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sábado, 7 de março de 2020

BANCAS DE JORNAL




 
Se hoje as bancas de jornal se transformaram em minimercados, antigamente eram o lugar para compras de jornais e revistas. Era obrigatório ir diariamente nelas para buscar o jornal e ver se havia disponível alguma nova revista.
 
E como havia jornais: Correio da Manhã, Diário de Notícias, Última Hora, O Dia, A Noite, Jornal dos Sports, Jornal do Brasil, O Globo, A Luta Democrática, O Jornal, Diário Carioca, Tribuna da Imprensa, Diário do Comércio e por aí vai.
 
E o que falar das revistas: além das clássicas O Cruzeira, Manchete e Fatos e Fotos, os gibis com histórias do Fantasma, Flash Gordon, Tarzan, Batman, Mandrake, Capitão Marvel, Super-Homem, Batman, Águia Negra, Falcão Negro e seu grupo de aviadores, Big Bem Bolt, Luluzinha, Bolinha, Os sobrinhos do Capitão, todas da Disney como Mickey e Pato Donald, Dick Tracy, Misterinho, Recruta Zero, A turma do Pererê, Charlie Chan, Nick Holmes, Pafuncio, Popeye, A família Buscapé.
 
Um capítulo à parte eram os gibis de faroeste:  Roy Rogers (e sua namorada Dale Evans e seu cavalo Trigger), Hopalong Cassidy (sempre presente nos filmes de 35mm que eram passados nas festas de aniversário pela Correia & Souza Filmes), Gene Autry, Rex Allen, Bill Elliott. Don Chicote (todo de negro, tinha um irmão, todo de branco, ambos habilidosos no manejo do chicote). Rocky Lane, Tom Mix, Buck Jones, Tim Holt, Audie Murphy, Tex Ritter, Monte Hale, Bat Masterson, Wyatt Earp, Rin-Tin-Tin (com o Cabo Rusty e o tenente Rip Masters, no Forte Apache), Cavaleiro Negro (o pacato Dr. Robledo na "vida civil"), Zorro (que só disparava balas de prata e montava Silver, enquanto seu fiel amigo Tonto montava Escoteiro), Flecha Ligeira, Apache Kid,  Daniel Boone, Davy Crockett, Kit Carson e Búfalo Bill.
 
E, em algumas delas, se podia comprar os "Catecismos" do Zéfiro, Playboy americana e umas revistas suecas...
 
Hoje em dia poucos leem jornais impressos e muito menos gibis. Os computadores, notebooks, iPads, iPhones, venceram.
 

sexta-feira, 6 de março de 2020

ZONA SUL

Esta fotografia da década de 20 foi publicada, junto com outras magníficas, no livro "Rio Belle Époque", de Alexei Bueno. Logo que a vi achei algo estranho: ela estava "espelhada".



A posição correta é esta. Vemos o bairro do Leblon, com o Jockey e o Jardim Botânico à esquerda. A construção na parte de baixo, no centro, parece estar na esquina da Rua Dias Ferreira com Avenida Ataulfo de Paiva.
 
O Jockey Club, que se fundiria com o Derby Club em 1932, tinha suas atividades no Prado Fluminense, no bairro de São Francisco Xavier. Em 1919 começou a estudar a hipótese de construir um novo hipódromo para substituir o Prado Fluminense. A opção foi um terreno pantanoso em frente ao Jardim Botânico, junto à Lagoa, que vinha sendo aterrado com restos do desmonte do Morro do Castelo.
 
O arquiteto francês André Raimbert, associado a seu colega Louis Lefranc, por encomenda de Linneo de Paula Machado, fez o projeto original do Hipódromo da Gávea, depois alterado. As obras foram concluídas em 1926.
 
Considero este hipódromo um dos mais bonitos do mundo.
 
Abaixo vemos um postal da Coleção Klerman Wanderley com vista desde o Corcovado, mais ou menos na mesma época.
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 5 de março de 2020

SÃO CONRADO






 
Vemos fotos amadoras de São Conrado no início dos anos 70.
Como conta Claudia Gaspar em seu ótimo “Orla Carioca”, antes de 1916 só se chegava a São Conrado pela Estrada da Gávea. Após esta data foi aberta a Av. Niemeyer ligando a região ao Leblon.
Durante séculos São Conrado pertenceu à família de Salvador Corrêa de Sá e Benevides. As primeiras referências à exploração da propriedade só apareceriam no século XVII, quando herdeiros de Corrêa de Sá passaram a cultivar cana-de-açúcar no Morgadio do Asseca, cuja sede foi preservada e hoje abriga o Centro Cultural Vila Riso.
Em São Conrado, até as décadas de 1960/1970, destacavam-se, além da Igreja de São Conrado, o belo Gávea Golf Club e os bares perto da Estrada da Canoa.
Na década de 1970 foi construído o Túnel Dois Irmãos e a Auto-Estrada Lagoa-Barra, que passaram a ser o principal acesso da Zona Sul a São Conrado, desde o bairro da Gávea.
Com a cidade caminhando em direção à Barra da Tijuca, a partir deste período, construíram-se o Hotel Intercontinental, o Hotel Nacional, o "shopping" Fashion Mall, além de vários condomínios de edifícios. Na encosta do morro, junto ao Túnel Dois Irmãos, está a Favela da Rocinha
O Hotel Nacional foi construído entre 1968 e 1972, a partir de projeto de Oscar Niemeyer. Pertencia inicialmente à Rede Horsa, do empresário José Tjurs, e tinha 510 quartos, um grande centro de convenções e um teatro onde se apresentaram grandes artistas.

