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sábado, 12 de outubro de 2019

EXPO 1908



A Exposição Nacional, realizada na Praia Vermelha, Zona Sul do Rio de Janeiro, em 1908, entre os morros da Babilônia e da Urca, pretendeu, além de comemorar o Centenário da Abertura dos Portos, mostrar para o mundo, a beleza e as qualidades da moderna capital da jovem República brasileira.

Depois das reformas de Pereira Passos, a cidade estava pronta para representar o Brasil e exibir toda a sua exuberância. A intenção era atrair o olhar estrangeiro, visando buscar libras e francos para consolidar, ainda mais, a independência. 

Em menos de um ano construíram-se imponentes edifícios para abrigar estandes exibidores da produção econômica brasileira. Montaram-se dois restaurantes, um teatro, cervejarias e café, além de uma pequena via férrea, para que o público pudesse locomover-se em trenzinhos.

Na Praia Vermelha, à noite, eram queimados os fogos durante as celebrações da Exposição Nacional de 1908.

Nesta época, a revista Kosmos registrou a admiração geral da população: "Parece-nos ainda um sonho este inesperado aparecimento da pequenina cidade de palacetes nas areias da Urca. É a grandiosa feira nacional, que o presidente Affonso Penna organizou, sob o louvável pretexto de comemorar o Centenário da Abertura dos Portos do Brasil ao comércio mundial".


sexta-feira, 11 de outubro de 2019

BOTAFOGO

Vemos um panorama de Botafogo, provavelmente dos anos 40 ou 50, com destaque para o Palacete Paula Machado, hoje espaço cultural da FIRJAN, na Rua São Clemente entre as ruas Guilhermina Guinle e Dona Mariana.

Num Botafogo de poucos prédios altos destaca-se ao fundo a Igreja Matriz de São João Batista da Lagoa.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

O RIO DOS ANOS 70



No início dos anos 70 o Flamengo publicava uma revista com o título de "Mengo 70", de onde são as fotos de hoje.

É curioso observar o uniforme do jovem goleiro, com imensas joelheiras e ainda sem luvas. Este  campinho de futebol de salão ficava bem junto da entrada do clube, que era pela Praça N.S. Auxiliadora e não pela Lagoa, como atualmente.

Na segunda foto aparece lá no fundo, no morro, o Panorama Palace Hotel, onde fazia imenso sucesso o Berro D´Água, onde se podia dançar e beber à noite com a deslumbrante vista da Lagoa e da Praia de Ipanema.

A última foto mostra a recém-inaugurada garagem de barcos construída sob a também novíssima ligação entre o Caiçaras e o Piraquê (trecho da Av. Borges de Medeiros), chamada informalmente de Belém-Brasília.


quarta-feira, 9 de outubro de 2019

O RIO DOS ANOS 70

1970 - Praça General Osório, em Ipanema. As crianças brincam na Feira Hippie, que funcionava há apenas um ano. Segundo nos conta Ruy Castro, a idéia da "feira hippie" foi de Hugo Bidet, que pretendia que naquela praça existisse uma galeria de arte a céu aberto, num evento chamado "Arte na Praça". Entretanto, logo após os primeiros domingos, chegaram os "hippies" com seu artesanato e também ali se instalaram. Com o passar do tempo tudo se desvirtuou, vindo gente de todo tipo para vender produtos industrializados com o rótulo de "artesanato". Hoje existe um mafuá que, há tempos, extrapolou os limites da Praça. É de se notar, ao fundo, o Bar Jangadeiro, no seu endereço original, na Rua Visconde de Pirajá nº 80. O Jangadeiro, antigo Bar Rhenania (o nome mudou após ser destruído durante a 2ª Grande Guerra), ficava ao lado do Cinema Ipanema. Em 1971, pouco tempo após esta fotografia, mudou-se para a Rua Teixeira de Melo, primeiro no nº 20 e depois, em 1985, para o nº 53. Sobreviveu até 1995.
Foto: F. Guimarães


Foto do acervo D'. Ao fundo, o prédio rosa da Faculdade Nacional de Medicina, tantas vezes mostrado aqui e que, poucos anos depois, foi demolido. À esquerda temos o prédio da Escola de Guerra Naval em construção no terreno anteriormente ocupado pelo restaurante da FNM, na Avenida Pasteur. Este prédio da EGN foi inaugurado em abril de 1970. Após os automóveis, que serão prazerosamente identificados por nossos "experts", um ônibus Mercedes Benz azul, da linha Urca-Leblon. À direita, atrás de um ônibus escolar, um pequeno caminhão da Sadia era descarregado.


