Total de visualizações de página

sábado, 24 de junho de 2017

DO FUNDO DO BAÚ: CONCURSO SHERLOCK HOLMES


Hoje é sábado, dia da série “DO FUNDO DO BAÚ”. E de lá saem estas lembranças, citadas ontem aqui pelo prezado Menezes, sobre o S.E.M.P.R.E. e sobre o Concurso Sherlock Holmes do Saudades do Rio. Além da foto do diploma do ganhador Andre Decourt (ao qual o “Saudades do Rio” parabeniza pelo aniversário na data de hoje) vemos a entrega dos prêmios aos vencedores.
 
Ainda antes do tempo do Google Maps e do Google Earth, descobrir o local das fotos publicadas era um desafio e tanto.
 
Com a inestimável ajuda do Helio Ribeiro grandes especialistas em Rio de Janeiro fizeram comentários e abrilhantaram o concurso que, em minha opinião, serviu para estreitar os laços de companheirismo entre os que habitualmente frequentam o “Saudades do Rio. Conforme estipulado no regulamento, os vencedores receberam diplomas (feitos pelo Conde di Lido) e prêmios:
 
DIPLOMAS:
1º lugar: “Sherlock Holmes” = Andre Decourt – 67 pontos
2º lugar: “Columbo” = JBAN – 60 pontos
3º lugar: “Hercule Poirot” = Lino Coelho – 51,5 pontos
4º lugar: “Maigret” = Mauroxará – 41,5 pontos
5º lugar: “Adam Dalgliesh” = Menezes – 38 pontos
 
1º lugar entre as mulheres: “Miss Marple” = Valéria – 14 pontos
Último lugar: “Inspetor Closeau”
Demais participantes: “Menção honrosa”
 
PRÊMIOS:
 
  • A Imprensa na História do Brasil – Oswaldo Munteal e Larissa Grandi
  • Bastidores do Municipal – Bruno Veiga
  • Flagrantes do Passado nº 2 – Rio Cidade Cosmopolita
  • Rio de Janeiro – Um álbum da cidade feito por fotojornalistas
  • Rio no Cinema – Antonio Rodrigues
  • Rio, Capital da Beleza – Geza Heller, Bruno Lechowski e Peter Fuss
 
FESTA DE ENTREGA DE PRÊMIOS:
Foi realizada no dia 10/01/2011, segunda-feira, às 19h30min, Degrau, no Leblon. Não tenho a lista completa dos comentaristas que compareceram mais foram quase trinta que nos deram este prazer.
 
DEMAIS PARTICIPANTES:
Joel Almeida com 35 pontos
Rafael com 27 pontos
Docastelo com 25.5 pontos
Francisco Amaral com 24 pontos
Marcelo Carioca com 19 pontos
Colaborador Anônimo com 18,5 pontos
Valéria com 14 pontos
Conde di Lido com 12 pontos
Wagner Bahia com 10 pontos
Afrânio e Ana com 8 pontos
Belletti, Derani e Senna com 7 pontos
Etiel, Milu, Oswaldo Mendez, Rapaz Sério e Vizinho da FAETEC com 6 pontos
Alex com 5,5 pontos
Daniel Brito com 5 pontos
Laerte, Ricardo Galeno e Sabe-Tudo com 4 pontos
Candeias, Christiano Avellar, Eliane Brandão, João Carlos, Lavra, Marcelo Almirante, Plínio e Tumminelli com 3 pontos
Antolog, Aurélio, Cristiano Marinno, Leandro, Luiz Flavio, M. Lobo, Marcio Valente e Renato com 2 pontos
Carlos Siqueira e Nalu com 1 ponto
Alcyone, Alice, André Mauricio, Bárbara Regina de Abreu, Caio, Evelyn, Francisco Carlos, Gilberto Negreiros, Gitano, GMA, Henrique Hübner, Jaime Moraes, Kátia, Leonardo, Manitu, Miguel, Milton Gomes, Paser, Pedro Cesar, Pgomes, Raposão, Roberto Nascimento, Rochacampos, Rômulo Lima, Sara, Sergio Veiga, Silvio, Waltinho e WHM não pontuaram.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

RUA DO RESENDE nº 128


Foto do acervo do prezado Mauricio Lobo, do Tempore Antiquus, provavelmente da década de 20 do século passado. Como tem tudo a ver com algumas postagens desta semana no “Saudades do Rio” reproduzo-a aqui com os comentários dele acrescidos de mais algumas informações.
 
Em 1903, Oswaldo Cruz assume o cargo de diretor geral da Saúde Pública, com a proposta de erradicar as três principais doenças pestilenciais do Rio de Janeiro: a febre amarela, a peste bubônica e a varíola.

Para isto, entre outras coisas, propõe a construção da sede da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP), na Rua do Resende nº 128. O projeto, de estilo eclético, é do arquiteto Luiz Moraes Júnior, o mesmo que projetou o Pavilhão Mourisco, em Manguinhos.

As obras foram iniciadas em 19 de novembro de 1905 mas, devido a percalços pelo caminho, só foi inaugurado em 18 de março de 1914.

