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sábado, 16 de fevereiro de 2019

BANDA DE IPANEMA




 
Hoje é o dia da primeira das três saídas da Banda de Ipanema em 2019.
A concentração é na Rua Teixeira de Melo, junto à Praça General Osório. Fundada em 1965 por Ferdy Carneiro e Albino Pinheiro, junto com mais 29 “figuraças” de Ipanema e arredores, ainda nos bons tempos. Desde então todo ano desfila com dois padrinhos, que tanto podem ser figuras conhecidas como Leila Diniz, Jorge Ben, Clementina de Jesus, Marlene, Bibi Ferreira, Martinho da Vila, Chico Buarque, Cartola, João Nogueira, Clara Nunes, Beth Carvalho, Jaguar e tantos outros famosos, como também figuras comuns de Ipanema como as duas gêmeas, Laura e Délia, que participaram de inúmeros desfiles e que aparecem na última foto com a outra irmã, Dora.
O lema da banda é "Yolhesman Crisbeles!", tirado da pregação de um desajustado que vendia Bíblias na Central e que seria a frase que identificaria o verdadeiro anjo do Juízo Final (os militares imaginavam que era uma crítica à ditadura, mas não significava nada).
Fez grande sucesso em décadas passadas, com a participação do povo daquela Ipanema que já não existe. Além dos foliões, os moradores do bairro levavam crianças para assistir ao desfile, que era alegre e descontraído.
 
Desde há alguns anos está bastante descaracterizada, tendo perdido aquele espírito inicial que fez tanto sucesso. Ficou gigantesca, destrói tudo que encontra pela frente, virou um bando de bêbados, travestis, exibicionistas, pivetes, turistas, camelôs e gays fazendo barulho, cercando um grupo que ainda quer brincar carnaval como antigamente. E causa um enorme transtorno no bairro, impedindo o ir e vir dos moradores.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

LARGO DA CARIOCA





 
Vemos hoje imagens do Largo da Carioca e do Convento de Santo Antônio.
 
A primeira é de um cartão-postal de 18/05/1905, escrito em francês por Bergham. O postal, com um selo de 100 réis, identificado como "Place Carioca", mostra o tradicional chafariz e o Convento de Santo Antônio.

Na última foto vemos uma multidão no acesso ao convento, mas eu acho que a maioria dos cariocas nunca o visitou.



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

ESQUADRILHA DA FUMAÇA





 
A Esquadrilha da Fumaça nasceu em maio de 1952, no Campo dos Afonsos.
Na época a Esquadrilha da Fumaça da FAB utilizava os T-6 (de 1952 a 1976), North American, avião que serviu ao treinamento de milhares de pilotos durante a 2ª Guerra Mundial. Tinham potência de 600 HP, velocidade máxima de 400 milhas por hora e alcance de 900 km.
Reportagens davam conta que seriam substituídos pelos aviões a jato Mach MB-326, de fabricação italiana, mas acabaram sendo substituídos pelos franceses Fouga Magister (1969 a 1972), mas estes não se adaptaram bem às acrobacias e os T-6 continuaram até 1976.
Mais tarde outros aviões foram utilizados, tais como os Neiva T-25, os Embraer EMB - 3121 Tucano e o Super-Tucano A-29.
As fotos são de exibições no Rio, nos anos 50 e 60.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