 O Hotel Naciional foi construído entre 1968-1972, a partir de projeto de Oscar Niemeyer e, na época da foto, reinava sozinho nesta região, ainda sem vizinhos como o Hotel Intercontinental e os grandes edifícios que formam o Condomínio Village São Conrado. Pertencia inicialmente à Rede Horsa do empresário José Tjurs e tinha 510 quartos, um grande centro de convenções e um teatro onde se apresentaram grandes artistas. Sua construção deu-se a partir de um grande cilindro de concreto onde "penduravam-se" as lajes radialmente. É o mesmo processo que foi utilizado na construção do edifício do Clube da Aeronáutica e do prédio do BNDES. A concretagem é feita com formas de aço deslizante, em processo muito rápido, e as lajes são bandejas apoiadas somente no centro, sem colunas nas pontas.
Foto: M. Conde




terça-feira, 8 de outubro de 2019

O RIO DOS ANOS 50/60

Hoje temos alguns fotogramas extraídos pelo Nickolas Nogueira do documentário sobre o Rio e Buenos Aires que pode ser visto na íntegra em https://m.youtube.com/watch?v=r09BdfqhyWA
É impressionante como o Nickolas descobre estas preciosidades.

Uma tranquila Av. Rui Barbosa, com os automóveis para o obiscoitomolhado identificar.

Um bonde apinhado de gente, bem típico do Rio até os primeiros anos da década de 60.

Fotograma da Galeria Menescal, em Copacabana. Liga a N.S. de Copacabana à Barata Ribeiro, com suas sancas decoradas e o piso de mármore colorido intercalado com mármore liso. À esquerda, a loja de tecidos Desirée, à direita, a famosa Sapataria Santa Fé.  Na época ali ficavam a Lucia Boutique com o máximo da moda carioca; a loja de fotografia FILM CANETA COPACABANA, a Baalbek, com a comida árabe; a New Gipsy; pequenas óticas; as malhas da La Danse; roupas infantis e para grávidas na Suzette Pré-Maman. A loja de brinquedos A Toca do Coelhinho.  A loja de flores com vitrine que escorria água era a Floricultura Belinha.


Em cartaz "Torpedo", com Glenn Ford e Ernest Bornine, contando a história do submarino "Grayfish". O Metro-Passeio, inaugurado em 1936,  chegou a ter 1821 lugares. Foi o segundo cinema do Rio a ter ar refrigerado (o primeiro foi o pequenino Varieté, que funcionou na Av. Atlântica nº 1080, de 1935 a 1942). É um exemplo de "art déco": o uso da verticalidade bem acentuada com suas linhas em direção ao infinito sugere um arranha-céu típico da cidade de Nova York. Sem falar nos letreiros vertical e de marquise que ditariam essa forma de comunicação por todos os cinemas que viessem a ser construídos.

Cartaz da peça "Tem bububú no bobobó", da Cia. Walter Pinto, no Teatro Recreio. Reserve sua entrada pelo telefone 22+8164.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O RIO DOS ANOS 70

Nesta foto feita por volta de 1970, vemos o  Hospital do Fundão, ainda não concluído. Chamado atualmente de Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro. A sua construção durou quase 30 anos: foi iniciada nos anos 50, sob a supervisão do arquiteto Jorge Moreira, mas só em 1977 o regimento geral do HU foi aprovado pelo Conselho Universitário. Foi, finalmente, inaugurado em  1º de março de 1978.  O projeto previa uma área construída de 220 mil metros quadrados (o dobro da atual) e o funcionamento de 1.800 leitos. Há alguns anos toda uma ala foi demolida e o número de leitos disponíveis atualmente é de poucas centenas. O hospital atualmente está muito longe do que poderia ter sido.


Este trecho da Lagoa ainda se mantém com este aspecto por conta da Hípica. O interesse pela equitação diminuiu muito e são poucas as competições. Nos anos 60 o Flamengo também tinha uma seção de equitação que foi desativada quando da construção do complexo de piscinas.



Mais um "slide" de minha coleção digitalizado. A foto é dos últimos anos da década de 60 e mostra a barca atracada no píer de Paquetá. Era um tempo em que ainda não existiam favelas na ilha, os cavalos das charretes eram bem tratados e era um prazer andar de bicicleta dando uma volta completa na ilha.
Passar um dia em Paquetá era um bom programa. Havia cabines para troca e guarda de roupa na Praia José Bonifácio. O passeio pelo parque Darke de Mattos era bonito.  Ainda havia praias sem poluição.


domingo, 6 de outubro de 2019

O RIO DOS ANOS 70

Esta foto de São Conrado mostra os hotéis Intercontinental e Nacional já prontos e, ao fundo, a Favela da Rocinha. A favela era relativamente tranquila, o que permitia atravessá-la de carro para se ir à Gávea. Nesta época cheguei a dar aulas numa escola de "Artigo 99", onde os professores eram jovens voluntários. Ia no meu Fusca e as aulas eram das 20h às 22h, para adultos. Nunca houve qualquer problema.

A igreja de São José na Lagoa. Moderna, não inspira recolhimento para as orações. Até há pouco tempo, quando foi instalado o ar-condicionado, era uma sauna. Nesta época tinha fama de que os casamentos aí realizados não davam certo. Hoje, pelo número de rápidas separações, a fama poderia ser de todas as igrejas.

Vista da Lagoa desde o Corcovado. Impressiona notar que havia poucos edifícios altos no entorno da Lagoa e mesmo em Ipanema.