silvestre para a cidade, os bondes puxados a burro e os lampiões a gás. 


Vemos as obras de urbanização e pavimentação, já existem construções, mas a murada ainda guarda o formato primitivo, que em breve perderia. Ainda existem árvores no leito da rua que certamente estão com seus dias contados. Os bondes já são elétricos.


Vemos o bonde Silvestre no terminal do prédio da Ordem Terceira no Largo da Carioca em 11/12/1933. a propaganda é de "GUARAÍNA". Indicada para "dores, gripes e resfriados", "não ataca o coração". Esta linha fazia o seguinte trajeto: Largo da Carioca, Santo Antônio, Viaduto, Joaquim Murtinho, Rua Almirante Alexandrino até a estação Silvestre (EF Corcovado).

 

A foto mostra um dos antigos monoblocos curtos Mercedes-Benz e um bonde, já amarelo, no ponto do Largo do Guimarães. A região administrativa hoje reparte o prédio da antiga Casa Mauá - que foi o melhor armazém do bairro - com um cinema e um posto da PM. Acho que a antiga cor verde do bonde era mais elegante, Foto garimpada pelo Nickolas.


O bonde de Santa Teresa ainda nas cores da CTC-GB passa pelo Largo dos Guimarães em Santa Teresa, o local exato é a esquina da rua Almirante Alexandrino com rua Santa Cristina. Conta o Decourt que em relação ao mobiliário urbano há uma curiosidade, vemos na foto o processo da troca da iluminação pública, o velho poste de iluminação, no extremo esquerdo da foto, já tem preso o braço e o reator da luminária a vapor de mercúrio. Esse processo se repetiu por toda a cidade nos anos 70, onde a iluminação por lâmpadas incandescentes que ficavam em belos postes de ferro fundido foi substituída pela a vapor de mercúrio em impessoais postes tubulares. Quanto ao DKW me parece ser um com dois faróis e não quatro.


 Quase em frente do Bar do Arnaudo na Almirante Alexandrino. Não sei como esses bondes com reboque conseguiam fazer as curvas em Santa Teresa.

 Aquela marca à esquerda é do site do Allen Morrison?

 PS: postagem "with a little help from my friends" Decourt e Derani.

 

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

BONDE GÁVEA

Vemos hoje fotos do bonde 10-Gávea, cujo trajeto, segundo o Helio Ribeiro, era: Tabuleiro da Baiana – Senador Dantas - Luís de Vasconcelos - Augusto Severo - Largo. da Glória - Russel – Praia do Flamengo - Machado de Assis - Catete – Marquês de Abrantes – Praia de Botafogo – São Clemente - Humaitá - Jardim Botânico - Marquês de São Vicente nº 438.

Segundo Dunlop, esta linha levou quinze anos para ser construída: o primeiro trecho, da Rua Gonçalves Dias (esquina de Rua do Ouvidor) ao Largo do Machado, foi inaugurado em 9 de outubro de 1868. O segundo trecho, até ao fim da Rua Marquês de Abrantes, ficou pronto em 21 de novembro e o terceiro trecho, até o começo da Rua de São Joaquim (atual Voluntários da Pátria), ficou pronto em 19 de dezembro de 1868. Por não estar ainda aberta e concluída esta rua, somente em janeiro de 1871 pôde ser ultimado o trecho até ao portão do Jardim Botânico. Pouco depois a linha atingia o Largo das Três Vendas, no começo da Rua Marquês de Sâo Vicente, e, em 17 de janeiro de 1874, chegava à estação da Olaria, no número 224 desta rua. E somente em 1883 a linha Gávea chegou a seu final, na Ponte da Rainha, no final da Marquês de São Vicente.

Na última década do século XIX experimentou-se nessa linha o "Expresso da Gávea", que nada mais era que um bonde comum que saía da cidade às 16 horas e "à toda velocidade" se dirigia para a Ponte de Táboas, parando somente no Largo do Machado e na estação do Largo dos Leões para uma rápida mudança na parelha de muares. Levava uma hora e meia para ir do Centro da Cidade até a Ponte de Táboas. Daí em diante virava "subúrbio" e ia parando à vontade dos passageiros.


Onde estaria este bonde 10-Gávea?  Seria nas vizinhanças do Passeio Público ou estaríamos perto do Largo da Glória?


