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sábado, 30 de dezembro de 2017

FINAL DE ANO




 
Antigamente o final de ano no Rio era comemorado com uma grande chuva de papel picado no Centro, além de merecer uma decoração especial nas ruas.
Também havia homenagens a Iemanjá, cerimônia  tradicional nas praias do Rio de Janeiro, na noite de passagem do ano.
Hoje em dia estes rituais tiveram que ser adiados ou antecipados devido à transformação da festa do dia 31 num "mega-show", principalmente na Praia de Copacabana.
Foi-se o tempo, mais simples, em que as pessoas iam apenas molhar os pés no mar e oferecer suas oferendas a Iemanjá.
Nos tempos atuais não deixa de preocupar esta reunião de milhões de pessoas em Copacabana. Além do caos para os moradores, a infiltração de oportunistas causa arrastões, furtos, tumultos. Apesar de quase sempre tudo correr bem, por um nada poderá ocorrer uma tragédia, caso o pânico se instale.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

CORREIOS

 
Este é o projeto para a sede dos Correios, no Centro, perto da Candelária.
O prédio do CCBB está logo atrás e acho que a casa França-Brasil iria para o espaço. Ficaria no terreno do atual Centro Cultural dos Correios e do prédio dos Correios da Primeiro de Março, além do espaço das ruas entre eles.
Não foi construído.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

LAGOA-BARRA




 
As fotos de hoje mostram trechos da autoestrada Lagoa-Barra, inaugurada no início da década de 70. Foi uma obra importante, facilitando a ligação entre a Barra da Tijuca e a Zona Sul.
Naquela época o DER – Departamento de Estrada de Rodagens, publicou um postal com foto da obra e o seguinte texto: "DER-GB AUTO-ESTRADA LAGOA-BARRA
A Auto-Estrada Lagoa-Barra, integrante do trecho Rio-Santos da BR-101, é o principal investimento do Departamento de Estradas de Rodagem nos últimos anos. Com pistas inteiramente bloqueadas, possibilitando uma velocidade diretriz de 80 quilômetros horários, a distância entra a Lagoa Rodrigo de Freitas e a Barra da Tijuca será percorrida em apenas 7 minutos, fator determinante da futura ocupação da Baixada de Jacarepaguá, como verdadeiro pulmão da Zona Sul do Estado. 
Com a construção do elevado da Av. Paulo de Frontin e conclusão do túnel Rebouças, aquela região ficará a apenas 20 minutos do centro da cidade.
A auto-estrada consta das seguintes obras: Túnel Dois Irmãos - duas galerias de 1.600 metros de extensão. Viaduto sobre a Avenida Niemeyer - duas pistas paralelas. Pista dupla em São Conrado - 2.300 metros. Túnel do Pepino - 190 metros, em pistas superpostas. Elevado do Joá - 1.100 metros, em pistas superpostas. Túnel do Joá - 385 metros, em pistas superpostas. Ponte da Barra - 620 metros, em pistas paralelas."
Com o passar do tempo a estimativa de 7 minutos para se ir da Lagoa à Barra viu-se confrontada pela realidade...
Nos primeiros tempos, ainda com pouco trânsito, os cariocas paravam em plena pista para apreciar a belíssima paisagem.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

ILHA DAS DRAGAS




 
Aproveitando o belo cartão postal publicado pelo Achilles Pagalidis, que mostra a região do Jardim de Alá, com a Cruzada São Sebastião, o Conjunto dos Jornalistas, o clube Monte Líbano e o clube dos Caiçaras, além daquele famoso edifício em curva na Avenida Epitácio Pessoa, vamos falar um pouco da Favela da Ilha das Dragas que aparece também nas fotos, ao lado do Caiçaras.
Boa parte dos muitos clubes desta região, como o Paissandu, AABB e Monte Líbano tiveram uma extensa área aterrada junto à Lagoa doada pela Prefeitura. Os projetos de urbanização do então Distrito Federal foram se valendo desses aterros para "a construção de sedes e praças de esportes de entidades desportivas de primeira categoria", como previu a Lei 770.
Os terrenos, na realidade, mal podiam ser chamados de terrenos, tal a quantidade de lixo, lodo e brejo. Pelo lado da Lagoa havia a Favela da Ilha das Dragas, pelo lado da Rua Humberto de Campos, a Favela da Praia do Pinto.
Em fevereiro de 1969 a Secretaria de Serviços Sociais efetuou a erradicação total da favela da Ilha das Dragas, com a transferência das últimas 70 famílias para os terrenos de sua propriedade na Baixada Fluminense. Anteriormente 435 famílias tinham sido levadas para a Cidade Deus.
Após levantamento sócio-econômico verificou-se que 204 famílias que possuíam renda superior a dois salários mínimos foram alojadas em 204 apartamentos de 2 quartos, sala, cozinha e área com tanque.
As que possuíam renda familiar inferior a dois salários mínimos foram alojadas provisoriamente em Triagem Grande, num total de 164 casas com sala, quarto, cozinha e banheiro.
Depois da saída das últimas famílias a área foi entregue à SURSAN, que completaria a limpeza e urbanização do local, além de dar continuidade à duplicação das avenidas Epitácio Pessoa e Borges de Medeiros, completando as avenidas no entorno da Lagoa.
Muitas árvores, principalmente amendoeiras, foram aproveitadas pelo Departamento de Parques para colocação em parques da cidade. No local ficou apenas o ambulatório que atendia aos moradores da Cruzada São Sebastião.
Embora muitos se dissessem satisfeitos era notório o desolamento de alguns como o José Alves da Silva que reclamava da distância da Cidade de Deus. Disse ele à época: "Moro aqui desde 1950 quando dei baixa do Exército e casei. Naquela época só havia cinco famílias aqui na Ilha das Dragas. Aqui criei meus filhos. Sou empregado do Clube dos Caiçaras e agora vou ter que tomar três conduções para vir trabalhar: os ônibus Cidade de Deus - Barra da Tijuca; Barra - Hotel Leblon e um circular. Trabalho das 18h à meia-noite. Antes podia fazer uns biscates para ajudar. Agora não sei como vou fazer para sustentar minha família tendo que pagar aluguel e gastar muito com as conduções.”
A se notar também o enorme aterro da Lagoa feito pelo Clube dos Caiçaras para aumentar seu terreno, onde foram construídas quadras de tênis e também campo de futebol, entre outras coisas.
Alguém saberia de que ano é o edifício em curva na Epitácio Pessoa?

