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sábado, 7 de setembro de 2019

BIFE DE OURO

 
A foto mostra o restaurante Bife de Ouro, na Avenida Atlântica nº 1702, telefone 57-1818, na década de 70.
Nesta época o atendimento era feito pelo maitre Labota, amigo do Conde di Lido.
Frequentado pelos hóspedes do Copacabana Palace, ficava ao lado da piscina. Não faltavam as personalidades artísticas que visitavam o Rio, o "high society" carioca, inúmeros políticos, todos que tinham ou achavam que tinham alguma importância.
A fama e os preços do restaurante eram altíssimos. Inversamente proporcional à qualidade da comida.
Em 1954 houve um episódio policial envolvendo Carlos Lacerda e Euclides Aranha, que ganhou grande repercussão nos jornais.
Hoje, salvo engano, no local é servido um bufê de feijoada aos sábados, concorrida, mas de qualidade mediana segundo alguns frequentadores.

 

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

ESTRADA DA CANOA






 
Hoje, com fotos enviadas pelo GMA, Roberto Rocha, Ana Vera e de acervos como o da Quatro Rodas vemos a região da Gávea Pequena, Pedra Bonita e Estrada da Canoa (mais conhecida como Estradas das Canoas).
Podemos ver um aspecto da região no final do século XIX e o espetacular Viaduto da Canoa, projetado por Bertha Leitchic, da equipe de Pena Chaves, da Secretaria de Viação e Obras do Distrito Federal.
Obra dos anos 40, o Viaduto da Canoa, na Estrada da Canoa (que liga a orla de São Conrado ao Alto da Boa Vista, através da Gávea Pequena), dispunha de um mirante, com vista belíssima, ao lado do falido projeto do Gavea Tourist Hotel.
Ele também era chamado de Viaduto Serpentina e era considerado avançadíssimo na época por sua seção de concreto armado em curva.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

CLÁSSICAS




 
O prezado comentarista GMA me enviou estas fotos clássicas. Fazem parte de um lote que ele comprou em uma banca na Rua Calógeras, no Centro. Foi um grande achado.
 
A primeira retrata o "bota-abaixo" do início do século XX.
 
A segunda mostra Ipanema em seus primeiros tempos, com o bonde do ramal "Igrejinha" indo até à Teixeira de Melo.
 
A terceira sempre fico em dúvida se não é Paris. Se não fosse a legenda...
 
A última é de uma das ressacas que atingiam Copacabana até a duplicação da Avenida Atlântica e construção do interceptor oceânico.

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

ÔNIBUS



 
Como eram ruins e como são ruins os ônibus no Rio.
 
Aliás, a preferência pelos ônibus como principal transporte coletivo foi um erro cometido já no início do século passado. Deveríamos ter seguido o exemplo de Buenos Aires que, já naquela época, investia no metrô.
 
O Rio teve tempo para corrigir este problema, mas insiste no erro com a escolha deste traçado para o metrô ora existente.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

JOCKEY CLUB




 
A sede do Jockey Club, inaugurada em 1913, foi um projeto de Heitor de Mello e foi um dos centros político e mundano da cidade, por mais de 60 anos, na esquina das avenidas Rio Branco e Almirante Barroso.
 
Ao lado do prédio do Jockey ficava a sede do Derby Club, projeto do mesmo arquiteto, inaugurada em 1916.
 
Em 1932 os antigos rivais se uniram e o conjunto dos imóveis transformou-se na sede do Jockey Club Brasileiro.
 
Na década de 70, quando a sede foi demolida, muito do que havia em seu interior teria sido saqueado.
 
Segundo informou o Rouen, parte dos guichês do "hall" interno decoram um escritório em São Paulo. E o prezado Conde nos conta que ali havia o mais belo bar do Brasil, além de acrescentar: "onde quer que se vá se encontra algo da sede velha do Jockey".
 
Contam que, quando da demolição do prédio, todo o bar foi comprado por Edmundo Furtado, que construiu uma casa em SP especialmente para recebê-lo. Nascia o Santo Colomba, bar do High Society paulistano.
 
