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sábado, 25 de abril de 2020

EXPO 1908


 
Desde que há pouco mais de 10 anos o nosso prezadíssimo Conde di Lido começou a colorizar as fotos do Rio Antigo com seu Photoshop, outros artistas seguiram seu exemplo. Entre os mais antigos o mestre Nickolas Nogueira que, para nosso prazer, escolheu publicar suas obras de arte no "Saudades do Rio".
 
Mais recentemente, com o aperfeiçoamento dos programas de edição, grandes craques surgiram como já vimos por aqui. Talvez cometendo alguma injustiça por esquecer algum, posso citar as colorizações do Reinaldo Elias, do Marcelo Fradim e da Christiane Wittel, entre outros.
 
Hoje temos duas colorizações da Expo de 1908: do Gilmar Oliveira e do Achilles Pagalides.
 
As fotos de

sexta-feira, 24 de abril de 2020

PALACETE PARETO 2





 
Vemos hoje mais aspectos do Palacete Pareto, projeto do arquiteto Thomas Driendl, em estupendas fotografias do acervo de J.V. Pareto III, neto do primeiro proprietário, publicadas no Facebook (avisei a ele que iria fazer um atualização do “post” do “Saudades do Rio” e ele não se opôs, inclusive dando uma descrição da casa como vemos mais abaixo).
A casa da família Pareto ficava na Rua do Russel bem no local onde foi construída a segunda parte do edifício da “Manchete”, de Adolpho Bloch. O terreno era amplo tanto que na parte traseira, no alto, foi construída a cocheira da casa, além de uma
A seguir leiam detalhes (impressionantes por vários aspectos) contados por J.V. Pareto III:
“No andar de baixo havia a cozinha, a sala de armas e duas salas de refeições, além do Atrium e de 2 lavabos. Havia uma sala de jantar e uma sala de almoço. Por que? Simplesmente porque a roupa usada no almoço era diferente da roupa usada no jantar ... No almoço se usava uma roupa esporte (mas os homens com paletó esporte) e, no jantar, terno e gravata com as mulheres vestidas "para noite".
Acima do térreo havia 3 andares e mais a torre, que tinha 4 andares com um quarto no último andar e um banheiro no segundo. O pé direito de cada andar era de aproximadamente uns 4 metros.
No primeiro andar havia 4 suítes com mais ou menos 60 mts2 cada. No segundo andar havia mais 4 suítes do mesmo tamanho e, no terceiro andar havia uma capela de uns 50 mts2, uma sala de música, 1 banheiro e 2 quartos pequenos (14 mts2 cada).
O centro da casa era "oco", ou seja, tinha um pé direito de uns 17 mts de altura do atrium ao topo, iluminado acima por um vitrô. Desta forma todos os andares viam o atrium lá embaixo, pela passagem com corrimão em volta.
Cada andar tinha aproximadamente uns 320 mts2 (junto com a parte "oca", que tinha aproximadamente uns 30 ou 35 mts2).
O piso era todo de mosaico, tendo as pedras vindas da França, bem como os mármores das escadas, portas. Telhas de ardósia.
As baias dos cavalos ficavam nos fundos, com saída para uma rua pequena. Depois viraram quartos dos serviçais. Não havia mais senzalas quando a casa foi construída.

A sala de almoço (onde também se tomava café) tinha, curiosamente, as paredes decoradas com azulejos em alto relevo, franceses.
Ar condicionado só depois na década de 60. Os "vidros" eram cristais lapidados (bisotê). As portas internas eram, geralmente, duplas. Nelas, os "vidros" (cristais) eram pequenos quadrados , que eram difíceis de limpar.
Os fogões eram a lenha nos primeiros tempos. Eram 12 serviçais trabalhando lá continuamente.”

