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sábado, 8 de julho de 2017

DO FUNDO DO BAÚ: LUTOS

 
Hoje é sábado, dia da série "DO FUNDO DO BAÚ". E de lá sai este anúncio de "LUTOS". Hoje em dia esta loja estaria fadada à falência, pois este costume foi quase que totalmente abandonado.
Lembram-se das mulheres vestidas de preto, dos homens de gravata preta ou com aquela fita preta na lapela ou com uma fita em volta do braço?
Recordam-se que aquela fita preta era chamada de “fumo”? E que havia tarjas pretas no canto dos papéis de carta? E “santinhos” com o retrato do falecido nas missas de 7º dia?
Lembro que logo que entrei no Serviço Público, no verso da folha de ponto havia uma série de códigos para as ocorrências, tais como “falta”, “atraso”, “falta justificada” e, entre outras, “nojo” e “gala”. Significavam dias justificados por motivo de luto ou por motivo de nascimento de filho ou casamento.
Como os tempos mudaram. Hoje em dia já vemos acompanhantes de enterros de bermudas, camiseta e chinelos. Isto é bom ou ruim?

sexta-feira, 7 de julho de 2017

ONDE É?


Hoje o dia está enrolado e não deu tempo para preparar o “post”.
Assim, com esta foto escura e com poucos detalhes, fica a pergunta: Onde é?
 

quinta-feira, 6 de julho de 2017

MATERNIDADE LARANJEIRAS



 
A primeira foto (acervo do MIS) mostra onde funciona a Maternidade-Escola da UFRJ. O prédio abrigou uma maternidade, criada em 18 de janeiro de 1904 pelo Presidente Rodrigues Alves e instalada em um palacete da Rua das Laranjeiras nº  180. Criada como instituição filantrópica, foi incorporada à Faculdade de Medicina em 1918, que lá instalou a cátedra de Obstetrícia.
O “Correio da Manhã” de 18/10/1908 anunciava um evento para angariar fundos para a maternidade: “ o imponente festival da Maternidade de Laranjeiras. Entre os números do programma figuram a opera Philemon et Beaucis, cantada com raro brilhantismo, e um grande concerto de professores, regido pelo maestro Francisco Braga. O theatro do Parque Fluminense vae regorgitar. O espirito do nosso povo, amigo da caridade, não lhe deixará um único logar vazio.”
Vários médicos, no início do século passado, colocavam anúncio dos seus serviços destacando pertencerem ao quadro de médicos da Maternidade de Laranjeiras. Um destes anúncios, de 02/01/1920, dizia: “Dr. Raul Pacheco – Parteiro e Gynecologista Assistente da Maternidade de Laranjeiras. Partos sem dôr, molestias de senhoras, tumores do seio e ventre, hérnias, appendicites, operação cesariana. Trata pelo radium os fibromyomas uterinos e os tumores malignos do seio e útero. Consultorio: R. Ouvidor 173. Tel 1862. Residencia: Cattete 238, Teleph. 816 e 631. Beira Mar”.
Bons tempos em que os médicos davam o endereço residencial e o telefone de casa pelos jornais...
A segunda foto (acervo da UFRJ) é um pouco mais recente, mas não tenho a data exata.
A terceira foto, de Malta (acervo do MIS), mostra a Sala de Parturientes da Maternidade de Laranjeiras em 13 de maio de 1903 (colorização encomendada por Heliete Fonseca e realizada pelo Reinaldo Elias do “Colorizando o Passado”).
A maternidade continua lá, fica bem ao lado do viaduto que sai do Túnel Santa Barbara. Sofreu reformas, ficou mais comprida, e tinha, não sei se ainda tem, um bonito exemplar de pau-mulato ou pau-marfim, em frente. Ao lado da Maternidade Escola havia a embaixada do Japão, que foi abaixo para mais um espigão. Um pouco à direita, ficava a embaixada da Itália, cujo prédio foi também demolido, segundo contou a tia Nalu.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

TRÂNSITO



 
Atendendo às ponderações de inúmeros comentaristas que se queixam de poucas fotos sobre a Zona Norte informo que o "Saudades do Rio" conseguiu um lote de fotos interessantes desta região. Tomara que os conhecedores nos deem mais informações sobre elas.
O trânsito no subúrbio, há pouco mais de 50 anos, era caótico por conta das interrupções causadas pela passagem dos trens.
A primeira foto, de 1957, mostra a cancela que se fechava 180 vezes por dia na Av. Lobo Junior impedindo o trânsito de milhares de veículos.
A segunda foto, de 1950, é da estação de Irajá.
A terceira foto, também de 1950, não sei onde é. A legenda estava ilegível. Nesta foto há uma série de automóveis que os especialistas poderão identificar.