Bonde 10 Gávea nº 1897. E, como diz o JBAN, lá vai o VLT nº 10, matrícula 1897, com a propaganda do cigarro Lirio, passando pelo Passeio Público. Colorização do Nickolas Nogueira

Foto de Malta, do acervo do IMS, mostrando um bonde Gávea na Praia de Botafogo no início do século XX. Além de apreciar a beleza do foto fiquei curioso com o que teria acontecido com o homem de terno branco e gorro. Todos olham para ele: será que tinha pisado num cocô de cachorro? O puxador do burro-sem-rabo, ao lado do condutor e do fiscal, parecem tentar ajudar a "vítima". O local exato seria : Praia de Botafogo na altura da Rua Marquês de Abrantes, em 1910. O bonde é modelo "standard", de 10 bancos, com reboque de segunda classe, segundo o Helio.

Vemos o bonde "Gávea" trafegando tranquilamente por Botafogo, talvez na Rua Bambina. Parece que a vida passava mais devagar naquela época. À esquerda, um automóvel da primeira metade do século XX e, à direita, um infatigável burrico em sua faina diária. Como eram bonitos os casarões de Botafogo. Num deles podemos ver algumas letras, talvez de "Garagem e Officina". 



Bonde Gávea em frente à Gaiola de Ouro. Segundo obiscoitomolhado o táxi é um Mercury Eight, 47-48 e o carro branco é um Vauxhall, de 54 em diante. Comprovar o Vauxhall foi difícil porque a literatura é escassa, mas aquele corte sob a porta dianteira, só os Vauxhall têm. Deve ser para botar o macaco. Quanto ao ano, apenas em 54 saíram aquelas calotas e o friso contínuo.





 

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

CAPELA DE SÃO CONRADO

Capela de São Conrado, na então Praia da Gávea. Foi construída a partir da primeira década do século XX pelo Sr. Conrado Jacob Niemeyer. São Conrado viveu na Itália e morreu em 1351, sendo canonizado em 12 de setembro de 1625 pelo papa Urbano VIII. Entretanto há vários autores que citam personagem e data diferentes, como por exemplo ter vivido no século X e ter sido canonizado pelo Papa Calixto em 1123.

 

O bairro, na primeira década do século XX, tinha um ar rural, com muito verde e rua de terra. Durante séculos, São Conrado pertenceu à família de Salvador Corrêa de Sá e Benevides. As primeiras referências à exploração da propriedade só apareceriam no século XVII, quando herdeiros de Corrêa de Sá passaram a cultivar cana-de-açúcar no Morgadio do Asseca, cuja sede foi preservada e hoje abriga o Centro Cultural Vila Riso.

 

Nos anos 50 este era o aspecto da igreja de São Conrado. Consta que a primeira missa ali realizada só aconteceu em 29/06/1916, dia de São Pedro. Os aterros sucessivos deixaram-na distante da orla. Com a morte dos descendentes de Conrado Niemeyer, a igreja e seu patrimônio foram doados para a Arquidiocese do Rio de Janeiro. O então arcebispo Dom Jaime de Barros Câmara, em 2 de julho de 1969, elevou a capela à condição de paróquia. Da construção original ainda restam a pia batismal em mármore italiano, o sino, alguns vidros belgas e o relógio francês.

O autor do projeto desta igreja foi Alvaro Niemeyer (embora, outra vez, há versões diferentes, atribuindo o projeto a um arquiteto dinamarquês) e seu interior é extremamente sóbrio e pobre. Tem estilo francamente eclético, embora tenha-se tentado produzir, sem sucesso, um estilo neo-gótico. Durante algum tempo a festa de São Conrado foi digna rival da festa da Penha mas isto não mais acontece. 

Foto dos anos 60 publicada pelo Decourt, enviada pelo Wilson Spinoza. Mostra o adro da capelinha de São Conrado, tendo em primeiro plano o pequeno repuxo nos jardins da igreja, mas é a vista que se descortina o ponto alto da foto. Vemos um bairro de São Conrado completamente diferente dos dias de hoje. A Estrada da Gávea ainda é uma singela estradinha, cercada de casas simples, com um que de veraneio praiano dos anos 40, a farta vegetação domina o bairro e o mar lá atrás se descortina de todo. A casa ali ao fundo era da Dona Monique, uma francesa que durante muito tempo não cedeu à pressão das empresas imobiliárias para vender a casa. Jacques Augustowski disse que ali morou e que o endereço é Estrada da Gávea nº 897.

 

 

terça-feira, 10 de agosto de 2021

HOSPITAL DOS SERVIDORES DO ESTADO

O famoso HSE – Hospital dos Servidores do Estado, situado na Rua Sacadura Cabral nº 178. Foto e texto do acervo da tia Milu. 