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

CASTELO

 
O prezado Carlos P. L. de Paiva, antigo colaborador do "Saudades do Rio", enviou alguns fotogramas interessantes, como sempre.
 
Vemos a região do Castelo. O desafio para nossos comentaristas é comentar as diferenças entre a foto mostrada e o que há nos dias de hoje.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

PRESENTES DE NATAL


 
A manhã do dia 25 era o dia em que as crianças iam para a rua para brincar com seus presentes de Papai Noel. Antigamente era assim com presentes como bicicletas, patinetes, patins, bolas, carrinhos de boneca, velocípedes, etc, bem diferente de hoje quando a maioria fica trancada em casa com seus jogos para computador, iPad, DVDs, PS4, etc.
A primeira foto mostra um presente de Natal que me deixou muito contente, já adolescente: uma Monark, vista estacionada na calçada da Avenida Epitácio Pessoa, perto do Corte do Cantagalo, na Lagoa, nos primeiros anos da década de 60. Era uma das "tops" da época - superconfortável, sem marchas, com os acessórios clássicos: espelho retrovisor, buzina a pilha, selim acolchoado com o escudo do time preferido (com franjinhas!). Não tinha farol, nem aqueles enfeites nos aros das rodas.
Com amigos, nas saudosas e longas férias de verão, fazíamos "O CIRCUITO", em muitas tardes. Saindo da Lagoa, subíamos a Rua Montenegro (atual Vinicius de Morais) até a Praia de Ipanema. Ali, pela calçada deserta (não havia a febre de caminhar como hoje), até o final do Leblon. Dobrávamos na Avenida Visconde de Albuquerque, circulávamos por dentro do Jardim Pernambuco (a cidade era diferente, o local não estava todo cercado com cancelas e vigilantes – o que, aliás, é um absurdo, na minha opinião), indo até o Jockey Clube (não havia a avenida que margeia a Lagoa, entre o Jardim de Alá e o Piraquê). Começávamos a voltar pela Rua Jardim Botânico, costeando o muro do Jockey, até a Rua General Garzon. Ali dobrávamos à direita para pegar a Lagoa até a Igreja de Santa Margarida Maria. Virávamos para o Humaitá, descíamos por Botafogo até a Rua Real Grandeza, passávamos ao lado do cemitério e atravessávamos o Túnel Velho (ainda com uma só galeria, mão e contramão). Neste trecho às vezes dava para "pegar uma carona" no bonde (logo, logo, o condutor vinha nos expulsar, pois aquela manobra era perigosa). Vinha, então, a melhor parte do circuito, que era descer a ladeira da Rua Santa Clara. Como ainda não havia sido feito o Túnel Major Rubens Vaz, dobrávamos na Rua Cinco de Julho, depois na Pompeu Loureiro, até a Praça Eugênio Jardim. Subíamos o Corte do Cantagalo e voltávamos ao ponto inicial na Lagoa. Dava para fazer tudo isso numa hora e meia.
A segunda foto  mostra minha amiga Beth, com quem irei almoçar hoje, em 25/12/1948, toda feliz com o presente que Papai Noel deixou. Segundo ela conta, a foto é da casa onde morava, na Rua Alberto de Campos, entre as ruas Gorceix e Farme de Amoedo. De chamar a atenção o caprichado vestido, feito por sua mãe. Mas bom mesmo devia ser morar na Alberto de Campos em 1948, naquela Ipanema dos bons tempos.

domingo, 24 de dezembro de 2017

FELIZ NATAL




 
O “Saudades do Rio”, com estas fotos, deseja a todos os que por aqui passam um bom Natal, com muita paz e tranquilidade.
No postal da Praça Paris, na década de 1950, vemos a tradicional e bela iluminação da Mesbla. A esteira de luz que saía do alto da torre do relógio era uma atração para todos.
Que a inocência e a alegria da menina com o Papai Noel sirvam de inspiração para este dia.
A terceira foto foi enviada pela prezada NALU: "Esta foto é do presépio que meu tio Helvecio armava na casa dele todos os Natais. O efeito de pedra molhada era obtido com um tipo de papel tratado com pó de minério (eu acho) que chamavam de "serra".  Era a atração da família e quando eu, ainda bem pequena, morei fora do Brasil, ele enviou a foto pelos Correios para nós".
E para os que ainda não fizeram suas compras de Natal, a Sears estará aberta hoje até tarde.