terça-feira, 4 de julho de 2017

URCA



Hoje temos três fotos sobre a região da Urca (ou da Praia Vermelha) vizinha à Avenida Pasteur, sendo as duas primeiras do acervo do Silva, disponibilizadas pelo Francisco Patricio, e a terceira publicada por Márcia Campos e de autoria de seu pai João Baptista Campos Paiva.
Na primeira foto, segundo a Milu, embaixadora plenipotenciária da Urca e adjacências, vemos a Av. Portugal e duas casas geminadas construídas em 1929.
Ainda na mesma rua, mais perto do Quadrado, a casa onde morou Mário Henrique Simonsen.
Aí na esquina havia um primeiro posto de gasolina da Anglo-Americana. Foi demolido e construíram um novo prédio da Shell que foi reformado em 1969. Hoje acho que é bandeira BR.
Na Av. Pasteur, ao lado do posto, a família Falcão do Ceará construiu sua residência e plantou um pé de seriguela que está lá até hoje.
Já a segunda foto mostra a Urca em 1930, bem pertinho da foto anterior. Vemos o cruzamento da Rua Urbano Santos com Av. Pasteur. Segundo o Silva já contou a casa "escura" (primeiro plano) ainda existe.
Segundo o Mauro Marcello onde está essa madeirada empilhada viria a ser construída a casa de nº 08 da Rua Urbano Santos do amigo dele de colégio, o Mauricio Salvini, filho da grande psicanalista Mara Salvini.
A Faculdade de Odontologia ainda não tinha sido construída. No lugar dela havia uma casa que aparece numa foto do terreno vazio da Faculdade de Medicina. A casa de esquina que o Mauro Marcello mencionou e que hoje é um prédio arredondado. Ao lado, a casa onde tive aulas de violão com o Artur Verocai, nos anos 60.
No terreno com vegetação foi feita a casa do Betinho (quem segue o grupo Rio Antigo no Facebook ou frequentou o boteco do Augusto conheceu a história do Luiz Alberto).
A terceira foto mostra, à esquerda, novamente a Rua Urbano dos Santos e, à frente, a Rua Iguatu (agora Elmano Cardim), junto ao Quadrado da Urca.
O Quadrado da Urca, como já contou o Decourt, foi criado junto com os primeiros aterros da Urca, na época da Expo de 1908. Mas em 1922, o contrato da Empresa Urca com a Prefeitura do Distrito Federal previa a construção de uma piscina de competições, com arquibancadas, escadas de acesso e um pavilhão com toda infraestrutura. Aproveitaram então a área do Quadrado, transformando-a em piscina, para a realização das provas de saltos ornamentais, water-polo e natação do Campeonato Náutico Sul-Americano.
A piscina ainda foi utilizada com sua finalidade original por mais alguns anos, mas a construção da piscina do Guanabara, bem mais moderna, embora ainda salgada, e logo depois com as piscinas de água doce com tratamento, ela foi abandonada e se tornou um atracadouro de barcos.

domingo, 2 de julho de 2017

PALACETE SMITH VASCONCELOS






 
Hoje vamos revisitar a fantástica casa do Barão Jayme Smith de Vasconcelos na Av. Atlântica. As fotos do interior, tão raras nas casas antigas, foram garimpadas pelo Maximiliano Zierer em edições da revista “A Cigarra”. O fotograma colorido foi garimpado pelo Nickolas. A foto do panorama de Copacabana com o palacete de Smith Vasconcelos é do acervo do Silva.
Os comentários foram transcritos de uma aula do Andre Decourt:
“Essa é a casa do barão Smith de Vasconcelos, construída em 1915 na Av. Atlântica que dominava o “skyline” do bairro antes do Copacabana Palace ser construído, pois sua torre chegava a 30 metros de altura ou um prédio de 10 andares .

Tinha o apelido de “máquina de escrever” pela sua curiosa forma do telhado, com paredes externas ocres e janelas azuis, possuía um forte efeito cromático, e foi junto com o prédio do Elixir Nogueira construído no mesmo ano uma das obras mais marcantes do arquiteto Antônio Virzi .

Com formas que misturavam estilos, que iam do Art Noveau ao Medieval, a casa foi um marco de Copacabana e ficava no número 680 da Av. Atlântica entre a Santa Clara e a Constante Ramos.

Resistiu bravamente à especulação dos anos 40 e 50, mas tombou em 1964, no início da guerra suja das construtoras, que passaram a demolir verdadeiras obras de arte em plena ditadura, onde a grita era praticamente zero. Nessa época uma por uma as obras do grande arquiteto, como o Solar Monjope na rua Jardim Botânico, o Elixir Nogueira na Rua da Glória com Cândido Mendes , o Palacete Martinelli na Av. Oswaldo Cruz desapareceram. Em nossa cidade hoje só sobram quatro construções do arquiteto, a Casa Villiot na Rua Sá Ferreira 80, o Villino Silveira no Russel, a igreja Matriz de Nossa Senhora de Lourdes na Av. 28 de Setembro 200 e um galpão no Catumbi na Rua Aníbal Benévolo 315.”
Uma curiosidade sobre o Barão Smith de Vasconcelos contada pelo Gustavo Lemos: o seu título era português e vinha do seu avô. Com a queda da monarquia de Portugal em 1910, a nova Constituição cassou todos os títulos de nobreza do país. Inconformado com a perda do título, o barão foi ao Vaticano e obteve um novo título, que ostentou até a morte. O Vaticano oficialmente não vendia títulos: oferecia aos beneméritos da Igreja. Mas todos sabiam como funcionava. Muitos condes que viviam por aqui passaram por lá: Francisco Matarazzo, Ernesto Pereira Carneiro, Antonio Dias Garcia, Afonso Celso, etc. O Papa Pio XII acabou com isso.