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sábado, 18 de maio de 2019

LAGOA-BARRA


 
As duas fotos de hoje referem-se à construção da Autoestrada Lagoa-Barra. São do início da década de 80. Um módulo do Conjunto Habitacional São Vicente (Minhocão) foi demolido para passagem das pistas. Alguns advogam que não houve prejuízos para os moradores daquela ala, pois foram transferidos para três novos blocos de apartamentos, construídos nos fundos do Conjunto São Vicente, com vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas e toda a orla marítima do Leblon e Ipanema, sendo inclusive os imóveis acrescidos de mais um quarto.
 
O prezado Andre Decourt fez um extenso "post" sobre este assunto, que reproduzo parcialmente aqui. "A PUC, certamente ajudada pela igreja Católica e vários de seus ex-alunos que ocupavam altos postos em nossa sociedade, fez forte "lobby" para o traçado da via se desviar do campus. Ficaram então as duas alternativas, a de número 2 seria a melhor, mas a mais cara e demorada. Resolveu-se, então, fazer a de número 1, a que temos hoje, verdadeiro absurdo, primeiro pela forte rampa, pois a diferença entre as cotas da Gávea e a boca do túnel Zuzu Angel é enorme.
 
Esta rampa, no sentido Lagoa-Barra, provoca lentidão, pois veículos pesados ou de pouca potência têm grande dificuldade de galgá-la, fazendo-o em baixa velocidade e atravancando o trânsito. Já no sentido oposto a grande inclinação dá aos veículos forte aceleração, sendo a causa de tantos acidentes, muitos com mortes naquele trecho.
 
Para a construção o então Governo do Estado do Rio de Janeiro fez uma permuta com a PUC onde 41 mil metros quadrados de encosta não edificantes, foram trocados por uma área plana de 21 mil metros quadrados, juntinho da Marques de São Vicente, área esta da já renomeada CEHAB, terra esta do antigo Departamento de Habitação do Distrito Federal e destinado a parte do conjunto do Parque Proletário da Gávea.
 
Foi imposta a condição de construção de salas de aula, mas o que vimos por muitos anos foi um grande estacionamento. Mas o pior de tudo foi cortar um prédio residencial com uma das vias mais movimentadas de nossa cidade: 48 apartamentos deveriam ser demolidos, ou seja, um bloco inteiro do prédio.
 
Mas a boa estrutura e a criatividade dos engenheiros do DER-RJ, grande parte oriunda da equipe de elite feita na época da Guanabara, descobriram um meio de demolir as lajes dos pavimentos inferiores sem derrubar o resto do “módulo”, sendo então perdidos “apenas” 21 apartamentos. Para se evitar o barulho deveriam ser construídos 2 túneis acústicos, mas só um deles foi executado, protegendo a PUC. Já os moradores do edifício ficaram expostos ao barulho, o que foi um dos maiores absurdos urbanos de nossa cidade."
 
Pois ontem, provavelmente tendo como uma das causas a falta de manutenção, por pouco uma nova tragédia com perda de vidas humanas não se abateu sobre a cidade. A queda de parte do túnel acústico transformou o trânsito num caos.
 

sexta-feira, 17 de maio de 2019

IPANEMA ANOS 70



 
As fotos de hoje são da Ipanema do início dos anos 70.
As duas primeiras são do salão de cabeleireiro do Jambert, que teve vários endereços em Ipanema, como na Rua Maria Quitéria nº 59 e na Rua Montenegro, entre Prudente de Morais e Visconde de Pirajá. Neste fazia sucesso uma cacatua branca, vista na segunda foto.
O “Jambert” era concorrente do “Fleur de la Passion”, na Galeria Alaska, onde brilhava o tinturista Tutu La Minelli, ora pontificando naquela estranha cidade do Sudeste.
A terceira foto é da lanchonete Chaplin, que ficava na Rua Visconde de Pirajá nº 187, perto da Farme de Amoedo.
Era um local badalado com sanduíches como “Filé com Bacon”, “Lombinho com Ameixa”, Presunto à Califórnia”, “Maionese de Siri”, “Mustafá” (pão sírio, presunto tender, pernil, galinha), “Salada de Ovos”, “Hamburgão”.
Ficava aberto de 10 da manhã até 2 da madrugada. Aos sábados até às 4 da madrugada.
Fotos: Manchete