 
 
 

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

PRAÇA MAUÁ

 
 
 
Fotos garimpadas pelo Nickolas mostrando as instalações do Touring Club do Brasil na Praça Mauá e o transatlântico REX, em 1938.
 
Em dezembro de 1929 foi firmado o contrato entre Navigazione Generale Italiana e o estaleiro Ansaldo di Genova Sestri e com a O. A.R.N. (Officine Allestimento e Riparazioni Navi) para a construção do Rex.O Rex entrou em serviço em 1932, pesava 51,062 toneladas e tinha um comprimento de 268,20 metros, com largura máxima de 31 metros. Possuía 142.000 cavalos de potência que permitiram desenvolver uma velocidade máxima de 29,5 milhas por hora. Tinha uma tripulação de 756 pessoas. Podia transportar 604 passageiros de primeira classe, 378 de segunda classe, 410 em classe turística e 866 terceira classe.
 
A viagem inaugural foi em 27/09/1932 com destino a Nova York sob o comando de Francesco Tarabotto. Em 11/08/1933 o Rex consegue o "Nastro Azzurro", pela travessia mais veloz do Atlântico, com velocidade média de 28,92 nós.
 
Em 29/01/1938 assume o comando do Rex o capitão Attilio Frugone. Na mesma data, com o "slogan" REX to RIO, inicia-se um cruzeiro para o Brasil, partindo de Nova York, passando pelos porto de Cristobal, La Guayra, Trinidad, Rio de Janeiro e Barbados.
 
Em maio de 1940 o Rex cumpre sua centésima viagem transatlântica, faz sua última viagem deste tipo indo de Genova a Nova York e voltando a Genova.
 
Em 1943 o Rex é ocupado por forças militares alemãs e em 08/09/1944 é bombardeado pela aviação aliada, 6 Beaufighters da Royal Air Force e dois caças da South African Air Force lançam 123 foguetes incendiários.  O Rex, incendiado, afunda para o lado esquerdo.
 
Em 1947 se inicia a lenta obra de demolição do Rex que dura quase dez anos.

domingo, 1 de setembro de 2019

PAQUETÁ



 
Paquetá: já em setembro de 1565 foi concedida por el-rei a primeira sesmaria para Inácio de Bulhões. Embora o nome Paquetá sugira "muitas pacas", é provável que a origem do nome tupi signifique "lugar das conchas".
 
A primeira foto é um "slide" de minha coleção, mostrando a barca nos anos 60.
 
A segunda foto, do final dos anos 50, é tirada a partir da Praia Grossa, mostrando ainda a igreja Matriz da paróquia do Senhor Bom Jesus do Monte, reconstruída no começo do século XX por Antonio Lage, e a Praia dos Tamoios, local onde fica a famosa árvore "Maria Gorda".
 
Só em 1838 teve Paquetá os benefícios de linhas regulares de navegação a vapor, como porto de escala das carreiras que serviam ao porto de Piedade (grande entreposto no fundo da Baía da Guanabara, para o qual convergiam várias estradas de intenso tráfego, por onde se escoava a produção das fazendas do Rio e Minas Gerais).
 
Para um giro completo pela ilha deve o turista exigir a ida, na parte Sul, pela Rua Luís de Andrade, Praia dos Frades e Caminho do Imbuca. Pela parte Norte, a passagem da Covanca e as praias do Catimbau e do Pintor Castagnetto.
 
E como recomendava  Braguinha:
 
"Esquece por momentos teus cuidados
E passa teu domingo em Paquetá
Aonde vão casais de namorados
Buscar a paz que a natureza dá
O povo invade a barca e, lentamente
A velha barca deixa o velho cais
Fim de semana que transforma a gente
Em bando alegre de colegiais
Em Paquetá se a lua cheia
Faz renda de luz por sobre o mar
A alma da gente se incendeia
E há ternuras sobre a areia
E romances ao luar
E quando rompe a madrugada
Da mais feiticeira das manhãs
Agarradinhos, descuidados,
Ainda dormem namorados
Sob um céu de Flamboyants"