quinta-feira, 23 de abril de 2020

PALACETE PARETO






 
Há mais de dez anos o “Saudades do Rio” recebeu esta série de fotos em P&B do Palacete Pareto enviada pelo prezado e desaparecido M. Bouhid. As duas últimas fotos, em que também aparece o palacete, foram colorizadas pelo Nickolas Nogueira, e pelo Conde di Lido, respectivamente.
A casa da família Pareto foi abaixo com a construção (ampliação) do prédio Bloch, onde funcionavam as instalações da “Manchete”. No terreno que a Bloch construiu seu prédio havia outra casa desta mesma família. Lá em cima, na parte de trás, ficava a cocheira da casa, cujo acesso se dava pela Rua Barão de Guaratiba. Esta rua começa na Ladeira da Glória e seu final termina numa escada que descia em direção a Praia do Flamengo. Seria na Ladeira do Russel nº57. É projeto do mesmo arquiteto (Thomas Driendl), só que em outro estilo.
Um comentarista da época comentou “Ao pensar na demolição desses palacetes, temos sempre que ter em mente a mentalidade da época. Em 1960 não havia preocupação em preservar construções do início do século, pelo contrário, a História e a Natureza tinham que abrir caminho para a Modernidade. Naquela época segurança pública não era preocupação como hoje e a especulação imobiliária aproveitava-se da falta de consciência preservativa.
A casa é um exemplo raro de neogótico aplicado a residências. O estilo, uma das múltiplas ramificações do Ecletismo, era geralmente empregado em igrejas e alguns prédios públicos, veja-se o caso da Ilha Fiscal. Porém, enquanto na ilha a inspiração mais direta vem dos castelos do vale do Loire, na França ,aqui temos algo mais próximo do gótico italiano. A janela lembra muito o formato daquelas da Catedral de Milão. O partido é bem semelhante ao do Castelinho do Flamengo. Também aqui temos uma entrada em ângulo, sob uma torre, que divide a planta em dois corpos separados, um de frente para a rua e outro virado para a lateral. O rendilhado do coroamento está excepcional.”
A casa foi projetada por Thomas Driendl é um clássico exemplo de morada das aristocráticas famílias do início do séc. XX, que antenadas à nova ordem da cidade construíam seus palacetes e castelinhos à beira mar, inicialmente acompanhando a bela avenida construída por Passos contornando a Guanabara rumo à Zona Sul, que requalificava um litoral ignorado, como em breve no novo bairro oceânico que surgia, Copacabana.”
Ainda na época um adepto do Veteran Car identificou os automóveis da penúltima foto como sendo: “O carro verde é um Chevrolet 1954, depois de pestanejar muito entre 53 e 54; na outra pista, um Chrysler, ou DeSoto, 46-48, marrom. Na pista do Chevrolet, um Oldsmobile azul (46-48), um Buick 1947 preto, um carro vermelho, com pinta de Chevrolet 1940, um saia e blusa, cinza e azul, com pinta de GM (uma cara de Oldsmobile...) dos anos 50 e fechando a visada, um Chevrolet 47-48, também saia e blusa. Atrás do poste vem um GM 49-52, com cara de Chevrolet, mas é chute.”. Não lembro quem escreveu, mas teria sido obiscoitomolhado? Ou o Rouen? Ou o Gustavo?
Amanhã teremos um grupo de fotos sensacionais publicadas por João Victorio Pareto III, neto do dono deste palacete, com algumas outras descrições do mesmo. Aguardem.



quarta-feira, 22 de abril de 2020

PRAIA DA SAUDADE 3






 
Vemos hoje o enorme aterro realizado ao longo da Av. Pasteur, na região da Praia da Saudade, para se fazer o Fluminense Yacht Club.
O Fluminense Football Club tinha concessão do Ministério da Guerra para o estabelecimento de uma seção náutica no forte e terrenos do Morro da Viúva, mas como os planos urbanísticos da cidade absorveram este espaço para a construção da Av. Ligação, hoje Av. Rui Barbosa, ligando os bairros de Botafogo e Flamengo, o Governo Federal cedeu então a área da Praia da Saudade. Desalojando a Colônia de Pescadores Z13 da Praia da Saudade, o Iate iniciou o aterro desta área.

Por meio do tráfico de influência, principalmente junto a prefeitos do Distrito Federal, como Antonio Prado Junior e Alaor Prata, o clube foi obtendo outras concessões aforadas que completaram somadas aos acrescidos de marinha, o excepcional espaço conquistado que chega hoje a inacreditáveis 81723 metros quadrados, conforme conta Helio Barroso no seu livro sobre o clube.

Em 1976 ocorreu a última expansão, pelo Decreto Presidencial 77440, de mais 4500 metros quadrados.

A Praia da Saudade foi definitivamente aterrada em 1934/1935, quando ali foi construída uma pista de pouso de aviões, que durou até o início da 2ª Guerra Mundial (face a acidentes, foi descontinuada).
A foto colorizada pelo Conde di Lido é do avô de meu amigo H. Hamann com seu hidroavião.

 

terça-feira, 21 de abril de 2020

PRAIA DA SAUDADE 2




Hoje vemos em postais da coleção do Klerman W. Lopes outros aspectos da Praia da Saudade, desaparecida na década de 20 do século passado.
 
Por manipulações políticas o Rio perdeu uma de suas praias, cedida que foi ao Fluminense Yacht Club.
 
Amanhã veremos imagens do aterro desta região para a construção do clube que, além da sede social e garagem de barcos, durante algum tempo teve um aeródromo. Também havia cabines de banhos de mar, antes do acesso a Copacabana ter sido facilitado, além de um estande de tiros.
 
A primeira foto esclarece uma dúvida de muito tempo: sim, havia uma mureta ao longo da Av. Pasteur.
 