quinta-feira, 16 de maio de 2019

FAVELA MACEDO SOBRINHO




 
As fotos de hoje, “with a little help from my friends”, mostram a região do Humaitá e Fonte da Saudade, com destaque para a favela Macedo Sobrinho, que foi uma das removidas durante o governo de Carlos Lacerda.
Imaginem como estaria essa favela se não tivesse sido removida por Lacerda. Certamente os morros São João e Cabritos seriam uma grande e enorme favela, com Catacumba, Macedo Sobrinho e Tabajaras unidas. Hoje a única não removida já tomou grande parte da face no Morro dos Cabritos.
Numa das fotos se pode constatar que a agulha do lado direito do posto de gasolina do Humaitá não existia e a Visconde Silva terminava (ou iniciava) na Macedo Sobrinho. A rua em ziguezague é a Rua Casuarina. É sem saida e hoje temos uma boa quantidade de casas construídas, embora desvalorizadas pela favela que existe no alto. Pode-se chegar até ela por: Rua Huamitá - Rua Eng. Marques Porto - Rua Casuarina ou  Rua Fonte da Saudade - Rua Bogari - Rua Casuarina.
Neste local havia uma pequena fortificação colonial (Forte da Piaçava) que guardava os "fundos" da Cidade. Quando da remoção da favela, as bases da fortificação apareceram. Anos depois foram solenemente ignoradas pelo Socialismo Moreno quando da construção de um CIEP no local.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

IGREJA N.S. DA LAMPADOSA


 
Vemos a Igreja de N. S. da Lampadosa, na Avenida Passos, esquina de Rua Luis de Camões, em foto de Malta. A construção começou em 1749, sendo que esta igreja foi demolida em 1930 e a nova igreja, que está lá até hoje, foi inaugurada em 1934.
Esta igreja do século XX foi projeto dos arquitetos Candiota e Sá.
Consta que em 21/04/1792 o inconfidente Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, adorou a Eucaristia pouco antes de ser enforcado.
Em 1945 foi construída uma nova capela, que tem acesso pelo Rua Luís de Camões.
Na segunda foto, de Genevieve Naylor, vemos um desfile do Colégio Anglo-Americano passando em frente à igreja em 1941.

terça-feira, 14 de maio de 2019

NICKOLAS



 
Estes fotogramas garimpados pelo Nickolas são pretexto para informar que ele criou uma página no Facebook para publicar suas colorizações.
 
Imperdível!
 
O nome é "PASSADO A COR".

segunda-feira, 13 de maio de 2019

FÁBRICA AYMORÉ

 
Vemos o protesto de empregados da Fábrica de Biscoitos Aymoré, subsidiária do grupo Moinho Inglês, em 03 de agosto de 1960. Reportagem do Correio da Manhã dá conta que 315 trabalhadores receberam uma carta comunicando que estavam transferidos para a fábrica de São Paulo.
Os que não se conformassem com a transferência receberiam 40% das indenizações a que tinham direito. Ambas as propostas foram rejeitadas pelos trabalhadores, que exigiram ser indenizados de acordo com o que determinava a legislação.
Após negociações parte dos empregados aceitaram receber 50% das indenizações. Mas a 9ª Junta de Conciliação e Julgamento, em maio de 1960, deu ganho de causa à reclamação de outros 292 trabalhadores, por unanimidade, que então receberiam a indenização legal e os que tivessem mais de dez anos na empresa deveriam receber a indenização em dobro.
A empresa interpôs recurso à decisão do Juiz Mathias Neto. O “imbróglio” agravou-se com a longa greve em solidariedade aos trabalhadores do Rio feita pelos trabalhadores da mpresa em São Paulo.
Não consegui descobrir como o assunto terminou.
PS: E obiscoitomolhado deve retornar ao trabalho nesta segunda-feira.

domingo, 12 de maio de 2019

DIA DAS MÃES

 
Hoje é dia de parabenizar todas as mães dos visitantes e comentaristas do "Saudades do Rio".
 
A foto é uma demonstração de como sou um privilegiado. Nela estão minha bisavó, com quem convivi por 31 anos, minha avó e a irmã dela, minha madrinha, tendo convivido com as duas por mais de 40 anos, e minha mãe, com quem ainda convivo.
 
O menino da foto, no colo da vovó, é meu irmão.