PARQUE RESIDENCIAL FONTE DA SAUDADE



 
Em 1952, Oscar Niemeyer e Helio Uchoa projetaram o majestoso empreendimento "Parque Residencial Fonte da Saudade", na Rua Baronesa de Poconé nº 280.
O projeto previa um bloco de 12 andares, sobre pilotis, com 96 apartamentos, todos de frente, defendidos por uma "brise-soleil". Salão de festas no terraço com 24 metros de comprimento, salão de "play-ground" coberto e salão para jardim de infância.
Na outra extremidade do terraço haveria lavandeira e tinturaria e mais cinco amplos quartos para os empregados da administração. No "play-ground" haveria um ginásio com todos os aparelhos, conjugado com uma piscina em forma de lago.
"Hall" social de entrada que se limita com o jardim que circunda todo o edifício. Garage numa área de 2000 metros quadrados, comportando cerca de 100 automóveis.  Cozinhas de aço esmaltado, tipo americano. Incinerador de lixo. Aquecimento central nas torneiras, banheiras, chuveiros e cozinha. Paredes laterais, piso e teto protegido de material isolante refratário ao calor e ao ruído. Iluminação elétrica indireta. Pintura dos apartamentos toda a óleo e Paredex. Armário e rouparia embutidos. Mesa telefônica na portaria do Parque.
PS: nos velhos tempos os nossos prezados M. Rouen ou o Rafael Netto fariam uma expedição ao local para ver como estão as coisas hoje.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

CALOR


 

Com o calor que está fazendo há algumas opções para o dia de hoje: colocar um terno de linho branco para enfrentar uma ida ao Centro, optar por um banho de mar (como se dizia antigamente) na Urca ou, talvez, melhor ainda, ir tomar um chope na varanda do Castelinho, em Ipanema.

PS: previsão de muita chuva no final do dia. Preparem-se!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

HIGH-SOCIETY






C
orria o ano de 1966 quando a revista Manchete fez uma reportagem com o “high-society” carioca, mostrando algumas de suas “locomotivas” e por onde festejavam. Pena que nosso comentarista especialista no assunto, o Conde di Lido, esteja em mais uma de suas viagens ao exterior, por conta da “merreca” que recebe de aposentadoria.
Na primeira foto vemos Teresa, no “On the rocks”, que ficava no Panorama Palace Hotel em Ipanema (Rua Alberto de Campos nº 12, tel: 27-3951), junto ao restaurante Berro d´Água. Provavelmente depois de degustar um "Faisão à moda", do maitre José Sanchez.
A seguir vemos Kiki, no Le Bateau, na Praça Serzedelo Correia, um dos “escritórios” do Conde, onde confraternizava com o Conde Hubert de Castejá e com o maitre Geraldino, além de dançar “monkeys”, “surfs” e músicas nacionais cantadas por Jorge Ben, Simonal e Elis.
Glorinha está no Le Chalé, na Rua da Matriz nº 54 Era uma casa colonial que começou como salão de chá. Os empregados vestiam-se ao estilo de Debret, com baianas servindo vatapá e papo-de-anjo.
Já Sylvia aparece no Le Bistrô, requintado restaurante de Mauro Travassos na Rua Fernando Mendes nº 7. Com sua inauguração o Le Bistrô se tornou um grande concorrente do Nino (Domingos Ferreira esquina de Bolivar), do Le Bec Fin (Av. N.S. Copacabana nº 178), do Chateau, do Relais (na Venâncio Flores, Leblon), do Le Candelabre (Rua Xavier da Silveira nº 13).
Miriam está no Sacha´s, na Rua Antonio Vieira nº 6, n Leme, onde o ponto alto era o piano de Sacha Rubin.
Por fim, vemos Tanit na simpática boate do Costa Brava, no Joá.
Outros restaurantes da Zona Sul em 1966: Maison Suisse (hoje Casa da Suíça, na Glória), o Petit Club, o Smilling Buda (chinês do Leblon), Al Buon Gustaio", na Rua Figueiredo Magalhães nº 35-A, telefone 37-0419, "Au Bon Gourmet", na Av. N.S. de Copacabana nº 202, telefone 37-7557, o Maxim´s na Av. Atlântica 1850, telefone 37-9644.  O Michel, Rua Fernando Mendes 18; Scotch, Rua Fernando Mendes 28, La Boheme, Av. N.S. de Copacabana 14; Le Mazot para comer um “fondue”, o Helsingor para um sanduíche diferente no Leblon, o Pomme D´Or na Sá Ferreira, bem com A Baianinha, na Av. Atlântica. Ainda em Copacabana o Le Chalet Suisse na Xavier da Silveira, pertinho do Ponto de Encontro (Barata Ribeiro), o Real, só de peixes, lá no Leme, perto da La Fiorentina e da Sorrento.
Havia os sanduíches incrementados do Amigo Fritz, o Rio-Nápoli, refúgio seguro para uma boa massa na General Osório. O violão do Black no Cheiro Verde na Real Grandeza e o Zé Maria no piano do Antonino, na Lagoa. Em Ipanema e Leblon, o Castelinho, o Garden, o Alpino, o Jangadeiros, o Zeppelin, o imortal Lagoa, o Varanda na Praça N.S. da Paz, o Grinzing, parente da Bierklause do Lido. O Final do Leblon na Dias Ferreira, o “Portinho” (atual Diagonal), o Real Astória, a Pizzaria Guanabara e o La Mole (ambos já viveram tempos melhores), o Alvaro´s, o Manolo´s, o Degrau, o Luna. Panelão e Caldeirão vieram um pouco depois.
Entre as boates e casas de “shows” a Don Quijote (na Bartolomeu Mitre), o Jirau (Rua Rodolfo Dantas nº 91-A), a Zum-Zum-Zum (na Barata Ribeiro nº 190-8)), o Porão 73 (do Miele e Boscoli), a Balaio (no Leme), o Drink (na Princesa Isabel nº 82-A), Cangaceiro, Fred´s (Av. Atlântica nº 1020), Meia-Noite (no Copacabana Palace), Fado (Barão de Ipanema nº 156), Lisboa à Noite (na 5 de Julho nº 335), Adega de Évora (Rua Santa Clara 292), Rui Bar Bossa (na Rodolfo Dantas nº 91-B), Golden Room, na Av. Atlântica nº 1702, telefone 57-1818. Arpège, na Gustavo Sampaio nº 840-A, telefone 57-4624. A Studium, no Hotel Excelsior na Av. Atlantica nº 1800, telefone 57-1950, a Hi-Fi, no Plaza Copacabana Hotel, Av. Princesa Isabel 63-A, telefone 57-1870, o San Sebastian Bar (Rua Miguel Lemos nº 51). Os templos da Bossa Nova como o Little Club, na Rua Duvivier nº 37-L, Bottle´s e Baccará. O Kilt Club (Rua Carvalho de Mendonça nº 35), Piaf na Sá Ferreira nº 30, Saint-Tropez (Av. Atlântica nº 3578).