Na segunda foto, em primeiro plano, perto do mar, o Pavilhão de Minas Gerais, da Exposição de 1908. A Escola Municipal Minas Gerais, foi construída usando o primeiro pavimento do pavilhão. Lá na Avenida Pasteur, o Hospício, o Instituto Imperial dos Meninos Cegos (construção iniciada em 1872 e só concluída depois de 1900, já denominada Instituto Benjamin Costant) e o Pavilhão dos Estados (depois Ministério da Agricultura, CPRM e Museu da Ciência).

segunda-feira, 20 de abril de 2020

PRAIA DA SAUDADE




 
As fotos de hoje mostram a Praia da Saudade e seu aterro. Esta praia teve anteriormente o nome de Praia do Suzano e Praia de Santa Cecília, nome que perdeu em 1868, quando a Câmara a rebatizou como Praia da Saudade. A praia cabou na década de 1920, durante a gestão de Alaor Prata na Prefeitura.
Este aterro foi para a construção do Fluminense Yacht Club, hoje Iate Clube do Rio de Janeiro.
 
Amanhã veremos aspectos do aterro e mais informações de como se deu a posse deste terreno ao clube.
 

domingo, 19 de abril de 2020

PRAIA DE DOMINGO

 
Em foto do acervo da Escola Americana vemos a Praia de Ipanema por volta de 1970.
Estamos perto do antigo Posto 8, que ficava bem em frente da Rua Farme de Amoedo, onde na esquina havia na época o restaurante Alberico´s.
Na rede de vôlei após o Posto certamente eu estaria lá, com o Fusquinha estacionado sobre a calçada. Havia tão pouca gente que deve ter sido um domingo nublado.
A rede de vôlei chamava-se “Lagosta” e por 45 anos foi ali armada todos os fins de semana e feriados. Esta rede foi fundada por um grupo de funcionários do então BNDE, tendo à frente o "diretor-geral” Celso Juarez de Lacerda, junto com o Cesar, o Nilo, o Gonzaga, a Helô, a Diana, o Getúlio.  Pouco antes de fazer vestibular, eu e meu amigo Márcus fomos convidados a integrar o quadro de sócios desta rede, numa época em que lá já estavam o Aldyr, o Carlos, o Vicente, o Luiz Carlos, o Adalberto, a Beth, o Osvaldo, o Ivo, o Joel (do Sírio-Libanês), o Asmie, o Roberto, o Fred (Cafuringa), o Coronel Guido e tantos outros.
Pegávamos as estacas, a marcação do campo, a bola e os regadores para molhar a areia na garagem do edifício 232 e a turma, nos anos seguintes foi aos poucos recebendo novos integrantes e alguns saindo. Nesses anos todos passaram por lá, entre outros o Paulo, Luiz, Vanda, Téia, o craque Dominguinhos, Flávio, Adolfo (o “AAA”, pois seu nome e sobrenomes começavam com A), Norton, Afonso, Claudio, Renato, Miguel, Carmem, Augusto, Verinha, Otacílio, Marli, Sergio, Sandra, Alberto, Virginia, Felipe “Minhoca”, Nelson, Maria Isabel, Ana Luiza, Monica, Bee, Charles, Hélia, Tininha, Regina, Claudia, Liliane, Zé Augusto, Rogério, Lucia, Rita, Célia, Leila,  Odone e sua maravilhosa prima (como se chamava?) e tantos outros.
A rede propiciou muitas festas, muitos namoros, alguns casamentos e os consequentes divórcios.
 E a algumas amizades para a vida toda.
Anos depois, chegaram a Carminha, a Tereza, o Eduardo, a Verinha, o Leonardo, o Carlinhos, o Flavinho, a Aninha, o Sergio, o André, o Antonio Maria, o Coronel Barroso, o Bruno, o Mauro, o Arlindo, o Zé Claudio, uma infinidade de gente que teve passagem curta ou longa.
 Na época da construção do “píer” nos unimos com outra rede deslocada pelas obras. Quando estas terminaram, todos se incorporaram à “Lagosta” e novos companheiros passaram a fazer parte de nosso time, como o Walter, o Antenor, o Gabriel, o Jarbas, o João Baptista, o Dr. Rui, o Laranja, os Jaimes, o Julio, o Joaquim, o Osvaldo “Aranha”.
No final era tanta gente que chegávamos a armar uma rede auxiliar nos fins de semana. O espaço na praia era licenciado pela Prefeitura e anualmente o Paraíso se encarregava de renovar a licença.
 Até o final da década de 70 todos nos conhecíamos naquele trecho da praia em que se destacava o Bocaiúva, um antigo banhista (salva-vidas) que tivera que sair do Salvamar após ter um TCE numa briga com a Polícia do Exército. O “Boca”, mesmo com problemas, organizava diversos eventos na área, com disputas de vôlei e natação, além de aulas de surfe.
 Neste trecho havia ainda duas redes vizinhas, uma da turma da “Móveis Samurai” e outra da turma do Sergio “Tachinha”. Não pode ser esquecida, também a turma da peteca, capitaneada pelo Gabriel e pelo Célio.
 A turma do frescobol incluía quase todo mundo (sofremos muito no período em que a PM reprimia o jogo para valer, apreendendo as raquetes). Depois vieram os filhos de todos nós e a praia ficou cheia.