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sábado, 10 de junho de 2023

RUA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA


 Em 1959 a Rua Voluntários da Pátria ainda era em mão-dupla e, por incrível que pareça, além ônibus, lotações, caminhões, automóveis, etc, ainda havia pedestres no meio da rua.
Impressionante como este trecho tinha uma calçada muito estreita, devido aos tapumes de uma obra.

Ao ver a foto achei que era um lotação, mas como tinha porta traseira, como vemos em detalhe abaixo, seria classificado como um ônibus?


Como vemos assinalado pela seta, há o mesmo apoio para as mãos na parte de trás do veículo.


O caos da Voluntários da Pátria era absurdo.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

ONDE É?

O prezado GMA me enviou algumas fotos, todas relacionadas com serviços telefônicos. Elas são o tema de hoje.


FOTO 1


                                    FOTO 2


                                    FOTO 3


FOTO 4

Esta foto está identificada como Rua Gomes Carneiro, em Ipanema, mas não acredito que seja correto.

quarta-feira, 7 de junho de 2023

MOTONÁUTICA

 

Nesta fotografia vemos uma prova de motonáutica disputada na Enseada de Botafogo na década de 1930.

As provas tiveram muito sucesso até o final da década de 1960.


Nos anos 50 e 60 as provas passaram a ser disputadas na Lagoa Rodrigo de Freitas. Na foto aparece, ao fundo, o Clube dos Caiçaras.


Era comum acordar aos domingos com o barulho das "voadoras", ir para a beira da Lagoa e ficar assistindo elas passarem fazendo muito barulho em volta das boias de marcação da raia.

A verdade é que assistindo às provas, quem não conhecesse as lanchas e os pilotos, nunca sabia quem estava na frente...


Nesta fotografia vemos uma prova de motonáutica nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, na década de 50. Em destaque a embarcação de Paulo Hugo.

Ao fundo, vemos que havia pouquíssimos prédios altos na Lagoa e no morro ainda não existia o Panorama Palace Hotel, construído na década seguinte.


Paulo Hugo foi um campeoníssimo nas provas de motonáutica. Concorria com Amadeu Borba, Luiz Carlos Lara Campos, Carlos Alberto Jung, entre outros.

O ronco dos motores alcançavam mais de 100 decibéis, a velocidade era espantosa, a morte era o limite para pilotos que chegavam atingir mais de 150 km/h. 


Paulo Hugo era considerado um milionário excêntrico que dominou as provas das décadas de 50 e 60, importava as melhores lanchas que competiam no Brasil.

terça-feira, 6 de junho de 2023

ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS


Estação inaugurada em 1885, atendia aos que frequentavam o Derby Club, onde se realizavam corridas de cavalos.


Estação do Méier, inaugurada em 1889.


Estação de Colégio, inaugurada em 1883.


Estação de Marechal Hermes, inaugurada em 1913.


Estação de Engenho Novo


Estação Marítima, inaugurada em 1880.


Estação do Rocha

Estação de Bonsucesso


Estação de Paciência


Estação de Magalhães Bastos 

Estação de Senador Camará

Nota: http://estacoesferroviarias.com.br/ é um ótimo "site" com informações sobre o assunto.




segunda-feira, 5 de junho de 2023

LAGOA - OBRAS DE CALDER DESAPARECIDAS

      OBRAS DE CALDER NO PARQUE DA CATACUMBA

O prezado GMA, a quem o “Saudades do Rio” agradece, mandou um dossiê sobre mais um caso de desaparecimento de obras de arte do Rio, tal como a “Estrela do Mar” de Tomie Ohtake, postagem da semana passada.

Alexander Calder nasceu na Filadelfia em 1898. Em 1930 criou os “mobiles” que lhe deram fama internacional. São placas de metal, presas por arames, pintadas em cores vivas e que, ao menor sopro do vento, se agitam formando novas combinações de formas.