Em 1939 o prédio passa para o controle do município do Rio e, apesar de ter sido tombado somente em 1991, resistiu praticamente ileso até os dias de hoje.
 
Em 1952, quando o prédio abrigava o Serviço Nacional de Tuberculose, foi inaugurada placa que assinalava o imóvel com o nome de “Casa de Oswaldo Cruz”. O velho prédio, cuja construção se deve ao saudoso sanitarista, foi inteiramente reparado, ao mesmo tempo que o jardim fronteiro ao belo busto de Oswaldo Cruz foi remodelado, dando maior destaque ao monumento. Obra do mestre Correia Lima, o busto foi inaugurado em 1918, por iniciativa do então diretor, o professor Carlos Seidl. Representa o cientista ilustre como numa poltrona, os dois braços apoiados, tendo nas mão um livro, em atitude de meditação.
 
No pedestal de granito, numa placa de bronze, lê-se: “A Oswaldo Cruz, homenagem do pessoal da Diretoria Geral de Saúde Pública – 23-III-1903 – 19-VIII – 1909”,
 
A “Casa de Oswaldo Cruz” ficará como um templo da saúde pública, sendo plano centralizar-se ali a sede da Sociedade Brasileira de Higiene.
 
Neste endereço também funcionou o Laboratório Noel Nutels, referência para tratamento de AIDS e vacinação anti-rábica no Rio.
 
Atualmente pertence ao INCA – Instituto Nacional do Câncer.

PS: a Rua do Resende começa na Rua do Lavradio e termina na Rua Riachuelo. Foi o Vice-Rei Conde de Resende, D. José Luís de Castro quem resolveu estabelecer uma comunicação entre as ruas de Matacavalos e Lavradio, cordeando uma nova rua nos pantanais da chácara de Pedro Dias Paes Leme. Em 1796,  ainda não havia nenhuma edificação ao longo desse caminho, então chamado dos Arcos, por ser seguimento da Rua dos Arcos. Em honra do Vice-Rei, a partir de 1798, o Senado da Câmara deu-lhe a denominação de Rua do Resende, que conserva até hoje. D. José Luís de Castro, 2º Conde de Resende, foi o 5º Vice-Rei do Brasil. Tomou posse em 09/07/1790 e governou até 14/10/1801, quando passou o governo a D. Fernando José de Portugal, depois Marquês de Aguiar.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

ENCHENTES





Definitivamente nossos políticos nos consideram a todos uns idiotas. Após o caos instalado no Rio por conta das chuvas de anteontem o Sr. Prefeito disse que “a cidade passou bem pelo teste”. Já o Sr. Secretário de Ordem Pública afirmou que não avisou à população do que estava por vir “para não causar pânico”.
 
Fico imaginando o que eles diriam em casos de um furacão, de um incêndio de grandes proporções ou algo semelhante...
 
E o descaso vem desde sempre, como bem sabemos. Obras de infra-estrutura como manutenção preventiva raramente são realizadas. As enchentes em caso de qualquer chuva, às vezes até de média intensidade, causam os alagamentos costumeiros, com grande transtorno para a população.
 
A primeira foto de hoje, do Correio da Manhã, mostra um fusquinha enfrentando bravamente um alagamento em Copacabana, na Rua Tonelero, em 1967.
 
A segunda foto, de Evandro Teixeira, é famosa e mostra a enchente da Rua Jardim Botânico em 1988.
 
A terceira foto, de Bippus, é da enchente na Rua Senador Vergueiro no início do século passado.
 
A quarta foto é na Rua do Senado.
 
E vamos parar por aqui por falta de espaço para tantas fotos semelhantes.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

INSTITUTO DE HEMATOLOGIA


Foto do acervo do Hemorio mostrando a primeira sede do Instituto de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti. Foi inaugurada em 25/11/1944, em um prédio de estilo neoclássico, à Rua Teixeira de Freitas, na Lapa, na administração do Prefeito Henrique Dodsworth. Desde sua fundação e por muitos anos foi dirigido pelo Dr. Arthur de Siqueira Cavalcanti.
 
Foi um dos pioneiros bancos de sangue no país e, desde aquela época, apresentava características de hemocentro devido à distribuição de hemoderivados aos hospitais de emergência. Realizava campanhas sistemáticas de doações voluntárias de sangue para os nosocômios municipais, com a única finalidade de se manter sempre em estoque reservas de sangue para casos de emergência.