quarta-feira, 4 de março de 2020

MADUREIRA



 
Hoje vemos três fotos do Acervo do Correio da Manhã mostrando o bonde 97 circulando por Madureira.
A primeira delas, inédita por aqui, ainda necessita da identificação do local exato onde está o bonde nº de ordem 268.
A segunda foi identificada pelo Joel e é na Edgard Romero em Madureira, com o bonde se dirigindo à Penha. Nota-se à direita o prédio da antiga 29ª D.P e as torres de sustentação dos cabos de energia elétrica existentes na região.
A última tem uma descrição completa feita pelo Helio: o bonde está na Av. Ministro Edgard Romero (antiga Marechal Rangel), indo de Madureira para Vaz Lobo, entrando na curva nas proximidades da Rua Professor Burlamáqui. Foto tirada em 27/02/1955, com o carro-motor 368 puxando dois reboques, sendo o último deles um reboque de segunda classe.
O local é em frente de onde existiu, ao lado do prédio branco à direita, a segunda sede da Escola de Samba Império Serrano, sendo ali agora um motel. Dos prédios na foto, somente o prédio citado é ainda existente. Após o carro preto aparece parte de fachada de uma loja comercial. Esta loja foi desapropriada e demolida em razão da construção do Corredor Transcarioca ligando o Aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca, o que também ocorreu com vários prédios à esquerda. 
O trajeto da linha 97 era: Estação de Magno - Av. Min. Edgard Romero - Estrada Vicente de Carvalho - Estrada Braz de Pina - Largo da Penha.

terça-feira, 3 de março de 2020

RUA BARÃO DO BOM RETIRO





As duas primeiras fotos de hoje são da Rua Barão do Bom Retiro em 1972.

O curioso destas duas primeiras fotos é que o Posto Ton-Ton, que fica no nº 1864 segundo o Google Maps, continua lá, agora com bandeira Ipiranga no lugar da Atlantic. Fica numa esquina com as ruas Visconde de Santa Isabel e José do Patrocínio.

A última foto, já publicada, é de 1966 e mostra a esquina da Rua Barão do Bom Retiro com a Rua Dona Romana. Andar com as rodas sobre os trilhos de bonde nas ruas com paralelepípedos para evitar a trepidação, segundo já comentou o Prof. Jaime, chamava-se “chapinhar”. Eu desconhecia esta palavra sendo usada com este significado.

Fotos do acervo do Correio da Manhã.

segunda-feira, 2 de março de 2020

THEATRO LYRICO




 
As fotos de hoje mostram o Teatro Lyrico, que ficava no entroncamento das ruas Senador Dantas e Barão de São Gonçalo (atual Almirante Barroso). Alguns textos dão o endereço como sendo na Rua da Guarda Velha (atual 13 de Maio) nº 10. Outros dão como tendo o nº 56.
Construído em meados do século XIX como Circo Olympico (1857), por despacho imperial de 1875, o Theatro D. Pedro II passou a chamar-se Theatro Imperial D. Pedro II até 1890. Nesse ano, em 25 de abril, passa a chamar-se Lyrico, nome pelo qual se tornou mais conhecido. Alguns autores dão como 1904 o ano do início das atividades do Teatro Lyrico, mas acredito que este deva ter sido o ano de alguma reforma. Foi demolido em 1934.
Curiosamente o historiador Luiz Edmundo  em determinada época descreveu o teatro como "o melhor teatro da cidade é o Lyrico, uma ruína dourada, mostrando uma reles entradinha de ladrilhos, cercada de espelhos muito velhos, muito sujos, muito enodoados e uns porteiros de apresentação grotesca..."
Era o melhor da cidade do Rio de Janeiro antes da construção do Teatro Municipal.
Alguns dados sobre o teatro:
Lotação: contava o teatro com 1400 cadeiras de platéia, diversas ordens de camarotes: 42 camarotes de 1ª com 5 cadeiras; 42 camarotes de 2ª com 5 cadeiras; 2 camarotes de 3ª com 5 cadeiras; 252 galerias, 168 “fauteuils” de varandas, além da Tribuna Imperial. Isto dava um total de 2500 lugares.
Neste teatro se apresentaram, entre outros, Tamagno, Caruso, Sarah Bernhardt, Toscanini (que pela primeira vez regeu uma orquestra em sua vida), Mistinguette e Maurice Chevalier.

domingo, 1 de março de 2020

VERÃO


 
Antigamente os verões no Rio eram assim: céu azul durante muitos dias, bastante calor, praia diariamente. Tudo bem diferente do verão deste ano quando tivemos muita chuva, temperaturas quase sempre abaixo do 30º C.
 
As fotos são da Av. Atlântica nas décadas de 50 (acervo do Rouen) e de 60, ainda antes da duplicação.
 
Os postos de salvamento em Copacabana, que serviam como localizadores dos diversos trechos da praia, antigamente eram seis e ficavam nos seguintes lugares:
Posto 1 = em frente à Rua Aurelino Leal, no Leme.
Posto 2 = no Lido.
Posto 3 = em frente à Rua Hilário de Gouveia.
Posto 4 = na altura da Rua Santa Clara.
Posto 5 = junto à Rua Bolívar.
Posto 6 = perto da Rua Rainha Elizabeth.