domingo, 10 de fevereiro de 2019

SURFE NO ARPOADOR




 
Nesta foto em P&B do Arpoador, de 1959, vemos as pranchas de surfe da época, encostadas na parede do Posto 7 e, ao fundo, a estação rádio-telegráfica.

As primeiras pranchas eram enormes, de bico quadrado, com dois metros de comprimento e pesavam trinta quilos - isto por volta de 1947, quando apareceram no Rio. Em 1955 apareceu a primeira prancha de fibra de vidro, o que permitiu que se parasse de surfar de peito ou de joelhos, passando-se a surfar de pé. Em 1964 apareceu uma prancha menor, de poliuretano revestido de fibra de vidro, pesando cerca de cinco quilos - foi a explosão do surfe no Rio.

As fotos coloridas, da Manchete, mostram o campeonato de surfe organizado por Arduíno Colasanti, um ídolo da Ipanema dos anos 50 e 60. Ator, praticante de caça submarina e de surfe, Arduíno era o galã das areias daquela époco.

Neste torneio, do início dos anos 60, Fernanda Guerra ganhou a categoria feminina e, na masculina, Roberto Lustosa ganhou na categoria de Juniors enquanto Alexandre Bastos venceu a categoria Seniors.
E para complementar a postagem temos esta foto enviada pelo prezado Jaime Moraes, o maior conhecedor da Ilha do Governador, mostrando uma moça surfista na Praia da Bandeira, em 1959.