Em 1956, a partir de debates iniciados na gestão do Prefeito João Carlos Vital em 1952, o Banco de Sangue foi transformado no Instituto de Hematologia. Três anos depois, após cessão de área obtida pelo Hospital Pedro Ernesto, foi instalado o Serviço de Hematologia com internação hospitalar.
Em 1969, foi concluída a obra do novo prédio em um terreno desapropriado ao lado do Hospital Souza Aguiar e o hospital passou a se chamar Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (HEMORIO). Sete prédios da Rua Frei Caneca foram desapropriados para a construção do novo edifício que teria um subsolo e onze pavimentos, seis dos quais destinados à parte industrial para a preparação do plasma sanguíneo. Um andar para hospitalização com 36 leitos, uma parte completa para o doador de sangue, serviços de radiologia e radioterapia, parte cultural composta de biblioteca, salas de aulas e auditório, apartamentos para médicos e, no último andar, um biotério de animais para testes de laboratório. O projeto ficou a cargo do arquiteto Flavio G. Barbosa e do engenheiro Rui de Sousa Leão.
As novas instalações permitiram passar de 30 para 50 toneladas de sangue disponibilizadas anualmente para os hospitais. A grande vantagem do novo Instituto de Hematologia é que com ele a Secretaria de Saúde entrou na linha propriamente industrial que permitirá a auto-suficiência do fornecimento de todas as substâncias isoladas de sangue, o que o Estado ainda não havia conseguido, inclusive a gamaglobulina, o fibrinogênio e a albumina.

terça-feira, 20 de junho de 2017

HOSPÍCIO SÃO JOÃO BAPTISTA DA LAGOA


A foto de hoje mostra o Hospício de São João Batista da Lagoa em 11/10/1901, em foto de Malta, do AGCRJ. Esta foi a primeira enfermaria criada pela Irmandade da Misericórdia para responder à imposição do Governo Imperial. Este hospício foi inaugurado em 1852 e destinava-se a atender à população pobre das freguesias de Botafogo e Copacabana. O edifício foi construído na década de 1880 e ampliado na década de 1920. Transformou-se no Hospital São João Batista da Lagoa, onde funcionou também uma maternidade. Pelo que pude apurar o Hospital ficava na Rua da Passagem, mas não sei exatamente em que trecho.
 
Curiosidade: o “CORREIO DA MANHÔ de 10/11/1930 noticiava o movimento de outubro no Hospital São João Batista da Lagoa:
“O movimento de enfermos deste hospital, mantido pela Santa Casa de Misericórdia, foi o seguinte:
Existiam 76; entraram 112; saíram 104; falleceram 4; ficaram 80.
Nacionalidades: existiam 63 nacionaes; 16 estrangeiros; saíram 89 nacionaes; 15 estrangeiros; falleceram 4 nacionaes; ficaram em tratamento: 86 nacionaes; 14 estrangeiros.
Creanças: existiam 31; entraram 60; saíram 57; falleceram 7; ficaram 27.
Ambulatório attendeu 2.151 consultantes e a pharmacia aviou 2.027 receitas; foram praticados 219 curativos e 5 pequenas intervenções cirúrgicas; foram aplicadas 245 injecções de nº 914”.
 
NOTA: Com a descoberta do Treponema pallidum como agente etiológico da sífilis em 1905 por Fritz Schaudinn e Erich Hoffmann, desenvolveram-se estudos experimentais contra tripanossomas e espiroquetas. Em 1909, um bacteriologista japonês, – Sahachiro Hata, foi trabalhar com Erlich em Berlim e após experimentação de quase 3.000 compostos determinou o nº 606 como sendo o mais potente e seguro, sendo lançado na Alemanha com o nome de Salvarsan. Em 1913 Erlich recebe o Prêmio Nobel e lançou outro derivado arsenical que se chamou Neosalvarsan ou nº 914. Comercialmente denominado também de Novasernobensol, Neoarphesnanina, Acetilarsan e outros. Todos esses medicamentos eram derivados com pequenas variações, do arsênico.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

BELVEDERE DO GRINFO




O local das fotos de hoje é conhecido e familiar, muitos conhecem, outros já pararam aí, mas as informações são poucas. Vemos o Belvedere do Grinfo. Quem é o autor do projeto? Qual a data exata da inauguração? Desde quando está abandonado? Qual é o seu futuro?

A primeira foto do Belvedere da Estrada Rio-Petrópolis é do acervo do Rouen. A arquitetura desta construção é a conhecida como “pé de palito”.  Construído no final da década de 50, o Belvedere fica no km 89 da rodovia, na pista sentido Rio de Janeiro. O Belvedere foi inaugurado na década de 1960 para sediar um restaurante, o Disco, logo após a abertura da nova pista. Na época o restaurante era bastante movimentado, quase uma parada obrigatória para quem trafegava na Rio-Petrópolis. Consta que D. Helena Pavelka, durante certo tempo alugou este local para a excelente Casa Pavelka.

A segunda foto, de 1959, é do acervo da família Soares Leite, do ilustre, competente e saudoso obstetra Dr. Laércio. É dos bons tempos em que havia segurança para parar no Belvedere e apreciar a paisagem que se descortinava dali. Tinha tudo para dar certo, mas não deu. Lindo local, vista deslumbrante, farto estacionamento, infra-estrutura completa para restaurante, etc.

A terceira foto, do início da década de 70, é do acervo do desaparecido comentarista Manolo. Chegado há pouco ao Rio de Janeiro, apaixonado pelo Rio, explorava os arredores da cidade (reparem a moda da época com as calças “boca de sino”.

PS: o projeto lembra o MAC – Museu de Arte Contemporânea, em Niterói, construído na década de 90 com projeto de Oscar Niemeyer.