O H.S.E. iniciou sua existência em maio de 1934, sob a denominação de Hospital dos Funcionários Públicos, quando, por iniciativa do Ministro do Trabalho, Salgado Filho, o Presidente Getulio Vargas assinou decreto destinando recursos para a sua construção.

A cessão de um terreno do Domínio da União foi decidida pelo Ministro da Fazenda, Osvaldo Aranha, em área próxima ao Cais do Porto, na rua Sacadura Cabral, onde existia uma serraria.

Em agosto de 1934, o Ministro do Trabalho, Agamenon Magalhães, autorizou o Edital de Concurso de projetos para o Hospital. Em julho de 1935 foram proclamados e premiados os três primeiros classificados. Coube o primeiro lugar ao projeto do engenheiro Porto D’ Ave, mais tarde modificado por colaboração de Félix Lamela, da Universidade John Hopkins e da União Panamericana.

Foi inaugurado em 28 de outubro de 1947 pelo Presidente da República, Marechal Eurico Gaspar Dutra. Trechos do texto de Fábio Cupertino Morínigo.

O Hospital dos Servidores do Estado foi um dos melhores hospitais do Rio de Janeiro e por ele passaram muitos dos grandes nomes da Medicina brasileira.

Projeto, em estilo "art-déco, do arquiteto Porto D´Ave (o mesmo que fez os hospitais do Câncer, das Clínicas e Gaffrée e Guinle), as obras foram financiadas pelo Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE).

Quando de sua inauguração foi considerado um marco na história do atendimento hospitalar no Brasil. Ao lado da excelência técnica, tinha peculiaridades que hoje soam como absurdas: o gabinete do Diretor-Geral tinha paredes revestidas por madeira-de-lei da Amazônia e garçom de luvas brancas para servir as visitas.

Era para o HSE que iam os presidentes da República (embora ali fossem atendidos do servente ao alto escalão do Governo Federal, ora instalado no Rio).


Inaugurado em 1947, foi pioneiro em uma série de procedimentos, tais como transplantes de córnea na década de 50 e a instalação de um rim artificial em 1956.

Foi a primeira instituição da América do Sul a receber avaliação classe “A” da Joint Comission for Accreditation of Hospital e foi no HSE que começou o programa de Residência Médica no Brasil. Com a unificação dos Institutos de Previdência, feita pelo Governo Militar na década de 60, iniciou seu declínio, passando a ser "mais um" da rede do INSS. A situação ainda piorou com a Constituição de 1988, com a decisão de "universalizar a assistência médica" sem uma contrapartida de verbas que viabilizassem o processo. 

Vemos a primeira ambulância que serviu ao HSE, uma rara Ford 1942.

Do acervo da tia Milu um cinzeiro do hospital. Nada mais politicamente incorreto do que um cinzeiro com o logotipo do HSE - Hospital dos Servidores do Estado.


 Um cartão-postal do HSE.

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

CAFÉ NICE


O Café Níce foi fundado em 1928 e sobreviveu na Av. Rio Branco até 1954. Reunia a boemia carioca e era ponto de encontro de músicos, jornalistas e personagens do mundo do futebol.

Por sua localização no centro da cidade e pela época em que funcionou era praticamente obrigatório o uso de terno por seus frequentadores. Ficava na esquina da Av. Rio Branco com Rua Bethencourt Silva, exatamente na Av. Rio Branco nº 174.

No Café Nice muita música era composta e vendida. Era comum encontrar ali Noel Rosa, Pixinguinha, Villa-Lobos, Orestes Barbosa, David Nasser, Jorge Veiga, Blecaute, Moreira da Silva, Sivuca, Araci de Almeida, Ataulfo Alves, Nelson Gonçalves, Orlando Silva, Francisco Alves, Mário Lago. . Durante muitos anos manteve uma orquestra de moças, dirigida pela violinista Maria Luíza Goudron.

Mas a frequência do Café Nice também incluía bicheiros, bookmakers, até contrabandistas, segundo Danilo Gomes. Era um bom local para lavagem de dinheiro, comprando músicas para despistar a polícia. J. Piedade era conhecido como o maior vendedor de músicas do Café Nice.

 

domingo, 8 de agosto de 2021

DIA DOS PAIS

Dia de comemorações e de saudades  

Parabéns a todos os pais do “Saudades do Rio”.

Foto: Rua Barata Ribeiro quase esquina da Dias da Rocha, anos 40