Perguntado sobre se seus “mobiles” traziam alguma mensagem, respondeu: “Não me chateia com essa história de mensagem. Quem procura símbolos em meus objetos é um idiota. Faço-os somente para me divertir. Só para isso.”

Em meados do século XX, morando perto de Paris, Calder criou enormes estátuas de metal, pintadas de preto. Pareciam animais pré-históricos. Ele os chamava de “stabiles”.


"Mobile" "Rio" instalado no Parque da Catacumba, Lagoa.

O Rio de Janeiro teve um exemplar de ambos, inicialmente no Parque do Flamengo e depois transferidas, no final da década de 70, para o novo Parque da Catacumba, na Lagoa Rodrigo de Freitas, junto com outras obras de vários artistas. A compra do “mobile” “Rio”, foi sugestão de Lota Macedo Soares, quando da construção do Aterro do Flamengo. Na ocasião, Calder doou um “stabile” para o Rio. 


Conforme conta Mario Buschiazzo, o parque foi criado pelo Decreto Municipal nº1.967, de 19 de janeiro de 1979, e está vinculado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente do Rio de Janeiro desde 2003. Localizado na Zona Sul da cidade, o parque ocupa uma área de 26,5 hectares, de frente para um dos principais cartões postais da cidade: a Lagoa Rodrigo de Freitas.

A decisão de transformar o espaço em parque permanente foi justificada pela necessidade de reflorestamento da área e da implementação de um espaço voltado à difusão cultural e à exposição de obras de arte na cidade. Segundo o livreto de inauguração, o parque foi idealizado em 1979 pelo então prefeito Marcos Tamoyo. Fica onde era a Favela da Catacumba.


Este é o "stabile" doado por Calder ao Rio de Janeiro.

O Parque da Catacumba, idealizado em 1979 pelo então prefeito do Rio de Janeiro, Marcos Tamoyo, foi criado sobre “verdes saliências do relevo carioca, onde a sensibilidade do homem, à semelhança da natureza, pudesse expor essa maravilhosa arte da escultura.”

O Parque de Esculturas ao Ar Livre da Catacumba estreou com seleção de 24 esculturas modernas de artistas consagrados internacionalmente, incluindo obras originárias de doações à Prefeitura e outras do seu patrimônio. Grande parte dessas esculturas continua em exposição nas alamedas e jardins, após minucioso trabalho técnico de restauração. 

Pouco se fala hoje sobre o sumiço das obras do valiosíssimo acervo do escultor norte-americano, Alexander Calder (1898-1976).


Nota de "O GLOBO" de 01/03/1979 dando conta do projeto para o Parque da Catacumba.


O parque às vésperas da inauguração em 1979.



Foto da inauguração do Parque da Catacumba em 1979. 


Em meados de 1979 o "Jornal do Brasil" noticia que as obras de Calder, danificadas, seriam restauradas no Depósito do Departamento de Parques, no Caju.

Tendo voltado ao Parque da Catacumba as obras de Calder novamente se deterioraram e foram encaminhadas para restauração.


Tal como a obra de Tomie Ohtake, as vigas da Perimetral, a taça "Jules Rimet", os leões do Monroe e tantas outras coisas, as obras de Calder "desapareceram".


Pois é. O "ferro-velho" é um grande problema carioca. 

Em 2001, a colunista Hildegard Angel publicou uma nota: 

"Cadê o Calder? Um passarinho da Catacumba me contou que o móbile Rio, de 1959, patrimônio da prefeitura do Rio, avaliado em três milhões de dólares, foi, digamos assim, extraviado na década de 80 para a Europa por um conhecido marchand internacional…"

Só para ter noção do prejuízo, em 14/11/2022, na Casa de Leilões Sotheby´s, um "mobile" parecido de Calder foi vendido por pouco mais de 8 milhões de dólares.

Curiosidade: Em determinada época Calder foi contratado pelo companhia aérea Braniff para pintar seus aviões. O resultado foi o que vemos abaixo. Acho que os "mobiles" e "stabiles" eram mais bonitos...